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É bom ter memória

9 Janeiro, 2012
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Morreu a semana passada Eurico Corvacho, um dos militares radicais que iam pondo o país a ferro e fogo a seguir ao 25 de Abril. No entanto houve quem preferisse lembrá-lo de outro modo. Rui Moreira, que viveu de perto a sua actuação como comandante da chamada Região Mlitar do Norte, fez contudo questão de “completar a sua biografia com alguns factos relevantes”. Para isso, recorreu “ao ‘Relatório das Sevícias’ elaborado pela comissão nomeada pelo Conselho da Revolução em Janeiro de 1976. De facto, e tal como se pode ler na deliberação do CR, ‘foram as Forças Armadas que tomaram a decisão de mandar averiguar a conduta de alguns dos seus membros, face aos clamores da opinião pública que não podiam ignorar'”.

(Registe-se que este documento importante, elaborado logo a seguir ao 25 de Novembro de 1975, seria muito atacado, nomeadamente por Jorge Sampaio, co-autor do texto «O “Relatório das sevícias” e a legalidade democrática», uma espécie de contra-relatório onde se procurou defender o indefensável).

Rui Moreira não se fica, contudo, pela citação desse esquecido relatório. Reccorre também às suas memórias pessoais:

O meu Pai foi uma das vítimas de Corvacho, e da sua inventona. Foi preso no dia 12 de Março, na sede da sua empresa, onde permaneceu, apesar de ter sido avisado que iria ser detido, porque não tinha razões para fugir. Viu os seus bens congelados, a empresa ocupada, a casa de família atacada por bandos armados. Sofreu as tais sevícias que os corajosos carcereiros sempre negaram, que lhe deixaram marcas físicas e psicológicas para o resto da vida. A família foi alvo de tentativas de extorsão por parte de militares, que prometiam a sua libertação a troco de dinheiro. Em Junho de 1975, centenas de trabalhadores da sua empresa, a Molaflex, manifestaram-se junto ao Quartel-General, exigindo a sua libertação. A manifestação foi reprimida, e o meu Pai foi transferido, em segredo, para Caxias, sem que a família tenha sabido, durante semanas, do seu paradeiro. Nunca foi acusado de nada, certamente porque nunca nada fez, e foi libertado em Novembro desse ano por Pires Veloso, esse sim um militar exemplar.

O tempo passa mas não nos podemos esquecer que alguns dos que hoje continuam a ser apresentados como “militares de Abril” nada tinham de democratas e que, durante os meses quentes da revolução, chegou a haver mais presos políticos em Caxias do que os que lá se encontravam no 25 de Abril.

73 comentários leave one →
  1. A. Silva permalink
    9 Janeiro, 2012 10:16

    E é este jmf que fala em “militares radicais”, e ele o que era por esse tempo?
    É preciso não ter vergonha na cara para se dizer certo disparates e já agora, muito ódio ao 25 de Abril e ao que ele representa: LIBERDADE!

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  2. A. ranos permalink
    9 Janeiro, 2012 10:38

    Tenho as minhas sérias dúvidas que tivesse nascido ou sequer capacidades cognitivas em 1975.
    Aconteceram verdadeiros atropelos depois do 25 de Abril. Nem todos aceitaram a revolução com espírito democrático e tolerância. Para muitos o 25 de Abril foi a oportunidade para criar um regime autoritário de esquerda. Não se esqueça que nessa altura o único partido verdadeiramente organizado era o PCP. E era sem tirar nem por um partido comunista de linha dura (Estalinista). Tentar branquear o papel que alguns militares tiveram no descalabro pós revolucionário é negar a história. Eles nem sequer foram os vencedores. Os moderados é que o foram. Estranho é que se conta pouco esta história como se ela não tivesse existido. Bastava ter um avida sem sobressaltos financeiros para se ser apelidado de fascista.
    Eu assisti a isso em 1ª mão. Lembro-me bem de Corvacho, Otelo, Dinis, etc etc. Gente boa que o punha na prisão num abrir e fechar de olhos.
    E talvez por respeito ou pela atitude muito nacional de não mexer em coisas desagradáveis, muitos ficaram impunes apesar de terem tido actuações completamente autocráticas e ditatoriais. Não fossem pessoas como Jaime Neves, Ramalho Eanes e outros militares moderados e corajosos, teríamos vivido muitos destes 37 anos debaixo de uma ditadura de esquerda. Disso não tenham qualquer dúvida.

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  3. 9 Janeiro, 2012 10:43

    Tudo o que contribua para avivar a memória, só pode ter o meu apoio. Mas sem hipocrisias! Convém não esquecer que estamos num país que negou uma pensão aquele que foi o grande operacional da restituição da democracia- Salgueiro Maia- e a concedeu a agentes da PIDE. Convém não esquecer, que estamos num país que ainda não consegue fazer uma análise abrangente e despaixonada sobre a guerra no ultramar. Convém não esquecer que história deve ser o contrário de propaganda e que, naquela, há sempre, pelo menos, duas versões dos acontecimentos.

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  4. 9 Janeiro, 2012 10:46

    Convém não esquecer o que foi o 25A: muito de bom mas muito de mau também. Só reconhecendo o que houve de mau se poderá preservar o que houve de bom. E o que houve de bom está em risco.

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  5. ribas permalink
    9 Janeiro, 2012 11:11

    Ao 33, eu vou responder.
    No dito 25 eu estava no Quartel de Paço D`Arcos, mas em estado de sítio, ou seja encurralado na unidade. A 28,estando de serviço, dizem-me para constituir equipas para ir à caça ao PIDE. Eu não os conhecia, logo não saí e ninguém mais saiu. Foi-me dada ordem de detenção e assim fiquei privado de liberdade durante 8 dias. Recentemente e por ter enviado um mail aos meus camaradas de trabalho, por discórdia como os nossos impostos eram geridos no meu local de trabalho e numa de despedida profissional, que a maioria dos portugueses conhecem – o estado a que este país chegou e dos incompetentes que temos na administração pública, a administração aplica-me um ano de inatividade profissional. Neste conceituado mail, houve um indegente incompetente que se foi chorar para o tribunal pela devassa da minha escrita, este dito Tribunal, nada preocupado pela formação destes e de outros incompetentes, achou que o escrever um mail é crime e vai daí, pune-me com 150 dias de multa a 10 €/dia, mais uma indemnização ao choramingão no valor de 1000€. Ora, toda esta brincadeira ficou-me em 3700€. Então questiono-o aqui e agora porque raio hei-de lutar por este Abril, se foi nessa pré-temporada que eu fora penalizado, por questionar umas verdades?

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  6. Conde Venceslau permalink
    9 Janeiro, 2012 11:24

    Era mesmo muito importante que estes factos fossem ensinados nas salas de aula. É que o 25 de Abril não foi bem o que se apregoa. A liberdade essa só veio mesmo com o golpe de 25 de Novembro que pôs fim ao PREC, essa sim uma ditadurazeca de inspiração soviética/cubana, bem pior que a do Salazar. É por isso que não entendo porque é que o 25 de Abril é celebrado com um feriado nacional quando o dia que realmente importa celebrar é o dia 25 de Novembro !!

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  7. 9 Janeiro, 2012 11:36

    Nunca vi os militares, de Abril ou qualquer mês, como democratas.
    Nem reconheço aos militares a democracia em Portugal. Reconheço sim, terem criado condições para que a democracia se estabelecesse, ao fazerem a revolução que depôs a ditadura.
    Mas isto penso eu, que era menino na altura.

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  8. Francisco Colaço permalink
    9 Janeiro, 2012 11:36

    Cravo vermelho ao peito
    a todos fica bem.
    Sobretudo faz jeito
    a alguns filhos da mãe.

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  9. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:47

    POIS MAS É BOM TER MEMÓRIA TOTAL E NÃO SELECTIVA..MESMO…NÃO DESMENTIDO TAIS FACTOS QUANTOS NO TEMPO DA OUTRA SENHORA NÃO FORAM BRANQUEADOS..MUITOS DIZEM..DITADURA NÃO FOI UMA SOCIAL DEMOCRACIA MUSCULADA..TRETAS..E OS CERCA 11 MIL MORTOS NO ULTRAMAR..? E OS CERCA DE 2 MIL QUE MORRERAM AO LONGO DE 48 ANOS DE SOCIAL DEMOCRACIA MUSCULADA POR PENSAREM DIFERENTE??FORA OS QUE NÃO MORRENDO VIRAM AS SUAS VIDAS DESTRUÍDAS…O PAI DE PAULO VARELA GOMES POR EXEMPLO…A QUANDO DA INTENTONA DE BEJA EM 1962..POIS MEMÓRIA SELECTIVA …

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  10. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:48

    porque as mentiras de tanto repetidas tornam-se verdades absolutas…
    afinal em 2009 quem eram os verddeiros pigs…?

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  11. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:48

    FRASE SOBRE A CEGUEIRA TROIKIANA E SUAS CONSEQUÊNCIAS….


    Cegueiras….

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  12. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:50

    OLHA SE TIVESSEM SIDO OS DA COREIA DO NORTE A COMPARAR A EDP…QUEM SABE SE NÃO SÃO DONOS DE PARTE DAS 3 GARAGANTAS…

    FRASE DO ANO CÃOMUNISTA ….lapidar…

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  13. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:51

    será que o jmf se lembra disto..olha que o relvas lembrou-se e até a copiou…

    AFINAL A MEIA HORA A MAIS DE TRABALHO POR DIA NEM É INÉDITA ….JÁ HOUVE TAL COISA EM 1961 EM PORTUGAL….POIS…

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  14. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:56

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  15. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 11:57

    ANDAM MUITO ESQUECIDOS TALVEZ ESTAS IMAGENS PESADAS AFLOREM A MEMÓRIA..

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  16. J.J.Pereira permalink
    9 Janeiro, 2012 12:20

    Menos um dos “teleguiados de Praga”…

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  17. 9 Janeiro, 2012 12:24

    Ribas:
    Entendo tudo o que diz. Só não percebo o que tem que ver com o meu comentário.

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  18. Carlos II permalink
    9 Janeiro, 2012 12:25

    Ó Ifigénio, não sejas tão abstruso. Se antes do 25 de Abril as coisas estavam mal, muito pior ficariam se os Corvachos e companhia não tivessem sido corridos no 25 de Novembro.
    Tu ainda deves viver antes do 25 de Novembro de 1975 e, talvez por isso, não sabes o que aconteceu pelo mundo fora depois daquela data. Cristalizaste.
    Cuida-te, de outro modo qualquer dia não tens para quem falar.

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  19. 9 Janeiro, 2012 12:36

    Se tinha 14 anos agora já tem idade para saber que escrever em maiúsculas é coisa de crianças (atenção esta frase tem direitos de autor).
    E sabe também que colocar posts que nada têm a ver com o assunto é de mau gosto e chama-se troll.

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  20. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2012 12:40

    Este comentário é dedicado ao Ifigenio Obstruzo.
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    Espectaculares noticias. Exportações portuguesas, em Novembro, tiveram dos melhores comportamentos do mundo, e subiram 15,4% em termos homólogos. Só nas exportações para fora da Europa, veja-se bem a coisa, as exportações subiram… 37%!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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    Quando todos previam uma forte queda nas exportações portuguesas, eis que elas surpreendem, e batem todos os recordes antecedentes. Havia para aí uma serie de “especialistas” em análises e previsões que diziam que ia ser o fim do mundo, para Portugal. No entanto, talvez, a economia portuguesa não tenha caído tanto no último trimestre do ano, como se pensa. O que muito se deve ao comportamento espectacular das exportações portuguesas, em especial para fora da Europa. Tal como eu tinha já dito aqui, que poderiam haver mais surpresas, do que todos julgariam.
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    O défice comercial em Novembro caiu para os 885 milhões de euros. Em termos homólogos, o défice da balança comercial de bens caiu para metade. O peso das exportações para fora da Europa (logo da Zona Euro) subiu para 27,9%. O saldo da balança comercial, se excluirmos combustíveis, no três meses terminados em Novembro, foi de 765,5 milhões de euros. Um dos melhores resultados de sempre, senão mesmo o melhor resultado de todos os tempos, nas últimas décadas. A cobertura das importações pelas exportações, atingiu um valor maravilhoso, de 141,7% contra os 106,9% do ano passado.
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    Mas o que eu destaco mais é a forte subida das exportações para fora da Zona Euro e da Europa, que aceleraram e subiram uns espectaculares 37%. Demonstrando que pertencer ao Euro não é obstáculo mas talvez mesmo uma das melhores vantagens que os portugueses podem ter. Repito, as exportações para fora da Europa cresceram uns excelentes 37%!!!!!!
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    Há para aí muita gente que nestas coisas de análise e previsão económica, ainda tem que comer muito pão com côdea e talvez até mesmo bolor. Estas coisas não se aprendem a ler livros ou nas faculdades. Se assim fosse, era fácil, não era? ehehheheh
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    Vamos ver nos próximos meses. Talvez a coisa se componha ainda mais. Oxalá!

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  21. Carlos II permalink
    9 Janeiro, 2012 12:47

    Amigo Ifigénio, que disse (escreveu) o Rui Moreira que não seja verdade? O ponto é esse: durante uns quantos meses, entre 1974 e 1975, uns militares malucos como o Corvacho, puseram o País a ferro e fogo. Prenderam a torto e a direito, ameaçaram tudo e todos, excepto os que eram de certa cor, mas encartados. Isto é História, com letra grande. Que deve ser contada com rigor, é certo, mas contada. Coisa de que o amigo me pareceu não gostar. Se me enganei, desculpe.

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  22. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2012 13:05

    “Coisa de que o amigo me pareceu não gostar. Se me enganei, desculpe.”
    .
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    Ele não deve saber dos mandatos de captura em branco e do terror que alguns FDP andaram a propagar a quem eles julgavam “fassistas” ou “contra-revolucionários”.
    .
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    O comunismo devia ser proibido em Portugal, como se faz aos partidos nazis.

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  23. esmeralda permalink
    9 Janeiro, 2012 13:23

    Há muitas histórias por contar! E muita gente inocente para lembrar! Não consigo ouvir os chamados, pelo menos alguns, militares de Abril e as baboseiras que têm vindo a tornar públicas! Alguns não merecem o que estão a usufruir!

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  24. 9 Janeiro, 2012 14:08

    Conheci bem esse gajo, com que estive na tropa.
    Depois do 25 de Abril e das patifarias que protagonizou, recusei-me sempre a voltar a vê-lo.
    O que Rui Moreira conta não me surpreende. Sei que o sujeito fez muito mais e pior. Era alguém que não mereceu viver, só isso.

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  25. 9 Janeiro, 2012 14:15

    Este obstruzo é mesmo abstruso, isto é, uma perfeita besta, com vossa licença.

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  26. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 14:16

    A ser proibido o comunismo todos os partidos neo fascistas e além dos nazis deviam ser proibidos..no fundo muitos daqui têm alma estalinista..mas não gostam de o confessar…boa semana…
    É sempre igual a luta do que é antigo, do que já existe e procura subsistir, contra o desenvolvimento, a formação e a transformação. Toda a ordem acaba por dar origem à pedanteria e para nos libertarmos dela destrói-se a ordem. Depois, demora sempre algum tempo até que se ganhe consciência de que é preciso voltar a estabelecer uma ordem. O clássico face ao romântico, a obrigação corporativa face à liberdade profissional, o latifúndio face à pulverização da propriedade fundiária: o conflito é sempre o mesmo e há-de sempre dar origem a um novo conflito. Deste modo, a maior prova de entendimento por parte do governante seria regular essa luta de tal maneira que, sem prejuízo de cada uma das partes, conseguisse manter-se equidistante.
    É, no entanto, uma possibilidade que não foi dada aos homens, e Deus não parecer querer que assim aconteça.

    Johann Wolfgang von Goethe,

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  27. A C da Silveira permalink
    9 Janeiro, 2012 14:35

    Em relação ao Corvacho, deixo só meia duzia de palavras: foi um criminoso, que a terra lhe seja pesada, e que arda no Inferno. O que aconteceu ao pai do Moreira, foi só o pano da amostra: o Corvacho e outros como ele, fizeram daquilo, e muito pior. E no 25/11 perdoaram-lhes tudo, e ainda os promoveram. Este Eurico Corvacho, morreu general!

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  28. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2012 14:38

    “A ser proibido o comunismo todos os partidos neo fascistas e além dos nazis deviam ser proibidos..no fundo muitos daqui têm alma estalinista..mas não gostam de o confessar…boa semana…”
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    Concordo consigo. Não tenha dúvidas nenhumas. Para mim, comunas e nazis, é lixo que devia ser icinerado. 😉 ehehheeh
    .
    .
    “Ah e meu caro anti… exportar sim mas não se esqueça para isso é preciso que quem comprar não entre em crise… Caso contrário népia… Ah e caso não saiba nenhuma paíse se aguenta sem consumo interno…”
    .
    [Tomei a liberdade de lhe corrigir as maiúsculas, espero que não se importe.]
    .
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    Claro que o consumo interno tem o seu lugar, mas Portugal andava a consumir com o cartão de crédito e não baseado em aumentos de rendimentos. Ora, Portugal ao exportar mais está a aumentar os seus rendimentos que mais tarde sustentarão o seu consumo interno. É isto que Vc. ainda não percebeu e o próprio Medina carreira quer que os portugueses tomem consciência.
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    .
    Numa analogia simplista, no fundo, é como se eu ganhasse 1000 e gastasse 1200 por mês. Mas ao cortar para 1000 o meu consumo, eu estou a corrigir excessos, não é assim? Mas se eu conseguir cortar para 1050 e aumentar os rendimentos para 1050, já é melhor assim, não é?
    .
    .
    Portugal está a fazer isso. A cortar no consumo e a aumentar vendas de bens e serviços ao exterior. O que é maravilhoso é que as vendas de bens e serviços no exterior estão a subir mesmo sob ambientes recessivos nos seus principais mercados. Repare que em Novembro, apesar da crise europeia, as exportações subiram mais de 8% para a Europa. Mas isto é excelente e denota importantes ganhos de quotas de mercado. O que é ainda mais importante.
    .
    .
    Portugal está a fazer um milagre económico, caro Ifigénio. É nas crises que se nota mais a fibra das economias e dos seus tecidos produtivos. ehheheheh

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  29. TLD permalink
    9 Janeiro, 2012 14:54

    O comportamento das exportações traduz o abrandamento económico do país. 2012 será um ano terrível e a preço constantes as exportações já estão a cair desde Outubro. Estes são os dados que importam.

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  30. anti-comuna permalink
    9 Janeiro, 2012 14:57

    “2012 será um ano terrível e a preço constantes as exportações já estão a cair desde Outubro. ”
    .
    .
    Duvido disto aqui. Nalguns segmentos sim, na maioria não. Vamos ver se depois eu não terei razão.

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  31. António Joaquim permalink
    9 Janeiro, 2012 15:15

    O Corvacho foi um filho da puta? Foi. O gajo vinha de uma cultura em que tudo se tratava á chapada e tanto lhe dava ser com a esquerda ou com a direita. É por estas e por outras que a nossa história é uma confusão. Parece que não há ninguém com clarividência, objectividade e isenção que a queira contar, especialmente o fim da monarquia, a república, o estado novo, o 25 de Abril e o pós-25 de Novembro. É evidente que este não é o seu caso.

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  32. Arlindo da Costa permalink
    9 Janeiro, 2012 17:13

    Claro que o Corvacho não era para brincadeiras.
    Se a facção dele tivesse ganho, todos os esquerdistas na altura teriam sido fuzilados.
    O Otelo ainda bem tentou cortar a guedelha aos MRPP’s, mas não teve sorte.
    Claro que o Otelo também estaria na mira dos oficiais duros do PCP que não achavam nenhuma graça àquelas macacadas revolucionárias do major Otelo!

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  33. 9 Janeiro, 2012 18:10

    A História sobre o assalto stalinista ao poder ( que oficialmente se chama PREC para amenizar os crimes de então…) ainda tá por contar.
    pq os “historiadores” e os media branqueiam sistematicamente os crimes do MFA/PCP/OTELO e actual BE…
    o dado novo neste post é a postura anti democrática e anti direitos humanos , a favor da barbárie, de J Sampaio.
    e foi este badameco PR:
    pobre república portuguesa
    representada por estes bandalhos

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  34. SRG permalink
    9 Janeiro, 2012 18:27

    Eurico Corvacho e outros que tais, foram todos criminosos e deveriam ter sido punidos por esse facto.
    Contrariamente têm sido todos elevados a altos postos das forças armadas. Se morreu que descanse em paz,e que a terra lhe seja tão leve como se tivesse a serra da Estrela em cima.

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  35. Arlindo da Costa permalink
    9 Janeiro, 2012 18:40

    Olhe que nós estamos bem precisados agora dum Corvacho. Um Corvacho que fosse inclusivé facho ou social-facho para pôr esta Pouca Vergonha na ordem!
    Basta ver a pouca vergonha com que a ladroagem está abocanhando as malgas públicas!
    Até o pintelho do Catroga (já com os pés pr’a cova) vai facturar bom pecúlio!
    E o gajo andava muito «preocupado» com o país e aqui alguns pelintras andaram a defendê-lo!
    Passa fora!

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  36. 9 Janeiro, 2012 18:54

    É uma pena a PIDE só ter detido inocentes!
    Nunca vi, por parte desses inocentes, divulgarem as razões da sua detenção.
    Uns sabe-se que tentaram desviar navios portugueses, durante a guerra civil espanhola, para a Catalunha.
    Outros como o Palma Inácio, assaltaram o Banco da Figueira da Foz, destruira na base 3 da força aérea de Tancos, dentro dos ângares, os helicópteros e os caças ali estacionados. Outros dedicavam-se a coisas mais comesinhas como: Desviar caterpilas, penéus de motocecreiptes, armas, combostíveis, cimento e até bebidas e víveres em messes bares e refeitórios.
    Eram tempos em que só ficavam impunes os que não se descobrioam.

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  37. jojoratazana permalink
    9 Janeiro, 2012 18:54

    J.M.F.
    Um pulha que não tem o mínimo respeito, por um homem como Eurico Corvacho, que contrariamente ao que afirma foi uma das pessoas que evitou a guerra civil em Portugal.
    Pode perguntar aos homens da Cia e companhia, que no dia 25 de Novembro fugiram para o Porto para abandonar o país.
    Ou seja os fundadores da União Nacional dos Tachos, Freitas. Soares e Carneiro.
    No seu caso a afirmação da sua calunia, só se pode dever a dois factos, ignorância ou deturpação da realidade.
    O que vindo de si não admira.
    Pois foi o que sempre fez.

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  38. 9 Janeiro, 2012 19:11

    Pegando no exemplo do iPod:

    “Por cada iPod 160 Gb, os autores querem receber a módica quantia de 80 euros – um imposto de mais de 40% sobre o preço de venda.”
    Um pequeno retalhista que venda uma ipod de 160gb por 229€ (Preço venda recomendado pela Apple) tem uma margem de lucro na volta 8, talvez 10 por cento, fora impostos. Ainda precisa de investir o seu dinheiro para poder vender o mesmo e arriscar-se até, a que seja assaltado e perca tudo. (Experiência). Por sua parte, a entidade que “gere” os artistas recebe bem mais, por coisa nenhuma. E digo a entidade, pois como se ouve dizer, nem sempre o dinheiro chega ao autor.

    Acho que vou pensar no caso da isenção. Eu posso ser autor. Não implica que seja bom. Basta ser. Posso escrever um livro, gravar um álbum de música (será que terei de pagar o imposto dos cd’s?)…

    Bem, a minha esperança por este país acaba por morrer mais um bocadinho. A que ainda resta, quer acreditar que isto não vai chegar a ser aplicado.

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  39. Carlos II permalink
    9 Janeiro, 2012 19:36

    Jojoratazana -que pseudónimo tão nojento -, ouviu falar no Pires Veloso? Sabe o que ele fazia no 25 de Novembro? E sabe onde estava o Corvacho nessa data? Se sabe, diga à gente.

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  40. Arlindo da Costa permalink
    9 Janeiro, 2012 19:44

    O Rui Moreira se tivesse vergonha na cara estava calado!
    Eu sou do Norte e sei o que se passou!
    Esse Ruizinho também foi um daqueles atrasadinhos mentais que com as suas pindéricas prelecções e comentários ajudou que a trampa fizesse um «golpe de estado eleitoral» com a reprovação do PEC IV.
    No lugar dele defender os pequenos e médios comerciantes do Porto, quis meter-se na pulhítica!
    Esse gajo de certeza que não é do Norte! É um vendido a Lisboa!

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  41. J.J.Pereira permalink
    9 Janeiro, 2012 19:54

    Só cá na paróquia é que um banal empregadote dos russos ” sorviéticos” teria direito a estas justificações e serviço ” de higiene ,desinfecção e cosmética”” , chegando o despudor ( má-fé, ignorância?) ao ponto de se mencionar a Liberdade…
    E tudo isto ,pós 1990…
    Talvez sejamos um espécie de “primitivos – actuais”…

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  42. 9 Janeiro, 2012 20:31

    As ratazanas, como de costume, a sair do esgoto… Em defesa do indefensável, é claro.

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  43. Carlos II permalink
    9 Janeiro, 2012 21:08

    Jojoratazana – que pseudónimo tão nojento -, ouviu falar no Pires Veloso? Sabe o que ele fazia no 25 de Novembro? E sabe onde estava o Corvacho nessa data? Se sabe, diga à gente.

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  44. Francisco Colaço permalink
    9 Janeiro, 2012 21:41

    IFIGENIO OBSTRUZO,
    .
    «A ser proibido o comunismo todos os partidos neo fascistas e além dos nazis deviam ser proibidos»
    .
    São-no. Leia a Constituição, onde está essa torpe desigualdade (proibir apenas metade do mal). Depois, pode escrever do que sabe, assumindo que sabe o que escrever, que sabe escrevê-lo e que sabe o que quer saber.

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  45. Francisco Colaço permalink
    9 Janeiro, 2012 21:43

    Arlindo da Costa,
    .
    «Eu sou do Norte e sei o que se passou!»
    .
    Olhe que s sério, que o julgava dos Açores, assim a modos que a viver no rabo do peixe.

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  46. Francisco Colaço permalink
    9 Janeiro, 2012 21:46

    MC,
    .
    O meu pai era culpado de assinar a Time e de organizar, com outros, (muitos mações aliás, coisa que ele não era) o congresso democrático em Aveiro, em 73. E foi detido pela PIDE, mas tinha a chave da cadeia, era desenrascadinho como eu, e entrava e saía quando queria, desde que entrasse vinho do bom para o carcereiro.
    .
    Nas ditaduras há pessoas que são culpadas apenas de querer falar, de querer escolher, de querer ser livre.

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  47. licas permalink
    9 Janeiro, 2012 21:54

    Arlindo da Costa
    Posted 9 Janeiro, 2012 at 19:44 | Permalink
    O Rui Moreira se tivesse vergonha na cara estava calado!
    Eu sou do Norte e sei o que se passou!
    Esse Ruizinho também foi um daqueles atrasadinhos mentais que com as suas pindéricas prelecções e comentários ajudou que a trampa fizesse um «golpe de estado eleitoral» com a reprovação do PEC IV.
    No lugar dele defender os pequenos e médios comerciantes do Porto, quis meter-se na pulhítica!
    Esse gajo de certeza que não é do Norte! É um vendido a Lisboa!
    _________________________
    Este preza-se em dar-nos aqui a evidencia diária____
    DE QUE É UM QUADRÚPEDE . . .

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  48. Portela Menos 1 permalink
    9 Janeiro, 2012 21:55

    se é para pôr sal em feridas um dia destes vamos ter por aqui um post de helenafmatos sobre os os pires velosos e cónegos melos da vida.

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  49. 9 Janeiro, 2012 22:00

    Interessante. Muito interessante. Pois!

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  50. jojoratazana permalink
    9 Janeiro, 2012 22:27

    jojoratazana apenas por viver no meio de tantos ratos, nojentos , aldrabões e ladrões.
    Que estão ainda a mamar na teta da vaca que os pariu.
    Conheço-os bem.
    Sendo um dos que contribui para que não tivesse-mos uma guerra civil, este era o fim que a União Nacional dos Tachos pretendia, muito me arrependo, pois de certo muitos dos vampiros que sugam o sangue ao povo escravizado, não andariam aqui a chular o nosso país.

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  51. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 23:15

    COLAÇO ISSO DE VIR NA CONSTITUIÇÃO JÁ FOI CHÃO QUE DEU UVAS…BASTA INVOCAR OS SUPERIORES INTERESSES NACIONAIS E RISCA-SE..ADEMÁS EXISTEM PEQUENOS PARTIDOS QUE O SÃO MAS DE FORMA DISFARÇADA….ENFIM VERDADES…
    Uma verdade racional é impessoal e os factos que a sustentam ficam estabelecidos para sempre. Sendo, ao contrário, pessoais e baseadas em concepções sentimentais ou místicas, as crenças são submetidas a todos os factores susceptíveis de impressionar a sensibilidade. Deveriam, portanto, ao que parece, modificar-se incessantemente.
    As suas partes essenciais mantêm-se, contudo, mas cumpre que sejam constantemente alentadas. Qualquer que seja a sua força no momento do seu triunfo, uma crença que não é continuamente defendida logo se desagrega. A história está repleta de destroços de crenças que, por essa razão, tiveram apenas uma existência efémera. A codificação das crenças em dogmas constitui um elemento de duração que não poderia bastar. A escrita unicamente modera a acção destruidora do tempo.
    Uma crença qualquer, religiosa, política, moral ou social mantém-se sobretudo pelo contágio mental e por sugestões repetidas. Imagens, estátuas, relíquias, peregrinações, cerimônias, cantos, música, prédicas, etc., são os elementos necessários desse contágio e dessas sugestões.

    Confinado num deserto, privado de qualquer símbolo, o crente mais convicto veria rapidamente a sua fé declinar. Se, entretanto, anacoretas e missionários a conservam, é porque incessantemente relêem os seus livros religiosos e, sobretudo, se sujeitam a uma multidão de ritos e de preces. A obrigação para o padre de recitar diariamente o seu breviário foi imaginada pelos psicólogos que conheciam bem a virtude sugestiva da repetição.
    Nenhuma fé é durável se dela se eliminam os elementos fixos que lhe servem de apoio….
    Gustave le Bon

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  52. IFIGENIO OBSTRUZO permalink
    9 Janeiro, 2012 23:16

    a última frase é lapidar…

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  53. silva permalink
    9 Janeiro, 2012 23:19

    Quem investiga o descalabro do despedimento colectivo do Casino Estoril, quem são os abutres que prejudicam centenas de famílias, quem investiga esta podridão que só cheira a dinheiro mais nada.
    Uma burguesia, cívica e politicamente corrupta ate à medula, não
    Discriminando já o bem do mal, sem palavras, sem vergonha, sem
    Carácter, havendo homens que, honrados (?) na vida íntima, descambam
    na vida por causa do dinheiro em pantomineiros e devaneios, capazes de toda a trama e toda a infâmia, da mentira à falsificação da lei, da violência ao
    roubo, donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a
    indiferença geral, escândalos monstruosos, absolutamente inverosímeis
    no Casino Estoril (…)

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  54. Severo permalink
    9 Janeiro, 2012 23:21

    Há um fulano aí em cima, que assina “digo eu” que diz que esteve na tropa com o capitão Corvacho e que o conhece bem. Não se importa de dizer onde e em que circunstâncias? Foi na Guiné ou na metrópole?

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  55. Severo permalink
    10 Janeiro, 2012 00:13

    O capitão Corvacho foi um militar corajoso e respeitado por aqueles que comandou na Guiné. Terá cometido excessos após o 25 de Abril, em Portugal,mas não se esqueçam que se estava em período revolucionário, propício a excessos e extremismos. Tudo já passou. Mas lembrem-se sempre do que era a realidade em Portugal, não do que poderia ter sido. Porque muitos de nós, os que têm idade para isso,viveram durante dezenas de anos uma realidade que a grande maioria dos que aqui comentam não conheceram, incluindo muitas mães e pais que viam chegar os seus filhos mortos ou estropiados da guerra do ultramar,para onde foram obrigados, não voluntários por patriotismo. E muitos mais perderam a vida cá de outra maneira, ou presos, torturados, expulsos da função pública, etc. Tenham a decência de não comparar os excessos de pouco mais de um ano após 25 de Abril com a realidade anterior, muito mais longa e muito mais cruel. Termino, dizendo isto: se não respeitam o homem,respeitem pelo menos o militar,que combateu e comandou homens em locais onde vocês, felizmente,nunca porão os pés.

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  56. Portela Menos 1 permalink
    10 Janeiro, 2012 00:26

    (…) em locais onde vocês, felizmente,nunca porão os pés. (…)
    e por força do 25 de Abril de 1974 e não por causa de algum 25 de novembro…

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  57. Portela Menos 1 permalink
    10 Janeiro, 2012 00:33

    “As nomeações para a EDP são um mimo. Catroga, Cardona, Teixeira Pinto, Rocha Vieira, Braga de Macedo… isto não é uma lista de órgãos societários, é a lista de agradecimentos de Passos Coelho. O impudor é tão óbvio nas nomeações políticas que nem se repara que até o antigo patrão de Passos, Ilídio Pinho, foi contratado”

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  58. Portela Menos 1 permalink
    10 Janeiro, 2012 00:34

    EDP:
    http://www.arrastao.org/2444049.html

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  59. Nuno permalink
    10 Janeiro, 2012 03:59

    Andam por aqui muitos a chorarem (-se) pelos despedimentos do casino do Estoril mas não têm razão nenhuma para isso: não saíram de mãos a abanar e não viviam seguramente muito mal. São uma infima parte dos que estão (de repente) sem emprego, emprego que, se calhar e como eu sei vários casos, depressa arranjaram dados os conhecimentos que tinham.
    Agora, a “história” do 25 de Abril é outra e bem vergonhosa. Foi a interrupção de um período em que Portugal se estava a desenvolver – como nunca mais veio a acontecer – e em que ninguém sequer pensava em desemprego.
    Salazar, que governava numa dita mole, deixou um país próspero que Marcelo Caetano continuou o desenvolvimento que então vivíamos.
    Foi uma revolução feita por idiotas, alavancada por militares mentecaptos e organizada pelos conunistas que sabiam da poda e tinham conselheiro da felizmente ex-urss (isso, com letra pequenina,,,).
    Eu conheci muitos cabrões desses e até tive o supremo gosto de dar uma valente carga de porrada (antes do 25) no Otelo e dois valentes nurros nos cornos do Tomé (depois do 25). Estes dois podem identificar-me, se não tiverem uma ponte de vergonha. Um outro merdas da mesma laia, cujo não digo porque já morreu, expulsei-o se um restaurante e saiu vexado.
    A verdade é que a única época em que, depois da nefasta data do 25 de Abril de 1974, Portugal não foi governado por filhos da puta, foi com Francisco Sá Carneiro.
    O resto está à vista. Estamos na miséria – social e material.
    Estamos num delírio quase colectivo. Os doidos não têm a noção de estar insanos e não haveria psiquiatras em quantidade suficiente se tivessem a possibilidade de lhes deitar a mão.

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  60. Arlindo da Costa permalink
    10 Janeiro, 2012 07:36

    Lá vem o «Nuno» do comentário atrás de novo com o mito do Sá-Carneiro.
    Sá-Carneiro era danado para a brincadeira. Ele e o Cavaco deixaram a batata quente nas mãos do Balsemão, e este é que ficou com a fama da bancarrota de 1983, a famosa «bancarrota Balsemão», tendo sido chamados mais tarde (depois das eleições) Mário Soares, Mota Pinto e Hernâni Lopes para acabar com o cagaçal.

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  61. Carlos II permalink
    10 Janeiro, 2012 09:00

    Bem me parecia, “jojoratazana”, que tu andas por aqui apenas para chatear. E agora vens dizer, na primeira pessoa, que foste “um dos que contribui para que não tivesse-mos uma guerra civil”. Chiça, está sempre a aparecer gente que evitou uma guerra civil em 1974/1975, mas gente dessa a escrever “tivesse-mos” eu ainda eu não tinha visto…

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  62. 10 Janeiro, 2012 09:49

    Há um fulano aí em cima, que se apresenta como Severo e pergunta onde estive na tropa com o Corvacho, se na guerra ou na metrópole.
    Podia dispensar-me de lhe responder, dado o tom da pergunta e a dúvida implícita sobre se estarei a falar verdade, mas sempre lhe digo que não foi na guerra, não, mas na metrópole, mais concretamente em Leiria (RAL4), onde éramos ambos oficiais (ele capitão do quadro e eu miliciano). Chega?

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  63. ribas permalink
    10 Janeiro, 2012 10:03

    Respeito todos os comentários. Mas ao Francisco Colares e Severo eu lhes deixo tal mensagem. Em julho de 1973 estava nas Cadas da Rainha. No dia 25 estava eu no Quartel de Paço D´Arcos. Nas Caldas conheci uns senhores que muito se tem badalado, de heróis, mas que eu não vou dizer o nome por vergonha. Será que alguém tem dúvida sobre a vaidade e só vaidade (90%)dos senhores dos três galões, dentro dos quartéis? Pois bem, eu não tenho e tal como ontem, hoje os comparo à fina flor da sociedade que pouco lucro dão ao Estado mas se acham a fina flor da dita. Andam sempre crispados e pouco mais se aproveita. Sairam da AM e aos 30, pouco ou nada aprenderam sobre táticas militares,etc. Preocupavam-se em demasia no manual do oficial miliciano. Estavam sempre do lado das maiorias, no lado dos poderosos e não dos mais fracos. Também não vou adiantar mais sobre o que deu origem ao dito dia 25, onde muita gente continua a deixar-se enganar. Depois do dito. Se dantes nada me envolvera em politiquices, na posteriori continuara pelo mesmo caminho, mas aconteceram os casos mais caricatos. Em Paço d´Arcos, no dia 28 de abril ameaça de detenção na palavra do comandante da unidade. Em maio, na unidade do Campo Grande, unidade encerrada por ordem do CR, com dois panhards à porta porque esta unidade se recusara a substituir trabalhadores em greve. Em setembro, em Angola, detido pela PM apenas por ter levado as calças fora das botas (houve uma divisão de PM na altura, criando-se assim duas companhia, ficando uma dentro da cidade de Luanda e cujos PM eram os considerados os maus, porque se dizia que em cada detenção correspondiria a um dia de férias e uma outra companhia no Grafanil a dos PM mais tolerantes.Regressei à vida civil. Encontrei uma barafunda total onde ninguém se entendia. Quando desembarcara em Lisboa e passara pelo Rossio parecia que ainda estava em Luanda. Atualmente o que eu vejo na rua, nas escolas, nos empregos? Apenas competição e bico calado porque se reages levas um processo disciplinar, daí eu antes não ter tido processos e atualmente e por reagir às incompetências ter vários.

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  64. campo minado permalink
    10 Janeiro, 2012 10:07

    manuel antonio pina
    Conta o “Correio da Manhã” que três irmãs, de cinco, sete e oito anos de idade, oriundas de uma família carenciada e com a mãe no desemprego, têm sido obrigadas a almoçar, primeiro na rua e, depois (ó grandeza de alma!, ó altruísmo!) já no átrio da escola, obrigadas a levar pratos e talheres de casa e separadas de todas as outras crianças, como represália por a família não ter pago uma alegada dívida à Associação de Pais.

    Para o pai-presidente da referida Associação de Pais, está tudo nos conformes, que é como quem diz “está tudo [a humilhação diária de três crianças para forçar a família a pagar a alegada dívida] a ser feito dentro da lei”. E provavelmente, que sei eu?, estará mesmo. E como “está tudo a ser feito dentro da lei”, decerto o bom homem há-de dormir de consciência tranquila, convicto de que, quando o frio começar a abrir frieiras nas mãos das meninas ou alguma adoecer, pai e mãe não terão outro remédio senão pagar o que devem.

    Do que pensarão do caso os por assim dizer responsáveis da EB 1 de Carvalhos de Figueiredo (Tomar) não reza a história e Nuno Crato e o seu Ministério da Educação estão ocupados de mais a distribuir 253,7 milhões de euros (12 milhões dos quais sem explicação) por colégios privados para se preocupar com três meninas pobres de uma escola pública de Tomar. Tudo “dentro da lei”, que esta gente é muito respeitadora da lei e a moral não é para aqui chamada.

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  65. Severo permalink
    10 Janeiro, 2012 11:37

    “Digo eu”, não, não chega. Um tipo assina “digo eu” e fala mal de outro que ainda por cima já morreu, que quer que eu pense? Eu nunca utilizei a internet para falar mal de alguém, ou fazer juízos de caráter ou insinuar comportamentos menos dignos. O Rui Moreira contou a sua história, dando a cara. Quer o “digo eu” contar a sua, usando o seu nome? Se não quer, passemos em frente, que todos temos mais que fazer.

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  66. jojoratazana permalink
    10 Janeiro, 2012 14:30

    Num país de cobardes os heróis incomodam.
    Longa vida para os heróis como o Corvacho.
    A canzoada que aqui ladra não morde.
    São só cobardes.

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  67. Carlos II permalink
    10 Janeiro, 2012 14:50

    Ó jojoratazana, tu parece que estás senil. Então tu estás a desejar longa vida ao Corvacho, quando o post foi escrito a propósito da sua morte? E ainda te dá para insultares quem não pensa como tu. Isso é de mais…

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  68. 10 Janeiro, 2012 14:53

    Severo,
    Dizer a verdade é dizer mal? Não se deve dizer a verdade acerca dos mortos? Você conheceu pessoalmente o Eurico de Deus Corvacho?
    Ratazana,
    Cobarde é a p*** que te pariu.

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  69. Portela Menos 1 permalink
    10 Janeiro, 2012 20:04

    ó Nuno, porque não te vais matar? Mas vai morrer longe para não cheirares mal.

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  70. licas permalink
    10 Janeiro, 2012 20:11

    As personagens pífias do 25 A (tal como Corvacho) têm
    sido sistematicamente *lavadas* (veja-se Otelo por Mário Soares)
    pelo *sistema*. Este, que se diz, Democrático (portanto defensor de Lei igual para todos)
    afinal DEIXA IMPUNES (e até LOUVA) agentes CRIMINOSOS, SÓ PORQUE LHE (ao Sistema)
    FAZ JEITO.

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  71. Fincapé permalink
    10 Janeiro, 2012 23:04

    Esta do “É bom ter memória”, é engraçada. O JMF ainda não se apercebeu de que uma das coisas que o trama no seu, agora, radicalismo contrário é haver memória.

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  72. Ribas permalink
    11 Janeiro, 2012 11:16

    Francisco Colaço escreveu: Nas ditaduras há pessoas que são culpadas apenas por querer falar, de querer escolher, de querer ser livres.
    Severo escreveu: … e muitos mais perderam a vida cá de outra maneira, ou presos, torturados, expulsos da administração pública,…referindo-se ao antes 1974.
    Como cidadão que gosto de ouvir e sentir o sentimento dos outros ou aqueles que na pele sentiram a crueldade, real e não supostamente como muitos que diziam e continuam a dizer mal do anterior regime e do qual eu não vou alimentar polémicas, mas deram-se ao prazer de gozar a bel-prazer com a situação… como aquele cidadão que passeou África fora à nossa custa sem ser beliscado ( com que então senhor guarda, está ao solinho? ou senhor guarda desapareça) ou daquele que tinha as chaves da prisão enquanto prisioneiro, para estes eram férias pagas . Porém e não sentindo na pele outros ouve que a roupa lhes foi bem aconchegadinha ao pelo. Mas meus amigos, em 1974, era eu uma criança que sabia que se não cumprisse pagava caro. Então ou cumpria ou levava nas fussas. Limitei-me a cumprir na época o que equivale a dizer que com as autoridades policiais, nada queria,..até fugia a sete pés. No entanto era de consciência tranquila que eu passeava, de noite ou de dia pelas ruas e avenidas do meu país.Liberdade total, sem ser incomodado. Hoje não reconheço o meu país. Não sei destrinçar o que é crime ou deixa de ser crime. Se possocalmamente e a qualquer hora do dia ou da noite circundar os espaços da minha liberdade. Se no meu local de trabalho posso ou não e perante os meus camaradas ( vulgo colegas), dizer umas larachas. Lembram-se daquele professor, numa DREN, confidenciou sobre o anterior PM?Foi penalisado. No século XXI, (em 2006) no país dito democrático que chamam de Portugal, 37 anos depois de 1974 ( e como Severo escreveu referindo-se a algumas das realidades do anterior regime … e muitos perderam a vida cá de outra maneira, ou presos, torturados, expulsos da AP…, etc)… por discordar na forma e no conteúdo de como o dinheiro dos meus impostos, dos impostos dos portugueses eram gastos, olhos nos olhos, disse aos meus dirigentes que deveriam ser presos e perante a sociedade responder pelas suas incompetências. Não, eles não reagiram e quanda achava que estas personalidades me levantariam um processo disciplinar, calaram-se, mas continuaram a gozar, não com a minha cara, mas com um gozo de incompetência. Três anos passados pelas minhas palavras, achei por bem mudar de ares. Meus senhores. Aqueles que acham que em Portugal se respira democracia e legalmente podem falar verdade. Desenganem-se. Eu fui obrigado a demitir-me do meu local de trabalho para não pactuar com incompetências. Fi-lo em consciência. Despedi-me no último dia dos camaradas através de e-mail. Caros comentadores. No referido mail, apenas escrevera a realidade e nada mais. Quem discordou do conteúdo do mail? meia dúzia de pessoas. Ainda não tinha assentado arraiais noutra instituição e um processo disciplinar estava instalado. Meio ano depois o veredito. As despesas inúteis praticadas, os desperdícios de material, o abandona de equipamento, etc, não contaram. Eu era uma pessoa a abater na AP. Em cada frase do meu texto o jurista encontrara um crime. Numa folha A encontrara aproximadamente 20 crimes. No entanto ficaram-se pela pena mais leve – um ano de inatividade profissional. Mas o assunto não se ficara por aqui. Um dos lesados colocou uma ação em Tribunal. Achei bem. Todo o cidadão tem direitos e deveres de reagir em conformidade. Primeiro erro grave encontrado na minha acusação, pelo MP. Crime vários na acusação, sem me ter ouvido. Continuidade teatral da justiça portuguesa. No dia da audiência perguntam-me se queria dialogar com o queixoso para evitar ir a julgamento. A minha resposta foi simples. Estou acusado de vários crimes, quero sentir em Tribunal o peso de cada crime. Senhores comentadores. Pensava eu que o Tribunal me iria interrogar sobre o despesismo ou outras deligências, mas não. Perguntam-me se achava que as habilitações do queixoso eram ilegais ou que eu respondera se há algo de ilegal no meu país. No final acabei sentenciado no crime – pena de multa de 150 dias a 10€ e indemnização de 1000 € ao queixoso. Ora bricadeira ficou-me em aproximadamente 3700€ , onde se incluiam as taxas de justiça.
    Vou adiantar outro caso, também passado comigo. Devo dizer que não faço mal a uma mosca, mas se me chegam a mostarda ao nariz eu rebento. Então cá vai mais esta anedota da democracia vivida no meu país onde se diz que nada é como dantes. Quem não teve problemas com a vizinhança? Eu tive, eu tenho. Como cidadãos, dixar-nos vexar é uma enorme cobardia. Agora há um outro dilema. Porque é que estes casos são tratados consoante a personalidade do ser humano e não como o que está na lei? Nunca quis ser tratado da mesma forma que um juiz, que em 24 horas resolve o seu problema com a vizinhança. Eu andei anos a tentar resolver a minha situação, contra aqueles que de noite e dia, dentro do condominio, não deixavam as pessoas descansar. Durante anos apresentara queixas nas autoridades do meu pais para ver se punham alguma ordem e respeito nos factos constatados, mas nada. Um dia passei-me. Uma vez mais agarrei na caneta e enderecei uma carta às várias autoridades, incluindo o MP, corresponsabilizando-os dos factos. Meus amigos. Sabem o que se seguiu?Pois bem, passados uns tempos aparece-me um pelotão de policias em casa, com mandado de busca e aprensão do que suscitasse dúvidas. Basculharam me a casa toda e até com um certo caráter de provocação. Levaram-me um equipamento que desconheciam a sua utilidade – um medidor de ruído e um computador pessoal. Umano depois recebe um notificação dizendo que o processo fora arquivado e que tinha 90 dias para levantar o equipamento apreendido, caso o não fizesse revertiria a favor do Estado.
    Caros Francisco Colaço e Severo: não sei dos vossos conhecimentos reais sobre o antes e o depois. Mas estes casos foram passados comigo naquele país que chamam de democracia, diferente daquele que chamavam de torturador. Eu cidadão deste país que em 1974 tinha 19 anos e hoje tenho 56, vos respondo com dados, se este caso for publicado

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  73. 18 Maio, 2014 11:02

    “durante os meses quentes da revolução, chegou a haver mais presos políticos em Caxias do que os que lá se encontravam no 25 de Abril”…

    Como narro nas minhas memórias, quando saí de Caxias em Fevereiro de 74 havia 4 a 8 camas por cela colectiva, e quando para lá voltei em Outubro do mesmo ano tinham montado beliches nas camas, porque o número de presos por cela era o triplo…
    Mas isto são memórias pessoais.
    Se falarmos em números objectivos e frios, havia a 25 de Abril de 1974 em Portugal 126 presos políticos, dos quais 41 a cumprir pena e 85 em interrogatório ou a aguardar julgamento. Desses 126, mulheres eram 10. Os nomes deles constam da lista de libertados nessa data.
    Nos últimos 30 anos do regime foram presas na metrópole em média anual 400 pessoas por motivos políticos – cerca de 12 mil, ao todo. Mas a maioria estava lá menos de um ano, tanto assim que em 1973 foram presas 561 pessoas mas a 25 de Abril de 74 estavam presas só as que indiquei, 126 ao todo – e algumas já presas em 74. São tudo números confirmados por Irene Pimentel.
    Ora no ano e tal que se seguiu ao 25 de Abril terão sido presos cerca de 3 mil – um quarto do número de presos durante os últimos 30 anos do regime deposto! Foram cerca de 2000 funcionários da PIDE, centenas de “reaccionários” avulsos desde Manuel Múrias a Artur Agostinho passando pelos membros dos proibidos Partido liberal e Partido do Progresso, capitalistas e gestores, sobretudo a seguir ao 11 de Março, e ainda 400 e tal membros do MRPP…
    Quanto ao trato: torturas confirmadas só haverá as praticadas sobre 4 presos pelo RALIS, efectuadas por militantes do MRPP sobre “reaccionários”, e houve também 2 presos mortos por falta de assistência médica…
    É melhor por uma pedra sobre isto e passar adiante, que estas memórias não fazem nada bem…

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