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Oxalá foram fábulas sonhadas!

6 Fevereiro, 2012

O Sorumbático foi até ao Largo Camões e veio de lá perguntando: já que a abolição dos feriados de 5 de Outubro e de 1 de Dezembro provoca tanta polémica, que tal abolir, antes, o Dia de Camões – e, pelo menos em Lisboa, o Dia da Cidade? Exagero? Olhando para as imagens temos de convir que não.

26 comentários leave one →
  1. 6 Fevereiro, 2012 17:50

    Sim..
    toda a razão.
    tratam mal o Camões como génio-escritor.
    e tratam mal a praça que o devia homenagear.
    esperemos que este Ministro REVEJA todos os currículos da cambada xuxa
    que só tinham como objectivo não ensinar nada aos alunos…..ou ensinar mal.
    acabar com a ileteracia

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  2. zazie permalink
    6 Fevereiro, 2012 18:15

    Oxalá foram?
    .
    Acha que o tempo verbal está correcto?

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  3. zazie permalink
    6 Fevereiro, 2012 18:15

    Fossem!

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  4. 6 Fevereiro, 2012 18:24

    Lisboa deve ser das únicas terras do país em que as pessoas realmente comemoram o dia da cidade.

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  5. aremandus permalink
    6 Fevereiro, 2012 18:28

    camões, o poeta-mor, foi entretanto descoberto por investigadores, foi um bêbedo e inveterado putanheiro! ossana,ossana!
    o pessoa, parece que não atingiu o segundo predicado. o camões,dizia, aplaudiria que este mês de fevereiro fosse todo ele de pagã e desbragada folia.

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  6. Conde Venceslau permalink
    6 Fevereiro, 2012 19:03

    O dia de camões (10 de Junho) e o dia de da cidade de Lisboa (12 de Junho) são uma bela desculpa de sacanagem para meter mini férias no Algarve nos dias em que a praia começa a ficar apetecível. Como exemplo… Em 2013 o 10 de Junho calha a uma segunda feira e o 12 a uma quarta. Significa isto que um habitante da Capital sai do trabalhinho na sexta feira dia 7 e, com apenas 1 dia de férias gasto (se é o que o mete) consegue a proeza de só ter que regressar ao seu posto de trabalho no dia 13, i.e, com um dia de férias alavanca 6. O resto do país esse fica a trabalhar para essa cambada da Capital ir a banhos ao Algarve. Estão agora a ver porque é que no 10 de Junho não se toca !!??

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  7. 6 Fevereiro, 2012 19:09

    Historiadores descobriram que, afinal, não foi o Luís Vaz de Camões quem escreveu os Lusíadas, mas sim um outro sujeito que, por acaso, tinha o mesmo nome.

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  8. Arlindo da Costa permalink
    6 Fevereiro, 2012 19:09

    Espero que este Governo elimine os portugueses, pois o problema de Portugal é haver muitos portugueses!
    E já agora que vão para o raio que os parta!

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  9. 6 Fevereiro, 2012 19:12

    “O resto do país esse fica a trabalhar …”
    .
    …e o Conde Venceslau a ver…

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  10. 6 Fevereiro, 2012 19:15

    Oh Conde…o dia da cidade de Lisboa não é 13 – o de St António?

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  11. Helena Matos permalink
    6 Fevereiro, 2012 19:15

    O TÍTULO DO POST FOI RETIRADO DA CANÇÃO X DE LUÍS DE CAMÕES

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  12. 6 Fevereiro, 2012 19:48

    Vinde cá, meu tão certo secretário
    dos queixumes que sempre ando fazendo,
    papel, com que a pena desafogo!
    As sem-razões digamos que, vivendo,
    me faz o inexorável e contrário
    Destino, surdo a lágrimas e a rogo.
    Deitemos água pouca em muito fogo;
    acenda-se com gritos um tormento
    que a todas as memórias seja estranho.
    Digamos mal tamanho
    a Deus, ao mundo, à gente e, enfim, ao vento,
    a quem já muitas vezes o contei,
    tanto debalde como o conto agora;
    mas, já que para errores fui nascido,
    vir este a ser um deles não duvido.
    Que, pois já de acertar estou tão fora,
    não me culpem também, se nisto errei.
    Sequer este refúgio só terei:
    falar e errar sem culpa, livremente.
    Triste quem de tão pouco está contente!
    Já me desenganei que de queixar-me
    não se alcança remédio; mas, quem pena,
    forçado lhe é gritar, se a dor é grande.
    Gritarei; mas é débil e pequena
    a voz para poder desabafar-me,
    porque nem com gritar a dor se abrande.
    Quem me dará sequer que fora mande
    lágrimas e suspiros infinitos
    iguais ao mal que dentro n’alma mora?
    Mas quem pode algu’hora
    medir o mal com lágrimas ou gritos?
    Enfim, direi aquilo que me ensinam
    a ira, a mágoa, e delas a lembrança,
    que é outra dor por si, mais dura e firme.
    Chegai, desesperados, para ouvir-me,
    e fujam os que vivem de esperança
    ou aqueles que nela se imaginam,
    porque Amor e Fortuna determinam
    de lhe darem poder para entenderem,
    à medida dos males que tiverem.
    {Quando vim da materna sepultura
    de novo ao mundo, logo me fizeram
    Estrelas infelices obrigado;
    com ter livre alvedrio, mo não deram,
    que eu conheci mil vezes na ventura
    o milhor, e pior segui, forçado.
    E, para que o tormento conformado
    me dessem com a idade, quando abrisse
    inda minino, os olhos, brandamente,
    mandam que, diligente,
    um Minino sem olhos me ferisse.
    As lágrimas da infância já manavam
    com ũa saudade namorada;
    o som dos gritos, que no berço dava,
    já como de suspiros me soava.
    Co a idade e Fado estava concertado;
    porque quando, por caso, me embalavam,
    se versos de Amor tristes me cantavam,
    logo m’adormecia a natureza,
    que tão conforme estava co a tristeza}
    Foi minha ama ua fera, que o destino
    não quis que mulher fosse a que tivesse
    tal nome para mim; nem a haveria.
    Assi criado fui, porque bebesse
    o veneno amoroso, de minino,
    que na maior idade beberia,
    e, por costume, não me mataria.
    Logo então vi a imagem e semelhança
    daquela humana fera tão fermosa,
    suave e venenosa,
    que me criou aos peitos da esperança;
    de que eu vi despois o original,
    que de todos os grandes desatinos
    faz a culpa soberba e soberana.
    Parece-me que tinha forma humana,
    mas cintilava espíritos divinos.
    Um meneio e presença tinha tal
    que se vangloriava todo o mal
    na vista dela; a sombra, co a viveza,
    excedia o poder da Natureza.
    Que género tão novo de tormento
    teve Amor, que não fosse, não somente
    provado em mim, mas todo executado?
    Implacáveis durezas, que o fervente
    desejo, que dá força ao pensamento,
    tinham de seu propósito abalado,
    e de se ver, corrido e injuriado; a
    qui, sombras fantásticas, trazidas
    de algũas temerárias esperanças;
    as bem-aventuranças
    nelas também pintadas e fingidas;
    mas a dor do desprezo recebido,
    que a fantasia me desatinava,
    estes enganos punha em desconcerto;
    aqui, o adevinhar e o ter por certo
    que era verdade quanto adevinhava,
    e logo o desdizer-me, de corrido;
    dar às cousas que via outro sentido,
    e para tudo, enfim, buscar razões;
    mas eram muitas mais as sem-razões.
    Não sei como sabia estar roubando
    cos raios as entranhas, que fugiam
    por ela, pelos olhos sutilmente!
    Pouco a pouco invencíveis me saiam,
    bem como do véu húmido exalando
    está o sutil humor o Sol ardente.
    Enfim, o gesto puro e transparente,
    para quem fica baixo e sem valia
    este nome de belo e de fermoso;
    o doce e piadoso
    mover de olhos, que as almas suspendia
    foram as ervas mágicas, que o Céu
    me fez beber; as quais, por longos anos,
    noutro ser me tiveram transformado,
    e tão contente de me ver trocado
    que as mágoas enganava cos enganos;
    e diante dos olhos punha o véu
    que me encobrisse o mal, que assi creceu,
    como quem com afagos se criava
    daquele para quem crecido estava].
    Pois quem pode pintar a vida ausente, c
    om um descontentar-me quanto via,
    e aquele estar tão longe donde estava,
    o falar, sem saber o que dezia,
    andar, sem ver por onde, e juntamente
    suspirar sem saber que suspirava?
    Pois quando aquele mal me atormentava
    e aquela dor que das tartáreas águas
    saiu ao mundo, e mais que todas dói,
    que tantas vezes sói
    duas iras tornar em brandas mágoas;
    agora, co furor da mágoa irado,
    querer e não querer deixar de amar,
    e mudar noutra parte por vingança
    o desejo privado de esperança,
    que tão mal se podia já mudar;
    agora, a saudade do passado
    tormento, puro, doce e magoado,
    fazia converter estes furores
    em magoadas lágrimas de amores.
    Que desculpas comigo que buscava
    quando o suave Amor me não sofria
    culpa na cousa amada, e tão amada!
    enfim, eram remédios que fingia
    o medo do tormento que ensinava
    a vida a sustentar-se, de enganada.
    Nisto ua parte dela foi passada,
    na qual se tive algum contentamento
    breve, imperfeito, tímido, indecente,
    não foi senão semente
    de longo e amaríssimo tormento.
    Este curso contino de tristeza,
    estes passos tão vãmente espalhados,
    me foram apagando o ardente gosto,
    que tão de siso n’alma tinha posto,
    daqueles pensamentos namorados
    em que eu criei a tenta natureza,
    que do longo costume da aspereza,
    contra quem força humana não resiste,
    se converteu no gosto de ser triste.
    Dest’arte a vida noutra fui trocando;
    eu não, mas o destino fero, irado,
    que eu ainda assi por outra não trocara.
    Fez-me deixar o pátrio ninho amado,
    passando o longo mar, que ameaçando
    tantas vezes me esteve a vida cara.
    Agora, exprimentando a fúria rara
    de Marte, que cos olhos quis que logo
    visse e tocasse o acerbo fruto seu
    (e neste escudo meu
    a pintura verão do infesto fogo);
    agora, peregrino vago e errante,
    vendo nações, linguages e costumes,
    Céus vários, qualidades diferentes,
    só por seguir com passos diligentes
    a ti, Fortuna injusta, que consumes
    as idades, levando-lhe diante
    ũa esperança em vista de diamante,
    mas quando das mãos cai se conhece
    que é frágil vidro aquilo que aparece.
    A piadade humana me faltava,
    a gente amiga já contrária via,
    no primeiro perigo; e no segundo,
    terra em que pôr os pés me falecia,
    ar para respirar se me negava,
    e faltavam-me, enfim, o tempo e o mundo.
    Que segredo tão árduo e tão profundo:
    nascer para viver, e para a vida
    faltar-me quanto o mundo tem para ela!
    E não poder perdê-la,
    estando tantas vezes já perdida!
    Enfim, não houve transe de fortuna,
    nem perigos, nem casos duvidosos,
    injustiças daqueles, que o confuso
    regimento do mundo, antigo abuso,
    faz sobre os outros homens poderosos,
    que eu não passasse, atado à grã coluna
    do sofrimento meu, que a importuna
    perseguição de males em pedaços
    mil vezes fez, à força de seus braços.
    Não conto tantos males como aquele
    que, despois da tormenta procelosa,
    os casos dela conta em porto ledo;
    que ainda agora a Fortuna flutuosa
    a tamanhas misérias me compele,
    que de dar um só passo tenho medo.
    Já de mal que me venha não me arredo,
    nem bem que me faleça já pretendo,
    que para mim não val astúcia humana;
    de força soberana,
    la Providência, enfim, divina pendo.
    Isto que cuido e vejo, às vezes tomo
    para consolação de tantos danos.
    Mas a fraqueza humana, quando lança
    os olhos no que corre, e não alcança
    senão memória dos passados anos,
    as águas que então bebo, e o pão que como,
    lágrimas tristes são, que eu nunca domo
    senão com fabricar na fantasia
    fantásticas pinturas de alegria.
    Que se possível fosse, que tornasse
    o tempo para trás, como a memória,
    pelos vestígios da primeira idade,
    e de novo tecendo a antiga história
    de meus doces errores, me levasse
    pelas flores que vi da mocidade;
    e a lembrança da longa saudade
    então fosse maior contentamento,
    vendo a conversação leda e suave,
    onde ũa e outra chave esteve
    de meu novo pensamento,
    os campos, as passadas, os sinais,
    a fermosura, os olhos, a brandura,
    a graça, a mansidão, a cortesia,
    a sincera amizade, que desvia
    toda a baixa tenção, terrena, impura,
    como a qual outra algũa não vi mais…
    Ah! vês memórias, onde me levais
    o fraco coração, que ainda não posso
    domar este tão vão desejo vosso?
    Nô mais, Canção, nô mais; que irei falando,
    sem o sentir, mil anos. E se acaso
    te culparem de larga e de pesada,
    não pode ser (lhe dize) limitada
    a água do mar em tão pequeno vaso.
    Nem eu delicadezas vou cantando
    co gosto do louvor, mas explicando
    puras verdades já por mim passadas.
    Oxalá foram fábulas sonhadas!
    Camões

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  13. simil permalink
    6 Fevereiro, 2012 19:57

    Não somos nós que somos da rua, malta da rua, sem abrigo, isso tudo e ainda mais, mas é a rua que nossa e assim de nós.
    Por outra, larguei a droga, não sei já é, a esta hora, onde isso foi… que grande perda!, e alguém, quem sabe, a mesma bófia, a esta hora, se regala dela, de graça, bem.
    E isto espalhado pelos sopés de Camões e os demais vates só diz, criativamente, a veia acesa, perene, que nos sustém.
    Não mais do que aos nossos visinhos de perto e longe, que dizem que Londres, em comparação, e assim Paris, é um nojo, uma lixeira por toda a parte, de gente incré, selvagem, multicolor, enchendo as ruas, praças, estações de metro, atoda a hora, de estranhas rezas, costumes e o que nem demo lembrou ainda, entre nós, por cá .
    E mais não celebram o dia de Camões e nem o dia da cidade alfacinha, do fado e das sopeiras, recrutas, rebaldaria de polítcos e mais tachistas que, escorregando desde o Minho, Trás os Montes, Beiras, como do Allgarve e Alentejo, puloulam de turismo a capital.
    De modo que sossegue Helena, nem tudo de mal nos calha primeiro a nós .

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  14. simil permalink
    6 Fevereiro, 2012 20:12

    E oxalá foram fábulas,
    mas não, que me mouro assi

    Resposta a Piscoiso

    Junto de um seco, fero e estéril monte,

    inútil e despido, calvo, informe,

    da natureza em tudo aborrecido;

    onde nem ave voa, ou fera dorme,

    nem rio claro corre, ou ferve fonte,

    nem verde ramo faz doce ruído;

    cujo nome, do vulgo introduzido

    é felix, por antífrase, infelice;

    o qual a Natureza

    situou junto à parte

    onde um braço de mar alto reparte

    Abássia, da arábica aspereza,

    onde fundada já foi Berenice,

    ficando a parte donde

    o sol que nele ferve se lhe esconde;

    nele aparece o Cabo com que a costa

    africana, que vem do Austro correndo,

    limite faz, Arómata chamado

    (Arómata outro tempo, que, volvendo

    os céus, a ruda língua mal composta,

    dos próprios outro nome lhe tem dado).

    Aqui, no mar, que quer apressurado

    entrar pela garganta deste braço,

    me trouxe um tempo e teve

    minha fera ventura.

    Aqui, nesta remota, áspera e dura

    parte do mundo, quis que a vida breve

    também de si deixasse um breve espaço,

    porque ficasse a vida

    pelo mundo em pedaços repartida.

    Aqui me achei gastando uns tristes dias,

    tristes, forçados, maus e solitários,

    trabalhosos, de dor e d’ira cheios,

    não tendo tão somente por contrários

    a vida, o sol ardente e águas frias,

    os ares grossos, férvidos e feios,

    mas os meus pensamentos, que são meios

    para enganar a própria natureza,

    também vi contra mi

    trazendo-me à memória

    algüa já passada e breve glória,

    que eu já no mundo vi, quando vivi,

    por me dobrar dos males a aspereza,

    por me mostrar que havia

    no mundo muitas horas de alegria.

    Aqui estiv’eu co estes pensamentos

    gastando o tempo e a vida; os quais tão alto

    me subiam nas asas, que cala

    (e vede se seria leve o salto!)

    de sonhados e vãos contentamentos

    em desesperação de ver um dia.

    Aqui o imaginar se convertia

    num súbito chorar, e nuns suspiros

    que rompiam os ares.

    Aqui, a alma cativa,

    chagada toda, estava em carne viva,

    de dores rodeada e de pesares,

    desamparada e descoberta aos tiros

    da soberba Fortuna;

    soberba, inexorável e importuna.

    Não tinha parte donde se deitasse,

    nem esperança algüa onde a cabeça

    um pouco reclinasse, por descanso.

    Todo lhe he dor e causa que padeça,

    mas que pereça não, porque passasse

    o que quis o Destino nunca manso.

    Oh! que este irado mar, gritando, amanso!

    Estes ventos da voz importunados,

    parece que se enfreiam!

    Somente o Céu severo,

    as Estrelas e o Fado sempre fero,

    com meu perpétuo dano se recreiam,

    mostrando-se potentes e indignados

    contra um corpo terreno,

    bicho da terra vil e tão pequeno.

    Se de tantos trabalhos só tirasse

    saber inda por certo que algu’hora

    lembrava a uns claros olhos que já vi;

    e se esta triste voz, rompendo fora,

    as orelhas angélicas tocasse

    daquela em cujo riso já vivi;

    a qual, tornada um pouco sobre si,

    revolvendo na mente pressurosa

    os tempos já passados

    de meus doces errores,

    de meus suaves males e furores,

    por ela padecidos e buscados,

    tornada (inda que tarde) piadosa,

    um pouco lhe pesasse

    e consigo por dura se julgasse;

    isto só que soubesse, me seria

    descanso para a vida que me fica;

    co isto afagaria o sofrimento.

    Ah! Senhora, Senhora, que tão rica

    estais, que cá tão longe, de alegria,

    me sustentais cum doce fingimento!

    Em vos afigurando o pensamento,

    foge todo o trabalho e toda a pena.

    Só com vossas lembranças

    me acho seguro e forte

    contra o rosto feroz da fera Morte,

    e logo se me ajuntam esperanças

    com que a fronte, tornada mais serena,

    torna os tormentos graves

    em saudades brandas e suaves.

    Aqui co elas fico, perguntando

    aos ventos amorosos, que respiram

    da parte donde estais, por vós, Senhora;

    às aves que ali voam, se vos viram,

    que fazíeis, que estáveis praticando,

    onde, como, com quem, que dia e que hora.

    Ali a vida cansada, que melhora,

    toma novos espritos , com que vença

    a Fortuna e Trabalho,

    só por tornar a vervos ,

    só por ir a servir-vos e querer-vos.

    Diz-me o Tempo, que a tudo dará talho;

    mas o Desejo ardente, que detença

    nunca sofreu, sem tento

    m’abre as chagas de novo ao sofrimento.

    Assi vivo; e se alguém te perguntasse,

    Canção, como não mouro,
    podes-lhe responder que porque mouro” (e me vivo assi).
    LUIZ VAZ DE CAMÕES

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  15. simil permalink
    6 Fevereiro, 2012 20:17

    que melhor soava “e assi me vivo”

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  16. zazie permalink
    6 Fevereiro, 2012 20:21

    Não é preciso gritar, Helena.
    .

    “:O)))))))))

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  17. Monti permalink
    6 Fevereiro, 2012 21:08

    Já viram, se o anterior PSD
    tivesse levado a sua avante na AR?
    Sim o “Dia do Cão”.
    A bem do Regime.

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  18. Portela Menos 1 permalink
    6 Fevereiro, 2012 21:12

    a sra helenafmatos a tentar juntar os cacos da decisão de Passos face ao feriado de carnaval…

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  19. 6 Fevereiro, 2012 21:26

    Por falar em Camões..
    e nas viagens que fez pelo Índico..

    Mais uma prova entre milhares de que o “pacifismo” de Gandhi já passou à História há mtos anos ( se é k existiu).
    importante saber isto qdo se fala de Goa…….e da invasão dos “pacifistas” Indianos…
    http://www.zenit.org/article-29632?l=portuguese
    quase todos os dias há notícias de perseguições de Hindús a Cristãos…com assaltos, roubos, agressões, violações e mortes.
    obviamente, não constam da comunicação social portuguesa….jacobina, sectária, paranóica, defensora da tirania e da barbárie…quando se fala de Cristianismo.

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  20. 6 Fevereiro, 2012 21:58

    E que tal a solução britânica de gozar os feriados às segundas se calharem em dia útil ou dia de fim-de-semana. O pessoal goza sempre os mesmos dias de descanso e acabam-se as pontes:)
    Mas não a malta tem de inventar a pólvora,..

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  21. Zebedeu Flautista permalink
    7 Fevereiro, 2012 00:09

    O 1º de Maio chega muito bem como feriado. O resto são feriados burgueses incluindo o 25 de Abril.
    .
    Ao sábado todos trabalham revertendo 100% da jorna para amortização da dívida à Troika. Esta verba deve ser enviada trimestralmente por transferência directa bancária pelos patrões com fiscalização dos sindicatos MAS sem nunca o Estado Central lhe ver o cheiro.
    .
    E aos domingos também se deve trabalhar de manhã tendo o cuidado de fechar as igrejas à tarde não vão os trabalhadores andar em missas fascistas.
    .
    A meia jorna do domingo reverte até 90% para ajudas de custo a classe política devendo o Estado a bem do principio da solidariedade e subsidiaridade assegurar que o dizimo remanescente permite ao camarada trabalhador adquirir um pastel de nata ( medida estandardizada pela futura directiva 666-6969-666 da UE) para repartir irmanamente pela família directa. A divisão do pastel será fiscalizada e assegurada pela ASAE custe o que custar.

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  22. Portela Menos 1 permalink
    7 Fevereiro, 2012 01:12

    Zebedeu Flautista (mesmo a brincar) e uma aproximação à agenda ideológica da canalha passista.

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  23. 7 Fevereiro, 2012 02:12

    Estes ingleses andam completamente doidos.
    agora libertaram o braço direito do osama bin Laden para a Europa!!!
    http://english.alarabiya.net/articles/2012/02/06/193030.html

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  24. 7 Fevereiro, 2012 07:33

    Estas situações de degradação das nossas cidades (incluindo o seu património mais significativo) sucedem pela acção ou omissão ‘a crédito’ de vários grupos de indivíduos – misto de cavalgaduras, incompetentes e indiferentes.
    Os que fazem.
    Os que são pagos para não deixar fazer, mas não mexem uma palha.
    Os que até acham bem.
    Os que nem querem saber.
    Os que procuram desmotivar os poucos que ainda se importam.

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  25. Nuno permalink
    7 Fevereiro, 2012 13:17

    Pi-Erre – Posted 6 Fevereiro, 2012 at 19:09 |
    “Historiadores descobriram que, afinal, não foi o Luís Vaz de Camões quem escreveu os Lusíadas, mas sim um outro sujeito que, por acaso, tinha o mesmo nome.”
    ou seja: não foi o Luís Vaz de Camões, foi aquele outro gajo, como se chamava???? Ahhh, sim…. Luís Vaz de Camões! Muito bom!!!!

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  26. Portela Menos 1 permalink
    7 Fevereiro, 2012 23:09

    Está tudo bem com o Lápis Azul do bloger de serviço?

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