Uma notícia extraordinária
Não sei o que é mais extraordinário nesta notícia.
Em primeiro lugar, a incapacidade do estudante parisiense para se manter em silêncio. O pudor não é, de facto, uma das suas qualidades.
Depois, a existência de uma “fonte próxima do ex-primeiro-ministro”. Será que ainda mantém, em Paris, uma assessoria de imprensa? Será alguém em Lisboa, algures no meio da bancada socialista? Ou será aquilo que todos desconfiamos que seja – o próprio?
A seguir a ficção de “memórias doces” de uma discussão “brutal” num dia em que os menos desmemoriados se recordarão de como anunciou o pedido de ajuda – com a ajuda do Luís e tudo.
A pouco e pouco percebemos que isso só sucedeu sob fortíssimas pressões – de Soares, dos banqueiros – e só se concretizou porque Teixeira dos Santos precipitou a decisão, contra a vontade de Sócrates, como resulta claro, por exemplo, da reconstituição feita neste livro de Joaquim Vieira.
Nesse sábado, recorde-se, o Expresso noticiou que o pedido de empréstimo fora combinado ao almoço entre o primeiro-ministro e o ministro das Finanças. Mais uma falsidade, das muitas de que se alimentava o spin do nosso ex-. Pena foi que nesse dia ninguém tivesse ido confirmar a notícia junto do próprio Teixeira dos Santos. Ele ter-lhes-ia dito que fora servida vichyssoise…
Mas o mais extraordinário é a criatura continuar a achar que o país podia passar ajuda externa, porventura com um PEC IV que, é bom recordar, dava menos um ano do que o acordo com a troika para o reequilíbrio orçamental. Mas esse detalhe parece não incomodar os que então o defenderam e hoje reclamam por mais um ano nos nossos prazos.
Ainda bem qie o estudante parisiense reaparece com regularidade nas notícias. Ajuda-nos a não esquecer o tipo de política que fez o seu sucesso, e a desgraça do país.

Com que então o “trottoir” parisiense “adoçou” a memória do desenhador sanitário ( camarário ?)…
É de espantar a cobertura que , tanto pasquins como caneiros televisivos, continuam a dispensar a esse bandalho.
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JMF: esse ex já não interessa nada. Estou mais preocupado por este governo ,apesar do esforço ,não conseguir travar o afundanço ,com mais uma derrapagem nas empresas públicas. Por outro lado ,o ajustamento que vai ser feito , a bem ou a mal, vai conduzir a nossa terra aos anos sessenta.Não estamos preparados mentalmente para tal ,nem os portugueses percebem bem o que nos aconteceu.A coisa está mesmo negra.
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Pedro, é bem possível – ou quase certo – que os politiqueiros conduzam a nossa Terra não aos anos sessenta mas a um tempo muito anterior, talvez aos anos trinta. Noa anos sessenta a Casa estava arrumada e agora não se vislumbra quem a arrume. A podridão é tanta que os capazes – que os há – não estão dispostos a meter-se ao barulho. Alguém que o fizesse arriscava-se a um fim triste, talvez levando um balázio sem saber como.
Eu estou longe, muito bem e até já nem sei Português.
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errata (vêem, eu já não sei Português…)
aonde está: ” Noa anos sessenta” deve ler-se ” Nos anos sessenta”.
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Pedro, Nuno,
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Em todos os países em que a austeridade se levou a sério, houve um período de grande crescimento depois. No caso de Portugal foi de 7% ao ano na segunda metade da década de 80, se me lembro bem dos números.
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Aqui o Anti-Comuna disse tudo o que eu tenho andado a dizer num outro artigo: os empregos que estão a ser criados são muito mais sustentáveis do que os que estão a ser destruídos (e aliás por o não serem é que são erradicados). Infelizmente, estamos ainda na fase de destruição de empregos, muito embora pareça pelos indicadores avançados (segundas derivadas, normalmente) que já passamos o ponto de inflexão e estamos a ponto de bater no mínimo do emprego.
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Penso que há quem goste deveras de ver o país a ferro e fogo, e esteja sinceramente apostado em que tudo vai correr mal. Não é esse nem o meu desejo nem a minha convicção. O Estado tem simplesmente de se manter de lado, de emagrecer e de deixar que sejam os portugueses a sair de vez da crise sustentadamente:
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Como produtores, produzindo para exportar e para substituir importações.
Como consumidores, comprando português e substituindo grandes superfícies por pequenos supermercados.
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A escarralhada gosta de cantar a revolução e a treta da violência e da luta (mas são internacionalistas e pacíficos, dizem eles às Segundas, Quartas e Sextas, e negam-no nos outros dias). Eu prefiro ir fazendo o meu trabalho, como consumidor agora e como produtor quando puder.
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F.Colaço: Aquilo que eu escrevia era que o governo não estava a conseguir pôr ordem na casa e reitero.Se o governo não for capaz ,podemos começar a pensar noutra solução.Penso que precisamos urgentemente de um governo de salvação nacional . Infelizmente o Presidente em quem votei , está deveras enfraquecido.
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Pedro. eu não contrario nem discuto os seus números. Apenas me parece – e não vou verificar – que os seus 7% começaram antes dos anos 80. Creio que o crescimento se começou a sentor bem antes disso.
Tambêm lhe digo que, neste período, estaremos em situação idêntica à dos anos trinta, quando começou a reconstrução do pais.
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de facto falta reconstruir muito… pontes, muros, barragens, torres, castelos, … só assim crescemos (outra vez?…)
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O mais extraordinário é não serem aqui e noutros blogs semelhantes usados os argumentos demolidores que, a serem verdadeiros, arrasam o PEC IV e fazem parecer tolos quem o invoca, a saber:
-Beneficios de 6.5 versus empréstimo de 78
-Beneficios daí a um ano versus falta de líquidez daí a 2 meses
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apesar de estarmos a voltar ao nível de vida do anos 80 e JMF estar feliz por sentir de novo o maoismo a fervilhar nas veias,polvilhado de heroína, estou confiante que josé sócrates, no momento oportuno, surgirá para resgatar a pátria destes sanguinários vampiros.
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O medo do homem ainda vos tolhe o espirito e voz faz mijar pernas abaixo
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Tony,
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O país é pequeno demais para a ambição de Sócrates.
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N.A.: isto não é um insulto ao país.
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Aremandus,
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josé sócrates, no momento oportuno, surgirá para resgatar a pátria destes sanguinários vampiros.
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Virá numa manhã de nevoeiro montado num TGV branco.
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Pedro,
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Há demasiados laivos de socialismo em Pedro Passos Coelho para emagrecer o Estado. Postulo que 1) metade da função pública é areia na engrenagem, 2) estamos com a corda na garganta e a passar entre os pingos da chuva e 3) não nos concentraremos no longo prazo enquanto não resolvermos os problemas do curtíssimo prazo, 4) a dívida é um baraço que tolhe o crescimento, visto que 7% do Pecúnio Possível Bruto (PPB) anual sai directamente dos bolsos dos infortunados e espoliados contribuintes para o estrangeiro, e quase todo o resto para os bolsos dos afortunados e mimalhados funcionários desfuncionais públicos.
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Esta receita (ir à sociedade dos privados para sustentar a socialite dos públicos) era a receita se Sócrates e, por imperativo de premência, de Passos Coelho. Ora, contribuo sem gosto mas resignado SE o Estado usar o tempo que compra dos meus dinheiros para se restruturar, sacudir o excesso de pessoal, e que é muito, findar mordomias insustentáveis aos funcionários públicos e no essencial deixar os portugueses livres (no sentido de economicamente livres) para reganharem auto-confiança e se lançarem em actividades produtivas e consumo responsável. Coisa que, convenhamos, não estamos habituados a fazer. E que por imposição do tempo, teremos de começar a fazer.
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Sou frontalmente contra governos de salvação nacional, pelo simples motivo de que primeiro se salvam a eles próprios, a aos seus apaniguados e só depois a Nação. Entretanto, ainda não tenho plena certeza de que o Passos Coelho não irá eventualmente inflectir e de uma vez por todas redimensionar o Estado ao país que temos, estando a preparar o caminho para tal, passo a passo, tijolo a tijolo, e que ainda me surpreenda. Apenas tenho esse temor, e ao sabor dos tempos vai e vem, mas tenho de reconhecer ao Primeiro Ministro inteligência, assim como ao ministro que ocupa a pasta da economia e ao das finanças. Vamos ver. Nunca disse que a crise se resolve em um ano, nem que deixaremos se sentir os efeitos desta até que a nossa dívida chegue a 0% do PIB. Sei o que disse, 0%, e sei o tempo que vai demorar a lá chegar. Não será coisa infelizmente que me arrogue a ver nos meus dias. Pagar a dívida será, vaticinadamente, coisa de crianças. Dos meus três filhos, ainda crianças, talvez; dos meus netos, quando nascerem, se chegarmos a ser inteligentes.
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vem montado em bestas “culoçai”s e imbuído do espirito napoleónico para mandar cortar as cabeças daqueles que não são concidadãos da cidade.
esta direita que se julga de sangue azulada será decapitada de vez.
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Aremandus,
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Vou perder a paciência consigo, pois a sua educação assemelha-se ao que posso esperar do Mercado do Bolhão e das peixeiras de Matosinhos que puseram o pobre do Sousa Franco fora deste mundo. Respeite o seu adversário, como o respeito a si. Se não é capaz de respeitar, use de auto-censura por mera educação e civilidade.
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Nunca lhe fiz ataques pessoais. E pode ter a certeza de que finge por ser desfuncionário público que passou num concurso que o coloca à frente dos demais cidadãos. Pensando que grande parte dos «excelentes» dos filhos da p… funcionários públicos são dados àquele que consegue manter as mucosas bucais mais próximas do orifício anal do seu superior hierárquico, veja lá se pelo menos tem o cuidado de lavar a boca antes de dizer algo que seja, pois o hálito que da sua boca fede atesta a sua proveniência.
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Nuno,
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Durante a austeridade dos anos 80, a do Mário Soares, houve contração da economia como hoje. (Tenho de me habituar ao Accordo Ortográphico, e isto está a custar!) Quando as finanças ficaram saneadas, Portugal cresceu a ritmos de mais de 5% por mais de um lustro.
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É uma singularidade existencial. Tudo tem explicação, mas há excepcções.
Porque razão os gregos não pagam impostos? Ainda há pouco tempo era o turco que ninguém chamara, mas que apareceu lá porque tinha muita pólvora, o mesmo é dizer o direito a mandar. Eu quero dinheiro! Disse o turco e foi, tiro e queda. Quando a pólvora acabou o turco foi corrido, mas ficou o hábito.
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A excepcção é que não consigui uma explicação para a singularidade que leva um pândita, de uma maneira tão platónicamente sofrida, a sua realidade socrática. Quiçá, coisa do espaço e do tempo, como do Ganges ao Tejo, porque o mundo é redondo.
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* A excepcção * . Também que acontece. É o complexo
atual dos “c” omitidos ou permitidos . . .
Lá temos de soletrar antes de ousarmos escrever a palavra: o “c” é pronunciado ou não?
e o “p” que está lá a fazer? E? Oh que LOUCURA!
Olhe, amigo, ponha-se em dia e escreva exceção .(Parece-me, mas não tenho
a certeza, que agora *ficou* assim. . . ).
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The *lost* disse bem. A Grécia teve o Século de Péricles, depois finou-se.
Vieram os Macedónios (Filipe e Alexandre), os Romanos, os Turcos, os Nazis . . .
E nunca mais se encontrou.
Ficaram apenas as ruínas: que dão boas receitas aos cofres do Estado, via turistas . . .
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o Francisco Colaço perdeu a compostura.
Tal atesta a sua proveniência:
a casta dos chandalas (ou tchandalas)
quando higiénicamente escreve escarradalhada, vê-se o seu nível…
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O estudante parisiense aparece regularmente nas notícias porque, existem alguns estipêndiados,
como é o seu caso, que à falta de melhor inventam “artigos” para os pasquins do costume!
Que a política seguida pelos estarolas é de terra queimada, ninguém tem dúvidas, isto está quase
a bater no fundo e, até agora não foi mostrado como é que o País vai começar a crescer acima dos
2% ou mais ao ano? Se estão à espera de um milagre…podem esperar sentados! Serão só os chine-
ses a investir ou, antes teremos uma qualquer revolução promovida pelos “manos” ?
Já não há pachorra para o jmf e as suas inventonas…devia mudar o tema como alguns rivais já
fizeram e, já estão a receber do pote!!!
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Aremandus,
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Deixo-o a clamar no deserto, funcionário público, exemplar condigno e arrogante da máquina de imbecilidade e atestação perfeita da sua eficácia.
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Quem paga as mordomias de luxo do Sókas em Paris?
quando é q o PGR manda investigar A SÉRIO os 300 milhões da família Sókas Pinto de Sousa nas off-shores?
Pq é q as centrais de propaganda mafiosas xuxas maçónicas gay censuram, omitem, escondem esta roubalheira?
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Recomendada a leitura de….
Contos Proibidos – Memórias de um PS desconhecido
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A interpretação para as “memórias doces” pode ir desde o cinismo até à psiquiatria. Quantas destas aberrações políticas haverá à solta dentro do PS?
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Francisco c.,
continue pregador da moral.
terá um fim igual ao dos grilos.
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Quem tem cú tem medo.
PSP reforçou proteção do primeiro-ministro com mais uma equipa. Já são 15 os homens que protegem Passos Coelho.
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