Santa paciência
Pergunta hoje o PÚBLICO «Não sabemos quantos portugueses pertencem a minorias étnicas e raciais. Oficialmente, retratam-nos como “brandos” em matéria de discriminação. Não ligamos à cor da pele, nem à etnia? Francisca Van Dunem, procuradora-geral distrital de Lisboa, Carlos Miguel, presidente da Câmara Municipal de Torres Vedras, Nuno Santos, sociólogo, Narana Coissoró, ex-deputado, dão a cara e falam de uma questão tabu em Portugal: por que é que não recolhemos dados sobre minorias quando até a ONU nos aconselha a fazê-lo?» Enfim não é preciso puxar muito pela memória para saber que não recolhemos esses dados porque vários activistas andaram anos a dizer que isso era racismo. Não sei se os mesmos activistas se os filhos deles agora pretendem construir um identidade étnica e então acham que se devem recolher esses dados. Para daqui a una anos certamente anatemizarem como hedionda essa prática. As fúrias prosélitas que ainda há pouco mandavam omitir qualquer referência étnica levaram a notícias anedóticas por exemplo a cobertura dos confrontos na Quinta da Fonte em 2008 . Contudo e antes que comece o folclore do costume sobre as etnias leiam esta notícias agora chegadas de França sobre um acidente numa auto-estrada e depois perguntem aos ex-activistas da etnia que deve ser omitida e que agora deve ser referenciada como é que ela deve ser redigida: «Trois adolescentes sont mortes dans la nuit de vendredi à samedi après avoir été fauchées sur l’A7 dans la Drôme. L’accident s’est produit à hauteur de Saint-Paul-Trois-Châteaux, non loin de Montélimar, dans le sens nord-sud, en direction de Marseille. Les pompiers ont été alertés peu avant minuit par les automobilistes ayant renversé les victimes.(…) Il s’agirait vraisemblablement de trois soeurs originaires de Marseille. Carmen, 12 ans, Charlotte, 13 ans, et Victorine, 17 ans, appartiendraient une famille sédentarisée issue de la communauté des gens du voyage. Deux frères des victimes et le futur époux d’une sœur de cette fratrie de 18 enfants sont arrivés de Marseille en début d’après-midi à la brigade de gendarmerie de Malataverne (Drôme) après avoir été contactés à l’aide d’un téléphone portable retrouvé sur place.»

Sobre o acidente em França que vitimou três moças que supostamente atravessavam a pé uma autoestrada, já tinha lido noutro jornal que não Le Figaro. Os corpos foram sucessivamente apanhados por várias viaturas, ficando estilhaçados.
Ou seja, pela autoestrada ficaram espalhados pedaços de corpos.
Agarrar nisto para o tema do racismo, faz-me lembrar aquele anúncio da Benetton.
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Na continuação…:
La présence des jeunes filles avait été signalée par de nombreux automobilistes et relayée sur le réseau de radio autoroutière 107.7 FM. Un patrouilleur de la société d’autoroute est entré brièvement en contact avec elles et aurait essayé de les convaincre de se mettre à l’abri derrière les barrières de sécurité. Mais elles ont refusé d’obéir: «Elles sont parties en courant en sens inverse de la circulation, il a essayé de les rattraper et a reculé avec son fourgon tant qu’il a pu» avant de les perdre de vue, a expliqué à un gendarme du peloton d’autoroute d’Orange. Le patrouilleur a déclenché une alerte signalant sur les panneaux de circulation la présence de piétons, selon la gendarmerie. Il aurait ainsi «fait correctement son travail».
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A que minoria a étnica é que a Drª Helena pertence?
Realmente é muito morena (qualidade que eu aprecio muito) para ser europeia.
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Pois “uma família sedentarizada, originária da comunidade das pessoas da viagem”.
De ciganos não é certamente, que a chuva não bate assim.
Talvez o novo Acordo Ortográfico tenha simplificado essa palavra “cigano” numa frase muito mais simples: “originário da comunidade das pessoas da viagem”.
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Os contorcionismos feitos para passar ao lado da origem étnica das 3 vitimas é, de facto, enternecedora.
E tudo acabou numa contradição: “sedentário” e “comunidade das pessoas da viagem”.
Assim temos uma criação jornalística: o “nomadismo sedentário”…
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Já vi jovens a atravessarem a CREL junto ao túnel de Carenque e a fazerem negaças aos automobilistas. E por acaso nem eram pretos. Com muita pena da sra Helena Matos.
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