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Um mistério nas rendas das PPPs

18 Março, 2012
by

Tenho andado a pensar neste gráfico que o Luís partilhou connosco…

…e há uma coisa que não me entra na cabeça: por que motivos há uma especie de “vale” na cadência dos pagamentos nos anos de 2012 e 2013? A quebra no ritmo dos pagamentos, como se vê no gráfico, ocorre nas PPPs rodoviárias, e nada na sua entrada em funcionamento permite prever esses dois anos de relativa “poupança”.

Se eu não conhecesse o tipo de políticos que assinaram os contratos – José Sócrates como responsável máximo, Paulo Campos a pôr as mãos na massa – acharia que a folga de 2012/2013 nada teria a ver com um ciclo eleitoral em que, se não tivesse havido dissolução, Sócrates iria novamente às urnas em 2013 e tudo faria para repetir a receita de sucesso de 2009. Mas como conheço aqueles dois figurões começo a crer que eles, com a cumplicidade da Estradas de Portugal, planearam mesmo este ciclo de pagamentos com uma espécie de “folga eleitoral”.

Depois ainda dizem que não estávamos nas mãos de um gangue que não olhava a meios para atingir os seus fins…

34 comentários leave one →
  1. piscoiso's avatar
    piscoiso permalink
    18 Março, 2012 14:16

    Comparar valores históricos factuais, com previsões futuras…
    só pode ser manipulação grosseira.
    É como comparar o meu filho com o meu neto que ainda não nasceu.

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  2. esse antonio's avatar
    esse antonio permalink
    18 Março, 2012 14:37

    Se o post é “manipulação grosseira”. Que dizer do comentário de Piscoiso? Esta gente nunca mais se cura…

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  3. Carlos Pires's avatar
    18 Março, 2012 15:00

    O PiScoit0 tem razão, como é óbvio. Alguma vez as ações de José Sócrates poderiam ser determinadas por “previsões futuras” interesseiras?? Onde é que o jmf poderia ter ido buscar essa ideia? Se não é má vontade, só se foi à literatura…

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  4. simil's avatar
    simil permalink
    18 Março, 2012 15:16

    Tudo isto, leva a crer, e o mais de que por i se fala, parece guardar em si uns profundos obscuros de esperteza, manha e negócio a rodos sujo.
    E até ao dia que abertamente dê para já se acreditar que o governo que elegemos é nosso amigo e nos protege, bom é que, roubadas e enganadas, as pessoas pelo menos vão sabendo .

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  5. JDGF's avatar
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    18 Março, 2012 16:13

    Não me parece coerente afirmar que as PPP foram nascendo “à balda”, i. e., sem qualquer estratégia de investimento ou de desesenvolvimento e frente a um gráfico evolutivo começar com elucubrações acerca de “picos”, “vales”, “ondulações”, “depressões”, …
    As PPP serviam para apresentar continuamente “obra feita” ( excedendo a capacidade de investimento público) e a sua cirúrgica (para os interesses privados instalados) disseminação servia para – permanentemente – dar a impressão de (falso) progresso. Eram obras para serem pagas por nós e pelos vindouros. Conforme os interesses das parcerias privadas (não vale a pena complicar).
    A crise financeira, nomeadamente a perda da capacidade de endividamento externo, pública e privada (convém adicionar), é que determinou a necessidade de contabilização dos compromissos futuros.
    De resto, até ao “estouro” foi sempre a aviar…
    Mas o Dr. António Borges é que deve saber explicar (nos intervalos das suas ocupações na Jerónimo Martins…).

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  6. A. R's avatar
    A. R permalink
    18 Março, 2012 16:14

    Onde o PS entra a ética sai a correr pela porta.

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  7. balde-de-cal's avatar
    balde-de-cal permalink
    18 Março, 2012 16:32

    sem a imbecilidade do pis sem coiso
    este blogue perdia a graça.
    ‘valha-nos um piscoiso aos coices’

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  8. LR's avatar
    18 Março, 2012 17:20

    A evolução dos gastos com as PPPs rodoviárias pode ser vista aqui, páginas 30 e 31. É explicada basicamente por 2 factores:
    1. O início, por “feliz coincidência”, apenas em 2014, do pagamento das Subconcessões da Estradas de Portugal (EP) que incluem obras de “premente necessidade”, como a 3ª auto-estrada Lisboa-Porto, a Transmontana ou a auto-estrada do Baixo Alentejo;
    2. Uma subida brusca das receitas previstas, derivadas fundamentalmente de portagens nas ex-SCUT, mas também nas ditas concessões da EP, que começam a gerar receita antes de se começarem a pagar. A ver vamos se estas receitas se materializam.

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  9. pedro's avatar
    pedro permalink
    18 Março, 2012 17:35

    JMF: concordo que o estado foi capturado pelos gangues , mas aqueles figurões não tinham cerebro para tal estimativa, governavam à vista com palcos de publicidade enganosa ,enquanto os amigos se iam enchendo.Vamos vendo o caminho que fazem depois de sairem do governo . Quem cabritos vende….

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  10. piscoiso's avatar
    piscoiso permalink
    18 Março, 2012 17:50

    Para os que me insultam por fazer uma apreciação ao gráfico, direi que muitos gráficos fiz eu com o Harvard Graphics, ainda antes de aparecer o Windows e o Office.
    Gráficos para informação técnica e não para manipulação política, onde se comparam carros de bois com apitos.
    Bom proveito.

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  11. Costa Cabral's avatar
    Costa Cabral permalink
    18 Março, 2012 18:41

    Naturalmente que este gráfico é perfeitamente idiota e básico.
    Em linha com a actual maré.
    Daqui a dois ou três anos eu quero ver como é que esta malta vai encontrar o país.
    Certamente um país destruido, cheio de velhos, com gente a passar fome, fábricas abandonadas, equipamentos a enfurrejar, assaltos a tudo o que mexe, polícias com carros sem pneus, crianças a trabalhar no campo, pessoal com os dentes podres, etc.
    Eis a Grande Utopia que os actuais liberais, com experiência no maoismo das décadas de 60 e 70, têm para Portugal.

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  12. the lost horizon's avatar
    the lost horizon permalink
    18 Março, 2012 18:56

    Essa coisa, é o Vale do Rift, o longínquo habitat do Proconsul, o primata primordial, a partir do qual se perde o rasto do homem primitivo. O Proconsul é o elo perdido que é preciso encontrar, para explicar o Homo Sapiens Sapiens e com os dados que faltam, sair deste impasse em que nos encontramos. É que no tempo do Proconsul, há mais ou menos 25 milhões de anos, havia igualdade e fraternidade, os macacos eram eram todos da mesma espécie. Depois é preciso saber porque razão no processo evolutivo a convergência deixou de ser a razão objectiva do geral para dar lugar a um objectivo particular. É que neste contexto, a globalização está condenada, tal como o processo evolutivo.

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  13. Nuno's avatar
    Nuno permalink
    18 Março, 2012 19:02

    .
    A questão é que esta coisa não dá vontade nenhuma de rir… sem poder deixar de sorrir ao ler tudo isto de alto a baixo.,

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  14. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    18 Março, 2012 19:18

    O vale no gráfico era para encaixar o começo do TGV e do NAL.
    Por isso a montanha a seguir ia transformar-se numa cordilheira, muito acima da loucura que ainda assim vai ser.

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  15. simil's avatar
    simil permalink
    18 Março, 2012 20:23

    Eh, a coisa, eu estava lá, girava da simples maneira, vai ppp, e quem dá mais, a ver quem ganha, quem é que nos põe mais pinhões no offshore das caiman e já agora da madeira?
    eu, eu dou, eu dou, corta, corta, quem deu mais ganhou, p’ra agora, dispois há mais droga e cabou a brincadeira …

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  16. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    18 Março, 2012 21:20

    Caro LR,
    .
    Nem acredito que os dúblios encargos com as PPP se resumam a 1500 milhões de euros (e depois comecem a descer) e se venha a fazer um escarcel desta gota d’água monumental. Vejamos:
    .
    Encargos comas PPP: 1500 milhões de euros.

    Encargos com pessoal na função pública: 25000 milhões de euros, mais coisa menos coisa. (16× as PPP)
    Encargos com consultorias, estudos e coisas assim: 600 milhões de euros. (0,4× as PPP)
    Encargos com fornecimentos: 9000 milhões de euros. (6× as PPP)
    .
    Caro LR, ou o gráfico peca por defeito, e nesse caso o Sócrates tramou-nos, ou está correto, e nesse caso (ou caos) mais vale tratar de outras capelas e de outros curas, pois são bem mais predadores.

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  17. LR's avatar
    18 Março, 2012 21:57

    Caro Francisco Colaço,
    .
    O gráfico tem valores reais até 2011 inclusivé e previsionais a partir daí. Como digo na posta que o JMF linkou, têm-se verificado desvios na despesa – sempre para cima – na ordem dos 20% e, pelos vistos, não se conseguem prever os “reequilíbrios financeiros” acordados por Sócrates. Mas mesmo que a despesa não ultrapasse 1.500 milhões, é muito dinheiro. E lembre-se que estamos a falar de despesa já líquida das receitas (portagens e direitos de concessão).
    E vá lá, meu Caro, não exagere. Os encargos com pessoal em 2011 em todo o Sector Público Administrativo, já incluindo as Administrações Regional e Local e as Empresas Públicas que integram o perímetro de consolidação, terá rondado os 21 mil milhões. As Aquisições de Bens e Serviços, onde estão os cartões de crédito, deslocações, combustíveis, fornecimentos e serviços e sobretudo as avenças a consultores de toda a espécie é que são algo superiores: em termos de contabilidade nacional, algo perto dos 14 mil milhões. Não conheço a desagregação desta rubrica, mas acho que entre 20 a 30% era possível cortar sem haver degradação do serviço prestado à população. E terá de haver obviamente uma grande redução de pessoal.

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  18. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    18 Março, 2012 22:01

    esse vale no gráfico até pode ser o fim das rendas à Lusoponte, uma das primeiras PPP da estória do bloco central-neste caso mais à direita.

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  19. aremandus's avatar
    aremandus permalink
    18 Março, 2012 22:01

    agora não citam o prof leite campos? apanhado na burla fiscal da cgd com o jorge tomé?
    o prof leite campos grande ponta de lança aquando do programa eleitoral do psd?
    caiem em desgraça logo são segregados.
    o mesmo acontece com os ex-amigos governantes do cavaco…

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  20. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    18 Março, 2012 22:05

    esta cena da análise de gráficos faz lembra a bacorada dos 400% de crescimento de custos da Parque Escolar … de gente que nem as conclusões do relatório leu. Mas só no tempo do “bloco central – à esquerda” é que se encomendavam notícias …

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  21. henrique pereira dos's avatar
    henrique pereira dos permalink
    18 Março, 2012 22:09

    José Manuel Fernandes, já em 2010 eu tinha feito um post citando gráficos do mesmo tipo feitos por outros: http://ambio.blogspot.pt/2010/10/predadores-de-topo.html
    E já não era a primeira vez que eu (e muitos outros, claro) faziam esta demonstração.
    Que ainda assim as pessoas tenham preferido votar nisto a votar na sua alternativa é coisa que não entendo. Não foi por falta de informação, se até eu, que não percebo grande coisa do assunto, fui capaz de ver.
    henrique pereira dos santos

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  22. Xiça's avatar
    Xiça permalink
    18 Março, 2012 22:40

    Caro LR, como deve perceber um pouco disto, e dado o espanto absoluto com que leio certas coisas, aqueles 1000 milhões que a Brisa pede agora ao abrigo ddo contrato de reequilíbrio financeiro para a A17,
    http://economico.sapo.pt/noticias/concessionaria-da-brisa-exige-ao-estado-indemnizacao-de-mil-milhoes_140163.html
    .
    … como é possível tal montante numa autoestrada de apenas 93km, com o último troço inaugurado por Socrates apenas há 3 anos e meio, e que custou na altura metade deste montante agora pedido ?
    http://videos.sapo.pt/4JimRRTMe52u86wlJWkc
    .
    Será que sou eu que sou muito burro e não consigo mesmo entender toda esta loucura ?
    .
    Outra questão, com a introdução de portagens, muita gente que fazia o desvio pela “2ª autoestrada” Lisboa Porto (A29, A25, A17 e A8) com portagens deixou de se dar ao trabalho de ir por aí, e vão pela A1, ou seja, certamente a BRISA tem actualmente mais tráfego na A1 do que tinha antes. Alguém do Estado se lembrou de avaliar isso ou só os privados é que garantem os seus interesses ? Não só xulam por um lado como ganham tráfego no outro ?
    .
    Isto das autoestradas paralelas foi a maior vergonha que este país dez, duvido que exista algo do género noutra parte do mundo, e devia fazer parte do ensino da história do país. Estes pedidos de indemnização deviam ser remetidos para Paris, para a mamã do senhor pagar.

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  23. LR's avatar
    19 Março, 2012 02:13

    Xiça,
    .
    “… como é possível tal montante numa autoestrada de apenas 93km, com o último troço inaugurado por Socrates apenas há 3 anos e meio, e que custou na altura metade deste montante agora pedido ?”
    .
    Nos contratos de concessão, há cláusulas relativas à chamada “reposição do equilíbrio financeiro” quando se verifiquem determinadas ocorrências, como por exemplo “Alterações legislativas de carácter específico que tenham um impacte directo sobre as receitas ou custos respeitantes às actividades integradas na Concessão” ou “Quando o direito de aceder à reposição do equilíbrio financeiro seja expressamente previsto no Contrato de Concessão”, coisa que, imagino, está previsto em todos. Ver contrato da Concessão Litoral Centro, pág 27 e seguintes. Pela leitura do clausulado, imagino que uma simples alteração da taxa de juro põe em causa o equilíbrio financeiro (e naturalmente também a taxa de retorno) e daí que haja rácios objectivo de cobertura de serviço da dívida e de manutenção de TIR (taxa interna de rendibilidade).
    Os 1.000 milhões que a Brisa está a pedir são justificáveis? De imediato, também me parece um valor aberrante, inclusivamente acima do VAL máximo (924,5 milhões), o qual uma vez atingido, implica o fim da concessão (mas desde que tenham passado pelo menos 22 anos…). Não tenho porém dados para medir isso, uma vez que um conjunto de anexos que fazem parte integrante do contrato não foram revelados. E para o efeito, imagino que seria relevante o Anexo 15 – Critérios Chave.
    .
    .
    “Outra questão, com a introdução de portagens, muita gente que fazia o desvio pela “2ª autoestrada” Lisboa Porto (A29, A25, A17 e A8) com portagens deixou de se dar ao trabalho de ir por aí, e vão pela A1, ou seja, certamente a BRISA tem actualmente mais tráfego na A1 do que tinha antes.”
    .
    Atenção, que a Concessão Litoral Centro, objecto de reclamação de “reequilíbrio financeiro” por parte da Brisa, foi sempre portajada. Na chamada 2ª auto-estrada Lx-Porto, a parte não portajada era a A29, a A25 e um pequeno troço da A17 entre Aveiro e Mira, onde começa a dita Concessão Litoral Centro, que se estende por 92 kms até Leiria. O troço que terá perdido algum tráfego com a introdução das portagens, foi o da A29 entre Estarreja e o Porto, mas já pertence a outra concessão, atribuída à Ascendi (Grupo Mota-Engil). Mas nem por isso a A1 (e a Brisa) terão beneficiado muito. Redução do poder de compra e aumento dos combustíveis, devem ter provocado uma quebra danada nas receitas de portagem. Posso dizer-lhe que faço a A1 há vários anos e nunca a vi com tão pouco tráfego – e em horas de ponta, tipo entre as 7 e as 8 horas de 2ª feira.

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  24. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    19 Março, 2012 09:48

    LR,
    .
    O valor de 25.000 milhões extrapolei-o a partir dos números de 2010, tomando como 1,5 o critério entre o que foi gasto na administração pública central e o que seria gasto nas autarquias, institutos públicos, fundações, entidades empresariais do Estado e empresas públicas. Apenas lhe pergunto isto em relação ao número de 21.000 milhões: este número conta com os institutos públicos e com as EPE (por exemplo, hospitais-empresa públicos e empresas municipais, dependentes do orçamento do Estado ou sob a sua tutela), e com os falsos recibos verdes nestas entidades. Mesmo imaginando que os gastos de pessoal com tais aberrações não contem mais que mil milhões de euros, o que realmente atiraria o número de despesas reais com pessoal até aos 22.000 milhões de euros, isto no caso de não serem contadas.
    .
    Surpreendeu-me que os gastos com fornecimentos tenham chegado aos 14.000 milhões. Mesmo descontando os 600 milhões de auditorias e pareceres jurídicos, e talvez um tanto com despesa com pessoal (recibos verdes de epssoas que deveriam ser assalariadas), os números andam acima dos 9 mil milhões de há não muito tempo. Será que andamos a estimular a economia comprando o papel higiénico preto da Renova? (era voz corrente há não muito tempo que nenhum funcionário público teria sido visto a comprar esferográficas ou papel higiénico para as suas casas ;-))

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  25. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    19 Março, 2012 09:59

    LR,
    .
    E sendo eu pelo fim das PPP, ressarcindo os investidores apenas ao valor investido, porquanto estão abaixo de qualquer suspeita (já há muito deixámos de ter suspeitas e formámos a nossa opinião perante os patentes e peremptórios factos), como sabe, apenas lhe pergunto isto: acha que 20% de redução de pessoal na administração pública ou 20% de redução de fornecimentos não cobririam as PPP, sem que os ditos serviços do Estado fossem realmente afectados pela negativa?
    .
    A minha experiência empresarial dita-me que quantas mais pessoas para além do estritamente necessário estão encarregadas de um serviço específico, pior ele se torna e mais hipóteses tem de vir a dar raia. Sei que muitos funcionários públicos discordam desta minha opinião, mas são juízes em causa própria.

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  26. LR's avatar
    19 Março, 2012 11:33

    Caro Francisco Colaço,
    .
    Sem estar 100% seguro, diria que os hospitais, incluindo os EPEs, integram o perímetro de consolidação para efeito de apuramento do défice pelos critérios de Bruxelas. Não lhe garanto que as fundações estejam todas (ninguém sabe quantas são) e também deve por ali faltar muita empresa municipal, muito embora as autarquias estejam agora obrigadas a consolidar contas. Mas ainda há várias que não adoptaram sequer o POCAL, obrigatório há vários anos… Não me parece porém que o que eventualmente fique de fora àquele nível (Fundações e EMs) seja significativo.
    Mas os Institutos Públicos estão com certeza incluídos, pois eles integram os chamados “Serviços e Fundos Autónomos”. É precisamente nestes serviços que se registam mais de 80% das “Aquisições de Bens e Serviços”.
    Quanto se pouparia com 20% de corte no Pessoal e nos Fornecimentos? Qualquer coisa como 7.000 milhões, menos de metade do défice que temos para anular… E essa sua ideia de ressarcir já os investidores das PPPs pelo custo, implicaria dispender algo acima de 40.000 milhões. Não os temos e vamos ver-nos gregos para os pagar (com juros) ao longo de 30 anos.
    O buraco em que nos meteram é de facto gigantesco, meu Caro. Os vindouros questionarão amanhã a enorme passividade deste povo, que aceitou apertar o cinto até ao desespero e não defenestrou os responsáveis, a começar pelo “estudante de filosofia”.

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  27. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    19 Março, 2012 11:56

    LR,
    .
    Nestes dias apenas espero que o povo tenha memória e não queira o estudante de volta! O país não aguenta mais oitenta mil milhões de dívida como a que ele fez, e os quarenta mil milhões de créditos em PPP que temos de passar para a geração seguinte.
    .
    Se fosse para o escroque ex-primeiro-ministro-e-roubador-mor pagar, uma pastilha de Dragunova nestes dias dava mais jeito e era mais limpa e eficaz que qualquer tribunal hipotético e mirificável.

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  28. Francisco Colaço's avatar
    Francisco Colaço permalink
    19 Março, 2012 12:00

    LR,
    .
    A Dragunova é um genérico fabricado na URSS com eficácia terapêutica especialmente aconselhada em ex-ditadores que maquinem a volta ao poder e ex-espiões que ameacem abrir a boca. Os russos, esses parecem preferir para o mesmo efeito o rícino administrado por uma picada de guarda-chuva. 😉

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  29. honni soit qui mal y pense's avatar
    honni soit qui mal y pense permalink
    19 Março, 2012 16:42

    gang e que gang

    bugsy siegel = pedro silva p

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  30. josegcmonteiro's avatar
    19 Março, 2012 17:23

    Só fala em figurões um dito jornalista palhaço.

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  31. JP's avatar
    20 Março, 2012 11:35

    Faz lembrar a Ota e o TGV francês. Porquê? Para quem? Por quem? Por quanto?

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  32. jp's avatar
    16 Outubro, 2013 11:24

    mandem isto para o Avô (com Parkisson Mário Soares) e vamos ver este também acha que estes foram doentes mentais e também deveriam ir a julgamento.

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  33. José Gato's avatar
    José Gato permalink
    17 Outubro, 2013 00:07

    o grande problema é que o gang é como um polvo, tem muitos e longos tentáculos e todos eles prontinhos para amarfanhar tudo o que conseguirem. o mexilhão, entretanto, vai ficando a ver…

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