Façam copy/paste, mudem as datas e ponham cá fora o novo génesis
Não percebo o frenesi com a criação de uma estratégia para o crescimento. As hemerotecas estão cheias de longos e simpáticos artigos sobre as maravilhosas estratégias para o crescimento decididas pelos governos. Basta procuar um pouco, fazer os indispensáveis acertos e podem reaproveitar um desses documentos. Lembram-se da Estratégia de Lisboa e daquela Conselho Europeu de 2000 que no seu ponto 3. dizia isto: 3. Abrem-se neste momento à União as melhores perspectivas macroeconómicas desde há uma geração. Em resultado de uma política monetária orientada para a estabilidade e apoiada por políticas orçamentais sólidas num contexto de moderação salarial, a inflação e as taxas de juros estão baixas, os défices do sector público foram consideravelmente reduzidos e a balança de pagamentos da UE encontra-se numa situação sólida. A introdução do euro foi coroada de êxito e está a trazer os benefícios esperados para a economia europeia. O mercado interno já se encontra amplamente realizado e está a produzir benefícios palpáveis tanto para os consumidores como para as empresas. O futuro alargamento criará novas oportunidades para o crescimento e o emprego. A União dispõe em geral de uma mão-de-obra com boa formação, bem como de sistemas de protecção social capazes de proporcionar, para além do seu valor intrínseco, o enquadramento estável necessário para gerir as transformações estruturais inerentes à evolução no sentido de uma sociedade baseada no conhecimento. Verificou-se uma retoma do crescimento e da criação de emprego.
Os jornais de 200o estão cheios de artigos sobre os resultados dessa extraordinária Estratégia de Lisboa. Escrevia-se como se os resulados anunciados estivessem já a acontecer: «finda a presidência portuguesa, a União Europeia encontra-se dotada de:- uma política para a sociedade da informação centrada na melhoria da qualidade de vida dos cidadãos, com aplicações concretas na educação, nos serviços públicos, no comércio electrónico, na saúde, na gestão das cidades; uma ambição não só em relação às redes avançadas de telecomunicações e à democratização do acesso à Internet, mas também à produção de conteúdos que valorizem o património cultural e científico europeu;- uma política de I&D [investigação e desenvolvimento] que desmultiplica o actual programa comunitário com a coordenação das próprias políticas nacionais em redes europeias de investigação e inovação;- uma política de empresa que vai também para além do actual programa comunitário, coordenando as políticas nacionais nas várias condições envolventes que podem estimular a iniciativa empresarial, desde a simplificação administrativa ao acesso ao capital de risco ou a formação de gestores;- reformas económicas centradas na criação de potencial de crescimento e de inovação, dinamizando os mercados de capitais para apoiarem os investimentos de futuro, completando o mercado interno europeu com uma liberalização de sectores de base, com respeito do serviço público próprio do modelo europeu;- políticas macroeconómicas que, para além de manterem a já adquirida estabilidade macroeconómica, estimulem o crescimento, o emprego e a mudança estrutural, dando maior prioridade ao investimento em educação, formação, investigação e inovação;- uma renovação do modelo social europeu tendo por linhas de força um maior investimento nas pessoas, a activação das políticas sociais, a par de um combate reforçado às novas e velhas formas de exclusão social; » –anunciava/confirmava em 2000 Maria João Rodrigues consultora especial do primeiro-ministro, responsável pela cimeira de Lisboa, nas páginas de o PÚBLICO. Os mesmos que nos trouxeram a este abismo com charadas destas reivindicam agora mais uma estratégia para o crescimento. Nada mais simples: faça-se copy/paste disto, mudam-se as fotos e divulga-se pelos media. Durante dias ouvem-se foguetes. Enfim é uma renovação da esperança, um novo cliclo, uma onda de mudança… Daqui a dez anos estaremos noutra crise mas podem estar descansados porque ninguém lhes vai perguntar porque falharam. Antes pelo contrário os jornalistas vão partilhar do seu entusiamos por mais um génesis do crescimento.

Se o homem tivesse insistido em voar, apenas com o movimento dos braços… continuava a bater com as ventas no chão. Por muito que custe às “helenas” deste país, hoje, pela primeira vez, fala-se nisto: “Para votar a favor (do tratado), SPD e Verdes exigem a introdução à escala europeia de um imposto sobre transacções financeiras, cuja receita deverá servir para promover políticas de emprego e crescimento económico nos países da moeda única com mais dificuldades financeiras. Essa deverá ser uma proposta que possivelmente Merkel quer levar à cimeira de 23 de Maio”.
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ser uma proposta que possivelmente Merkel quer levar à cimeira de 23 de Maio.
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Sniffff. Definitivamente desiludido e contrariado com ela . Está Merkel desdizese. Ja nao poder levar o apelativo e a consideraçao da Tatcher Germánica.
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era quinta feira, o sol raiava, e fazia uma ligeira brisa que convidava a um pic-nick.
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oh mas existe sempre algo a perturbar a paz de espirito dos pobres-de-espirito.
quando era já administrador da Ongoing, Silva Carvalho, diz a acusação do MP, enviou um e-mail a Miguel Relvas com os seus nomes de confiança para cargos dirigentes.
a novela terá o título de «Os Homens do Presidente»
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Palavras, palavras, palavras!
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A Dra Helena não lê as homilias da Igreja Libertária Austríaca dos Últimos Dias ( http://www.zerohedge.com) para saber que já não há expiação possível para os pecados ocidentais?
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Agora só resta seguir o conselho do Evola e permanecer de pé entre as ruínas!
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Como todos verificam , a receita austriaca / austera está a dar grandes resultados :
– desemprego, recessão, falências, pobreza.
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Desempregados e Pobres mas nunca hereges !
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Na Cimeira Ibérica de 2003, os dois países ibéricos acordaram na construção do TGV até Badajoz.
Na Cimeira Ibérica de 2012, pretendeu alteração do acordo, substituindo a construção do TGV até Badajoz, por uma linha de bitola europeia para transporte de carga. Os espanhóis recusaram e vão concluir a linha TGV Madrid-Badajoz.
Os turistas europeus, vindos de TGV para visitar Portugal, chegam a Badajoz e são apeados. Agora desenrasquem-se!
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“Os turistas europeus, vindos de TGV para visitar Portugal”
Que pena.
Não me digam que já não podem ir à praia?
Mas eles até vem de chinelos e toalha. (Pelo menos é o que o estudo do Mendossa diz).
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“Maria João Rodrigues consultora especial do primeiro-ministro”
A mulher tem potencialidades de betão.
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Boa oportunidade para Elvas fazer uma “praia” igual à de Mangualde.
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A helena matos mais uma vez a topar a coisa. A nossa sorte é que a merkl não deixa a coisa repetir se, senão de outra maneira, a alemanha sai do euro com outros do norte e ficaram portugal, grecia,italia, espanha a resolver a coisa
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e sobre aquela cena dos espiões? no pasa nada!
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HFM continua parva e lerda.
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jmpg:
Grande filme! Aposto que, no final, a heroína casa como cavalo.
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Sra. HM, se lhe fosse possível, gostaria que elencasse as principais 10 medidas políticas/governatinas para Portugal e outras tantas para a Europa sairem da crise.Para tentar perceber o seu ponto de vista na na sua plenitude.
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Omfg! Estamos tão tramados
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Começa a ser inquietante a repulsa dos inabaláveis defensores da austeridade, daqueles propangistas de que quanto mais dura melhor, em encarar as consequências dessas políticas sem contrabalançar os seus ‘efeitos’…
Pelo caminho vão afirmando que essa mesma austeridade é um mero instrumento, mas não querem ouvir falar de largar (ou aliviar) a ‘enxada’.
O facto de o crescimento ocupar a centralidade da Estratégia de Lisboa (2000), não esgota as suas potencialidades até porque, salvo raras excepções, na 1º. década deste século a Europa ‘globalmente’ não cresceu ao ritmo previsto. A austeridade não resolve a ‘canga’ da dívida soberana que foi sendo acumulada ao longo de anos e anos. Pode, quando muito, travar a progessão desordenada dessa dívida (o que não será tão liquido como parece). Um Governo tão cioso de cumprir, de não falhar, saberá que isso só será possível com crescimento económico.
A determinação em querer prolongar, até a exaustão, elevados níveis de austeridade passa pela concepção de que, por essa via, poderão ser alterados paradigmas e modelos políticos. Passa, portanto de uma questão estratégica a uma formalidade táctica. Convém recordar que a fome nunca foi boa conselheira.
A actual situação grega deverá ser o espelho (um ‘case study’) do que pode vir a suceder-nos se o desenvolvimento económico bloquear e ao mesmo tempo desestruturarmos a sociedade. Entretanto convém debitar (repetir) uma ideia chave: não somos como a Grécia! Pois, começamos mais tarde e não será mais do que ‘isso’… Importante (interessa) é julgar que o ‘resgate’ da Grécia não funcionou devido à ‘malandrice’ e á ‘resistência’ dos gregos.
De resto, todo o ‘esquema’ montado pela troika foi concebido de moso impecável excepto num ponto: não soube avaliar a incorrigível desfaçatez destes povos do Sul (da Europa). Porque a troika ‘não mente, não engana, nem ludibria’… Está de fora (ou acima) dessas futilidades (políticas).
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Podemos pedir à República Federativa do Brasil a nossa integração como Estado?
Europa? Puta que a pariu mais quem defende os boches, os franciús e toda aquela canalha bárbara!
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