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O melhor é queimar étapas e o senhor Tsipra ir já com esta conversa para Pequim

22 Maio, 2012

A Grécia é um país soberano (…). Não cabe à senhora Merkel decidir se vamos ou não vamos avançar para um referendo” – declarou o líder da coligação da esquerda Syriza, Alexis Tsipra. Mesmo dando de barato que os países endividados não são de facto soberanos, o senhor Tsipra não pode esquecer que esta frase tem um reverso: a Alemanha também é um país soberano cujo povo pode muito rapidamente reivindicar a soberania de não andar a colocar as sua spoupanças em risco colocando (mais) dinheiro na Grécia.

Obs. Os franceses do senhor Hollande já começaram a fazer as contas: Chaque Français dispose d’un crédit de 1000 € sur la Grèce

104 comentários leave one →
  1. Hawk permalink
    22 Maio, 2012 08:24

    Pergunto-me muitas vezes porque é que não se procede a uma reestruturação da dívida grega de modo a que sobre apenas uma parcela simbólica, perdoando o resto. Em contrapartida, a Grécia seria convidada a recuperar a sua antiga moeda o que, aliás, lhe permitiria usufruir dos benefícios de uma estratégia de taxas de câmbio variáveis. Os gregos não tinham nada a perder: viam-se livres do euro e da dívida.

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  2. pedro permalink
    22 Maio, 2012 08:38

    Hawk: o problema é parecido com o nosso . Essa solução não chega, porque mesmo não pagando nada ,a partir daí ninguém empresta e o que produzem não chega ,e o ajustamento para a pobreza é tal, que haverá tumultos , refugiados, fome e talvez uma solução militar interna,ou no limite, convulções tipo libia na europa.
    Existe uma solução que poderá ser a china ou a Russia estarem interessadas num protectorado naquela zona estratégica, e como tal, pagarem para tal situação.Quererão?

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  3. 22 Maio, 2012 08:38

    “…um país soberano cujo povo pode muito rapidamente reivindicar a soberania de não andar a colocar as sua spoupanças em risco …”
    .
    Isso é uma ilusão. O povo é coagido a pagar impostos que o governo depois utiliza a seu bel-prazer, sem dar satisfações nenhumas ao povo.
    Os impostos não são poupanças para investir; são um esbulho, um roubo. O dinheiro é tirado a uns e passa para as mãos de outros, nada mais.

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  4. 22 Maio, 2012 08:43

    “Chaque Français dispose d’un crédit de 1000 € sur la Grèce”
    .
    Não tem crédito nenhum. Ficou sem o dinheiro e nunca mais o vê.

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  5. Aliazs permalink
    22 Maio, 2012 08:47

    MUTE aos políticos, jornalistas, economistas, comentadores, bloguistas e outros oportunistas.O duo James Brown+Pavarotti…eles é que tem razão!

    http://youtu.be/8vqhwwsvYZs

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  6. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 08:56

    Uma notícia agradável, para variar:
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    “IAEA: Deal with Iran to be signed ‘quite soon’
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    UN nuclear watchdog chief says “a decision was made to conclude and sign the agreement,” which would boost its cooperation with investigations into its atomic program; Baghdad talks with P5+1 set to take begin.”
    .
    in http://www.jpost.com/IranianThreat/News/Article.aspx?id=270961
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    Mas nada de sinais nos preços do crude. Será que os americanos querem à viva força sugar o pitroil iraniano? Logo agora que os gajos descobrirarm um novo gigante campo, nas águas profundas do Caspio? E que até pode ser apenas a primrira grande descober usando as modernas técnicas de perfuração em águas profundas? Se calhar a intenção dos americanos é a mesma de sempre: lixar os europeus e controlar o pitroil. Gulp!

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  7. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 09:02

    Olhem, outra empresa tuga quer crescer 100% este ano. Boa!
    .
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    “Vale Glaciar, embalado, viaja a caminho da Índia e da China
    .
    Empresa de engarrafamento de águas aposta em segmentos distintos para duplicar vendas este ano e chegar aos 25 milhões de euros”
    .
    in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=558095&pn=1
    .
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    Grão a grão… E não é todos os dias que vemos uma empresa com esta ambição. Crescer 100%! Oxalá o consigam. Que a malta agradece.

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  8. aremandus permalink
    22 Maio, 2012 09:03

    portugal é que está a queimar etapas e cada vez mais é um xerox da grécia.
    veja-se:
    o desemprego em 16%,segundo OCDE em 2013
    a culpa é do socrates que cria criar 150 mil empregos…

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  9. 22 Maio, 2012 09:12

    A Helena Matos às voltas com os seus fantasmas. Qualquer pessoa de direita, mas que não alimente ódios ou fantasias, persebe que o discurso do Syriza está muito longe de ser um papão. O que os seu lider disse, foi que “o que se trata de discutir não é o memorando mas a dívida pública”. Ou seja, lá tal como cá, ninguém nega os erros cometidos e até acredito que sejam mais coerentes e levem à justiça os responsáveis (como fizeram os islandeses, e como não fizeram os “amigos” da Helena). O que discutem é a “solução” troika. Ora, isso também eu!

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  10. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 09:24

    “Qualquer pessoa de direita, mas que não alimente ódios ou fantasias, persebe que o discurso do Syriza está muito longe de ser um papão. ”
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    Ele anda a mentir ao povo grego. E a brincar com o futuro do seu próprio país. Ele está a dizer que a Grécia pode exigir a ajuda europeia sem as medidas de austeridade porque, se ele quiser, não paga o que deve e gera uma crise enorme. Está a brincar com o fogo. Por exemplo, eu não acredito que se a Grécia sair seja igual ao Lehman. Nem eu nem muitos por aí. Se a Grécia sair quem se vai lixar são os próprios gregos. Os europeus menos.
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    O gajo é comuna imberbe. Um irresponsável e ainda por cima demagoogo. Se os gregos cairem na esparrela do gajo, o povo é que vai pagar a demagogia do gajo. É um traste, o sacana. Uma merda de político, tipo Hitler, salvo as devidas diferenças. Alimenta o ódio contra os alemães para enganar os gregos. Vai-se lixar.

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  11. 22 Maio, 2012 09:37

    A-C:
    Você está a cair nos erros da Helena e dos “nossos” comentadores da direita em pânico. Não discuto o programa do Syriza (que nem conheço na sua totalidade). Apenas lhe digo que a avaliação que faz ao programa troika é correta. A ideia de simular uma desvalorização cambial sem moeda própria, pode ser uma solução (e mesmo assim tenho dúvidas) em países como os do norte da Europa. Não o é em países de mão de obra barata (Grécia, Portugal…), que a insistência nessa variável lança para o nicho concorrencial onde estão os países asiáticos. Isso não é solução. Mais: os defensores dessa via, ignoram que a economia é uma ciência social, logo, tem que levar em linha de conta percursos muito mais complexos do que relações simplistas de causa-efeito. Repare que, hoje, vivemos uma época em que o simples crescimento não garante, por si só, um aumento da oferta de emprego. Os bons exemplos que o A-C tem mostrado nos nossos têxteis e calçado sõa um bom exemplo disso. Então, a solução nunca pode ser, apenas, a austeridade. São só os comunistas que defendem isto? Claro que não. Ainda recentemente isso foi defendido por… Bagão Félix.

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  12. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 09:57

    “Os bons exemplos que o A-C tem mostrado nos nossos têxteis e calçado sõa um bom exemplo disso. Então, a solução nunca pode ser, apenas, a austeridade”
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    Mas Vc. está a ver mal o problema. O nosso tecido produtivo não tem nada a ver com o grego. E os problemas do Estado grego pouco têm a ver com os portugueses. É que na Grécia, a maior parte do sector privado vivia às custas do Estado, que não se pode endividar. Mais. E o que vive livre do Estado está a viver um credit crunch provocado pelo Estado.
    .
    .
    É que a austeridade é a única solução e não há medidas de estímulo ao consumo que salvem a Grécia. (Nem Portugal ou a Espanha.) Tem que ser o sector privado a puxar pela economia, ao passo que o Estado tem que se modernizar. Ora, o Estado grego não está a modernizar-se á velocidade exigida porque os políticos gregos nunca o quiseram para não perder votos. Assinam acordos mas não os cumprem, alongando ainda mais a crise do sector privado.
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    .
    A solução dos gregos é simples. Liberalizar a economia, privatizar os sectores económicos, combater a fraude, a evasão fiscal e a corrupção, etc. Mas eles não o fazem. Nem mesmo com a ajuda do exterior. Não querem pagar. Não querem sofrer. Mas adiam a solução dos problemas e ainda vão sofrer mais.
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    De que lhes vale desvalorizar a moeda se depois não têm capitais para investir, se terão que pagar taxas de juro malucas nos mercados externos e se o seu próprio Estado é uma completa desorganização? Só iria provocar um solapso maior da economia, elevadas pressões inflacionistas e impedir que a economia privada consiga escapar ao credit crunch.
    .
    .
    As pessoas não comparem Portugal à Grécia, porque não tem comparação. Não tem. Nem sequer Espanha, quanto mais a Grécia. Não há escolha possível. Tirem o cavalinho da chuva.

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  13. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 10:00

    Olhem. A economia grega era semelhante à economia da RDA, antes do colapso do Muro de Berlin. Meditem nisto. Não estamos a falar de uma economia como a portuguesa ou espanhola, estamos a falar de uma economia quase comunista, inserida no Euro. Meditem nisto. Não tem nada a ver com a realidade do mundo europeu e muito menos do português. Infelizmente. E sem a ajuda dos demais países, os gregos estão condenados ao colapso. Apenas isto.

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  14. aremandus permalink
    22 Maio, 2012 10:01

    a receita tuga é tão boa que a OCDE prevê 4,7% de défice para este ano

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  15. aremandus permalink
    22 Maio, 2012 10:08

    com o pib aa recuar 3,2…
    talvez o governo esteja certo e a mentirosa seja a ocde

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  16. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 10:20

    Caro 33, não é por causa do euro que os gregos estão tramados. É mesmo o reduzido peso da economia privada no total da economia e do reduzido peso das exportações no PIB. Há essa esperança que a Grécia desvalorizando os salários do sector privado (através de uma nova moeda, claro) iria resolver os problemas. Não, não ia. Ia lixar ainda mais o Estado, já de si incompetente a cobrar impostos.
    .
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    Notem nestes números:
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    “In the past year, the euro has declined by 6 percent on a trade-weighted basis, according to ECB data, while austerity in Greece had led to an internal devaluation of some 15 percent there via factors such as falling wages, economists say.
    .
    Greece’s export sector has taken advantage, with sales of its goods abroad rising 37 percent in 2011 and by 19 percent in the first two months of this year. Tourist arrivals grew by 14 percent in the first eight months of 2011, perhaps helped by unrest in North Africa.
    .
    However, while imports dropped 10 percent last year, Greece still incurred a trade deficit of 20.8 billion euros, the fifth highest in the 27-member European Union.”
    .
    in http://www.reuters.com/article/2012/05/22/us-greece-exports-idUSBRE84L0CZ20120522
    .
    .
    As exportações gregas até sobem. Mas é preciso que subam mais e isso demora tempo, para aumentar o PIB potencial. É preciso tempo, capitais e taxas de juro razoáveis (para o risco deles). Mas esse tempo poderia ser encurtado se o Estado cortasse mais depressa nos seus salários e despesa pública. (Porque o problema não são os salários do sector privado, embora acabem por serem afectados pelos cortes no público.) Ora, se eles adiam a resolução no Estado, mais tempo precisa o sector privado para começar a gerar beneficios na economia como um todo. É por isso que as medidas de austeridade devem ser o maus rápidas e profundas possíveis, e atendendo á reacção do sector privado em especial na sua capacidade exportadora.
    .
    .
    Os gregos estão a exportar mais. Os gregos precisam é de ajuda do exterior e que o sector privado consiga ganhar muito mais peso, o mais rápido possível. “Suavizando” as medidas de austeridade apenas prolonga a agonia, não encurta.

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  17. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 10:28

    Resumindo, o que o líder da coligação da esquerda Syriza, Alexis Tsipra, diz é que os gregos querem continuar com a mesma pouca vergonha que tem existido desde ha muitos anos. Ou seja, a viver muito melhor do que aquilo que produzem lhes deveria permitir.
    Não é apenas o pagamento da divida anterior que esta em questão. E que, em parte, até ja foi perdoada. Também são os novos empréstimos, os do actual e futuros planos de ajuda à Grécia. Renegociar as condições dos planos, recusar a austeridade, significa receber o dinheiro e manter tudo como dantes.
    Tem de se dizer claramente aos gregos que isto não é pura e simplesmente aceitavel e possivel : ou aceitam as condições ou deixam de receber o dinheiro. O que, na pratica, significaria naturalmente a banca rota, a saida do Euro, anos e anos de uma austeridade muitissimo maior do que aquela que é agora exigida.
    A chantagem que a Syriza esta a tentar fazer à UE deve ser devolvida aos gregos : se querem receber a ajuda, se querem continuar no Euro, então nas proximas eleições votem nos partidos que aceitam o plano da Troika.
    Entretanto, é recomendavel que a UE e o FMI preparem um plano de contingencia para o caso de a Syriza ganhar as eleições. Neste caso tratar-se-ia de organizar a saida da Grécia do Euro de modo a que o efeito de contagio sobre o resto da Zona Euro fosse o menor possivel.

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  18. Carlos Duarte permalink
    22 Maio, 2012 10:33

    Isso do PIB é muito bonito, mas eu queria ver (e se alguém me souber dizer onde, agradeço) as diferentes parcelas do mesmo e qual a fórmula de cálculo utilizada.

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  19. Carlos Duarte permalink
    22 Maio, 2012 10:35

    http://economico.sapo.pt/noticias/deutsche-bank-propoe-moeda-paralela-para-a-grecia-o-geuro_145059.html
    Não sei se vão haver “geuros” ou não, mas não dúvido nada que a grécia acabe a pagar aos funcionários públicos (e os privados virão por arrasto) em títulos de dívida pública.

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  20. neotonto permalink
    22 Maio, 2012 10:41

    De onde o AC tirou os datos e portanto inferiu que a Grecia e as suas exportaçoes andam a crescer e seja um caso similar a Portugal ou a Alemanha é um enigma. Os datos do último trimestre?
    A Grecia estancou com a crise do 2008 e ja nunca mais subiu nas suas exportaçoes. Por tanto sería um caso individual para analiçar. E distinto na realidade como cada pais europeo também acontesce o mesmo. Tirar rápidamente de cartilha para ser aplicado em tudos los paises a la Merkel . Uma de tres ou é a receita neoliberal, ou a receita-Merkel, ou a receita-neotonta. Ou as tres-em-uma. E assim continuará esse maravilhoso futuro que nos agarda aos porkitos -do-Sur…

    http://www.indexmundi.com/es/grecia/exportaciones.html

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  21. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 10:56

    “De onde o AC tirou os datos e portanto inferiu que a Grecia e as suas exportaçoes andam a crescer e seja um caso similar a Portugal ou a Alemanha é um enigma. Os datos do último trimestre?”
    .
    .
    Citei a Reuters. Mas pode consultar também aqui: http://www.statistics.gr/portal/page/portal/ESYE/BUCKET/A0902/PressReleases/A0902_SFC02_DT_MM_03_2012_01_E_EN.pdf
    .
    .
    E não se fiem em blogues e outras fontes, muitas vezes de duvidosa qualidade. Procurem e cruzem a informação.

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  22. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:06

    Já agora um comentário. Quem é incompetente a conseguir informação pública disponível na net e quer dar ares de professor com dados desactualizados ou de duvidosa credibilidade, deveria ser chamado de burro. Mas eu hoje estou bem disposto e até aceito a burrice alheia. Mas é triste a fraca qualidade de alguns comentadores, que nem colher informação para sustentar as suas teses são capazes. Enfim. Mediocridade existe em todo o lado. Gulp!

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  23. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 11:12

    AC,
    Tem toda a razão.
    As exportações gregas sobem sobretudo porque as empresas gregas, tendo mais dificuldade em escoar produção no mercado interno, procuram alternativas no exterior. Como diz, este crescimento poderia ser ainda maior se em paralelo a austeridade fosse ainda mais importante, se a estabilidade politica desse mais garantias da continuação do plano de ajuda, se fossem feitas reformas estruturais.
    Infelizmente, devido à instabilidade politica e a todas as incertezas quanto ao futuro, e devido à estupida campanha anti-alemã, as receitas do turismo, importantissimas para a balança de pagamentos grega, diminuiram drasticamente.

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  24. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:15

    Exacto, caro Fernando. Não entendo como eles podem entrar em campanhas contra os alemães quando eles eram um dos maiores mercados emissores de turistas. Enfim. Chama-se a isso burrice de todo o tamanho. Felizmente, para os gregos, os russos gostam de visitar a Grécia, que ajudou a amortecer a falta de turistas germânicos.
    .
    .
    Olhem, mais uma cosinha boa de Portugal: http://videos.sapo.pt/RCozVUOYbZpEFEt2kmWb

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  25. 22 Maio, 2012 11:23

    Apenas duas ou três observações, porque neste momento não tenho tempo para mais.
    1- A política que levou a Grècia ao abismo, tem a mesma assinatura de quem provocou o desastre em Portugal: os que estão organizados nos “partidos do arco do poder” (ND e Pasok, na Grécia; PS e PSD em Portugal), mais a liderança da UE que sabia perfeitamente o que se estava a passar.
    .
    2- O desperdício criminoso das ajudas europeias por parte dos países da Europa do sul, foi usado pela Alemanha como estratégia de domínio económico. O que ela está a fazer aos países em dificuldades tem um desenho semelhante ao que Israel fez na Palestina- a dominação económica é tão eficaz como a militar e muito mais barata.
    .
    3- O “remédio” aplicado pela Troika, não só não resolve as perversões da nossa economia, como as agrava: a acumulação de capital que permite, está concentrado nos mesmos grupos (da finanaça, distribuição, construção) que sempre viveram muito bem com os desvarios dos sucessivos governos que geriram a aplicação dos fundos.
    .
    4- Agravando o erro de penalizar o processo de criação de riqueza e fechar os olhos à riqueza parasitária, o dinheiro não está a chegar, neste momento, às empresas. Isso castra o tal empreendedorismo que o discurso do centrão diz pretender (só no discurso), dificulta a criação de empresas, dificulta o processo de reconversão que muitas estão a tentar.

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  26. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:28

    Olhem, a Imperial vai conseguindo vender mais lá fora.
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    “Exportações da Imperial crescem 50% em 3 anos
    .
    As exportações da Imperial subiram 50% nos últimos três anos. No mercado nacional, a fabricante do chocolate Regina cresceu 14%, disse Manuela Tavares de Sousa, presidente executiva da empresa, ao Diário Económico.”
    .
    in http://www.hipersuper.pt/2012/05/22/exportacoes-da-imperial-crescem-50-em-3-anos/

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  27. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:29

    Caro 33, está a delirar. Mas se explicar os pontos, até aceito debater consigo, um a um, esses mesmos pontos. Mas está a delirar largo. ehehheehhe

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  28. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:31

    Quem quiser divulgar isto…
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    .
    “A Disney está a recrutar portugueses para trabalharem num dos seus novos cruzeiros, na área da restauração. Os ordenados oscilam entre os 1.170 e os 1.500 euros. O anúncio do recrutamento foi colocado, esta semana, na página do IEFP. As entrevistas decorrem em Junho”
    .
    in http://boasnoticias.clix.pt/noticias_Disney-procura-portugueses-para-trabalhar-em-cruzeiro_11167.html

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  29. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:39

    As finanças públicas inglesas estão a dar o badagaio. Lá terão que imprimir outra vez. E a inflação comeou a cair, estrangulando ainda mais as finanças públicas. Tunga! Andam a brincar à austeridade…
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    Click to access dcp171778_265725.pdf

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    .
    Estes gajos se não andarem da perna, vão parecer os gregos. ehehhehh

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  30. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 11:50

    O credit crunch abranda para as exportadoras.
    .
    .
    “Banca: Crédito concedido às empresas exportadoras cresceu 1,8% no 1.º trimestre
    .
    Ler mais: http://expresso.sapo.pt/banca-credito-concedido-as-empresas-exportadoras-cresceu-18-no-1-trimestre=f727735#ixzz1vbAUGy9a

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  31. Rodrigo permalink
    22 Maio, 2012 11:59

    Contexto do assunto “grego”:

    Quando, em maio de 1945, a Alemanha perdeu a II Guerra Mundial, tinham morrido, ninguém sabe ao certo, uns 40 milhões de pessoas. O país estava literalmente destruído e contava, por sua vez, cerca de sete milhões de mortos. As potências vencedoras decidiram viabilizar economicamente a nova Alemanha, apesar de a terem separado da Áustria e de a terem dividido: a RFA sob a tutela da Grã-Bretanha, França e Estados Unidos; a RDA sob a tutela da União Soviética. Mas esta solução foi bem melhor do que a que Churchil, o primeiro–ministro inglês da guerra, chegou a planear: transformar o país num enorme campo agrícola, sem indústrias, sem serviços, sem nada.

    De 1947 até 1952 a Alemanha Ocidental recebeu, do Plano Marshal, 3,3 mil milhões de dólares. Esta dívida foi paga ao longo de 25 anos, até 1978: mil milhões pelo Governo, os restantes 2,3 mil milhões por um Fundo que emprestou esse dinheiro a juros baixos e a prazos longos, principalmente a pequenas e médias empresas.

    A partir de março de 1960 – 15 anos depois do fim da guerra – a Alemanha Ocidental – graças a um dos maiores crescimentos económicos de sempre, de que o povo da RFA tem todo o mérito mas que só foi possível realizar por não ter faltado dinheiro para investir – começou finalmente a pagar indemnizações devidas a 11 Estados : a Grécia recebeu 115 milhões de marcos alemães, a França 400 milhões, a Polónia cem milhões, a Rússia sete milhões e meio, a então Jugoslávia oito milhões. Foram pagos três mil milhões de marcos a Israel e 450 milhões a organizações judaicas.

    Depois da reunificação da Alemanha, com a queda do bloco soviético, a reconstrução da RDA custou, de 1991 a 2009, 1,3 biliões de dólares, sendo que 120 mil milhões vieram de ajudas externas.

    Hoje a Alemanha é um dos países que mais contribuíram para ajudar o exterior. É uma das quatro ou cinco economias mais fortes do mundo. É um grande Estado.

    Olho o que se passa na Grécia, onde a população, martirizada por cinco anos de austeridade, exige o fim do acordo com a troika e pede, simplesmente, mais tempo e melhores condições para pagar o que deve e para recompor a economia do país. A Alemanha olha-a com desdém, recusa o apelo, ameaça tirá-la do euro, culpa-a por irresponsabilidade e exige castigo por não cumprir os acordos da troika.

    Olho esta suposta culpa dos gregos e comparo-a com a culpa dos alemães, há 67 anos. Se os vencedores da guerra de então tivessem sido tão insensatos como os dirigentes da atual guerra financeira, que restaria, agora, da grande Alemanha?
    Retirado daqui

    Assunto especialmente pertinente para quem pensa que a Economia se gere por regras estritamente analíticas e não, também, pela sua natureza sociológica e histórica.

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  32. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:10

    “Assunto especialmente pertinente para quem pensa que a Economia se gere por regras estritamente analíticas e não, também, pela sua natureza sociológica e histórica.”
    .
    .
    Pois. Isso é o costume dos que gostam de diabolizar a Alemanha. A Alemanha que feche as troneiras e vão ver no que se vai tornar a Grécia. (E em termos estritamente económicos, a Alemanha foi obrigada a pagar dívidas da 1ª Guerra Mundial que não devia. Por mera revanche e para impedir que os gajos se desenvolvessem. Por “culpa”. No entanto, a Alemanha fez o milagre económico e o dinheiro que recebeu pouco contribuiu para o tal milagre. Foram as reformas económicas que ela agora pede á Grécia. Ou se calhar, este laparoto, nem sabe que os alemães passaram muita fominha após o fim da Guerra.)
    .
    .
    Enfim. Há sacanas que acham que a Alemanha deve pagar toda a vida o nazismo. Se fosse assim, todos nós, incluindo portugueses, teriamos umas quantas dívidas eternas com alguns povos. ehehehehehe

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  33. Rodrigo permalink
    22 Maio, 2012 12:16

    “No entanto, a Alemanha fez o milagre económico e o dinheiro que recebeu pouco contribuiu para o tal milagre.”

    Em que se baseia para afirmar isso? Você leu (com atenção) a opinião atrás citada?

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  34. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:16

    A OCDE, como não seria de esperar, tal como têm feito outras instituoções internacionaisl elogia Portugal.
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    “O economista Robert Ford, da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), considera que a diferença entre os cenários económicos traçados pelo Governo e pela OCDE para Portugal é “sobretudo de ritmo”.”
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    .
    “Em declarações à agência Lusa, Robert Ford, que supervisiona a equipa encarregue de elaborar um estudo sobre a economia portuguesa para a instituição, afirmou, que “a história que se conta é a mesma, mas a OCDE considera que ela vai acontecer mais devagar do que o que o Governo prevê. A diferença é de ritmo”. ”
    .
    .
    “O economista considera que Portugal está a seguir a receita correta e “a fazer o que tem que fazer”. Robert Ford diz que, “neste momento”, o país está a salvo de um segundo resgate financeiro, mas também adverte para o impacto incontornável de quaisquer alterações na zona euro: “Por agora as coisas estão calmas, mas está tudo em aberto”, afirmou.”
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    Mas o mais importante:
    .
    “A OCDE nota, no relatório que hoje apresentou, que as exportações portuguesas têm evoluído “surpreendentemente bem”, talvez, justifica, “devido à diversificação e ao efeito benéfico das reformas estruturais”. Se esta evolução persistir, estima, a recessão “será menos profunda e a recuperação mais forte do que o projectado””
    .
    in http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=558145
    .
    .
    A OCDE como a generalidade das instituições internacionais têm falhado sistemáticamente nas previsões sobre Portugal por causa… Das exportações tugas. ehehehehh Todas, mas mesmo todas as instituições nacionais têm falhado. Porquê? Por duas ordens de razões. Continuam a nanar. Má capacidade de compreender os problemas económicos. Nisto aqui:
    .
    “”É também preciso notar que ainda não houve grande ajustamento em termos do custo de trabalho. Houve um pequeno ajustamento, mas que não chega para recuperar a competitividade que Portugal perdeu na última década. Esse é outro factor vai conter o crescimento”, concluiu.”
    .
    .
    Sim, sim. Os tais custos. Estes gajos continuam atolados no problema dos custos nominais e metem muita água. (O que vale a troika percebeu o erro e calou-se com a descida da TSU. E até o palerma do Krugman baixou a bolinha após se ter reunido com o nosso Gasparov.)
    .
    .
    Como estes gajos só vêm nos custos as vantagens competitivas, eles o máximo que fazem é projectar o crescimento das exportações tugas através da procura externa, sem ter em conta… Ganhos de quotas de mercado. ehehheheh E falham sistemáticamente e deverão falhar novamente este ano. ahahahahahh

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  35. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:18

    “Em que se baseia para afirmar isso? Você leu (com atenção) a opinião atrás citada?”
    .
    .
    Li. Má opinião. Foram as reformas económicas, a criação do Bundesbank e o marco forte o segredo. Não foram os empréstimos. Aliás, Portugal recebeu milhõese milhões, desde que entrou na dita CEE e ao contrário dos alemães, deu cabo da sua economia.

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  36. 22 Maio, 2012 12:25

    “Chaque Français dispose d’un crédit de 1000 € sur la Grèce”
    Enquanto emprestar dinheiro à Grécia deu lucro, o lucro foi privado, de alguns, agora que dá prejuízo, o prejuízo é publico, de todos.

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  37. esmeralda permalink
    22 Maio, 2012 12:26

    Helena, já ouviu falar do “geuro”?????

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  38. Rodrigo permalink
    22 Maio, 2012 12:30

    Foram as reformas económicas, a criação do Bundesbank e o marco forte o segredo.
    Sustentados com os empréstimos (a baixo custo e com prazos alargados) que impulsionaram a economia alemã. Você pensa que somente com as reformas económicas e a criação do Bundesbank (penso que o marco forte seja a consequência e não a causa) a Alemanha chegou onde chegou (partindo de um país depauperado e semi-destruído pela guerra)? Peço desculpa, mas está equivocado.

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  39. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:31

    Para os laparotos lerem em vez de emitirem propaganda anti-alemã:
    .
    .
    “The Marshall Plan aid was mostly used for the purchase of goods from the United States. The European nations had all but exhausted their foreign exchange reserves during the war, and the Marshall Plan aid represented almost their sole means of importing goods from abroad. At the start of the plan these imports were mainly much-needed staples such as food and fuel, but later the purchases turned towards reconstruction needs as was originally intended. In the latter years, under pressure from the United States Congress and with the outbreak of the Korean War, an increasing amount of the aid was spent on rebuilding the militaries of Western Europe. Of the some $13 billion allotted by mid-1951, $3.4 billion had been spent on imports of raw materials and semi-manufactured products; $3.2 billion on food, feed, and fertilizer; $1.9 billion on machines, vehicles, and equipment; and $1.6 billion on fuel.[57]”
    .
    in http://en.wikipedia.org/wiki/Marshall_Plan
    .
    .
    O contributo para a reconstrução é apenas um mito. O que os americanos fizeram foi vender a prestações aos europeus a sua produção. Pouco ajudou a economia europeia. Nesse aspecto o Botas foi esperto, porque percebeu a jogada dos americanos.
    .
    .
    Para se compreender um bocado a actualidade alemã: http://www.levyinstitute.org/pubs/wp406.pdf
    .
    .
    O Plano Marshal foi uma ajuda interesseira e sui generis. O que safou os alemães foram as reformas económicas do Erhard, o Bundesbank e… A CEE então.

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  40. Rodrigo permalink
    22 Maio, 2012 12:32

    Portugal recebeu milhõese milhões, desde que entrou na dita CEE e ao contrário dos alemães, deu cabo da sua economia.
    Era esse o objectivo. Receber para destruir. Aliás, já atrás apontado.

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  41. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 12:34

    trinta e tres : “1- A política que levou a Grècia ao abismo, tem a mesma assinatura de quem provocou o desastre em Portugal: os que estão organizados nos “partidos do arco do poder” (ND e Pasok, na Grécia; PS e PSD em Portugal), mais a liderança da UE que sabia perfeitamente o que se estava a passar.”
    .
    O trinta e tres até tem alguma razão… Na medida em que foram estes partidos que, perante a indiferença da UE, gastaram o que tinham e não tinham e não reformaram a economia grega.
    Mas o problema é que o trinta e tres defende que se faça agora, com uma situação ainda mais critica, o mesmo, e até ainda pior, do que foi feito no passado. Como se para curar uma bebedeira com uma garrafa de vinho se recomendasse uma nova bebedeira com duas garrafas de vinho !
    .
    .
    trinta e tres : “2- O desperdício criminoso das ajudas europeias por parte dos países da Europa do sul, foi usado pela Alemanha como estratégia de domínio económico.”
    .
    Isto não é verdade.
    Os principais responsaveis pela situação em que se encontram os paises do Sul são os proprios paises de Sul, os seus governos e os seus povos que, democraticamente, elegeram esses governos.
    A Alemanha fez o que compete a qualquer pais : produzir mais e melhor, ter as contas em ordem, vender mais e importar mais no sentido de melhorar as condições de bem estar dos seus habitantes.
    Não deixa de ser surpreendente (e representativo de uma certa mentalidade) que se venha dizer que a culpa é de quem ajudou financeiramente estes paises. A verdade é que estes paises não souberam tirar todo o partido que podiam dessa ajudas.
    A Alemanha exportou para esses paises o que esses paises decidiram comprar à Alemanha com os recursos que tinham à disposição. Ninguém os obrigou. Tanto mais que as importações da Alemanha não estavam ligadas a qualquer linha de crédito condicionada (e que estivesse !… ninguém é obrigado a aceitar linhas de crédito).
    A Alemanha também importou muito desses paises. E se não importou mais é porque esses paises não fizeram o que era preciso para que as suas economias e empresas fossem mais competitivas.
    De qualquer modo, os paises do Sul até podiam ter acomodado sem grandes problemas uma balança comercial deficitaria com paises como a Alemanha. Foi quase sempre assim no passado. Porque a Alemanha, sendo um pais mais industrial e tecnologicamente desenvolvido, produz, nomeadamente, maquinaria que é necessaria para os paises do Sul, enquanto que as suas necessidades em bens e serviços produzidos por estes paises são menos importantes. Para que esta situação fosse sustentavel, os paises do Sul tinham de procurar ter balanças comerciais positivas com outras areas economicas no mundo. Como aconteceu muitas vezes no passado. Mas para isso deveriam ter cuidado mais da respectiva competitividade. Não o fizeram o suficiente e, por isso, apenas se podem culpar a si proprios.

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  42. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:35

    Para increus lerem e meditarem no homem que esteve por detrás do milagre económico alemão:
    .
    .
    http://pt.wikipedia.org/wiki/Ludwig_Erhard
    .
    .
    “Era esse o objectivo. Receber para destruir. Aliás, já atrás apontado.”
    .
    .
    Foi o Cavaco que se armou em fino e lixou quase tudo. Os espanhois até foram mais espertos. Não se culpe os demais pela burrice dos governantes portugueses. Isso é próprio dos fracos e dos sacanas, mais preocupados em encontrar bodes expiatórios para as suas próprias burrices.

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  43. Rodrigo permalink
    22 Maio, 2012 12:40

    Não se culpe os demais pela burrice dos governantes portugueses. Isso é próprio dos fracos e dos sacanas, mais preocupados em encontrar bodes expiatórios para as suas próprias burrices.

    Exatamente. Os portugueses não têm culpa nenhuma no “estado a que isto chegou” e são eles, através dos impostos e “austeridade”, a pagar a dízima ao mercado financeiro e aos agiotas da troika. Certo?

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  44. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:42

    “e são eles, através dos impostos e “austeridade”, a pagar a dízima ao mercado financeiro e aos agiotas da troika. Certo?”
    .
    .
    Não. São os portugueses os culpados por terem tido maus políticos a darem cabo do país. Ninguém obrigou os portugueses a andarem de joelhos a pedirem ajuda aos seus parceiros estrangeiros.
    .
    .
    Vira o disco e toca o mesmo, amigo. Com essa mentalidade Vc. não vai longe.

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  45. 22 Maio, 2012 12:42

    Anti,

    E alimentos, sementes e fertilizantes, parte do dinheiro do plano Marshall foi para pagar isto, para alimentar o povo e reduzir o perigo de contágio comunista

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  46. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:47

    “E alimentos, sementes e fertilizantes, parte do dinheiro do plano Marshall foi para pagar isto, para alimentar o povo e reduzir o perigo de contágio comunista”
    .
    .
    Pois. Essa era a propaganda. Mas em termos práticos era tirar a economia americana da crise. Inicialmente eles queriam impedir a Alemanha de se industrializar. (Um plano gizado com base naquilo que levou ao Pacto de Versalhes.) Mas como os americanos tiveram aquele susto económico, logo nos dois primeiros anos após o fim da guerra, mudaram de ideias e usaram os europeus para exportarem a sua crise. Em termos práticos, o PIB europeu encolheu com as importações, não subiu. Não foi uma ajuda para criar produção na Europa mas vender na Europa a produção americana.
    .
    .
    Nunca se fez isto na Europa. Mesmo na CEE, os dinheiros vinham e os portugueses é que geriam a massa, consoante lhes desse na cabeça. O Plano Marshal foi a exportação da crise americana.

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  47. Rodrigo permalink
    22 Maio, 2012 12:50


    1.Não se culpe os demais pela burrice dos governantes portugueses. Isso é próprio dos fracos e dos sacanas, mais preocupados em encontrar bodes expiatórios para as suas próprias burrices.

    2.São os portugueses os culpados por terem tido maus políticos a darem cabo do país.

    Caro A-C, existe uma clara contradição naquilo que afirmou. Primeiro, sublinha que não se deve culpar os demais pela burrice dos governantes portugueses (insultando quem o faz). De seguida, afiança que os portugueses são os culpados por terem tido maus políticos a darem cabo do país. Um conselho: seja mais humilde.

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  48. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:54

    A grande jogada europeia, depois apoiada e incentivada pelos americanos e ingleses (com reticências destes, claro) foi a criação da CEE. Foi juntar a Alemanha, a Itália e a França, mais três pequenos países para disfarçar, para evitar uma nova guerra dentro da Europa. Claro que a PAC, poucos hoje têm consciência disto, foi mesmo o que matou a fome à Europa e fez uma revolução agrícola na depois CEE. A tal PAC hoje odiada mas que salvou a Europa da fome.
    .
    .
    Claro que, se calhar, com PAC ou sem PAC, teria havido essa mesmo revolução agrícola. O milagre económico alemão prova que mesmo sem uma Politica Comum Industrial (apesar da CECA) houve uma revolução industrial na Europa, em especial na Alemanha e países á volta. (A Itália, apenas o Norte, mais perto da Alemanha.) Mas foram as reformas económicas da Alemanha, a par de uma moeda forte e um banco central independente, que fizeram quase tudo. O Plano Marshal foi a tentativa dos americanos exportarem a sua crise. Pouco ajudou e até contribuiu para atrasar, de certo modo, a reconstrução económica dos principais países beligerantes. Os americanos andaram a vender às prestações aos Europeus. E tentar sair da crise. (E até nem precisavam mas nem eles sabiam o que ia acontecer nos 20/30 anos seguintes, claro.)

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  49. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 12:57

    “Caro A-C, existe uma clara contradição naquilo que afirmou.”
    .
    .
    Não não existe. Vc. se não sabe ler, o problema é seu. Vc. devia ler mais e melhor os assuntos. Está bem explicito. Foram os portugueses os principais culpados, tanto por uma economia que se vendeu para o betão, como até nos gastos e endividamento que levaram quase à bancarrota. Agoram, culpar quem nos está a ajudar agora, é mesmo de sacana. É ingratidão. Se não queremos ajuda, não a pedimos. E não atirar pedras a quem nos ajudou a nosso pedido.
    .
    .
    Se não compreende o meu português, azar o seu. Não sou pago para lhe explicar aquilo que é evidente. Humildemente, claro. Que nestas coisas eu sou sempre humilde… hahahhahhahh

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  50. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 13:13

    Um outro mito que corre na Europa é que à Alemanha foram perdoados muitos milhões. Até certo ponto é verdade. Mas grande parte dessas dívidas foram dívidas impostas pelos Aliados para impedirem a Alemanha de se reconstruir industrialmente. ( O grande medo da Inglaterra, sobretudo desta.) Então inventaram uma coisa original. A Alemanha teria que pagar indemnizações absurdas com base na culpa. (Porque perdeu a guerra claro.) Humilharam os alemães, deram-nos como culpados de uma guerra incentivada pelos ingleses e ainda lhes puseram enormes dívidas ás costas, impediram de vender no exterior a até conseguir determinados recursos fundamentais, como os energéticos. O próprio Keynes disse que o Tratado de Versalhes era um desastre. Mais ou menos estas ideias. E estava correcto. (Outros tiveram a mesma opinião mas fundamentados noutras assumpções.)
    .
    .
    Claro que a Alemanha, sem recursos naturais e com pesadas dívidas impostas pelos Aliados (os portugueses nem cheiraram estas ditas indemnizações, claro), teria que ir fazendo calotes e aumentando as dívidas. Os Aliados iam asfixiando cada vez mais a economia alemã. Só que depois o Hitler ganha o poder e muda as coisas. E aí entra parte do apoio alemão ao ditador e suas tonterias. É que o gajo começou a violar o Tratado e a reconstruir a Alemanha, incluindo militarmente. E por isso, quando o Hitler exige a capitulação da França, fá-lo a bordo do mesmo comboio em que foi assinado o Tratado de versalhes e logo a seguir mandar destruir o dito cujo. Claro, elevou ainda mais a popularidade do bicho entre o povo alemão, que em troca de uma liderança daquelas, até fechou os olhos à exterminio em massa de judeus e outras minorias.
    .
    .
    Quando a Alemanha perde a guerra, os Aliados perdoam parte da dívida, que até nem era bem dívida, chamesmo-lhe assim. Era indemnizações de guerra. O Truman foi inteligente em perceber que um novo Tratado de Versalhes, gizado pelo Sec. do Tesouro do Roosevelt levaria a mais uma guerra no futuro. E perdoou essas dívidas. Ou parte delas. E a Alemanha assinou com cada um dos credores, pagamento das suas dívidas. Que só mesmo há poucos meses acabaram. Ou seja, aind há pouco tempo atrás, a Alemanha continuava a pagar as dívidas que vinham desde o Tratado de Versalhes, reestruturada após o fim da IIª Guera Mundial. Mas os Aliados não fizeram nenhum favor. Não foi a Alemanha que pediu emprestado no fim da Iª Guerra, foram os aliados que a obrigaram a pagar “reparações de guerra pela sua culpabilidade.” Um erro histórico de otod o tamanho.
    .
    .
    Mas há mitos na Europa. Assim como há sacanas que se querem aproveitar do nazismo para chular os alemães. Eu no lugar deles fazia igual ou pior. Não ajudava e pronto. Assim também lhes acusava de estarem a impor medidas duras.

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  51. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 13:26

    trinta e tres : “3- O “remédio” aplicado pela Troika, não só não resolve as perversões da nossa economia, como as agrava: a acumulação de capital que permite, está concentrado nos mesmos grupos (da finanaça, distribuição, construção) que sempre viveram muito bem com os desvarios dos sucessivos governos que geriram a aplicação dos fundos.”
    .
    O que não resolveria absolutamente nada seria a recusa do “remédio” da Troika !!…
    O “remédio” da Troika, estando associado a um programa de austeridade, em particular com cortes nas despesas e investimentos publicos, não favorece no imediato ninguém. Muito menos sectores e grupos economicos que em parte se desenvolveram à sombra do despesismo publico e de um aumento artificial do consumo.
    O plano da Troika inclui também medidas de liberalização da economia. Nomeadamente nos mercados de trabalho e de outros custos de contexto (energia, etc). Estas medidas devem favorecer sobretudo sectores e empresas dos sectores de bens transaccionaveis, que foram os mais prejudicados pelo modelo economico que vigorou até agora.
    O plano da Troika consiste sobretudo em por recursos financeiros à disposição do pais. Deste modo evita a banca rota do Estado e permite que a economia continue a ser financiada. Da ao pais o minimo de tempo necessario para corrigir os principais desequilibrios, se adaptar e fazer os ajustamentos indispensaveis. Da ao governo o tempo para introduzir as reformas na economia. Da às empresas o tempo para se restruturarem e melhorarem as respectivas competitividades. Permite que a austeridade seja menos drastica e mais escalonada no tempo do que seria se não existisse a ajuda da Troika.
    Mas é verdade que o plano da Troika não é suficiente. Trata-se sobretudo de uma ajuda de emergencia, para um prazo relativamente curto. O governo portugues deve ir mais longe e deve aproveitar a ajda para preparar e implementar reformas de mais longo prazo. Incluindo, mais cedo do que tarde, a redução do peso do Estado e da carga fiscal. Toda a economia devera ser relançada. Incluindo os sectores e as empresas da distribuição, da construção, das finanças, da energia, etc, que são e devem continuar a ser importantes na economia nacional. Mas agora inseridos num modelo economico que não seja estatista e intervencionista e, por isso mesmo, sem contarem com tratamentos priviligiados relativamente a outras actividades economicas.

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  52. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 13:27

    33, não há confusão nenhuma. O Botas percebeu a lógica do Plano. E aceitou-o nas suas condições. Dele, não dos americanos, que viram a Coca-Cola a continuar a ser proibida. 😉
    .
    .
    Ninguém disse que o Botas não se interessou pelo Plano Marshal. Mas fê-lo nas condições impostas por ele (mais por ele que pela comissão gestora do Plano) e impedindo na mesma a entrada dos produtos americanos em Portugal. Que tinham que levar o visto prévio governamental.
    .
    .
    Vá, não ponha palavras que eu não as proferi.

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  53. Fincapé permalink
    22 Maio, 2012 13:32

    Respondendo diretamente à questão do post:
    1. Se o Tsipras não fosse o ingrato que é, enviava os seus agradecimentos diretamente à Helena pelo conselho;
    2. Se a Merkel não fosse a ingrata que é, enviava os seus agradecimentos diretamente à Helena pela constância da defesa dos seus interesses;
    3. Se o Hollande não fosse o ingrato que é, enviava os seus agradecimentos diretamente à Helena pelo reparo quanto ao reparo das contas francesas.

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  54. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 13:34

    O plano americano que o Truman, e bem, deitou fora:
    .
    .
    “In the original proposal this was to be achieved in three main steps.
    .
    Germany was to be partitioned into two independent states.
    .
    Germany’s main centers of mining and industry, including the Saar area, the Ruhr area and Upper Silesia were to be internationalized or annexed by neighboring nations.
    .
    All heavy industry was to be dismantled or otherwise destroyed.
    .
    At the Second Quebec Conference on September 16, 1944, U.S. President Franklin D. Roosevelt and Henry Morgenthau, Jr. persuaded the initially very reluctant British Prime Minister Winston Churchill to agree to the plan, likely using a $6 billion Lend Lease agreement to do so.[1] Churchill chose however to narrow the scope of Morgenthau’s proposal by drafting a new version of the memorandum, which ended up being the version signed by the two statesmen.[1]
    .
    The memorandum concluded “is looking forward to converting Germany into a country primarily agricultural and pastoral in its character.”[2]”
    .
    in http://en.wikipedia.org/wiki/Morgenthau_Plan
    .
    .
    Esta era filosofia do Roosevelt quanto à Alemanha no pós-guerra. Era seguir o mesmo erro do Tratado de Versalhes, mas dividindo e ocupando a própria Alemanha. Também ajudou ao factos dos russos continuarem com as suas ambições de conquistar cada vez mais territórios pelo mundo fora e a forma como ocuparam as terras, que antes tinham negociado com o.. Ribbentrop. ehehehhheh
    .
    .
    Mas os americanos abriram os olhos. Aliás, os americanos até deram vivas aos nazis que decidiram irem para os USA (Operação Clip) e que levaram os americanos à lua.
    .
    .
    Mas ainda se vive de mitos, hoje em dia.

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  55. Portela Menos 1 permalink
    22 Maio, 2012 13:43

    A-C, com os seus relatórios, consegue sempre desviar a polémica dos posts para discussões laterais, importantes, mas fora dos contextos.

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  56. 22 Maio, 2012 13:59

    Hoje só dá para comentário curto.
    Fernando:
    Acredita mesmo que a UE que topou irregularidades que cometemos no fabrico de chouriços, criação de pitos e crimes ambientais em Carrazais de Cima, desconhecia que os governantes portugueses andavam a derreter os fundos em alcatrão, agricultura com jantes de liga leve e formação da treta? Ė preciso ser muito crédulo para acreditar.

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  57. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 14:04

    trinta e tres : “4- Agravando o erro de penalizar o processo de criação de riqueza e fechar os olhos à riqueza parasitária, o dinheiro não está a chegar, neste momento, às empresas. Isso castra o tal empreendedorismo que o discurso do centrão diz pretender (só no discurso), dificulta a criação de empresas, dificulta o processo de reconversão que muitas estão a tentar.”
    .
    Esta a chegar bem mais dinheiro às empresas do que aquele que chegaria sem a ajuda da Troika.
    Mas claro que, no seguimento de uma crise financeira e economica, ha menos crédito no sistema e mais necessidades nas empresas.
    Trata-se de uma consequencia inevitavel do desvario das politicas de crédito abundante e barato e da péssima utilização que dele fizeram governos, empresas e familias.
    Agora é necessario mudar o enfoque. Os recursos financeiros são, e serão ainda durante bastante tempo, bem mais escassos. O pais tem de aceitar as condições da Troika para receber ajuda. O Estado tem de mingar para absorver uma parte menor dos recursos disponiveis libertando-os para a economia. As empresas teem de se restruturar para serem menos dependentes do Estado e mais competitivas. As familias teem de suportar a austeridade e as reformas e resignar-se a consumir menos.
    Se as condições de competitividade da economia melhorarem, se as empresas se restruturarem e recuperarem rentabilidade e confiança, então aparecera certamente o crédito que a economia precisa para voltar a crescer. Muitas empresas exportadoras teem dado o exemplo aumentando a produção e o investimento sem que o crédito pareça ser um problema maior.

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  58. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 14:09

    “Acredita mesmo que a UE que topou irregularidades que cometemos no fabrico de chouriços, criação de pitos e crimes ambientais em Carrazais de Cima, desconhecia que os governantes portugueses andavam a derreter os fundos em alcatrão, agricultura com jantes de liga leve e formação da treta?”
    .
    .
    Desculpe, mas eles acreditavam nestas patranhas. Como hoje ainda muitos acreditam e pedem medidas de crescimento. O Delors era socialista e keynesiano. O cavaco era e é keynesiano. O Hollande não o é, mas parece. 😉
    .
    .
    Os tugas é que achavam que com auto-estradas e TGV cresciam economicamente. Até havia grupos de economistas a pedirem mais do mesmo. Hoje ainda há. At é o Pedro Lains acha que com a asuteridade não vamos lá.
    .
    .
    Mas alguém obrigou os tugas a comprarem Mercedes, BMW e outras coisas da Alemanha. Submarinos e tal, foi tudo comprado pelos tugas. Os alemães venderem-nos como nós andamos agora a vender pela Angol,a mesmo correndo o risco de levarmos um calote.
    .
    .
    Ainda hoje há muita gentinha contra as medidas de austeridade e pede crescimento. Crescimento com base em quê? Betão. ehehheheheh Querem mais daquilo que nos levou quase ao total colapso.
    .
    .
    Claro que é mais fácil aos culpados dizerem que a culpa foi dos boches. Esses sacanas que fazem produtos e nós lhes compramos. heheheheh

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  59. Portela Menos 1 permalink
    22 Maio, 2012 14:14

    A-C, “Ainda hoje há muita gentinha contra as medidas de austeridade e pede crescimento. Crescimento com base em quê? Betão. ehehheheheh Querem mais daquilo que nos levou quase ao total colapso”
    .
    Os seus tratados anti-keynesianos não têm por lá uma página com “Diminuição de Impostos” ?

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  60. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 14:22

    “Os seus tratados anti-keynesianos não têm por lá uma página com “Diminuição de Impostos” ?”
    .
    .
    Têm. Depois de sairmos deste sufoco. Aí sim, diminuição de impostos será mesmo primordial. Até lá, vale tudo. Até arrancar dentes. ,)

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  61. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 14:24

    trinta e tres : “Acredita mesmo que a UE que topou irregularidades que cometemos …”
    .
    Não sei se percebi bem.
    Referia-me sobretudo ao deixar andar da UE relativamente ao que se passava na Grécia.
    Mas é verdade que existiram (e existem) muitas irregularidades com fundos comunitarios noutros paises, incluindo o nosso.
    Acredito que a UE não viu tudo, que detectou muita coisa, que muitas vezes não houve rigor e coragem politica para intervir de modo drastico, que em alguns casos certos interesses nacionais, regionais ou particulares, fizeram com sucesso lobbies politicos e pessoais no sentido de não se fazer nada.
    O que é certo é que a UE não esteve sempre e suficientemente à altura da sua missão, que era a de aplicar e fazer respeitar as regras estabelecidas e acordadas em comum. Esta é precisamente uma das criticas que eu mais aceito e corroborro relativamente à UE como instituição.
    Mas não se deve também perder de vista que muito daquilo que a UE como intituição fez ou deixou de fazer dependia da componente politica e da correlação de forças entre diferentes projectos e interesses.

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  62. ADzivo permalink
    22 Maio, 2012 14:29

    att do admin na CSS:
    não tenho problemas de luminosidade no monitor.
    Tanto BOLD rebenta com o toner do monitor ;o)

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  63. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 14:30

    anti-comuna : “O Hollande não o é [keynesiano], mas parece.”
    .
    Apenas parece ?!…
    Bom, é verdade que hoje se chama “keynesiano” a tudo o que é estatismo, intervencionismo, despesismo publico, expansionismo monetario … Se voltasse o Keynes teria talvez alguma dificuldade em orientar-se no meio disto tudo !

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  64. 22 Maio, 2012 14:30

    Fernando:
    “Esta a chegar bem mais dinheiro às empresas do que aquele que chegaria sem a ajuda da Troika”.
    Não está, não. Está apenas a ser “enterrado” na banca. Ponto final.
    “Acredito que a UE não viu tudo, que detectou muita coisa, que muitas vezes não houve rigor e coragem politica para intervir de modo drastico, que em alguns casos certos interesses nacionais, regionais ou particulares, fizeram com sucesso lobbies politicos e pessoais no sentido de não se fazer nada”.
    Ó Fernando, nós nem conseguimos negociar decentemente cláusulas de exceção, quanto mais fazermos a pressão para que a UE fechasse os olhos.
    .
    AC:
    Se há erro que nunca cometo, é pensar que os outros são estúpidos e só eu vejo a luz. Os responsáveis da UE não só não acreditavam no que diz, como países houve que aproveitaram bem para conseguir posições estratégicas. A PAC que para nós foi catastrófica, foi muito boa para a França e Alemanha. Mesmo os nossos governantes, não acreditavam nas vantagens dessa política. É só ver em que empresas estão, hoje, muitos deles.

    Portela:
    “Os seus tratados anti-keynesianos não têm por lá uma página com “Diminuição de Impostos” ?
    Ora, isso é que é falar! Diminuição seletiva, entenda-se. Mas as tais reformas “estruturais” anunciadas, não passam de imagens de propaganda.

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  65. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 14:35

    “Mas é verdade que existiram (e existem) muitas irregularidades com fundos comunitarios noutros paises, incluindo o nosso.”
    .
    .
    A dada altura, as fraudes na Alemanha com os dinheiros europeus… Então a dita Reunificação e suas políticas para reestruturar a Alemanha de Leste foi de tal forma gritante, que nem os alemães se poderiam dar ao luxo de apontar o dedo a ninguém. Infelizmente, valeu tudo. Só mesmo recentemente é que começa a haver na Europa uma ideia de rigor. Até lá, era ver quem roubava mais antes que o vizinho o fizesse por mim. 😉
    .
    .
    Isto do rigor alemã tem muito que se lhe diga. Nem é preciso diabolozar os gajos, nem os endeusar. Há que tentar perceber as coisas, nos seus enquadramentos históricos, etc.
    .
    .
    Sabem qual foi o país que mais violou o PEC, vulgo Maastricht? Portugal, formalmente, foi o primeiro (ou lá perto) mas a Alemanha não fica bem neste retrato. Agora andamos todos a pagar os erros cometidos durante anos.

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  66. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 14:37

    ” A PAC que para nós foi catastrófica, foi muito boa para a França e Alemanha.”
    .
    .
    Acha mesmo que foi a Alemanha. A França sim, foi muito esperta. Assim como alguns outros países. Mas a Alemanha até nem soube aproveitar a mama recebida. Mas como os gajos são quem mais paga para o orçamento comunitário, muitos fecham e fechavam os olhos.
    .
    .
    Isto não é só ver quem recebe a mama, mas quem a paga. No saldo, os alemães sempre foram o bombo da festa. eehehehehheh

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  67. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 14:40

    E já agora, outra coisa. Os gajos, hoje, nalguns países do centro e norte da Europa, acusam o Barroso de ter mudado a PAC a favor dos do Sul, em especial de Portugal. 😉
    .
    .
    Em Portugal berra-se. Mas há também quem se queixe por essa europa fora. ehhehheehh

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  68. Costa Cabral permalink
    22 Maio, 2012 14:49

    Oxalá que tivéssemos um Tsipras.
    O que é que temos? Lacaios, serventuários, cobardolas e javardolas.
    Ainda ontem vimos o Passos Pinóquio a beijar a mão ao Obama!
    País de símios!

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  69. anti-comuna permalink
    22 Maio, 2012 14:55

    Já que falamos de políticas económicas europeias. eu gostava que meditassem em dois pequenos textos. Primeiro, este:
    .
    .
    “”RECETAS DEL PASADO”
    .
    Austria, a Hollande: “Sus propuestas de crecimiento son tonterías”
    .
    “Es un error pensar que las medidas de ahorro inhiben el crecimiento”, asegura la ministra austriaca.”
    .
    in http://www.libremercado.com/2012-05-22/austria-a-hollande-sus-propuestas-de-crecimiento-son-tonterias-1276459174/
    .
    .
    Mas isto, claro, depois tem que ser enqudrado num outro texto, publicado por um jornal inglês. Que diz assim o seu autor, conselheiro do novo Presidente franciú:
    .
    .
    This brings me to the second idea. Previous French socialist leaders were wedded to Keynesianism. But Mr Hollande is the first French socialist president to advocate a supply side approach to growth.”
    .
    Escrito pelo Philippe Aghion, no FT de 14 de Março.
    .
    .
    Hoje ainda não se sabe muito bem o que o gajo defende. Anda às aranhas. Mas desconfio que vai acabar por cair nas políticas do Barroso. Investimento em Ciência e Tecnologia, algumas infraestruturas e tal mas pouco mais. No fim, adere à austeridade de Merkel, com os austriacos já a dar-lhe tabefes para o pôr em sentido. ehehehheheh
    .
    .
    Tenho para mim que este grego, comuna, não terá qualquer apoio do Hollande, até porque estão em ondas diferentes. E até penso que parte da esquerda em Portugal vai ainda ficar chocada com algumas coisas deste Hollande. ahahahhahh

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  70. aremandus permalink
    22 Maio, 2012 15:04

    por bruxelas não se faz um corno!
    Trabalha anti-xuxial, carrega a canga!

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  71. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 15:08

    “Ó Fernando, nós nem conseguimos negociar decentemente cláusulas de exceção, quanto mais fazermos a pressão para que a UE fechasse os olhos.”
    .
    Mais uma vez, o trinta e tres situou erradamente a minha observação. Referia-me ao conjunto da comunidade e não especificamente ao nosso pais.
    Dito isto, os lobbies e os interesses não eram exclusivamente nacionais. Existiam convergencias entre varios Estados e existiam inclusivamente grupos e acções transnacionais e não governamentais. Acresce que, mesmo um pequeno pais, tinha por vezes a possibilidade de “negociar” uma pequena “vantagem” em troca do apoio a uma qualquer iniciativa de um pais ou coligação de paises mais importante.
    Mas continuo a não perceber o que quer demonstrar …

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  72. Francisco Colaço permalink
    22 Maio, 2012 15:13

    Carlos Duarte,
    .
    O PIB pode ser calculado na óptica da despesa, do rendimento e de uma outra qualquer que me esqueço agora o nome. Nas Contas Nacionais do INE está o PIB calculado o PIB por essas três ópticas, esmiuçado nas diversas parcelas.

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  73. JCA permalink
    22 Maio, 2012 15:16

    .
    Interessante discute-se o que já está ultrapassado. A evolução dos acontecimentos é tão rápida e desprogramada que quem fabricou programadamente o ‘caso’, no caso o Grego, ainda não percebeu apesar de programaar doutras formas que já não há caso grego. Isso era o Ontem, deixou de existir, não é caso Hoje.
    .
    Hoje a parada, embora desprogramada, é bem mais alta sem qualquer efeito dos resultados das eleições gregas. Está ultrapassado.
    .
    Depois falamos. Por enquanto é ‘deixa andar’ nada mais a fazer ou a influenciar por impossivel.
    .

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  74. Francisco Colaço permalink
    22 Maio, 2012 15:17

    Trinta e três,
    .
    O dinheiro da Troika está a ser utilizado para rolar dívida. Infelizmente, alguns falam antes de saber, alijados aos seus preconceitos e crendices. Essa de enterrar na banca, foi, meu caro Trinta e Três, uma sua generalização infeliz.
    .
    Quem rola dívida deve poder baixá-la. Para isso, terá de ir pagando um bocadinho mais do que recebe de impostos, enquanto suporta os respectivos juros.

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  75. Carlos Duarte permalink
    22 Maio, 2012 15:28

    Caro Francisco Colaço,
    De acordo. Mais qual dos métodos foi utilizado (não me parece que sejam equivalentes em caso de estimativa) e quais os componentes.

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  76. Francisco Colaço permalink
    22 Maio, 2012 15:32

    Carlos Duarte,
    .
    Os três métodos dão resultado igual. Coisas de a nossa contabilidade ser de partida dupla.

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  77. Francisco Colaço permalink
    22 Maio, 2012 15:35

    Chaque Français dispose d’un crédit de 1000 € sur la Grèce
    .
    Isso foi antes ou depois de andarem a cortar a crina à mula?

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  78. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 15:55

    ““Os seus tratados anti-keynesianos não têm por lá uma página com “Diminuição de Impostos” ?”
    .
    Concordo com a resposta do A-C.
    .
    De resto, a diminuição de impostos não é um dogma do liberalismo. Ao contrário do que pensam muitos anti-liberais, certamente mal informados. E ao contrário do que acreditam certos liberais, eventualmente mal formados. Depende de muitos outros aspectos, de um vasto conjunto de premissas e circunstancias.
    O que é verdade é que, numa sociedade liberal, o nivel dos impostos deve ser o mais baixo possivel tendo em conta as necessidades de financiamento das despesas correspondentes às funções do Estado consideradas indispensaveis. O que pode significar que, em certas circunstancias e em determinados momentos, até pode ser necessário criar ou aumentar alguns impostos, para permitir ao Estado o cabal desempenho da sua missão.
    Mas, infelizmente, estamos longe de viver neste tipo de sociedade liberal. As nossas sociedades actuais, mesmo as consideradas mais liberais, teem administrações publicas pesadas e cargas fiscais elevadas.
    Assim sendo, nos tempos presentes, o problema e o objectivo principal dos liberais é o de reduzir o peso do Estado e baixar a carga fiscal.
    Mas isto não se faz de um dia para o outro. É necessária uma transição, é preciso garantir certos equilibrios e certas condições. Os liberais não são (ou não devem ser) revolucionários e irresponsáveis (e, de algum modo, suicidários).
    Na actual situação portuguesa, de emergência, é indispensável primeiro satisfazer certos compromissos (o plano de ajuda da Troika) e restabelecer alguns equilíbrios fundamentais. O que pode, inclusivamente, exigir aumentos de impostos no imediato e a curto prazo.
    De outro modo, não haveria qualquer possibilidade nem o tempo necessário para reformar a economia e criar assim as condições de uma posterior redução do peso do Estado e da carga fiscal com carácter sustentável e duradouro.
    Ou seja, a diminuição de impostos é certamente um objectivo central de uma política liberal para o nosso país, mas, para ser realista e viável, este objectivo deve ser encarado num prazo mais longo.
    De notar que, muitos dos anti-liberais que reclamam agora diminuições de impostos são os mesmos que durante anos e anos defenderam aumentos de despesas públicas e fecharam os olhos a um sistemático e continuado aumento da carga fiscal. Para estes, a diminuição de impostos é apenas um expediante propagandístico de curto prazo, já que as medidas e políticas que defendem apenas são compatíveis, a mais longo prazo, com a manutenção de uma elevada carga fiscal.

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  79. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 16:31

    Ainda sobre impostos …
    Por sinal, a ideia de uma diminuição de impostos a curto prazo até nem é anti-keynesiana, antes pelo contrario. De um ponto de vista keynesiano, o estimulo da economia pode ser feito com diversos instrumentos de politica economica. O do aumento das despesas e investimentos publicos é o mais conhecido. Mas a descida de impostos, no sentido de aumentar o rendimento disponivel das familias e o consumo, e de aumentar os investimentos privados (a eficiencia marginal do capital aumenta), também é considerada. No fim de contas, ambas as medidas tendem a aumentar o déficit orçamental, que é o que mais conta para Keynes. Mas, atenção, tudo isto a curto prazo. A mais longo prazo, uma vez resolvida a crise de falta de procura efectiva global, relançada a economia e o crescimento, o aumento das receitas fiscais que daqui decorre e a possibilidade de voltar a aumentar os impostos, acabariam por restabelecer o equilibrio orçamental, e até por criar excedentes permitindo reembolsar a divida anteriormente contraida.
    Ou seja, Keynes também tinha um capítulo sobre a dimuição de impostos.
    Mas uma das diferenças importantes relativamente a outras perspectivas mais “clássicas” é que Keynes não via a diminuição da carga fiscal como um objectivo a longo prazo. Antes pelo contrário, afastando-se até de muitos aspectos da sua análise económica de curto prazo (apresentada na “Teoria Geral”), Keynes desenvolveu em paralelo a sua ideia “filosófica” de que a prazo as economias capitalistas não deviam ser deixadas ao livre jogo dos automatismos de mercado e que os Estados deviam ter um papel e um peso preponderantes no sentido de controlar e intervir em permanência.
    No fim de contas, muitos dos desenvolvimentos post-keynesianos acabaram por se agarrar mais a esta vertente “milenarista” do pensamento de Keynes, certamente a menos rigorosa e a mais socialista.

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  80. rami permalink
    22 Maio, 2012 17:36

    fernando s
    Miass uma vez , leia mais vezes hayek,juan ramon rallo e andre azevedo alves sobre isso.Ou o libertad digital e o insurgente afinal sao keynesianos?

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  81. rami permalink
    22 Maio, 2012 17:37

    ja agora fernando, o governo nãon está a reformar coisa nenhuma.Está sim,a anunciar.Não as implementou

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  82. José Pinto Basto permalink
    22 Maio, 2012 17:48

    A táctica…
    Eu tenho muito dinheiro e muita mercadoria para vender.
    Tu não tens dinheiro nem mercadoria.
    Como não tens dinheiro para comprar a minha mercadoria, eu empresto-te.
    Eu fiquei mais rico porque vendi aquilo de que não precisava.
    Tu ficaste mais pobre porque me ficaste a dever o dinheiro que te emprestei para me comprares aquilo que devia ter sido feito por ti…
    …Portugal importa quatro vezes mais do que aquilo que exporta.
    E o que faz o “caixeiro viajante dos negócios estrangeiros”, caladinho?
    Portugal faz bem mas, compra e vende mal, muito mal.
    E assim não vamos lá.
    É como se fossemos um porta -aviões a querer levantar vôo com a potência de um motor de uma máquina de lavar.
    E o burro sou eu?…
    Se calhar até sou, quem sabe…

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  83. rami permalink
    22 Maio, 2012 17:51

    Á atenção do fernando s e o anti.Texto de maria joao marques do insurgente

    Hoje é, sem dúvida, um grande dia: percebi finalmente a razão – e que avassaladora esta é – de tanto se dizer que temos um governo liberal que segue uma política também ela impenitentemente liberal ou até mesmo ultra-liberal. Como porventura haja mais quem me tenha acompanhado nesta perplexidade de teimar em não ver liberalismo num governo apelidado de liberal, eu vou partilhar convosco o meu processo de raciocínio que me guiou até à iluminação.

    Ora já havia eu reparado há uns anos que a gente de esquerda não precisava de seguir qualquer política que melhorasse o nível de vida da população (em especial da população mais pobre) para ser considerada de esquerda. De facto, inúmeras vezes (ou, melhor, todas as vezes) decidiram-se por políticas que provocavam a curto, médio ou longo prazo mais pobreza (a situação actual de bancarrota é um exemplo de entre muitos). A gente de esquerda não necessita de resultados eficazes na melhoria do nível de vida ou na diminuição da pobreza para ser gente inegavelmente de esquerda. Na realidade, a gente de esquerda só precisa de dizer que se preocupa com os pobres (essa categoria abstracta com a qual nunca se cruzaram se não nos livros de Manuel da Fonseca ou de Dickens), com a redistribuição de riqueza, com as prestações sociais, praticar uma diatribe ou duas contra os ricos ou os bancos para ser apelidada de esquerda. De seguida pode aumentar a carga fiscal, o que leva a contracções que levam à falência empresas e fazem explodir o desemprego e a pobreza, que não faz mal: a profissão de fé já havia sido feita. Carlos Magno – o senhor que agora vai decidir sobre o caso Relvas-Público – resumiu muito bem isto num comentário televisivo ao debate entre Sócrates e Pedro Santana Lopes (cito de memória): comentou o senhor que durante a apresentação de ideias dos dois candidatos não se percebia quem era o candidato da esquerda (i.e., o bom candidato), até que Sócrates disse algo como ‘alguém de esquerda nunca deixa de olhar para a pobreza’ e aí Magno decidiu-se a entregar o prémio ‘ser de esquerda’ a Sócrates; em suma, pelas políticas propostas, Magno não percebia o esquerdismo, mas não fazia mal, o que interessam as políticas?, o importante fora a profissão de fé das palavras de Sócrates. O que contam não são os actos, mas as intenções (declaradas).

    Com a ajuda deste post do André, percebi que, afinal, para a direita liberal se passa algo simétrico. Um governo pode aumentar a apropriação pelo estado de recursos das empresas e de particulares (vulgo, aumento de impostos), pode patrocinar regimes fiscais totalitários (um exemplo, e nem é necessário relembrar as pretensões de Teixeira da Cruz com o enriquecimento ilícito), pode aumentar a despesa pública, pode criar leis higienistas que condicionem os comportamentos dos fumadores dentro dos seus carros, pode reduzir a liberdade contratual dos agentes económicos, pode tudo, que, novamente, as políticas efectivas não interessam. Desde que o governo diga que quer diminuir os impostos, que quer privatizar isto e mais aquilo, pode à vontade aumentar impostos e não privatizar nada, que será sempre um governo liberal. O que conta não são os actos, mas as intenções (declaradas).

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  84. 22 Maio, 2012 18:06

    Francisco colaço:
    deixe lá o catecismo. A banca está a ir buscar ao BCE a 1 para emprestar ao Estado a 5. Isso é entrerrar dinheiro. Mais: é vigarice. Dos bancos? Claro que não. Daqueles que impedem que o BCE empreste diretamente aos estados. E é isto que está em causa, Francisco Colaço e restantes profetas da desgraça. Que Europa queremos (se é que queremos).

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  85. 22 Maio, 2012 18:10

    Fernando:
    A minhe tese é simples: nada do que aconteceu aos países da Europa do sul foi por acaso. Nada se deveu a ingenuidade ou incompetência, mas sim a uma estratégia montada por quem emprestou, com a preciosa colaboração de quem governou. Aliás, os próximos tempos vão demonstrar que muito mais do que o pagamento da dívida grega, portuguesa, espanhola, francesa… o que vai estar em cima da mesa é o modelo de Europa que queremos.

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  86. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 22:30

    Trinta e três,
    Claro que nada acontece por acaso. Mesmo na Europa do Sul …
    Mas não houve nenhuma conspiração dos “mauzões” do Norte (com os alemães à frente) para explorar os “bonzinhos” do Sul, endivida-los ao ponto de não poderem pagar, obriga-los a trabalhar como escravos e a passar fome para pagarem o que deviam e muito mais.
    O que aconteceu é muito mais simples. Até uma criança pode perceber. É a fabula da formiga e da cigarra.
    Uns, as formigas do Norte, apesar de à partida ja estarem melhor, trabalharam mais e melhor, gastaram e consumiram apenas o que tinham produzido. Ou melhor, menos. Ja que até emprestaram algum excedente a outros que consumiram mais do que tinham produzido.
    Outros, as cigarras do Sul, apesar de à partida estarem pior e precisarem de trabalhar ainda mais para poderem aproximar-se das formigas do Norte, fizeram o contrario, acharam que podiam trabalhar apenas o mesmo ou menos, e que, mesmo assim, podiam consumir mais do que produziam graças ao que os outros produziam e aceitavam não consumir.
    As formigas do Norte foram bem levadas pelas cigarras do Sul… Acreditavam que as cigarras do Sul aproveitariam o ter à disposição uma parte da produção emprestada pelas formigas do Norte para poderem trabalhar mais e melhor, produzindo mais, o suficiente para viverem melhor e para devolverem às formigas do Norte o emprestado mais alguma coisa. Mas as cigarras do Sul aproveitaram apenas para viver melhor trabalhando menos e pior.
    Entretanto, passado o Verão, as formigas do Norte pedem às cigarras do Sul para lhes devolverem o emprestado. Mas as cigarras do Sul, chegado o Inverno, lamentam-se que mal teem para viver quanto mais para pagarem o que devem. E pedem mais uma vez ajuda às formigas do Norte. Claro que as formigas do Norte, embora se disponham a dispensar mais uma vez uma parte do que produzem para permitir que as cigarras do Sul não morram de fome e frio, querem que estas se comprometam a mudar de atitude e não perdem naturalmente a oportunidade para lhes darem uma valente lição de moral.
    O que é curioso é que, apesar de as cigarras do Sul se aproveitarem todas desta ajuda, enquanto que algumas, cheias de vergonha, dizem que agora é preciso fazer sacrificios e arregaçar as mangas para trabalhar mais e melhor e para poder pagar o devido às formigas do Norte, outras cigarras do Sul, malagradecidas, dizem que a culpa é toda das formigas do Norte e que estas devem continuar a ceder os seus excedentes para que as cigarras do Sul continuem a viver bem e descansadas da vida.
    Por enquanto ainda nao se sabe como é que que esta historia vai acabar pelo que é ainda cedo para tirar qualquer moral !!

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  87. Fernando S permalink
    22 Maio, 2012 23:33

    rami : “Miass uma vez , leia mais vezes hayek,juan ramon rallo e andre azevedo alves sobre isso.”
    .
    Se o rami acha que ja leu e releu Hayek mais vezes do que eu … não o vou desdizer e felicito-o por isso !
    Mas olhe que não basta ler e reler Hayek. Ha muitissimo mais na vida. Para ler e para além da leitura.
    Além de que ha sempre quem ja leu e releu Hayek mais do que qualquer um de nos e até tira desse conhecimento do texto razões e argumentos para fazer criticas duras a Hayek ao liberalismo.
    Ler e reler Hayek não é nenhuma poção magica !
    .
    Pela parte que me toca, leio e releio Hayek desde ha muitos e muitos anos …
    Influenciou e influencia muito a minha visão intelectual do mundo. Hayek é um dos grandes autores “classicos” do liberalismo mais responsaveis pelo facto de eu me assumir de longa data como um liberal (ja sei que o rami acha que eu sou “socialista” … mas paciencia !).
    Dito isto, não concordo com tudo o que o Hayek disse e escreveu. De resto, não nos esqueçamos também que nem tudo o que Hayek disse e escreveu se aplica letra a letra a realidades posteriores ao seu desaparecimento (ha 20 anos !…).
    Ainda menos concordo com muitas das interpretações e leituras de Hayek, inclusivé de muitos daqueles que se reclamam da tradição hayekiana.
    .
    Embora pertençam a uma outra “liga” …, também acho muito bem que o rami leia e releia o Juan Ramon Rallo, o José Azevedo Alves (e a Maria João Marques, e todos os outros “insurgentes” …), e tantos outros intelectuais portugueses e estrangeiros defensores do templo do liberalismo.
    Eu também os leio, sempre que posso e quando me parece interessante e oportuno.
    No que se refere em particular ao “O Insurgente”, sou um leitor fiel e um comentador pontual desde ha muitos anos. Reconheço-me em muitas das ideias e posições que os “insurgentes” apresentam. Sendo que não dizem todos exactamente a mesma coisa (e ainda bem). Mas não concordo com tudo o que escrevem. Longe disso. E tive muitas vezes a ocasião de manifestar e procurar explicar a minha concordancia e discordancia em comentarios no proprio blog.
    O que é certo é que, pelos vistos ao contrario do rami, eu não tenho “gurus” intelectuais nem considero que haja iluminados infaliveis que nos mostram o caminho da verdade e do bem.
    Tenho as minhas proprias ideias (algumas “roubadas ou emprestadas”, é verdade) e apenas estou 100% de acordo comigo proprio (se bem que às vezes !….) !!

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  88. Fernando S permalink
    23 Maio, 2012 01:45

    rami : “Ou o libertad digital e o insurgente afinal sao keynesianos?
    .
    Claro que não são keynesianos. Eu nunca pretendi que quem defende a diminuição de impostos é forçosamente keynesiano. Antes pelo contrario, a diminuição de impostos é uma exigencia tipicamente liberal. Apenas lembrei que ha muita gente que pode falar e defender uma diminuição de impostos sem ser necessariamente liberal. Incluindo os keynesianos.
    A questão de fundo não é tanto ser contra ou a favor da diminuição de impostos. Até a esquerda mais socialista e comunista pode ser pela diminuição de impostos quando se opõe a um governo “burgues” ou direitista.
    Mais importante é saber que tipo de diminuição de impostos é defendido, em que circunstancias, com que objectivos.
    Os liberais defendem uma redução da carga fiscal que seja sustentavel e duravel a prazo. Isto é, que corresponda uma redução estrutural do peso e do intervencionismo do Estado na economia.
    Os keynesianos propoem reduções de impostos a curto razo para estimular a economia. Aumentando o déficit orçamental e a divida publica. Mas os keynesianos teem uma visão a prazo de uma economia com um Estado estruturalmente intervencionista e dotado de um sector publico com “massa critica” pelo que o nivel de impostos tendera a ser tendencialmente elevado.

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  89. Fernando S permalink
    23 Maio, 2012 02:39

    rami : “o governo nãon está a reformar coisa nenhuma.Está sim,a anunciar.Não as implementou”
    .
    Ja trocamos anteriormente argumentos divergentes sobre este assunto. Não vale muito a pena estarmos a repetir.
    Como disse na altura, vamos esperar para ver. Ainda é cedo para tirar conclusões. Voltaremos a falar quando existirem elementos verdadeiramente novos.
    Aproveito apenas para fazer a seguinte consideração geral.
    Os meus adversarios politicos que contam não são o rami e outros que pensam o mesmo. São outros, é o PS e o resto da esquerda portuguesa e europeia.
    O que interessa actualmente é que a economia portuguesa seja tratada com medidas que sejam as mais liberais possiveis (ou as menos iliberais possiveis). O que interessa é que a emergencia financeira seja ultrapassada, o peso e o intervencionismo do Estado reduzido, os mercados liberalizados, a carga fiscal diminuida de forma sustentada.
    O risco que existe é que nada disto venha a acontecer ou que venha a acontecer o contrario.
    Porque o actual governo PSD-CDS perderia o braço de ferro politico com os sectores da sociedade portuguesa que se opõem a soluções de rigor nas finanças publicas e a a reformas estruturais na economia. Estes sectores são politicamente representados sobretudo pelo PS e pelo resto da esquerda portuguesa.
    Porque a nivel da Europa acabariam por vingar as teses keynesianas de estimulo da economia com despesas e investimentos publicos financiados por eurobonds.
    Estes são os meus verdadeiros adversarios politicos. Uma esquerda que é a principal responsavel pela crise actual e que continua a defender soluções estatistas e iliberais. Certamente mais estatistas e iliberais do que aquelas que constam do programa da Troika e do programa do actual governo
    Os meus adversarios não são aqueles que, como o rami, acham que o actual governo portugues é tão socialista como o anterior e que o que é preciso é cortar a matar nas despesas publicas ja e baixar impostos ja. Nem são aqueles que, como o rami, acham que o melhor que pode acontecer à Europa é o fim do Euro e o regresso a paises com moeda propria e completa soberania nacional.
    Eu acho que tudo isto, se porventura fosse realizado, seria profundamente errado e levaria a um grande falhanço. Comprometendo fortemente e por muito tempo qualquer posssibilidade de evolução mais liberal, em Portugal, na UE.
    Mas a verdade é que, felizmente, estas ideias, e as pessoas que as defendem, são ultraminoritarias, não representam grande coisa para além delas proprias, limitam-se a meia duzia de intelectuais, académicos, jornalistas, bloguistas,não teem eleitorado nem qualquer força politica, não são nenhuma verdadeira alternativa “liberal” ao actual governo.
    Certo, estas pessoas fazem parte da corrente liberal em sentido lato (por vezes, muito lato). Partilho com elas algumas convicções e referencias ideologicas fundamentais. Poderei sempre continuar a discutir com elas. Mas, repito, não é este o meu campo de batalha politica principal.
    O rami, que é alguém com quem ja tive a oportunidade de discutir e que respeito, que me perdoe !!

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  90. rami permalink
    23 Maio, 2012 09:19

    pois é rami.Há aquela direita insurgente e há a direita que se finge de direita como se viu aindahoje na 31 da armada.,Há aqueles que porpem uma politica diferente e aqueles que se limitam resolver as coisas da esma forma que os anteriores governos.Há liberalões e liberalinhos.Sobretudo, existe os da direita e existe aqueles que se dizem fazer parte da mesma, mas apenhas se limitam a debitar o discurso do psd.Desculpe-me mas um governo que tem a assunção cristas, que tem a paula teixeira da cruz, e que tem o miguel relvas, é tudo menos liberal
    Mas em relação ao texto que aqui publiquei da mariajoao, o que e que pensa?

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  91. Francisco Colaço permalink
    23 Maio, 2012 10:12

    É como se fossemos um porta-aviões a querer levantar vôo com a potência de um motor de uma máquina de lavar. (negrito meu)
    .
    Se conseguir fazer um porta-aviões levantar voo, com qualquer que seja a turbina ou motor que lhe ponha, terá inventado uma suprema arma de utilidade estratégica.

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  92. 23 Maio, 2012 10:38

    Fernando:
    As fábulas eram histórias simples, com a preocupação de serem compreendidas por qualquer criança. Já na antiga Grécia (Atenas) eram assim usadas as lendas, para a educação básica dos filhos dos cidadãos. Para issso ser possível, tinham que organizar o enredo de modo simples e com lições inequívocas. Mas… a realidade é muito mais complexa. Não se esqueça que as suas “formiguinhas” trabalhadoras, fizeram o que fizeram em relação a Maastricht (já anteriormente referido pelo A-C) e foram bem ajudados na altura da reunificação alemã.

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  93. Fernando S permalink
    23 Maio, 2012 12:43

    Trinta e três : “Mas… a realidade é muito mais complexa.”
    .
    Sim, é muito mais complexa do que a sua teoria da conspiração sobre os alemães maquiavélicos que montaram tudo na UE e no Euro para explorar e dominar economicamente os inocentes e ingénuos paises do Sul !
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    Trinta e três : “Não se esqueça que as suas “formiguinhas” trabalhadoras, fizeram o que fizeram em relação a Maastricht (já anteriormente referido pelo A-C) e foram bem ajudados na altura da reunificação alemã.”
    .
    Não estou a ver bem o que quer dizer … (nem tenho presente o que o A-C tera dito a este respeito).
    De qualquer modo, Maastricht foi um passo globalmente positivo na construção europeia, e a reunificação alemã foi um momento importante na consolidação de uma nação alemã livre e pacifica no seio da Europa.
    Se se refere ao facto de a Alemanha ter a certa altura desrespeitado o limite orçamental do Pacto de Estabilidade, precisamente no seguimento dos enormes esforços financeiros feitos pelo Estado alemão para realizar a reunificação, não é nada que me choca. Antes pelo contrario.
    Existia uma razão extraordinaria suficiente para os restantes membros da UE aceitarem uma ultrapassagem daquele critério, de resto temporaria e limitada. No fim de contas, mesmo antes da actual fase de crise das dividas soberanas de muitos dos paises da UE, e por razões muito menos aceitaveis, outros paises europeus, a começar pela França e passando por todos os do Sul, desrespeitaram um ou os dois critérios do Pacto. A verdade é que, como todos sabiam perfeitamente na altura, e como se veio a comprovar na pratica a seguir, a ultrapassagem temporaria dos limites pela Alemanha não representava então nenhum risco de derrapagem, nem para a Alemanha nem para a Zona Euro, e acabou por ser rapidamente corrigida.
    O que se passou então com a Alemanha não tem comparação possivel com os enormes erros de politica economica que foram cometidos ao longo de décadas pelos paises do Sul da Europa. Tivessem todos os outros seguido o exemplo da Alemanha e não estariamos hoje na situação complicada em que estamos.

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  94. 23 Maio, 2012 12:55

    Mais uma vez, uma análise simplista caro Fernando. “Tivessem todos os outros seguido o exemplo da Alemanha e não estariamos hoje na situação complicada em que estamos”. Sem negar- antes pelo contrário!- os erros cometidos, qual era o ponto de partida de todos esses estados? Lembra-se do que diziam os críticos do euro sobre as consequências dos grandes desníveis económicos dos estados para a moeda única? Não há memória histórica na liderança da UE? Quer mesmo que se acredite na sua teoria de que um belo dia os estados mais ricos do euro acordaram e repararam que a rapaziada do sul se andava a portar mal? E o fantasista sou eu?

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  95. JCA permalink
    23 Maio, 2012 14:42

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    No lavar dos cestos, fica o sumo, a arvore entre a floresta: hoje a Alemanha foi aos mercados, JUROS 0,000 %
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    mesmo que exporte menos para os PIIGS compensa na poupança de juro a 0,0000%. Os analistas da nossa praça chamem-lhe o que quiser, justifiquem-no ‘cientificamente’ com as acrobacias que preferirem porque no lavar dos cestos o que interessa é o que fica no porta moedas e na carteira.
    .
    O resto é treta ou prazer de passear teorias nos jardins, os tais Diagnosticos dos Teóricos mas Soluções e Prognosticos dos Práticos ’tá quieto’ ….
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    E é exatamente por esta mesma postura de fundo do ‘cada um safa-se como pode e como canta’ que o caso fabricado da Grecia, ganhe quem ganhar nas proximas eleições, está ULTRAPASSADO e DESAPARECEU. Desprogramadamente abriram a ‘caixa de pandora’ que os Cidadãos, Familias e Empresas dos PIIGS passaram a compreender tanto quanto ela é e a bola de neve parada desatou a rolar pela encosta abaixo.
    .
    Contra a minha propria convicção incial que a Grecia nem sai nem é expulsa do Euro já tenho sérias duvidas que o proprio projeto Markollande resulte como ‘terceira via ou plano B’. Está tudo o rolar muito mais depressa em termos de certezas dos Cidadãos, Familias e Empresas nos PIIGS.
    .
    As ruas onde reposa a confiança ou a desconfiança, no fim da linha a decisão, sugiro que os jornalistas comecem a martelar tipo ‘qual é a sua NOVA solução ? qual é o seu prognóstico ?” e se rabearem com habilidades, rodeios e trai-lai-rais como é costume continuem martelar, martelar até responderem exatamente ao perguntado. No limite se teimarem nas habilidades, rodeios e trai-lai-rais fica implicitamente respondido: não sabem.
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  96. JCA permalink
    23 Maio, 2012 15:25

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    Tenho acompanhado com todo o respeito a boa vontade dos situados no isto é ‘UMA MARATONA, falta puco, está quase, é só mais um jeitinho, se o pitroil isto e aquilo’,
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    ora bem vamos lá para a cabeça do touro,
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    queimemos etapas e já haviamos chegados à meta nessa Maratona. O que é o PROGNOSTICO seguinte ?
    .
    Como é que resolvem a destruição de mais dum milhão de Postos de Trabalho nesse ‘sol da terra’ que os maratonistas prometem ? Quantos mais anos iriam ser precisos ?
    .
    Como resolvem o caos dos milhares e milhares de Empresas que a Maratona está a destruir com confiscos fiscais e não só ? Se uma nova Empresa que sobreviva em pelo menos vinte criadas ainda demora pelo menos 5 anos para atigir o ‘turn-over’ para a ‘velocidade de cruzeiro’ que ainda demora mais quse uns tantos ?
    .
    Prognosticos porque SOLUÇÕES ainda não vi. Só Diagnosticos e tretas.
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    Com o devido respeito e admiração pelos bem intencionados quiçã ingénuos ou manhosos. Não sei nem é o que interessa.
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  97. JCA permalink
    23 Maio, 2012 16:13

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    As autoridades estão a a acautelar os riscos de eventuais cambalachos e ‘candongas’ que eventualemnte estejam a ser feitos à volta de bens penhorados pelo Fisco ou que se julguem venham a ser penhorados ou penhoráveis ?
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    Não sei mas convinha estar em cima.
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  98. JCA permalink
    23 Maio, 2012 16:35

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    Em probabilidades se nada der uma grande volta, hoje há 85% de probabilidades dos Gragos imporem o abandono do Euro não importa quem ganhar as proximas eleições. A do resto dos PIIGS andam na bamda dos 52%-70% conforme o País que se trate.
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    O Euro mostrou desprogramadamente (abriu a caixa de pandora) com os programadas Austeridades apenas isto:
    .
    reduzir com os programas de Austeridade da Troika 30%, 40% ou 50% do poder de compra dos Cidadãos, Familias e Empresas dos ‘socios’ que intervencionam é o mesmo que ter recusado liminarmente aceitar a receita da Troika e ter abandonado o Euro. A desvalorizçaõ do poder de compra era igual (a nova moeda nacional teria também desvalorizado esses mesmos 30, 40 ou 50% em poderde compra) com a vantagem de se libertarem do ‘corpete’ Euro que os impede de maximilizarem exportações etc etc
    .
    Foi na esparrela em que os programadores meteram o futuro do Euro. Acho dificil conseguirem sair disto mesmo admitindo o ‘virar da casaca’ que muitos estão fazer, ontem ‘matavam, expulsavam, esfolavam senão era diluvio, os catastrofistas que já deram o que tinham a dar ninguém lhes liga etc etc’ e hoje ‘mansos que nem cordeirinhos’. Um espetaculo gerador de ‘grande confiança’ nos Povos, populações, socios no Euro …..
    .
    Sonhadoramente mantenho a convicção que a Grecia nem sai nem será expulsa do Euro. Mas abriram muitissimas mais duvidas que resulte apesar de todas as cambalhotas, reviravoltas e ballets. Na evolução rápida no tabuleiro do xadrez hoje a convição é sustentada com muita fraca certeza.
    .

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  99. JCA permalink
    23 Maio, 2012 17:50

    .
    (publicado em 2008)
    ATUALIZAÇÃO DA EVOLUÇÃO EM 2012 das
    .
    9 REFORMAS pacificamente revolucionárias’ MAIS 3 ADICIONAIS para instaurar o LIBERALISMO AVANÇADO com sustentação dos DIREITOS CIVILIZACIONAIS IRREVERSÍVEIS DOS PORTUGUESES (universalidade da Educação, Saúde, Pensões, Idade de Reforma razoável e Solidariedade com os Desempregados) para PORTUGAL se resolver e solucionar,
    .
    mas estão muito atrasadas as mais PRIORITÁRIAS e DE FACTO ESSENCIAIS ‘IMPOSTOS E FISCALIDADE’ + ‘AMNISTIA FISCAL’ + ‘SEGURANÇA SOCIAL’ (empatadas por ortodoxias e micro lobies que estão a prejudicar os Cidadãos, Famílias e Empresas Portuguesas em muitos milhares de milhões),
    .
    que fabricarão o NOVO, um TECIDO ECONOMICO LUCRATIVO, que reacenderá aceleradamente a Economia, Criação de Riqueza, Emprego e estancamento da Emigração tirando-nos do ‘caótico’ e do ‘sem futuro, sem esperança, sem confiança, sem acreditar’.
    .
    É um Programa do CAPITALISMO, embora pareça Marxista na ainda acanhada Democracia Portuguesa:
    .

    -APROVAÇÃO PELA AR e EVENTUAL INCLUSÃO POSTERIOR NA CONSTITUIÇÃO (embora não necessária):
    .
    1) RACIO máximo PIB/Carga Fiscal
    .
    2) RACIO máximo PIB/Despesas do Estado (*) (APROVADO)
    .
    (*) Provocadora da Reforma séria da estrutura de Governança, da Burocracia Publica e do Orçamento Geral do Estado. A ultrapassagem destes racios só viabilizada por 2/3 ou 3/ 4 de votos da AR.
    .
    -BANCA EM PORTUGAL e GARANTIA DOS DINHEIRO DOS DEPOSITANTES:
    .
    3) SEPARAÇÂO ABSOLUTA da Banca Comercial de quaisquer actividades especulativas nomeadamente Sociedades de Investimentos Financeiros ou Hedge Funds, para protecção absoluta das Poupanças e Dinheiro dos Depositantes para regresso da confiança nos Bancos.
    .
    4) TAXA PARA GARANTIAS BANCÁRIAS calculada sobre todos os negócios e receitas da Banca robustecendo financeiramente o Fundo de Garantias Bancárias para devolver a qualquer momento os Depósitos dos Cidadãos, Empresas e Entidades Publicas que confiaram no Banco que ficou inviabilizado, faliu ou fechou (APROVADO HOJE NO PARLAMENTO EUROPEU)
    .
    .
    -IMPOSTOS E FISCALIDADE:
    .
    5) ABOLIÇÃO de todos os Impostos substituindo-os por um único: INU – Imposto Nacional Único colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (**)
    .
    (**) Pagamento dos Ordenados Brutos aos Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    6) AMNISTIA Fiscal para estancar o estado de falência do Tecido Económico Nacional e a insolvência dos Cidadãos, já praticado antes e depois do 25 de Abril.
    .
    .
    -SEGURANÇA SOCIAL:
    .
    7) ABOLIÇÃO dos Descontos mensais de Empregadores e Empregados substituindo-os pelo IUSS – Imposto Único de Segurança Social colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (***)
    .
    (***) Pagamento dos Ordenado Brutos a todos os Empregados pelas Entidades Patronais.
    .
    8) Instauração da PENSAO NACIONAL UNICA, igual a 2 ou 3 vezes o SMN-Salario Mínimo Nacional, universal e igual para todos os Reformados Portugueses (****)
    .
    9) Criação do Fundo Nacional de REFORÇO DA PENSÃO NACIONAL UNICA, gerido pelo Estado, para quem queira depositar mensalmente um valor incerto a qualquer momento para assegurar um reforço publico do valor mensal da Pensão Nacional Única atingida a idade de reforma até ao falecimento (****)
    .
    (****) Na transição do velho para o novo Sistema, passariam para o Fundo de Reforço da Pensão Única, os valores já descontados por Empregados e Empregadores correspondentes à diferença entre o valor da Pensão Única e a Pensão em vigor no momento da Inscrição na Segurança Social
    .
    .
    -MEDIDAS ADICIONAIS PARA REFORÇO DA SUSTENTAÇÂO DOS DIREITOS CIVILIZACIONAIS IRREVERSIVEIS DOS PORTUGUESES na Civilização Europeia avançada no Mundo:
    .
    a) Idade de reforma cerca dos 55 anos para desempastelar POSTOS DE TRABALHO PARA OS JOVENS, NOVOS LICENCEADOSe DESEMPREGADOS: admissão obrigatória de jovens ou desempregados até ao limite do ordenado que o reformado auferia.
    .
    b) Libertar os Encarregados de EDUCAÇÃO -cheque-educação: cada um endossa o Cheque-Educação à Escola que LIVREMENTE escolhe para os filhos seja publica ou privada ou cooperativa.
    .
    c) SAÚDE, reactivação de todos os Postos de Saúde e Equipamentos abandonados, recrutamento médicos estrangeiros com novo contrato de trabalho diferente dos actuais, receituário obrigatório por principio activo, e se necessário eventual reactivação dos Laboratórios Farmacêuticos (APROVADO na parte do receituário por principio ativo)

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  100. Fernando S permalink
    23 Maio, 2012 19:01

    Trinta e três : “…qual era o ponto de partida de todos esses estados? Lembra-se do que diziam os críticos do euro sobre as consequências dos grandes desníveis económicos dos estados para a moeda única?”
    .
    Claro que existiam à partida grandes desniveis economicos dos paises que aderiram à moeda unica. Não foi a moeda unica que os criou.
    A moeda unica criou uma oportunidade unica para paises menos desenvolvidos, no interior de um grande mercado sem barreiras e monetariamente unificado, tirarem partido das vantagens competitivas que tinham (custos salariais e de contexto mais baixos, carga fiscal mais baixa, maior flexibilidade nos mercados de factores,etc, etc) e do acesso a crédito abundante e barato, e desenvolverem-se aproximando-se dos niveis dos paises mais desenvolvidos.
    O principal interesse dos paises do Norte, mais avançados, era precisamente que estes paises se desenvolvessem e convergissem. Esta era a melhor garantia de que a zona economica do Euro se fortaleceria em beneficio de todas as economias. Repito : o interesse dos paises mais desenvolvidos da UE era, e é, que os paises periféricos cresçam e convirjam !
    Esta oportunidade foi desperdiçada. Os paises do Sul pensaram que tinham descoberto a galinha dos ovos de ouro. Utilizaram o crédito abundante e barato para gastar e consumir e não para investir e desenvolverem-se tecnologicamente. Acharam que eram ricos e que tinham também o direito de ter os mesmos niveis de remunerações, as mesmas horas e condições de trabalho, o mesmo “Estado Social”, as mesmas leis de “protecção” dos trabalhadores, etc, etc. O Estado e os privados gastaram e endividaram-se à grande. Para financiar o despesismo do Estado a fiscalidade foi aumentando. Tudo isto degradou a competitividade das economias, das empresas. Os desequilibrios macro e untra-sectorias (a favor dos sectores de bens não-transaccionaveis e a desfavor dos transaccionaveis) acentuaram-se.
    Ao mesmo tempo que os paises do Sul viviam descontraidamente, apesar dos muitos sinais e avisos que foram aparecendo e sido feitos, os paises do Norte foram fazendo algumas reformas no sentido de corrigir alguns dos aspectos que prejudicavam as respectivas competitividades.
    Os resultados estão hoje à vista !
    Em vez de culparem a Alemanha os paises do Sul da Europa devem antes limpar diante das suas proprias portas. Isto é, corrigir os muitos erros que foram anteriormente cometidos, repor em ordem as respectivas contas publicas, fazer finalmente as reformas que deviam ter feito muito antes e não fizeram.
    Não o fazer seria continuar a embarcar numa ilusão que, mais cedo ou mais tarde, levaria a uma situação ainda pior do que a actual.

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  101. JCA permalink
    24 Maio, 2012 02:31

    .
    Ler sem catastrofismos, apenas um estudo:
    .
    – Flowcharting The Eurocalypse
    Consequences of a Greek eurozone exit
    http://www.ft.com/cms/s/2/0a35504a-0615-11e1-a079-00144feabdc0.html#axzz1vkMrHnrH
    .
    No meio desta tempestade toda surge uma ‘receita secreta’ na União Europeia, quem mais cresce e não se queixa:
    .
    = Sweden’s secret recipe
    .
    “Three years on, it’s pretty clear who was right. ‘Look at Spain, Portugal or the UK, whose governments were arguing for large temporary stimulus,’ he says. ‘Well, we can see that very little of the stimulus went to the economy. But they are stuck with the debt.’ Tax-cutting Sweden, by contrast, had the fastest growth in Europe last year, when it also celebrated the abolition of its deficit. The recovery started just in time for the 2010 Swedish election, in which the Conservatives were re-elected for the first time in history.”
    .
    http://www.spectator.co.uk/essays/7779228/swedens-secret-recipe.thtml
    .

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  102. 24 Maio, 2012 14:36

    “Well, we can see that very little of the stimulus went to the economy”. Isto é o que interessa e os responsáveis por isto é que têm que ser denunciados. O resto é treta.

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