Dívida, procura interna, impostos e cortes na despesa
Antes da crise, Portugal tinha cerca de 20 mil milhões de euros por ano de procura interna que eram claramente financiados por endividamento. O dinheiro era injectado via fornecedores do Estado e funcionários públicos. Sem financiamento externo do Estado, essa procura interna tem que desaparecer. Se se cortar na despesa, corta-se o fluxo de dinheiro que gerava a tal procura interna de 20 mil milhões. Se, pelo contrário se aumentar impostos, parte dessa procura interna é preservada. Cortes na despesa implicam uma libertação de meios para satisfazer procura externa. Aumento de impostos (sobretudo IRS, IRC) implica cobrar impostos a quem produz para o mercado externo para financiar a procura interna. Portanto, das duas soluções para cortar no défice, aumentar impostos é a que melhor favorece a procura interna. Mas é interessante ver a Maria João Marques a defender em simultâneo cortes na despesa e a procura interna.

Antes da crise,
…
Crise, what crisis? Em verdade existiu a tal crise?
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João Miranda
Li o seu artigo e o da Maria João Marques. O seu está confuso e gera-me muitas dúvidas. O da Maria João Marques está claro , incisivo, e percebe-se muito bem. Lendo um e outro, concordo com o que a MJM escreveu.
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Não à alternativa
Não à alternativa
Não à alternativa
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” OH RELVAS, VAI ESTUDAR! ”
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A autor fez-me abrir os olhos,
Tenho uma barbearia, em Lisboa, estava a pensar abrir uma em Braga e outra em Faro.
Mas depois de ler o post do Miranda, vou fechar a barbearia de Lisboa e vou abrir uma em Madrid.
Já que como diz a autor não faz falta ao mercado interno a minha barbearia, o ideal, é virem cadeias de barbearias estrangeiras, assim como de restaurantes, empresas de transportes, e tudo aquilo que não faz falta segundo este senhor deve imigrar.
Estes neoconnada na cabeça, são de partir o coco a rir.
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Há um erro comum nos críticos dos aumentos de impostos deste governo, pois julgam que o peso do estado na economia ou a carga tributária se mede pelo ratio impostos / pib. É um erro.
O ratio relevante é despesa / pib.
Se o nível de cobrança de impostos for inferior ao da despesa, simplesmente quer dizer que se deixou para os governos seguintes a tarefa inevitável de cobrar mais impostos ou desvalorizar a moeda (o que é o mesmo, numa versão mais opaca). É um truque populista, que para além de acarretar o pagamento de juros, cria uma falsa sensação de riqueza e induz a um desequilíbrio nada saudável entre sector transaccionável e não transaccionável, debilitando o primeiro em favor do último.
Era interessante vermos a evolução do ratio de despesa / pib ao longo dos últimos anos. Descobriríamos que este governo foi, nos últimos 25 anos, na realidade o único que diminuiu o peso do estado e a carga tributária sobre os cidadãos. O que não quer dizer que deva e possa ir mais longe.
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está tudo maluco?
o post inicial é uma baralhada de frases sem sentido e o anterior ao meu chega á conclusão “que este governo foi o unico que diminuiu a carga tributaria”
???????????????? fonix
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Aumento de impostos nos governos socialistas = caminho para a servidão
Aumento de impostos nos governos pêpêdê = amanhãs que cantam
Nobel da economia para o Miranda e para o Gaspar, ex aequo, JÁ!
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Li os 2 artigos, este e o da MJM.
O da MJM faz todo o sentido, este nem se percebe o que quer dizer (perceber até se percebe, mas é de tal forma sinistro que prefiro fazer de conta que não se percebe).
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Neste blog a Economia e as Finanças são tratadas como sendo artes circenses?
Se a opção é por malabarismos, preimeiro aprendam a fazer esses malabarismos por forma a que o resultado final tenha alguma credibilidade.
Assim é que não !!!
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Já agora, o que vai acontecer ao Gaspar quando este projecto falhar dentro de uns meses?
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Que contributo teve a degradação do “mercado interno” no falhanço colossal das metas do défice para 2012?
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Moral da história: o totalitarismo ultraliberal conduz à esquizofrenia.
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Mais uma acrobacia especulativa na senda da credibilização de um orçamento sinistro.
Assim, não!
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O posts de MJM são normalmente um autêntico chorrilho de disparates não sei como sequer a deixam publica-los!
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Foi desta!
O João Miranda virou neo-comunista! Mas o que é que se passa com esta direita? Tá tudo louco? É por estas bacoradas que já ninguém dá crédito a afirmações ditas de pessoas de direita.
Quanto a isto… “o totalitarismo ultraliberal conduz à esquizofrenia.”
Nem sei o que dizer.. O grau de hipocrisia à direita só consegue equivaler a ignorância e de demagogia. Alguém que me explique como é que um modelo político pode ser ultraliberal (anarco-capitalista) e simultaneamente totalitarista. Fico à espera.
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*demagogia da esquerda (…)
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Caro João Miranda,
Os impostos se não forem cobrados, ou se pelo menos diminuírem, é mais rendimento disponível que fica nas famílias e nas empresas, logo terá igualmente a sua “procura interna”.
No entanto, tanto num caso como noutro, nada lhe garante que essa procura não seja por bens externos – importações. Aliás, com a nossas empresas a fechar, cada vez mais as poupanças e o dinheiro de empréstimos (por exemplo o da Troika) acabam por ir para o estrangeiro sob a forma de importações.
Tal como a MJM, também eu defendo uma redução da despesa PÚBLICA em simultâneo com uma redução de impostos (famílias e empresas).
Tal como estamos, com uma carga brutal de impostos, não vale a pena abrir empresas nem sequer trabalhar. Desta forma as empresas vão falindo, o desemprego vai subindo e a base tributária diminui, diminuído a receita absoluta em impostos.
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Fean Rolo,
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Faz ideia quanto se teria que cortar na despesa pública para baixar impostos e cumprir as metas do défice?
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O JM, o Passos e o Gaspar (o Borges parece que já foi de vela !) ainda não entenderam que é impossivel o dificit baixar para 4,5%.
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O FMI já vem dizendo isso, e qualquer pessoa que saiba um minimo de macroeconomia sabe isso.
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Insistir nos 4,5% é de gente que vive no mundo da Lua.
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PMP,
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Explique-me como é que o país se vai financiar quando acabar o programa da troika e eu estou disposto a concordar consigo.
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Caro João Miranda,
Basta ler a proposta de OE para 2013…
No documento constam 17.286 M€ para despesas de pessoal.
Sabemos que a FP trabalha 35 horas por semana enquanto que, no privado são 40. Sendo o ordenado mínimo igual para ambos, para manter o princípio da equidade, tão defendido pelo Presidente da República e pelo Tribunal Constitucional, há que tornar o valor hora igual. Assim, reduziríamos o valor dos vencimentos da FP nesta mesma proporção: 12,5%.
Pouparíamos 2.1601 M€ e poderíamos portanto reduzir o IRS em 18% (o valor pago em IRS, cujo valor previsto no OE2013 é de 12.066€).
Existem inúmeros pontos para reduzir ou mesmo cortar. É só consultar a proposta de orçamento e verificar.
Por exemplo, em relação à Defesa. Há poucos países da Europa que gastem (percentualmente ao PIB) tanto como Portugal – Espanha gasta metade!. Será que as FA destacadas no estrangeiro (54M€) são mesmo necessárias? Será que é moralmente aceitável ter militares na reserva, alguns com pouco mais de 40 anos de idade a ganhar mensalmente uns milhares de Euros para nada fazerem? (111M€ no total).
Sei que estou a fazer uma injustiça com os militares pois eles são apenas um exemplo do problema e não o problema em si, mas a falta de tempo não me permite esmiuçar outras áreas.
Mas a quantidade de desperdício e de abuso no Estado é flagrante. A lista é quase interminável: PPP, professores com horário zero, professores em sindicatos, pessoal a “trabalhar” em observatórios, fundações, empresas públicas, etc.
Enfim, o que não falta é sítios onde cortar. O que falta é decisão e coragem política.
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