Cortem no Estado e não nas pessoas
Maria João Marques diz que “a porção da procura interna que tem de ser significativamente reduzida é a procura de bens e serviços pelo estado” e que “é errado diminuir a procura privada (diferente de procura interna, que inclui também gastos públicos) com aumentos de impostos”. O que não diz, não analisa, e pelos vistos não acha relevante, é que, dado que a despesa corrente do Estado é na sua esmagadora maioria salários e pensões, qualquer corte relevante levará à queda da procura privada. Cortar no Estado é cortar no consumo interno privado. Cortar 1000 milhões de euros em salários e pensões terá aproximadamente o mesmo efeito no consumo privado que aumentar os impostos em 1000 milhões de euros. E embora os efeitos sejam da mesma ordem de grandeza, há boas razões para acreditar que cortes na despesa tenham um efeito um pouco maior no consumo interno que aumentos de impostos. Essas razões já as expliquei num post anterior.
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Note-se que a medida da TSU minimizava os impostos agregados sobre o sector privado. Alguns empresários contestaram-na com base no pressuposto que o consumo interno iria cair. Estou convencido que tinham razão. A medida da TSU cobrava menos impostos que as actuais medidas, e alem disso cortava mais no Estado e reduzia mais o consumo interno que as actuais medidas.

Po enquanto ainda há anti-àcidos nas farmácias!
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Traduzindo e resumindo, o que o senhor João Miranda nos está a dizer é:
– Força, força, companheiro Passos, nós seremos a muralha de aço!…
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(…) A medida da TSU cobrava menos impostos que as actuais medidas (…)
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JM continua a querer-nos vender a ideia que a medida TSU não vinha acompanhada de mais impostos …
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A medida da TSU não visava cobrir o derrapagem do défice de 2012 e a substutuição das medidas chumbadas pelo Tribunal Constitucional o seu objetivo era aumentar a competitividade. Se a TSU tivesse ido avante continuava a ser necessário aumentar o IRS e demais impostos, senão na mesma dimensão, pelo menos muito aproximadamente. Considerar a TSU e os aumentos de impostos previstos no OE de 2013 como medidas alternativas tem vindo a confundir muita gente o que é certo é que esse erro tem sido reptido até à exaustão. Porque será?
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Fico na dúvida se o autor do post não vive numa realidade paralela ou, pelo menos, ligeiramente autista.
Passado todo este tempo já deveria ter sido possível aceitar, ainda que a contragosto, que a TSU nada tinha que ver com as medidas que constam no OA, ou melhor, seria a ACRESCER (o mesmo que acrescentar, somar) ao que dele consta. Ou seja, não seria um “em vez de” mas um “a acrescentar a”.
Mais,
e isto é, verdadeiramente, espantoso: os anjinhos da CIP vieram, naquela onda populista e politicamente correcta, propor que para que se mantivesse a redução da TSU para as empresas, sem que ocorresse uma transferência dos trabalhadores, se aumentasse o tabaco em 30%.
SURPRESA: o tabaco aumenta mas redução da TSU nem vê-la!
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Sim, a TSU não era a liana do Tarzan!
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E que tal um postezinho sobre a Islândia?
Intervencionada pelo FMI, crescimento de 2,8% e 5% de desempregados!
Bem sei que a raça dos políticos que têm não gostam lá muito de pôr o povo a pagar as dividas dos outros.
Enfim, gente sem princípios, um bando de analfabetos que vivem em democracia há tantos séculos que esta já está desactualizada.
Parece que agora querem punir judicialmente, com 20 anos de prisão, quem violar a Constituição.
Não querem que a Constituição deles seja um pano encharcado que se torce conforme as conveniências de cada folha de excel que aparece.
Imaginem que se esta Constituição se aplicasse aqui neste país de raça de homens que pagam as suas dívidas e, principalmente, as dívidas dos outros, tínhamos o cavaco preso por 20 anos!!!!!
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“A medida da TSU cobrava menos impostos que as actuais medidas, e alem disso cortava mais no Estado e reduzia mais o consumo interno que as actuais medidas.”
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Não faz qq sentido a afirmação. O pacote TSU era seguido de um pacote de aumento de impostos igual ao actual.
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Mas este post apresenta uma falsa dicotomia. A medida da TSU não iria surgir isoladamente, pois sozinha não teria o mesmo impacto previsto no défice que as actuais medidas. Aliás, tanto quanto se sabe, estas medidas já estavam a ser estudadas antes de ser pública a proposta da TSU, portanto nada nos garante que não seriam implementadas mesmo que não tivesse havido recuo na TSU. E mesmo que não de forma integral, pelo menos de forma parcial.
Um dos problemas da proposta da TSU era que tinha um impacto na maioria dos salários muito elevado face ao impacto que teria no défice (haveria uma transferência de riqueza no sentido de acentuar as desigualdades, e Portugal já é dos países (o país?) mais desiguais da UE).
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Devia ter lido os comentários antes de escrever o meu.
Já vários comentadores tinham feito aviso igual…
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João Miranda
O aumento da TSU não era uma alternativa às actuais medidas, era um complemento. O que nós, sector privado que trabalha por conta de outrém, ia apanhar era aumento da TSU mais o aumento do IRS. Viu-se isso com a apresentação do orçamento. O aumento da TSU apenas “dava” 500 milhões de euros para correcção do défice orçamental. Onde se ia buscar o resto? Ao aumento do IRS, como vai acontecer. Ainda bem que o aumento da TSU não foi por diante. Eu até me considero um poucochinho solidário e altruísta mas quando o aumento de impostos me começa a asfixiar, reajo como qualquer pessoa racional em situação de asfixia: esperneio e tento aliviar a asfixia, considerando que não me é possível livrar dela.
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A TSU era o esquema para o trivialzito. Pôr Empregados contra Empregadores à porrada para os nem Empregados nem Empregadores dividirem o bolo dos aumentos de impostos (o saque) desapaercebidamente.
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Azar dos azares.
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Foi sociologicamente (não sebenta de analise do que passou, mas sociologoa viva hoje) tão longe contra os que nunca foram Empregados e Empregadores, ou mellhor tão fora a treta Capital contra o Trabalho ou Trabalho contra o Capital, pela sindicalista ou trotkista ou outra qualquer,
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que pelo mundo dos ‘Tasqueiros’ surgiu naturalmente a COGESTÃO na rua
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“que pelo mundo dos ‘Tasqueiros’ surgiu naturalmente a COGESTÃO na rua”, DESAPERCEBIDAMENTE nos orgãos de comunicação social, nos psyops, nos politólogos, nos politicos, nos partidos
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interessante e pela mão dos Restaurantes, a tal gajada ‘analfabeta e inculta’, que duma muazada enfiou as elites ideologicas ou académicas no bolso que depois de tanta treta nunca foram capazes de provocar, sequer fazer, COGESTÃO.
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Ora bem o tal bando de carneiros fez na RUA a COGESTÃO, aliança Empregados e Empregadores a lutarem pelo onde ganham o pão, a comida em cima da mesa.
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E aqui os pseudo germanofilos tugas também ficaram a ver navios, incompetentes e oportunistas.
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Nem JM, ardendo todo na chama do seu entusiasmo passista, acredita que fosse possível no mesmo orçamento o aumento da TSU e as alterações ao IRS, que são mais que a brutal subida de taxas e a compressão dos escalões. Como se verá nas devoluções lá para o verão de 2014.
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Ninguém acredita, mas era isso que estava planeado. Afinal este é o melhor (fácil de convencer a aceitar o roubo) povo do Mundo…!
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Já aqui atrás há tempos disse..
A TSU não tem nada a ver com orçamentos.
Desengane-se quem pensa que o Governo deixou cair a TSU.
A TSU é incontornável. (infelizmente)
A TSU é imprescidível. (infelizmente)
A TSU não afecta os trabalhadores de baixos salários.
A TSU promove o emprego.
A TSU evita o desemprego.
A TSU evita as falências das empresas mais vulneráveis
A TSU atrai investimentos, estrangeiros ou não.
A TSU cria empresas.
A TSU só prejudica os trabalhadores caros.
A TSU beneficia as empresas pobres.
A TSU promove a competitividade.
Metam isto na tola, é preferível receber menos do que não receber nenhum! Pelo menos até que a tempestade acalme.
O facto de alguns empresários terem dito que prescindiam da TSU é letra…venha ela, a ver se alguém abdica…
Há por aqui muita gente que ainda acredita no Pai Natal..
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Além da abstrusa ideia de dissociar o Estado das pessoas no título, o ‘post’ é uma peça meramente propagandística. Sem rigor. Esqueceu-se do Acórdão do TC e dos resultados a que uma política de ‘enormes aumentos de impostos’ pode conduzir.
Não resisti a expôr as minhas razões aqui:
http://solossemensaio.blogspot.pt/
Sugiro que fale com a Dra. Manuela Ferreira Leite ou com o Dr. Bagão Félix para compreender algo do que está em jogo.
A Maria João Marques tem razão, claro.
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Estar neste momento falar da TSU serve para quê?
Para (re)equacionar alternativas (já ‘gastas’) ou para esquecermos o arrastão fiscal?
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JDGF,
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reequacionar a TSU serve para se perceber que rejeitar a ideia foi um erro.
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Mas quem rejeitou foram os próprios que a inventaram. Não estamos em democracia directa.
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O que cria empresas e empregos é uma aposta firme na auto sustentabilidade.
O resto são balelas que os ditos “economistas” inventam para tornar o simples mais complexo … e terem do que viver.
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Portanto, o JM garante q baixar o consumo das familias e estado é garantia para Portugal sair da crise.
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Acha, pois, que o consumo se deve ajustar ao rendimento potencial das familias, empresas e estado. E se o rendimento das familias e das empresas tem sido sustentado em endividamento, aquele deve baixar para os niveis adequados. Presumo qe o consumo deve baixar independentemene do mesmo ter origem em importacoes ou em producao nacional, certo?
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Isto significa que , por hipotese, o consumo de azeite nacional é mau. O consmo de peixe da nossa costa e pescado pelos nosso pescadores é mau. Será mau tambem consumir pera rocha e leite agros, suponho. E carne barrosã e alheira de mirandela…
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…enfm, é tao mau para o país consumir os produtos nacionais. Tao mau quanto é consumir mercedez, perfumes channel, sapatilhas nike, leite parmalat, carne espanhola.
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Para o JM consumir é o mal de todos s males. Nao interessa se o que se consome é produzido em terrtorio nacioal, por pessoas residentes em Portugal que trabalham o seu tempo para gerarem impostos que permitem pagar o salario do JM.
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Rb
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ricciardi,
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Não é garantia. É condição necessária.
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Já nem acho útil pensar mais sobre os prós e os contras da medida TSU proposta por Passos Coelho. Ou outra medida possível com base em mudança na TSU. Mas ainda estou a tentar perceber é como é que no Acordo de Entendimento assinado com os nossos credores, os nossos representantes pensavam cumprir o artigo 1.3. “Na base de uma proposta a estabelecer no momento da primeira avaliação [final de Julho de 2011] 2, o OE 2012 incluirá uma recalibragem do sistema fiscal que seja neutral do ponto de vista orçamental, com vista a reduzir os custos laborais e a promover a competitividade [Outubro de 2011].” E também ando confuso com umas notícias que vi onde dizem que o senhor Hollande prepara mexidas na TSU idênticas às de Passos.
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Ok.
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Agora, sabendo que as familias e as empresas (privados) estão endividados na ordem dos 200% do PiB, sensivelmente do dobro do estado, e que esse endividamento não se traduz em activos que geram riqueza futura, já que foi gasto em bens de consumo, gostaria de perceber como é que REDUZINDO rendimento às familias (redução de salarios efetivos) e às empresas nacionais (por via da redução de consumo) estas conseguem honrar os seus compromissos particulares e ainda, cereja em cima do bolo, ajudar o estado a honrar os seus compromissos tambem.
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As familias tem um stock de divida cujo reembolso não se compadece com reduções no rendimento disponivel daquelas. Pelo contrario. A divida só pode ser paga se as familias puderem manter os seus rendimentos, caso contrario o incumprimento no reembolso da divida terá de ser suportado pela banca nacional. Ao que dizem, o credito mal parado real está na casa dos 10%… e as medidas de austeridade mais fortes ainda nao entraram em funcoes.
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Para manter os rendimentos das familias e das industrias nacionais, cabe ao estado não subir as taxas de imposto, mas antes alargar a base tributavel. O mesmo quer dizer que as taxas de imposto devem manter ou até baixar substancialmente e cabe ao estado tomar iniciativas que visem pôr a pagar impostos quem nao paga. Pelas minhas contas, cerca de 50% do PiB real não paga impostos. São 25% na economia paralela (aquela que nao passa facturas); são 15% na economia ilegal (jogo, droga e prostituição…); são 10% na economia tringulada em OFF-SHORES.
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Há muitas formas de fazer com que estes negócios paguem impostos. Haja vontade e determinação. Desde logo fazer com que os rendimentos declarados em sede de IRS sejam iguais em montante aos movimentos a credito de contas bancárias. Um cross-check simples. Recebeu depositos de 1000€ em conta bancária, logo os rendimentos em sede de IRS devem ser de 1000€. Qualquer diferença deve ser justificada.A impossibilidade de justificar implicaria pagamento de imposto pela diferença. Nada que nao se faça na alemanha, na frança, etc.
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Além disso deve o governo pagar parte do seu defice anual com salarios e pensoes atraves da emissão especial de BONDS para o efeito. Bonds com maturidade longas e reembolsavel exclusivamente atraves da fiscalidade. Se o estado pagar DOIS salarios e DUAS pensoes atraves da emissão desses papelinhos do tesouro especiais, com possibilidade de endosso para entidades nacionais, o estado deixa de depender dos mercados externos fortemente e a divida, embora nao diminuia, deixa de ser problematica. Esta medida deve ser alargada ao sector privado tambem na mesma forma e intensidade. Na pratica trata-se de uma poupança forçada e não de um roubo como actualmente acontece.
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Se o governo deixar de ter despesa de 2 salarios e 2 pensoes no sector publico e 2 salarios no sector privado, encaixará 2.100 milhoes e 6.400 milhoes respectivamente. Todos os anos.
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Rb
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Para terem uma ideia gráfica onde estão as despesas do OE2013, podem ver aqui:
http://www.pouparmelhor.com/noticias/graficos-do-orcamento-de-estado-2013/
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O JM nao consegue entender dois conceitos básicos :
a). divida externa é que conta , a divida interna nao conta em termos agregados
b ) o deficit externo é o relevante e desde maio que é zero !
logo, reduzir o consumo neste momento só vai piorar a situação do sector privado , sem ganhos agregados
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