“Mas o que é isto?”
Naquilo que o Carlos Abreu Amorim escreveu sobre Louçã falta o essencial: poderia o PSD bancada a que o CAA pertence ter um deputado que usasse aquele tipo de linguagem e aquele estilo acusador? Não. Seria afastado o mais depressa possível entre a condenação geral das outras bancadas. Durante anos Louçã falou de roubos, aldrabices, tramóias… todos os outros líderes à excepção dele mesmo e de Jerónimo de Sousa estavam vendidos ao capital e cheiravam a petróleo… Mas quando na AR Teresa Leal Coelho se dirigiu à bancada do BE aludindo aos financiamentos dos soviéticos – em bom rigor a senhora deputada faria bem melhor em ter aludido à Líbia de Kadhafi – Louçã indignou-se e admirado perguntou “Mas o que é isto?”. Louçã foi um bom parlamentar num registo que a AR só tolera a algumas bancadas.

Não havia necessidade dum post deste tipo. Não fica bem a quem o escreve. O povo simples, no qual eu me incluo, pode não ter um QI extraordinariamente elevado mas é menos parvo do que parece.
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Não quero dizer que seja facciosa em excesso,mas sugeria-lhe um pouco mais de contenção.Não sou da esquerda gastadora e laxista. Tomara o PSD, ou outros partidos, ter um deputado com o saber e argumentário daquele Senhor e ver-se livre de alguns sorumbáticos que só lá estão a fazer despesa ao Estado.A Assembleia vai ficar mais tristonha e vai perder,certamente,alguns espectadores assíduos como era o meu caso.Veja-se a dignidade com que se descolou do lugar e rejeitou os subsídios,enquanto outros preferem o valor das suas reformas antecipadas ao vencimento do cargo que estão a desempenhar.É radical, mas temos que reconhecer a sua honestidade.Talvez tenhamos que recuar a Almeida Garrett.
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” Durante anos Louçã falou de roubos, aldrabices, tramóias…”
Falou menos do que devia, porque, por muito que custe a quem não pense como ele, não só não foi desmentido, como criou muitas dores de cabeça ao Sócrates e ao P. Coelho. Um deputado do PSD não podia usar esse tipo de linguagem? Só não pode porque o seu partido está metido na aldrabice até às orelhas. Para o “centrão”, o tal “sentido de Estado” é lançar para os jornais, a conta gotas, umas vigarices e umas escutas que estão guardadas para serem divulgadas no momento certo. Em relação ao CAA (que neste blogue não admite contraditório), compare-se o que dizia antes, com o que diz agora como deputado. Está, aliás, ligado a alguns dos buracos mais negros deste governo, como a reforma administrativa e o caso Relvas.
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Em complemento do que CAA e a Helena referem, acrescento, pena Louçã não ser da área centro-direita… Portugal. poresta altura, não seria tão socialista.
Quanto à saída da AR, duvido que seja definitiva. Depois das presidenciais se verá!
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A história da Europa no século XX seria mais pobre e chata sem Hitler e sem Estaline
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Estás a ver como o CAA consegue sem dificuldade ser mais decente que tu?
E lá que o blasfémias cheira a petróleo, cheira. Principalmente pela mão do Miranda.
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CCZ:
Percebe-se a figura de estilo, mas há aí uma completa falta de rigor histórico.
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Soviéticos a financiarem o BE????
Prá leninha vale tudo, não há limites para a mentira e prá nujice.
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Mas que falta de chá.
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Lendo alguns comentários, não consigo perceber se estamos perante casos de limitação ou desonestidade intelectual!
A língua Portuguesa, mesmo com o acordo ortográfico não se deveria prestar a interpretações tão dúbias e díspares…
É uma pena, porque se perde quase sempre a verdadeira mensagem!
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Ó trinta e três
É destes radicais,incapazes de medir as distâncias,que não precisamos .E são ainda incapazes de perceber que, com os seus argumentos descabidos,prejudicam mais do que ajudam a causa que pensam defender.
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“Durante anos Louçã falou de roubos, aldrabices, tramóias”
Felizmente, com o tempo, viemos a saber que tudo não passava dos delirios de um deputado com um apego doentio á realidade.
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Ó eirinhas:
Se o homem é “radical” ou do Benfica, pouco me interessa. O que me interessa é a falta de honestidade dos outros, os supostamente menos radicais, com quem eu gostava de me identificar e que ele denunciou. Com razão!
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Entre o elogio fúnebre do CAA e a miopia distraída do post, venha o diabo e escolha! 😉
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o ódio cega, e é válido tanto para ele como para si
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Parece que já estão a fazer os elogios fúnebres do Louçã. Que eu saiba o homem ainda não morreu. A política continua a funcionar.
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Podemos não concordar com o homem, o estilo, a ideologia, mas Louçã tem muito mais dignidade do que 2/3 da AR. E então dos autores do Blasfêmias nem se fala.
A assembleia perdeu um excelente tribuno, o cinzentismo já tomou conta dela.
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Louçã é um trauliteiro que usa e abusa do insulto e que num país decente já tinha levado um par de estalos.
CAA também os merece, arroga-se de democrata e proíbe os comentários.
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Não poderia estar mais de acordo com o post.
Mesmo percebendo que Louçã é uma pessoa dotada de elevado QI (não digo inteligência, porque qualquer pessoa inteligente não defende a ideologia que ele defende, nos moldes em que defende), não me parece muito dignificante para o parlamento e para portugal ter tido durante 13 anos um parlamentar como Louçã.
E de facto, um parlamentar como Louçã noutra qualquer bancada (excepção ao PCP) seria incalculavelmente atacado.
Bem haja pelo discernimento.
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Dignidade é isto:
“Quero deixar cristalinamente claro, sobretudo hoje, que não cedo em nenhum momento, nem um milímetro que seja, a qualquer populismo antiparlamentar. E por isso quero afirmar-vos a minha verdade: encontrei neste parlamento homens e mulheres extraordinários, adversários extraordinários. E eu respeito os meus adversários que são fiéis ao seu programa e ao mandato pelo qual foram eleitos. Por isso mesmo reafirmo convictamente que quem quer beneficiar do populismo que grasse na sociedade para ter algumas vantagens terá sempre a minha frontal oposição. É um crime antidemocrático deixar diminuir ou deixar corroer o pluralismo político – e nunca podem contar comigo para isso”. Francisco Louçã
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Eu sinto vergonha de um país que permite ter um parlamentar tão ordinário, cínico e presunçoso como esse individuo tem sido.
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Por mim já vai tarde, e só é pena não levar com ele mais algumas dezenas.
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“poderia o PSD bancada a que o CAA pertence ter um deputado que usasse aquele tipo de linguagem e aquele estilo acusador?”
Poderia. Não só poderia como tem. Duvido até que haja muitos eleitores do PSD que considerem que o parlamento é mais prestigiado com as contribuições tribais de um Duarte Marques, uma Teresa Coelho ou mesmo um Luis Montenegro do que o foi com as prestações combativas e genuínas de Francisco Louçã.
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Não tenho pena do professor Louça porque o seu lugarzinho está garantido no ISEG, lecionando as 6 horas semanais da praxe e os 4000€ garantidos
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Não tenho dúvida em reconhecer que o Louçã foi e é um tribuno inteligente, um político muito acima da média dos políticos que temos. Não obstante isso, e sendo ele economista, ademais professor universitário dessa ciência, não posso, também, deixar de o considerar um político desonesto. Do ponto de vista intelectual, entenda-se, mas desonesto. E eu não gosto de pessoas desonestas.
É tudo.
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“Durante anos Louçã falou de roubos, aldrabices, tramóias… todos os outros líderes à excepção dele mesmo e de Jerónimo de Sousa estavam vendidos ao capital e cheiravam a petróleo”
Um verdadeiro chorrilho de mentiras, no entender da HfM que como de costume não está nos seus melhores dias, melhor dizendo, nunca teve melhores dias.
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Louçã e Eanes são dos poucos (ou únicos) que não levaram pensões, subsídios e mordomias para casa. Uma lição de cidadania que devia envergonhar a classe política portuguesa.
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“Mas que é isto?”, pergunto eu.
Então, vc. esquece-se do “vai para o c……” do deputado José Eduardo Martins (PSD) para Carlos Candal (PS)???
Eu lembro-lhe aqui:
http://solossemensaio.blogspot.pt/2012/10/helena-matos-esqueceu-se-do-eduardo.html
Investigue e inventarie autores e obscenidades na AR e verá que se agllutinam no PSD e PS.
Provavelmente, não obstante a eliminação do palavrão no comentário, este será objecto de censura.
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Então e que tal a medida do ministro Gaspar de aproveitar a remodelação de hoje para nomear mais um ajudante, segundo o Expresso um muito experiente governante, nascido em 1980, e que passou a vida em graduações e pós-graduações universitárias?
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Será o mesmo Gaspar que quer reduzir a Administração Publica?
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Eu concordo com a Helena. Os deputados deveriam ser todos exatamente iguais. Por exemplo, eu achava uma pouca vergonha Loução não usar gravata. É certo que, mesmo assim, vestia melhor do que a maioria dos deputados. Mas não deixa de ser inadmissível. Outra coisa que me incomodavam eram as suas críticas ao capitalismo financeiro e predador. Ele não tinha razão nenhuma. Eu, também por exemplo, nunca reconheço que a equipa adversária da minha joga melhor do que a minha. Sou assim, o que é que querem?
Ah! Lembrei-me agora. Ainda outra que me incomoda bastante é ele não levar a rica reforma que os deputados ricos levam até ao fim da vida. Só por isso, merece ser pobre o resto da sua existência. Bem feito!
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Quem é a deputada Teresa Leal? Será a vizinha do Passos Coelho ? Tá bem !!!
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Ó ribas: você critica o que devia elogiar. Tomáramos nós ter muitos deputados que não fazem da atividade política a sua única razão de existir.
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Fincapé,
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Nessa coisa de não levar o subsídio para a reintegração na vida activa, parece que um tal de Pedro Passos Coelho (talvez tenha ouvido falar nele) o copiou por antecipação de alguns anos.
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Louçã e Eanes são dos poucos (ou únicos) que não levaram pensões, subsídios e mordomias
O quê?
O Eanes não tem a reforma de presidente, nem carro, nem segurança nem nenhuma mordomia?
Não sabia.
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O fado alexandrino não tem que saber estas coisas. É mais tasca.
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OK, Francisco Colaço.
Não lhe retiro esse mérito. Embora eu concorde com esse subsídio para quem não possa regressar à atividade anterior ou outra que lhe garanta subsistência. Não gosto de ver ninguém mal. Nem os deputados. 😉
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Esqueceu-se de um pequeno pormaior: o financiamento soviético não era dado ao BE, mas ao PCP exclusivamente. Eu explico-lhe. A URSS tinha feito uma série de tratados onde declarava os partidos comunistas (a esquerda) como bons partidos e os partidos do resto (centro, direita e “esquerdalha” na linguagem do PCP) eram maus partidos. Por isso, cara Helena, deverá saber que o BE era considerado esuerdalha, como tal, não recebeu um único rublo daquele país.
P.S. Alguém se deveria dedicar a ler artigos do Álvaro Cunhal, ele explicou muito bem a exclusividade do PCP.
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C – 14 Posted 26 Outubro, 2012 at 18:01 | Permalink O fado alexandrino não tem que saber estas coisas. É mais tasca.
Obrigado.
Eanes teve que optar por uma das pensões, qual é o mérito que o meu caro vê nisso?
As outras mordomias foram abandonadas?
Por favor, enqunto bebo um copo de três, ajude-me a perceber.
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O sr. Eanes seria major ao tempo do 25A, parece que nos anos quentes ainda foi a tenente-coronel.
Dá-se uma coisa parecida com eleições livres, e o homem é eleito. Para nao parecer mal é graduado a general e foi sendo promovido por aí fora.
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Saiu depois de 2 mandatos.
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Não regressou à tropa, preferiu viver de reforma, com carro o chofer, gabinete, segurança permanente à porta de casa.
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Já lá vão mais de 25 anos.
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Era só o que faltava ser este o melhor exemplo de alguém que não “explorou” os benefícios que a política lhe deu!
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O São Martinho é homem para dar uma mãozinha.
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É espantoso.
O CAA parecia precisar de um quarto ao falar do Loucã.
Eu, pessoalmente, vou sentir tanto a sua falta como a Helena; ao que parece, continuamos naquela cultura hipócrita de que quando se morre vira-se santo e ai de quem diga “que a terra lhe seja bem pesada”, ainda que o mereça inteiramente.
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É tudo uma questão de atitude. Não se combate a bandalheira com a elegância. É o primeiro passo para se ser ultrapassado. Há que responder na mesma moeda. É preciso ser rápido, a passividade é ultrapassada. Os anglo-saxónicos têm uma expressão “at the end of the day…” Não dizem “at the end of the year” ou “at the end of life”. Isto é pragmatismo. E eficácia.
Vejo esta pouca verhonha sobre a qual a Helena escreve desde o PREC quando ainda era miúdo. Cresci com a esquerda ranhosa e agressiva a armar em séria, têm a conversa de que são mais sérios que os outros… Riem menos, é? O peiésse, então, é uma pouca vergonha. Esquerda “da rija” quando está na oposição e “respeitabilidade” parola quando está no poder…
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Acrescento: o Louçã faz tanta falta como a fome.
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