uma lógica que impressiona
Na sua crónica de hoje do DN, Ferreira Fernandes começa pela constatação de uma evidência: o falhanço das autoridades federais dos EUA na forma como reagiram ao Katrina. Depois, a partir de uma frase muito sensata de Mitt Romney («De cada vez que se passa alguma coisa do governo federal para os estaduais, vai-se na direção certa, e se puder ir-se mais longe e passar para o setor privado, ainda melhor.»), embarca na onda do comprometido New York Times para malhar no candidato republicano e retirar a notável conclusão de que o «discurso do estado mínimo» é absurdo. Caso tenha escapado a Ferreira Fernandes, esclarecem-se duas coisas: que o que Romney afirmou não é mais do que o princípio da subsidiariedade, muito na moda da retórica política corrente (ele próprio já o deve ter proclamado nalgumas das suas crónicas), ainda que pouco praticado, e até incluso nos tratados da União Europeia; e que a sua peça se inicia com a crítica ao que, no final, acaba por exaltar: os poderes do estado central. Uma lógica impressionante, não haja dúvida!

princípio da subsidiariedade ou a refundação à moda de Passos…
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No Katrina quem falhou em largo grau foram as autoridades Estaduais. Democratas.
Coisa que Ferreira Fernandes não diz.
Porque não interessa para a narrativa.
Por essa razão é que o Louisiana virou Estado com Governador Republicano substituindo a Governadora Democrata.
Republicanos que como nos dizem os Ferreira Fernades do jornalismo Português são racistas elegeram o Republicano de origem Indiana Bobby Jindal para Governador.
Também não diz que sistemas centralizados quando falham atingem todos pois não há redundância. Coisa que deveria saber olhando para Portugal, pode começar pelo Ministério da Educação.
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O que este lucklucky sabe. E o rantamplan?!
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Eu acho que não escapou nada ao Ferreira Fernandes. Ele é do Sporting e não muda. Gosta do Obama e não liga muito a essas coisas da subsidiariedade, como acontece com muita gente.
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os cronistas tugas escrevem sobre a américa como se alguém os ouvisse, ou como se o que escrevem tivesse a menor entre as menores das importâncias. Devem sentir-se grandes e universais no seu delírio…
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não me parece que os cronistas americanos se mostrassem minimamente interessados quando aconteceram as enxurradas na Madeira…
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o que impressiona mesmo é a lógica dos cortes “na” portugal:
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500 milhões na defesa, justiça e segurança e 3.500 mil milhões na segurança social, saúde e educação.
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http://publico.pt/Pol%C3%ADtica/fmi-ja-esta-em-portugal-a-preparar-reforma-do-estado-revela-marques-mendes-1569619
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ou seja, corta-se nas funções do Estado para se manterem as “entidades” e “autoridades” , os IP’s e as fundações, porque são os tachos dos boys, todos pagos ao peso do ouro.
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Que horror.
O Ferreira Fernandes a dizer mal do São Romney.
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Rui a:
Há uma diferença grande entre “autoridades estaduais” e privados. Sobretudo, quando falamos de segurança. No primeiro caso, fala-se numa maior proximidade do cidadão (não inevitável, mas possível). No segundo, podemos falar de um perigo. As “aventuras” das empresas privadas dessa área, têm muito que contar.
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Como bem assinalado na crónica na América os jornais tomam posições, não fingem que são neutros.
FF também toma posições, é sempre a favor dos pretos é o bichinho angolano e por isso o amor que dedica a Obama é natural.
E com isso ganhou uma viagem aos states para “relatar” as eleições.
Também queria.
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f.fernandes : ignorante e / ou simples aldrabão?
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33,
“Há uma diferença grande entre “autoridades estaduais” e privados”. Pois há. Mas, tal como enunciado no texto do FF, o exercício pelos privados do poder de decisão sobre aquilo que lhes diz mais proximamente respeito não subverte, antes pelo contrário, reafirma, o dito princípio da subsidiariedade.
“As “aventuras” das empresas privadas dessa área, têm muito que contar.” Pode ser, mas, mesmo assim, muito menos do que as PIDES, as STASIS ou as KGBS.
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Rui a:
Não desconverse. Qualquer das polícias de que falou, mais aquelas de que podia ter falado, ou não estavam dependentes de regimes democráticos, ou abusaram (e abusam) dos seus poderes. Neste último caso, em regimes democráticos que funcionam, os tribunais tratam disso. Mais: são constitucionalmente controladas, o que é praticamente impossível se forem serviços privados.
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33,
“são constitucionalmente controladas, o que é praticamente impossível se forem serviços privados
Então, nos regimes democráticos as empresas de segurança não agem confore a lei, a que se lhes aplica directamente e as que se aplicam ao estado, e esta não é constitucionalmente aferida? Ou será que vc. afirma que em regimes democráticos as empresas de segurança (ou quaisquer outras) agem para além da lei ou contra a lei, ou que os eventuais actos ilícitos que os seus empregados possam praticar não são devidamente punidos nos tribunais? Por falar em desconversar, olhe que está de parabéns…
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Fado Alexandrino,
suponho que tenha visto uma reportagem, há cerca de 2 semanas, em que a saloia da correspondente da RTP nos EUA foi a um “rodeo” em que entrevistou alguns dos presentes, que se apressou a caricaturar como “os tradicionais apoiantes de Romney”. Como referiu, nos EUA os media declaram “de que lado estão”. Aqui não. Mas, em alguns casos, nem é preciso fazê-lo, pois salta demasiado à vista.
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Aladdin Sane REGISTERED MEMBER Posted 1 Novembro, 2012 at 15:32 | Permalink
Márcia Rodrigues (um pedação de mulher) é transparente nas análises que faz às eleições nos States.
Ela acomoda-se a tudo como quando se mascarou de islamita para entrevistar o embaixador do Irão aqui na Tugulândia.
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Rui A:
Sim, concedo que me expliquei mal. Claro que podem ter que responder em tribunal (o que já aconteceu), o que não é possível é responsabilizar e penalizar politicamente os seus responsáveis, afastando-os dos seus postos, como já aconteceu com alguns da CIA, por exemplo. Aliás, apesar do meu último comentário se prestar a confusão (como já assumi), o Rui, certamente, sabia que era a isto que me referia.
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33,
Então, se ambos concluimos que num estado de direito democrático quer os poderes públicos quer os privados são escrutinados pela lei (do estado, logo, com vantagem para este, como é evidente) e pelos tribunais, teremos de chegar à conclusão que o que apenas está em casa na prestação de serviços de segurança por uns ou por outros é simplesmente a qualidade dos mesmos serviços. Ou não será assim?
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33,
Apenas só mais uma achega: mesmo nos estados de direito, acontece por vezes (com alguma frequência até) que certos abusos das forças de segurança são escondidos pelos organismos prórpios (do estado) que os deviam denunciar. Isso chama-se, entre outras coisas, abuso de poder, e os estados democráticos estão cheios de maus exemplos desses, infelizmente. Uns chegam a tribunal (sobretudo se se tornam públicos…), outros nem por isso. Ora, na eventualidade da prática de um qualquer crime por agentes de empresas privadas de segurança, esse proteccionismo corporativo não existe. Muitas vezes, sudede até o inverso, já que frequentemente os agenstes da segurança pública não apreciam a concorrência dos agentes de segurança privada. Por outras palavras: é mais fácil levar um agente de segurança privada à barra dos tribunais, do que um agente de segurança pública. Note bem que isto não significa, da minha parte, qualquer hostilização em relação a estes últimos, por quem tenho a maior estima. O mesmo creio que já não poderá ser dito sobre o que vc. pensa sobre os primeiros, pelo que se depreendeu do seu comentário. É um problema muito comum em Portugal, a demonização de tudo quanto é privado e a exaltação de tudo quanto é público, o que, em boa medida explica a crise em que estamos, mas que não resiste a uma análise racional, como penso que ambos concluímos.
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Tenham dó dos xuxas= democratas. Voces já imaginaram o sapo que eles tiveram que engolir com o não encerramento de guantanamo ? e com o 1º prisioneio politico ( realizador do filme a inocencia dos muçulmanos ) nos EUA ?, qdo passavam a vida a criticar o Bush por falta de liberdade de expressão ?…é obra….é natural que a azia seja grande, até pq pressentem que o barrack abana está abanar por todos os lados e pode cair nas eleições….
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Rui A:
Não só nada tenho contra a iniciativa privada, como é nela que atuo e me sustento. Simplesmente considero: 1- que pagamos impostos para que o Estado nos preste alguns serviços; 2- que nesses serviços se devem incluir todos aqueles que, em momentos críticos, não possam ser alvo de chantagens. Aqui incluo, sem hesitação, tudo o que diz respeito à segurança (para além de outros). Se me quer dizer que as democracias são excessivamente imperfeitas e permitem perversões, estamos de acordo. Mas, como dizia o outro, ainda não inventaram melhor e, pelo menos, há sempre a possibilidade de substituir os detentores do poder através de eleições.
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Fado Alexandrino,
questões de volúpia não são para aqui chamadas. Lembro-me bem dessa entrevista, e da indumentária. Ainda assim, grato pelo link. É sempre bom ouvi-la a tentar falar inglês. 🙂
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http://en.wikipedia.org/wiki/Criticism_of_government_response_to_Hurricane_Katrina#Federal_Emergency_Management_Agency
Num país daquele tamanho, uma federação de Estados com todas as autonomias e mais algumas, faz mais sentido que estejam os Estados a coordenar auxílios de emergência. O que não invalida que o estado Federal possa ter capacidade de mobilizar recursos extraordinários em certas circunstâncias.
A parte de a descentralização ser um caminho para a privatização é que é o maior disparate de FF.
Sendo que se o privado faz melhor ou pior que o público depende sempre das condições de um contrato de concessão privada face à quantidade de vícios que se deixam acumular num organismo público.
Cumps
Buiça
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Ou como diriam os Xutos: Ver o Mundo ao contrário…
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