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A matemática não está suspensa

5 Janeiro, 2013

Na hipótese de o tribunal constitucional declarar os cortes na despesa inconstitucionais com efeitos para 2013 o défice aumentará de imediato pelo menos 1200 milhões de euros. Como a matemática não pode ser suspensa, esse dinheiro terá que ser pago por alguém. Há apenas 2 hipóteses realistas, ou é pago a pronto pelos contribuintes de imediato, ou é pago pelos contribuintes a prestações e com juros no futuro, o que dificultará ainda mais a saída da crise. Não há uma terceira alternativa. A claque pela inconstitucionalidade do orçamento costuma discutir o problema com a esperança infantil de que não pagar o défice agora é preferível, ou porque pensam que pagá-lo no futuro será mais barato (não será), ou porque pensam que se não se pagar agora não se paga no futuro. Andam nisto há vários anos, e a situação do país não tem melhorado.

42 comentários leave one →
  1. pedro's avatar
    pedro permalink
    5 Janeiro, 2013 19:31

    Dr joão miranda: A dívida continua a aumentar a um nível de 15000milhões /ano um bocado melhor que a governação sócrates na fase final. Já li hoje que o governo vai fazer o corte permanente dos 4000milhões só no ano de 2014,parece que ouviram, a palavra do senhor. Relativamente ao tribunal constituicional penso que eles vão fazer um chumbo minimalista ,talvez a taxa de solidariedade ,que dará um corte de uns 500milhões,ou nem isso O importante é dar um sinal ao sr Passos que não pode passar um determinado risco e deste modo, impedir que esta governação desastrada “albanize”a nossa terra .O presidente explicou que temos de ir mais devagar e ele sabe que o corte necessário e permanente é de 15000 milhões ,isto sem crescimento.Logo temos de pedir um alívio no ajustamento e tentar o lado do crescimento ,apesar da destruição já ser medonha feita por este governo.

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    • JoaoMiranda's avatar
      JoaoMiranda permalink*
      5 Janeiro, 2013 19:35

      pedro,

      Critica o governo por a dívida aumentar e depois pede para ir mais devagar? Isso não faz sentido. Acha que se pedirmos alívio no ajustamento (ou seja, défices maiores) a dívida não cresce?

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  2. Expatriado's avatar
    Expatriado permalink
    5 Janeiro, 2013 19:48

    Joao Miranda diz:
    .
    “A claque pela inconstitucionalidade do orçamento costuma discutir o problema com a esperança infantil de que não pagar o défice agora é preferível, ou porque pensam que pagá-lo no futuro será mais barato (não será), ou porque pensam que se não se pagar agora não se paga no futuro.”
    .
    Realmente, Joao Miranda, ate’ parece que esses “papagaios” nao teem um orçamento domestico para gerir todos os meses.
    .
    A matematica anda mesmo muito arredada dessas “cabeças pensadoras…..

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  3. CA's avatar
    5 Janeiro, 2013 19:52

    Então o governo não sabia fazer um orçamento que respeitasse a Constituição? Devia nesses caso ter-se demitido.

    Quaisquer consequências de um chumbo do TC são da responsabilidade do governo, por não respeitar leis e tribunais, e do PR, que devia ter deixado claro no verão que o novo orçamento iria a fiscalização preventiva se levantasse dúvidas.

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  4. Duarte's avatar
    Duarte permalink
    5 Janeiro, 2013 20:23

    Estão mortinhos para se irem embora. Este OGE é um coio de inconstitucionalidades.
    Agora vao dizer infelizes que nao os deixaram recuperar o país.
    Vao e nao voltem

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  5. PiErre's avatar
    PiErre permalink
    5 Janeiro, 2013 20:59

    “Quaisquer consequências de um chumbo do TC são da responsabilidade do governo, por não respeitar leis e tribunais, e do PR, (…)”
    .
    Mas o governo, todos os governos, cá e lá fora, não passa de uma corja de irresponsáveis, que fazem o que lhes dá na real gana sem passarem cartão aos cidadãos. Fizeram obras extravagantes que não servem para nada, gastaram o que tinhamos e o que não tinhamos e não vão presos.
    Ainda por cima têm quem os apoie e defenda, como fazem aqui quase todos os blasfémios. Querem mais imoralidade do que esta?

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  6. Bolota's avatar
    5 Janeiro, 2013 21:00

    ” Então o governo não sabia fazer um orçamento que respeitasse a Constituição? Devia nesses caso ter-se demitido ”
    CA,
    E podia levar Cavaco porque sendo o garante da consyituição devia vectaro OE devido a inconstitucinalidades.
    Mas dirá o Mirande mas depois não havia orçamento e Bla, Bla e Bla…a ser assim o problema era outro. O culpado será sempreeeeeeeeeeeeeeeee o governo que está a atropeçar a lei.
    Um exemplo: O codigo da estrada diz que eu tenho que andar pela direita um dia apetece-me e comoeço a nadar pela esquerda…e depois????

    Atinem porra

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  7. pedro's avatar
    pedro permalink
    5 Janeiro, 2013 21:17

    Dr João Miranda: O governo não dá exemplos ,veja aqueles vencimentos dos jovens” especialistas” que ganham mais que um professor universitário catedrático e as outras despesas continuam similares às dos gabinetes socratinos, quem o diz é o tribunal de contas. Mas que tal cortar: na frota obscena de carros;nas ppp mais ruinosas; fazer uma lei e declarar perdidos a favor do estado os bens dos vigaristas do B.P.N.;assumir a administração do Banif e explicar à opinião pública o que se passa;cortar mais nas fundações ; cortar nas associações ;deixar de subsídiar escolas privadas de “lobbys”;reduzir câmaras;reduzir a estrutura diplomática;eliminar as redundãncias entre gnr/psp;privatizar o SEE (carris,metro,soflusa etc) este, é responsável por 30000milhões de dívida;estabelecer um tecto nos vencimentos na RTP e outra empresas públicas ,sem excepções,etc..Devemos reduzir nos custos de estrutura-alguns organismos públicos inúteis e redundantes sai mais barato depositar o vencimento na conta,pois o que gastam em água,luz,gás, detergentes ,papel,impressoras e muitas vezes a fazerem trabalho para proveito próprio é uma despesa mastodonte Claro que isto não chega, mas a população veria sinais evidentes de que existe pulso com os fortes e não reduzir as pessoas à indigência das sopas “do Sidónio” , recuperava-se algum ânimo e reduzia-se a resistência à carga fiscal.Por outro lado, o ministro da economia deve ser apoiado pois tem ideias e com base nos fundos europeus e sem participação nacional ,se possível, criar o banco de fomento e apoiar o sector primário e secundário ,dar poder ao ministro para captar investimento estrangeiro sem burocracias cedendo terrenos e edifícios do estado, como contrapartida ;os nossos emigrantes devem ter incentivo à poupança com descriminação positiva (não sei se existe) . A par disto ,a justiça deve funcionar e reduzir a praga de caloteiros. Se tudo falhar, devemos pedir uma moratória na dívida monstruosa do estado (200000milhões) e assumirmos só os juros, que mesmo assim, é o maior ministério (mais ou menos 8000milhões).Eu advogo como último recurso ,pedir um pacote generoso para sair do euro.Penso que as medidas devem ser tomadas com auscultação de todos os partidos informando a opinião pública dos resultados das conversas para que todos sejam responsabilizados e não andarem a dizer que a culpa é do sócrates ,da direita ou da merkel . O governo tem de trabalhar com o presidente e respeitando as suas opções, como no caso da R.T.P.

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  8. Seven Egroj's avatar
    Seven Egroj permalink
    5 Janeiro, 2013 21:42

    Quero ver o que é que a claque pela inconstitucionalidade do orçamento’ vai fazer e dizer, quando ficarem sem ”paparoca”, pode ser que consigam comer constituições e direitos adquiridos, ouvi dizer que são muito bons com rúcula…

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  9. Zebedeu Flautista's avatar
    Zebedeu Flautista permalink
    5 Janeiro, 2013 22:14

    Passismo a doença infantil do neoliberalismo.

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  10. gastão's avatar
    gastão permalink
    5 Janeiro, 2013 22:18

    O sr. Miranda faz parte dos tais 165 especialistas contratados pelo governo?

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  11. JDGF's avatar
    JDGF permalink
    5 Janeiro, 2013 22:29

    “Há apenas 2 hipóteses realistas, ou é pago a pronto pelos contribuintes de imediato, ou é pago pelos contribuintes a prestações e com juros no futuro, o que dificultará ainda mais a saída da crise”
    Estamos a melhorar. Até aqui foi tudo ‘sem alterantivas’. Agora já são consideradas duas hipóteses. Mas – como começa a ser notório – que existirão mais.
    Para encontrá-las não é preciso recorrer às ‘irresponsáveis’ oposições. Basta ler a entrevista de Christine Lagarde onde disse: ‘…perante a exigência de redução drástica do défice, “às vezes é preferível dispor de um pouco mais de tempo“.
    http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2821513&seccao=Dinheiro%20Vivo
    E depois seria muito pertinente e honesto não continuar a tentar reduzir o problema português, essencialmente político e financeiro, a questões matemáticas. Haja ‘tino’.

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  12. Manuel Joaquim's avatar
    Manuel Joaquim permalink
    5 Janeiro, 2013 22:59

    E que tal se pagassemos todos. Se pensar assim e fizer as contas vai ver que se sai mais depressa da crise. O problema é que a crise não é para todos. Se fosse já estava ultrapassada.

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  13. javitudo's avatar
    javitudo permalink
    5 Janeiro, 2013 23:05

    Pedro, terão que chegar lá. As resistências são muitas.
    A cumplicidade com o socratismo é difícil de quebrar.
    Por alguma razão os aventais são ubíquos.

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  14. Eleutério Viegas's avatar
    Eleutério Viegas permalink
    5 Janeiro, 2013 23:24

    De facto, este coro de queixumes sobre o orçamento e os uivos de amor à constituição dão para vomitar permanentemente se não os ignorarmos. Isto tem que ser feito! Mais nada. É agora ou muito pior depois. Os gregos andaram a encanar a perna à rã e F*d*r*m-se… Com “F” grande. Ai aguenta, aguenta. Deixem-se de tretas. E mexam-se pelas vossas vidas.

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  15. edgar's avatar
    edgar permalink
    5 Janeiro, 2013 23:28

    Parece que há quem queira que a Constituição seja suspensa.
    Como sabe, melhor do que eu, o défice não se paga. E, já agora, reparou, por acaso, nas notícias sobre os 1,1 mil milhões enterrados no Banif, as dívidas por cobrar ao BPN, os significativos 1,5 milhões que cresceram as grandes fortunas portuguesas em 2013, para citar apenas uma pequeníssima parte dos factores de “alastramente de uma verdadeira catátrofe em Portugal”?

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  16. javitudo's avatar
    javitudo permalink
    5 Janeiro, 2013 23:43

    ” A SIC Notícias está paupérrima e passará a aceitar apenas «voluntários» A. Barroso ranhoso. Alguma coisa melhora.

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  17. Duarte's avatar
    Duarte permalink
    6 Janeiro, 2013 00:55

    Quem nao paga o deficit

    Carlos Saraiva não paga.

    Grupo Eusébios não paga.

    Edifer não paga.

    MonteAdriano não paga.

    Hagen não paga.

    Sheik Al Jaber não paga.

    Grandes clientes do BPN não pagam.

    Até Vítor Baía não paga.

    O Sporting qualquer dia não paga.

    Efromovich preparava-se para não pagar…

    No último ano, o Estado financiou em

    6,5 mil milhões de

    euros o BCP, o Banif, o BPI e a CGD.

    Pedro Guerreiro (J. Negócios)

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  18. JCA's avatar
    JCA permalink
    6 Janeiro, 2013 03:09

    .
    É,
    .
    os Tribunais Alemães também. O poder Judicial, também anula desejos dos Governos, poder legislativo. E ninguém pia, ou já não serve para uso doméstico ?
    .
    os Tribunais Franceses também. O poder Judicial, também anula desejos do Governo, poder legislativo. E ninguém pia, ou já não serve para uso doméstico ?
    .
    Ou só serve quando estão de acordo ? Se fosse assim a Merkel e o Hollande já tinham mandado para a guilhotina a rapaziada do Poder Judicial.
    .
    Sequer a Troika pode invocar algo contra, porque quer Franceses quer Alemães quer e quer etc fazem o mesmo.
    .
    Será que os do ‘puto’ ou mais hodierno ‘os putos’ se lhes borram as calças cagados de medo ?????
    .
    Não me lixem. É demais. Nem nas pias batismais ….
    .
    numa para não entristecer quem não concorda comigo, remeto para um filme antigo, suponho que do Pasolini, que se chamava ‘A grande farra’.
    .

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  19. JCA's avatar
    JCA permalink
    6 Janeiro, 2013 03:17

    .
    Isto entre Portugueses temos de falar olhos nos olhos, embora haja quem ache que mistérios que segundo eles são mistérios. Todo o leitorado já viu o quê, como, porquê etc. Apenas sirvo requentado que os miltares rebolam-se fartos de saber mas que as Finanças resolveram travestirem-se como ultimo grito da moda, da elite super super
    .
    ‘Choque e Terror’ tecnica velha como as galinhas versos ‘Guerra Assimetrica’
    .
    Essa da ‘Guerra Assimetrica’ resultou no 14 Juillet, no S Peterburgo e por aí fora. Mas há uns ‘meninos bem’ que nunca aprenderam a lição. Encomendam-na por isso vão tê-la contra aquilo que gosto, Vida.
    .

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  20. neotonton's avatar
    neotonton permalink
    6 Janeiro, 2013 10:40

    défice aumentará de imediato pelo menos 1200 milhões de euros.

    As contas foram feitas com estimaçoes da folhina do Excel ou segundo as contas-da-velha que ainda que antigas resolvem ser quase sempre mais acertadas. Dependendo da velha, of course.

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  21. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    6 Janeiro, 2013 10:56

    Miranda
    Não vejo qual é a duvida.
    O TC chumba o saque selectivo e os 1200 milhões são para dividir por todos, pois não há primeiros de 1ª e de 2ª!
    .
    Expatriado
    Pois há quem tenha um orçamento cortado em 25% no ano passado, e 10% no ano anterior, enquanto os cidadãos privados não cortavam um cêntimo. Vai daí fizeram umas contas e foram ler a Constituição.
    O problema não é pagarmos a divida e os juros (enfim, na verdade é problemático!), a queixa é que esse esforço foi empurrado pelo Gaspar apenas para alguns, que ele nomeou como os grandes culpados.
    Podemos dar as cambalhotas que quisermos, mas a Comstituiçao dito que diz.
    .
    De volta ao Miranda
    Essa forma de ver a coisa é selectiva e tendenciosa.
    A solução está à vista, e não é preciso ser muito iluminado para a entender das palavras do Presidente. “distribuição equitativa do esforço”?
    Olhar só para o interesse de alguns é o contrario. Repare que ainda não viu nenhum funcionariopublico a dizer que quem devia pagar eram apenas privados, incluindo a CGTP e os sindicatos do “Estado”.

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  22. jOSÉ MANUEL BARBUDO's avatar
    jOSÉ MANUEL BARBUDO permalink
    6 Janeiro, 2013 12:21

    Todavia, parece que aqui no “Blasfémias” a matemática está suspensa.
    Qualquer pessoa medianamente sagaz ou medianamente séria sabe que não foi a decisão do Tribunal Constitucional que custará este ano aos trabalhadores do sector privado 3,5% do rendimento sujeito a IRS.
    Isso seria assim se os subsídios fossem repostos aos funcionários públicos e tivesse que haver uma compensação. MAS NÃO FORAM!
    Os funcionários públicos continuam sem os receber, quer através da suspensão de um dos subsídios, quer através do aumento do IRS. É dinheiro que continua do lado do Estado.
    Ora, os 3,5% que agora os privados têm de pagar acrescem ao que já se tirava aos funcionários públicos.
    Não foi a decisão de Tribunal que levou os privados a pagarem mais, foi o reconhecimento de que as medidas não chegavam – e, por isso, Passos continuou a sacar o mesmo a uns e passou a sacar aos outros.
    Algo muito diferente do que aqui se dá a entender, com manifesta má fé.

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  23. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    6 Janeiro, 2013 13:17

    Tentar explicar algo sobre fiscalidade e constitucionalidade a JMiiranda é tempo perdido. Um fundamentalista é um fundamentalista.

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  24. Incognitus's avatar
    6 Janeiro, 2013 14:04

    É um pouco estúpido continuar-se a bater na tecla do “neoliberalismo” perante um excesso de despesa pública e de impostos. Se há algum problema com o “neoliberalismo” neste caso, o problema é mesmo a falta de “neoliberalismo”. Certamente estaríamos a discutir coisas diferentes de excesso de dívida pública e de impostos, se existisse “neoliberalismo” a mais.

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  25. Incognitus's avatar
    6 Janeiro, 2013 14:06

    Portela, a Constituição de aplicação selectiva é apenas mais um mecanismo para tentar afastar de uns o custo das opções tomadas. E se o OE for inconstitucional, as opções não vão deixar de ser pagas, apenas não o serão pelas reformas elevadas, serão portantopor outros que ganham menos e que para ganharem alguma coisa ainda têm que produzir.

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  26. Incognitus's avatar
    6 Janeiro, 2013 14:10

    Paulo, é natural que inicialmente os cortes fossem só na função pública, pois:
    1) Para se cortar despesa pública, convém cortar despesa pública e os salários e pensões são despesa pública (e são de longe a maior fatia desta);
    2) Os salários, especialmente em topo de carreira, na função pública eram extraordinários para Portugal, e em muitos casos eram até em termos ABSOLUTOS superiores aos praticados por essa Europa fora. Por exemplo os professores em topo de carreira, desde a primária ao secundário, ganhavam mais em Portugal (em termos absolutos) do que na FINLÂNDIA.
    3) Isso também se extende às pensões. Em Portugal, uns 80% das pensões acima de 1500 euros, entre SS e CGA, estão na CGA. Isto apesar de a CGA ser para aí 20% to total dos pensionistas.

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  27. Expatriado's avatar
    Expatriado permalink
    6 Janeiro, 2013 15:27

    Este titulo tem muita piada….
    .
    “CGTP ajuda PCP e BE no recurso para o TC”
    .
    http://sol.sapo.pt/inicio/Politica/Interior.aspx?content_id=65729

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  28. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    6 Janeiro, 2013 15:55

    Tambem é tempo perdido tentar explicar a alguns liberais conservadores que o Estado se está a comportar como ladrão ao utilizar as pensoes de pessoas que descontaram -juntamento com a TSU- para terem uma reforma durante 10-15-20 anos do resto da sua vida. O Estado deveria limitar-se a gerir esse fundo PRIVADO e nao a chamar-lhe despesa publica, como alguns IGNORANTES que por aqui passeiam defendem.

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  29. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    6 Janeiro, 2013 16:40

    Incognitus
    1) a despesa publica tb são os salários, assim como a despesa das empresas. Se uma pessoa é contratada para executar uma tarefa e o fizer, e com isso der lucro à empresa não creio que o patrão o demita. Se um funcionário publico fizer o que lhe indicam, por exemplo se ensinar o programa que o ministério lhe designar, qual a razão para ser penalizado?
    2) isso é uma ficção que se vai repetindo muitas vezes para ver se passa a verdade. Na Finlândia um continuo em inicio de carreira recebe mais que um professor em Portugal com 10 anos de experiência. E isto era antes das carreiras congeladas, que nos ultimos 5 anos foram todas. Por cá existe uma diferença grande entre o inicio e topo de carreira, se olhar para o bruto, mas se reparar na diferença de IRS de 10 até 30, vai notar que a diferença liquida é semelhante à finlandesa.
    3) mais uma vez uma comparação manipulada, primeiro porque não pode comparar um juiz conselheiro com um trolha, depois porque os valores estão errados, e muito. Acresce que os pensionistas da CGA recebem em função do que descontaram, não serão culpados de no privado se inventarem esquemas para fugir aos descontos, entre carro, telefone, cartão de credito, ajudas de custo e outros, e só se lembrarem das consequências quando vão olhar para a pensão.
    .
    Posto isto, se a opção for cortar funções de Estado que se faça, dentro da legalidade (e já agora nas condições que o BCP intervencionado está a oferecer!). Aplicar de forma cega e indiscriminada cortes brutais apenas a funcionários públicos, estejam em locais inúteis ou fundamentais, tenham um desempenho fraco ou excelente, dêem prejuízo ou lucro (que já agora nunca lhes rendeu qualquer repartição, ao contrario dos privados!), é que não compreendo.
    Percebo tudo, até as opiniões avulsas do Miranda para cortar no Estado, só ainda não o ouvi dizer onde, o que quer cortar? De que abdica das funções do Estado? E já agora que nos diga em que é que nas ultimas empresas privatizadas se notou uma melhoria no serviço, e na reduçao do custo para os cidadãos. Ou se o interesse e apenas tirar o lucro do Estado e transferi-lo para alguns chineses ou árabes?

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  30. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    6 Janeiro, 2013 16:45

    Portela
    Tb não consigo perceber, se as pessoas descontam para a SS e as empresas a TSU, porque é que o Estado chama às pensões despesa, se são supostamente pagas com o dinheiro descontado e aplicado.
    Ou mesmo que numa conversa de contabilistas se coloque no lado da despesa, porque é que é tratada como o dinheiro dado a fundações como a Casa da Música e Soares, a cineastas de mais de 100 anos para fazer uns filmes intragáveis que ninguem paga para ver, etc.

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  31. Incognitus's avatar
    6 Janeiro, 2013 17:13

    Portela, o que as pessoas descontaram – especialmente na CGA onde estão uns 80% das pensões cortadas – não chegaria para pagar as reformas que agora obtêm. O sistema é “pay as you go”, e as contribuições para uma reforma na CGA eram cerca de 1/3 das que uma pensão privada, inferior, descontava.

    Adicionalmente, na CGA as reformas eram em média obtidas muito mais cedo e os pensionistas passavam o DOBRO do rempo reformados, quando comparados à SS …

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  32. Incognitus's avatar
    6 Janeiro, 2013 17:20

    Paulo,

    1) O Estado não deve pagar mais do que o necessário para obter os trabalhadores, porque é a isso que os trabalhadores que pagam impostos estão sujeitos. Como não existe um êxodo fantástico do Estado, podemos depreender que ainda pode pagar menos e ter os mesmos trabalhadores e providenciando os mesmos serviços – nem sequer é necessário cortar nas funções do Estado, neste caso.

    2) Os salários que se praticavam antes dos cortes em topo de carreira, brutos, eram superiores aos Finlandeses. Ascendiam até para uma educadora de infância a 3364 euros/mês brutos x 14. Obviamente, era perfeitamente possível ter educadoras de infância sem pagar 3364 euros brutos. Se alguém vende algo ao Estado acima do preço de mercado livre, a diferença é basicamente um roubo a quem a paga, seja o Dias Loureiro a vender ao Estado, o Manoel Oliveira, ou uma educadora de infância.

    3) A comparação não é manipulada – volto a repetir, não se trata de uma proporção maior dos trabalhadores do Estado terem reformas mais elevadas. Repare bem, trata-se de 80% das reformas acima dos 1500 euros, entre CGA e SS, estarem na CGA. Acho que ainda não atingiu bem o que isto significa. O que descontaram é perfeitamente irrelevante, porque logo à partida na CGA descontou-se para aí 1/3 do que desconta um trabalhador privado sobre o mesmo salário, já que o trabalhador privado desconta 11% mais 23.5% da entidade patronal, versus um desconto de 10% na CGA (sendo que o Estado descontar para o Estado é irrelevante, até podia descontar 1 milhão por trabalhador que seria irrelevante – aqui teria que ser como os trabalhadores independentes, como não existe entidade patronal é o TI que paga tudo).

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  33. Incognitus's avatar
    6 Janeiro, 2013 17:22

    Paulo, as pensões não são pagas a partir de um fundo capitalizado (embora exista um fundo de estabilização da SS). As pensões são essencialmente pagas num sistema “pay as you go” em que os contribuintes de hoje pagam aos pensionistas que existem hoje.

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  34. A. R's avatar
    A. R permalink
    6 Janeiro, 2013 17:29

    Não se pode mudar a Matemática mas com jeitinho arranja-se uma demonstração -viciada em algum ponto mas difícil de descobrir para a esquerdalha que aqui comenta- em que 1=2. Eles ficam contentes com isso.

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  35. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    6 Janeiro, 2013 18:56

    Incognitus
    1) enquanto contribuinte concordo, já enquanto funcionário cumpri as condições existentes, e do que está no meu contrato tenho superado sempre as exigências, logo espero ser pago por isso. Sobre o êxodo está mal informado, a redução de 700000 para 600000 aconteceu em menos de meia década, e pela regra de entra 1 por cada 4 nos próximos 10 ficam menos de meio milhão (5% da população), lembre-se que muitos milhares entraram nos anos 70 para resolver o problema da descolonização e dos retornados, e que esses estão agora a chegar à idade de reforma.
    2) nas educadoras e alguns professores foi assim (3200€ brutos, ou seja 2000€ líquidos, sem mordomias), porque começaram a trabalhar aos 20 e reformaram-se com 36 anos de serviço. Outros tempos! O equivalente no privado foram muitos que criaram as suas escolas (ok, arriscaram!) e recebem mais (e bem!). Pela sua teoria de custo, presumo que seja contra a contratação por tempo indeterminado, que prefira uma espécie de concurso anual, em que os professores eram contratados pelo custo no momento, sempre precários. Não concordo nada, mas o meu voto vale tanto quanto o seu (se é cidadão nacional).
    Mas pode fazer outras comparações, por exemplo quanto recebe um director de um banco, seguradora, empresa com mais de 500 funcionários, e depois comparar com os equivalentes no Estado. Ou então quanto ganha um medico num hospital publico e num privado (que aproveitaram os milhões investidos na formação sem pagar um cêntimo a quem gastou, ou seja o Estado).
    3) os funcionários do Estado pagam 11% para CGA e não 10, e vai-me desculpar mas não é culpa nossa que os governos (todos) tenham optado por não pagar TSU. Eu também concordo que devia pagar. Mas isso leva-nos às questoes anteriores, se um funcionário recebe 1000€ na pratica ele custa 1235 ao patrão, o que não sucede no Estado, logo é de assumir que este prefere pagar depois o que devia fazer antes (assim uma espécie de PPP), mas mais uma vez não é culpa nossa. O resultado de pagar antes seria um custo superior já amanhã, mais despesa. Não é nenhum 1/3, nós pagamos os mesmos 11 que os privados e mais 1,5 para a ADSE (e nunca gastamos subsidio de desemprego), as contas da TSU são outra parte da questão, que diga-se de passagem os privados não quiseram ver alterado (ainda hoje não percebi porquê!).
    Sobre o 80-20% faça as comparações com o que é comparável. Não pode comparar um general com um canalizador.
    Se me provar que alguém que descontou ao longo da vida no Estado um determinado valor, e um similar no privado venha a receber menos de pensão, então aceito o argumento. Com o seu tipo de argumento também posso contrapor, faça lá um paralelo entre reformados do BCP e da câmara de Lisboa, e vai ver que um caixa recebe muito mais que um arquiteto.

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  36. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    6 Janeiro, 2013 21:56

    (…) O Estado – quanto ao sistema público de Segurança Social – age, ou deveria agir, como organizador, coordenador e garante de um sistema público, ao qual todos têm direito. O financiamento deste sistema provém essencialmente de impostos das entidades patronais e de contribuições dos trabalhadores efectuadas durante a sua vida activa. O Estado é aqui mero gestor de um património alheio e organizador de direitos inerentes ao princípio da dignidade humana. Não deve incorrer em abuso de confiança nem transformar-se em “caloteiro”.
    Hoje os sistemas públicos de Segurança Social estão na mira da ideologia do capitalismo selvagem. Declarando um estado de excepção não previsto constitucionalmente, o executivo optou, de novo, por diabolizar as pensões. A lógica do “não há dinheiro” não colhe, pois apenas traduz uma preferência por políticas baseadas numa deficiente utilização de dinheiros públicos (BPN, PPP, submarinos, pagamento de juros exorbitantes, etc…) e num insuficiente combate ao mercado paralelo. A manutenção dos cortes, em clara violação do acórdão de 2012 do TC e em choque com os princípios da igualdade, proporcionalidade e confiança legítima, visa “domesticar” o TC ou erigi-lo em “força de bloqueio”, sendo a expressão mais clara da subversão em curso (…)
    António Carlos dos Santos, Público 4jan2013

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  37. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    7 Janeiro, 2013 08:53

    “Pois há quem tenha um orçamento cortado em 25% no ano passado, e 10% no ano anterior, enquanto os cidadãos privados não cortavam um cêntimo. ”
    .
    Deve estar a gozar,
    Cada aumento dos funcionários públicos implicou sempre mais impostos.
    Seria justo que sejam eles a pagar o acumular do défice. Ou seja a Dívida.

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  38. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    7 Janeiro, 2013 10:28

    Lucklucky
    A gozar estará o sr., está a falar de que aumentos? Aqui estamos congelados desde a Ferreira Leite.
    De cada vez que o sr. teve aumento de IVA, IRS, IMI e tudo o mais nós também pagamos, ou seja, os aumentos de impostos também nos afectam na mesma medida.
    Nós causamos o défice! Isso só se for anedota. Autoestradas, hospitais, bancos, boys, estádios de futebol, teatros, pavilhões, piscinas, etc. Acha mesmo que isto é da nossa lavra?

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  39. andre's avatar
    andre permalink
    8 Janeiro, 2013 00:07

    falácia da falsa dicotomia. Há outra via: expropriar as fortunas dos LADRÕES que nos andam a roubar já a vários anos, Sócrates, Isaltinos, Limas, … idem.

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  40. JCA's avatar
    JCA permalink
    8 Janeiro, 2013 00:37


    ‘Choque e Terror’ tecnica miltar a que as Finanças recorreram para ‘engenheirar’ o que se chama a Crise, dobrar a espinha ao ‘povolareu’ mas verdade verdade até nem se percebe para quê, uma infantilidade porque tem um potencial anarquista e descontrolado que ninguém conseguirá segurar, por ‘mais sangue’ que corra.
    .
    E depois do adeus,
    implementa-se a inflação, os ativos ‘brataqueários’ duplicam ou triplicam o valor dos ativos. E como uma simploria politica de guarda livros, sequer economistas e fiscalistas de elite, e o lucro é multiplicado por um X muito grande correspondente ao lucro (basta o balanço) dos ativos mais os anteriores mega-empréstimos dos cidadãos a juro misero multiplicado pela diferença com o juro em Inflação.
    .
    E a crise e a austeridade acaba. Ora bem
    .
    Tem o tal risco, que também em termos militares se chama a consequente ‘guerra assimétrica’ que nenhum dos ‘engenheiros da Crise’ tem a magia ou a sabedoria de saber onde está a fronteira que não deve ultrapassar para não perder tudo.
    .
    É o Tempo de estrategicamente recuarem porque essa fronteira está a ser ultrapassada tal qual o rebentamento dum dique ou um tsunami ou um tornado que ninguém é capaz de segurar, solta a grande energia e a destruição ‘au complet’ da força e da inundação incontrolada e incontrolavel como está nos livros, revistas e jornais.
    .

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  41. vml's avatar
    Feio Porco e Mau permalink
    8 Janeiro, 2013 23:22

    João Miranda, força!

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