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Toda a gente sabe!* / **

17 Março, 2013
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Toda a gente sabe que a “receita” pressuposta no “memorando” celebrado entre o Governo português e os nossos credores (quem, de facto, nos resgatou da bancarrota) implicava uma via rápida para a recessão.

Toda a gente sabe que o equilíbrio orçamental, num Estado sobreendividado e sem crédito, é impossível de se alcançar, no mínimo e como agora se diz, sem um risco sério de uma “espiral recessiva”.

Toda a gente sabe que a austeridade, por si só e sem crescimento, gera um empobrecimento vertiginoso. (O que já parece mais difícil é saber como se conjuga, realisticamente, aquela austeridade com esse crescimento!).

Toda a gente sabe que, com a Europa em recessão, é difícil relançar a nossa economia.

Toda a gente sabe que os nossos credores não tinham experiência em planos de resgate de Estados que não dispunham de margem de manobra cambial para alavancar o equilíbrio das contas públicas e o crescimento da procura externa.

Toda a gente sabe que a própria Presidente do FMI já reconheceu que a receita para o ajustamento que nos impuseram, falhou (se bem que a atuação da “troika” pareça, por outro lado, ignorar tal posição da Sra. Lagarde).

E toda a gente já percebeu que a 7ª avaliação da dita “troika” empancou na impossibilidade, na real impossibilidade de se cortar permanentemente, já e do pé para a mão, os tão falados 4000 milhões de Euros no funcionamento do Estado!

Mas toda a gente também sabia que, na última década, houve um significativo crescimento do investimento público.

E toda a gente sabia que, nessa década antecedente, a nossa dívida soberana cresceu exponencialmente.

Toda a gente sabia que a nossa produtividade, ainda assim e sem austeridade, era nula; e toda a gente sabia que a nossa economia desindustrializava-se (como a da generalidade dos países europeus).

Toda a gente sabia que a nossa produção não crescia, nem ganhava competitividade, mesmo sem ponta de austeridade!

E toda a gente sabia que o Estado era graniticamente ineficiente e gerador de ineficiências.

Toda a gente sabia que vivíamos cada vez mais a crédito, sem parar e sem pensar em pagá-lo ou em o alavancar na denominada “economia real” (principalmente, o Estado).

 

No fundo, toda a gente sabe, agora e na pele, que “casa onde não há pão (e, ainda por cima, onde não se pensava sequer nisso), todos ralham, sem razão”!

 

P.S. – Há contudo uma coisa sobre a qual alguns têm razão: não se negoceiam resgates destes e no contexto atual, em Lisboa e com meros funcionários. Negoceia-se politicamente, ao mais alto nível e em Bruxelas, aquilo que, depois, serão as instruções dadas aos funcionários que nos visitam…

 

* Texto escrito antes de conhecermos as conclusões da 7ª avaliação…

** Grande Porto, 15.03.2013.

31 comentários leave one →
  1. trill's avatar
    trill permalink
    17 Março, 2013 12:49

    “En los años 90 se en Finlandia se aplicaron recortes similares a los actuales en España…
    .
    Sí, durante la primera crisis del petróleo en la década de los 90. Había más alumnos por aulas y menos recursos. Fue una catástrofe porque no podíamos contratar a más profesores para ayudar a los chavales rezagados.”
    .
    .
    os cortes em Espanha não são os cortes selvagens que este governo quer fazer, nomeadamente despedindo profs “efectivos” (se os sindicatos o permitirem, acrescente-se, pois isso só acontecerá SE os sindicatos forem cúmplices)
    .
    http://www.publico.es/452218/laukkanen-si-en-finlandia-aplicamos-los-recortes-en-educacion-de-espana-seria-una-catastrofe

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  2. trill's avatar
    trill permalink
    17 Março, 2013 12:52

    ¿Qué ha sido de la generación que estudió mientras se aplicaron aquellas medidas de austeridad?
    .
    En los años 90 tuvimos una situación muy mala. Muchas personas que tenían empresas privadas perdieron su negocio y aún siguen pagando las deudas. No existe un estudio sobre esto, pero si te digo mi opinión, estoy seguro de que han sufrido y seguirán sufriendo. Aun existen algunos municipios que no se han recuperado de aquello.

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  3. João Lisboa's avatar
    17 Março, 2013 12:53

    Toda a gente sabe que isto já vem do Império Romano: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/03/blog-post_5211.html

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  4. Duarte's avatar
    Duarte permalink
    17 Março, 2013 13:11

    Toda a gente sabe que a escola austríaca neoliberal conduz à pobreza dos povos e ao roubo de recursos dos paises.
    Qual é a novidade?

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  5. Expatriado's avatar
    Expatriado permalink
    17 Março, 2013 14:07

    Toda a gente devia de saber, mas nao quer, como tudo teve origem. Ora aqui fica a 1ª parte de um excelente documentario da BBC para ver com calma (e’ de uma hora) e digerir bem o conteudo.
    .

    .
    Para se resolver qualquer problema ha’ primeiro que o entender.

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  6. J. Madeira's avatar
    J. Madeira permalink
    17 Março, 2013 14:35

    O que toda a gente sabe é que estamos entregues a um grupo de arrivistas para cúmulo incompetentes!
    Estamos agora muito pior do que em Junho de 2011 quando, nos foi imposta uma política para além do
    acordado no memorando da troika! O mais grave desta triste situação tem sido o comportamento do sr.
    instalado no Palácio de Belém que, trabalhando 10 a 12 horas por dia deixou que a destruição do País
    chegasse onde chegou, e que um seu ex. aluno tenha feito a “porcaria” que nem com pinças se pega!
    O que toda a gente sabe é que, não pode acreditar nos actores políticos como o sr. Fasquito que, descobriu
    agora, a má elaboração do famigerado memorando árduamente negociado pelo actual “chairman” da
    EDP, que teve o cuidade de reduzir a escrito as suas (PSD) imposições à troika!
    Haja decoro … um pouco de vergonha, faz toda a diferênça!!!

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  7. jsf's avatar
    jsf permalink
    17 Março, 2013 15:10

    Toda a gente sabia menos este;http://www.youtube.com/watch?v=gNu5BBAdQec

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  8. JDGF's avatar
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    17 Março, 2013 15:11

    Se toda a gente sabia que isto acabaria em desastre porque ninguém o evitou…
    O que nos foi dito é que em 2012 (repetido 2012) começaria a inversão (ninguém sabe de quê).
    Agora, acenam com pelo menos uma geração para nos safarmos. Mas temos de supor que toda a gente sabe que por este caminho nunca nos safaremos. Só que não aparece alguém a dizê-lo…
    Sendo assim, continuamos no ‘toda a gente’ e ‘ninguém’, o que não destôa do presente rumo dos acontecimentos.

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  9. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    17 Março, 2013 15:21

    MENTIRA MENTIRA MENTIRA
    O PMF não o sabia e agora vem-me com esta. Quando o governo anterior se escudava na crise internacional, que era real e a verdadeira razão da crise, o PMF cuspiu na sopa. E mesmo agora ninguém sabe a dimensão da crise nem como sair dela porque não há ninguém que ponha os pontos nos is. Isto é como discutir as alterações climatéricas. O que é que está a acontecer? E neste momento só há duas soluções a nível global. Ou paramos tudo à espera que a natureza se ajuste por si própria, ou avançamos a todo o gás para a frente para conseguirmos a tecnologia que nos permita manipular a natureza.

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  10. Ed's avatar
    17 Março, 2013 15:21

    Tem que ser… Aguenta, aguenta! Tenham paciência. Nao tivessem sido estúpidos de eleger ou aguentar PMs como o guterres ou o socas.

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  11. Caetano's avatar
    Caetano permalink
    17 Março, 2013 15:21

    E porque não aplicar uma receita igual à que acabam de impor para o Chile? Taxar convenientemente os depósitos bancários, toda a gente sabe que grande parte deles tem origem na economia paralela, na fuga ao fisco e de esquemas mais que duvidosos.

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  12. Ed's avatar
    17 Março, 2013 15:23

    Os “governos” xuxas de 13 anos, apenas “interrompidos” por 2, 5 anos dos bombeiros durão e ferreira leite, viciaram todo o pessoal em crédito fácil. Acabou. façam o desmame e calem-se.

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  13. André's avatar
    André permalink
    17 Março, 2013 15:58

    Sabe o que é que mais me irrita no meio disto tudo?! É que quando à data o primeiro-ministro Aníbal Cavaco Silva andava feliz e contente a destruir a pesca, a indústria e a agricultura, sem que o PSD (o partido dos atuais salvadores da pátria) reclamasse, esteve tudo bem. Ou melhor, esteve tudo bem exceto para uns parvos duns comunas, completamente agarrados à reforma agrária, a dizer que o país estava a perder os meios de produção, bla bla, bla bla… Mas esses não percebiam nada de economia. Na verdade, toda a gente sabia do que se passava na economia portuguesa, mas dava mais jeito aos partidos do poder dizer que aquelas vozes eram só pessimistas que só sabiam fazer oposição. O mais fantástico é que essas vozes tinham razão, e agora toda a gente sabe disso, da pior forma possível.

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  14. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    17 Março, 2013 16:11

    Toda a gente sabe que o único caminho para o enriquecimento de todos é o socialismos cubano, coreano ou soviético.
    E por toda a gente estou a falar do Duarte e mais meia dúzia.

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  15. André's avatar
    André permalink
    17 Março, 2013 16:20

    Acredite Paulo que eu não estou a defender os estados comunistas (ou pseudo-comunistas, tenho sérias dúvidas em relação a todos os que referiu, principalmente por causa da monárquia hereditária coreana), estou apenas a dizer que a situação atual já foi prevista, mas que os políticos portugueses e europeus preferiram ignorá-la dizendo que os outros eram profetas da desgraça (e o pior de tudo é que ainda há pessoas que acreditam que a culpa da crise capitalista atual é dos comunistas). Agora, que as “profecias” se estão a concretizar, vendem-nos a salvação na banha da cobra, dizendo que temos de nos sacrificar, enquanto crescem as grandes fortunas acumuladas à custa da corrupção e desleixo instalados nos países europeus.

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  16. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    17 Março, 2013 16:34

    Você é fantástico André.
    Reparo que o Cavaco destruiu a nossa agricultura e pescas. Saberá o que era a nossa agricultura em 1986? Saberá o que eram as nossas pescas nessa altura?
    Grosso modo vou-lhe dizer que o nosso PIB era mais ou menos de 40 MM e que a famosa agricultura e pescas eram responsáveis por menos de 5% desse valor, ou seja menos de 2MM empregando mais de 25% da população.
    Sabe o que isso quer dizer? Apenas que o sector primário de que vc tem saudades pouco mais era do que medieval produzindo mal em quantidade e de péssima qualidade a preços exorbitantemente altos.
    Verdade que só em poucos áreas do sector primário foram feitas reformas que a melhoraram sendo que a grande maioria abandonou o sector porque embolsava fundos para não o fazer e para comprar jipes para os filhos como máquinas agrícolas. Foi o Cavaco sim e mais quase todos os “agricultores e pescadores”.Portanto estou “quase” de acordo consigo. Só estranho que (será mera coincidência?) que não tenha mencionado o “monstro” real cavaquista, esse que deu e dá muitos mais prejuízos ao país e que vou resumir no nome que ele próprio lhe deu e se chamou Reforma da Função Publica que com um estalo de dedos deu um acrécimo de despesa do estado, na altura de cerca de 10%. Quiçá chamar-lhe-á “conquistas civilizacionais”.
    E para não ficar por aqui o que mais ainda é fantástico é que não se lembra nada dos últimos 15 anos (13 socialistas) que poderiam ter revertido a situação, tão gravosa que lhe irrita mas não lhe irrita não terem feito nada. Pelo contrário nos primeiros amnos de socialismo guterristas foi só somar funcionários públicos à despesa (ou vice versa)
    Fantástica é também a sua irritação quando nos ultimos cinco anos antes da falência socratista não lhe tenha irritado nada que ele tenha endividado o país em valor quase tanto quanto os soares, os cavacos, os guterres e os barrosos todos juntos (96MM+93MM). Que tenha promovido uma política estatal de betão e alcatrão que quintuplicou o cavaquismo. E que, apesar disso e talvez por causa disso deixou estratégicamente dívidas a vencer nos anos seguintes ao seu mandato (ver quase todas as PPP-56 criadas).
    É uma irritação mas enquanto se irritar com essa parte é porque só tem uma perna irritada. Se estamos na situação de falência é porque temos o corpo e a alma completamente irritados.
    Irritados com a irritação.
    Fique bem e coce (a irritação).

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  17. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    17 Março, 2013 16:53

    André
    O Cavaquismo começou com um país sem infra-estruturas básicas. O pouco que tinha sido feito na ditadura tinha sido delapidado numa década pelas supostas reformas agrarias e nacionalizações.
    Não havia nada, estradas, escolas (sabe qual foi o aumento de alunos no superior?), industria, saneamento básico (em todo o lado os esgotos e lixeiras conspurcavam tudo).
    Tínhamos absorvido muitos milhares de retornados, em especial na administração publica.
    Para aí 30% da população estava no setor primário, mal pago e mal considerado, e havia utopia de mudar a sociedade (até os comunistas, que agora se fazem de virgens!).
    A seguir veio dinheiro para desenvolvimento, fizeram-se estradas, aterros sanitários, tratamento de esgotos, muitas universidades e centros de investigação (o crescimento foi de centenas em percentagem).
    No meio disto o dinheiro para formação foi torrado, em vez de desenvolver equipamentos produtivos gastou-se em jipes e ferias nas Caraíbas (ou seja, fomos receber o premio antes de participar no concurso), porque os alemães também faziam isso.
    Tentou-se o turismo no Algarve mas como nao havia cultura de ordenamento deu no que está, mas com muitos trolhas transformados m empresários de construção civil ricos.
    Fizeram-se algumas coisas bem feitas, como a Autoeuropa, mas não chegou para compensar a destruição da Lisnave, Sorefame, Siderurgia, Cometna, etc.
    .
    Ou seja, essa teoria da moda de ter sido o Cavaquismo a destruir a agricultura e as pescas é uma falácia, só lá tinham ficado se fossem obrigados (como na China), pois para ganharem decentemente era necessário subir muito o preço dos alimentos ou então evoluir, e isso leva tempo.
    .
    Não digo também que foi tudo bem feito, também os novos paradigmas foram exagerados, quase todos os governos após o 25A apostaram na divida para criar crescimento, e quase nunca aconteceu, até aos ultimos 5 anos em que a loucura no levou a fazer uma divida incomportável.
    Nesta altura ou temos um perdão de divida ou um longo sofrimento.
    Infelizmente para que nos perdoem também nos vão impor um sofrimento igual ou superior.
    Posto isto se é para sofrer pelo menos que seja com alguma honra e decência (não pagar a quem nos emprestou é indigno de sociedades de bem).

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  18. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    17 Março, 2013 16:55

    Tiradentes
    Estava a escrever, mas curiosamente a pensar o mesmo

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  19. JP's avatar
    17 Março, 2013 17:13

    “Estamos agora muito pior do que em Junho de 2011 quando, nos foi imposta uma política para além do acordado no memorando da troika! ”

    Digamos que muitos de nós ainda hoje não fazem ideia de como estávamos em 2011, nem querem saber.
    Que saudades que esta gente vai ter da TSU.

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  20. André's avatar
    André permalink
    17 Março, 2013 17:24

    O Tiradentes tem toda a razão no que diz sobre os governos a seguir ao de Cavaco, aos quais não devemos tirar as culpas. O problema é que não nos podemos esquecer de que agora demos o poder ao partido que iniciou a situação de incomportabilidade da administração pública (como o Tiradentes referiu, foi Cavaco quem mais aumentou os serviços públicos).
    O principal problema Paulo, é que quando o PCP perdeu uma série de câmaras no Alentejo porque os agricultores se passavam com as posições do PCP sobre os subsídios (sempre defenderam que os subsídios eram mal atribuidos e que só se andava a comprar jipes), o PCP continuou a defender que as políticas estavam erradas. No entanto, muitos continuam a considerar esse partido culpado da situação atual.
    O setor primário era realmente mal pago. Mas Paulo, não foi durante as “supostas reformas agrarias” que o salário mínimo foi instituido e que se passou a pagar alguma coisa de jeito aos agricultores? Ou isso é “O pouco que tinha sido feito na ditadura [e] tinha sido delapidado” pela reforma agrária? Sinceramente não consigo perceber. Já agora Paulo, tem a noção de que foi o governo cavaquista que começou (e depois foi seguido por todos os outros) a permitir o desordenamento na construção civil, a construção de autoestradas (quando podiamos ter modernizado os caminhos de ferro existentes, com bastantes menos custos)? Sabe que os problemas começaram muito nessa altura, os seguintes pactuaram, mas foi Cavaco quem os provocou em larga escala.

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  21. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    17 Março, 2013 18:08

    Não André, no Alentejo os primeiros a ocupar herdades e a repartir tudo o que havia foram os supostos comunistas. Depois de manipularem os pobres camponeses com os amanhãs que cantavam, vieram de lá explicar que afinal deixavam de ter um dono mas passavam a ter um patrão da cooperativa, que por acaso era um comunista nomeado pelo comité central e que de agricultura sabia zero.
    Até à lei Barreto destruíram tudo, máquinas e terras. A produção foi reduzida a níveis incipientes. E isso aconteceu antes do Cavaquismo.
    .
    Qual salário mínimo, inventaram foi uma quantidade enorme de subsídios e esquemas que resistem até hoje e mantém algumas pessoas nos campos. A viver do que realmente produzem são muito poucos, eventualmente alguns velhotes. Até os latifundiários da CAP se penduraram na teta do Estado.
    .
    Desordenamemto da construção civil pelos governos Cavaco é brutal. Lembra-se do Pimenta? Foi o único que me lembre em 50 anos que fez algo de concreto, no Portinho da Arrabída (ou então a Sonae nos mamarrachos de Tróia, com o Sócrates a carregar no botão). O resto foram muitas Leis de ordenamento com princípios louváveis mas totalmente desajustadas da realidade, e sem resolver os problemas. A culpa principal será das câmaras, do PCP até ao CDS, não invente agora factos históricos. Se tem duvidas dê uma volta pelos municípios que sempre foram governados pela esquerda, seja Loures, Almada ou Setúbal.

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  22. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    17 Março, 2013 18:13

    André
    Perdi-me algures no seu raciocínio.
    O Cavaquismo é que tornou incomportável a administração publica?
    Deixe lá ver se nos situamos, quem nacionalizou? Incluindo o setor dos transportes que nos penaliza até hoje?
    Está a dizer que foi culpa desse tempo o aumento de salários e custos globais? Pretende acusar o Cavaquismo de socialismo em excesso? É isso?

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  23. Joaquim Amado Lopes's avatar
    Joaquim Amado Lopes permalink
    17 Março, 2013 21:17

    Toda a gente sabe que o Estado ter um deficit público real à volta de 10% do PIB (mais do que provavelmente ainda superior) não tem nada a ver com austeridade.
    Toda a gente sabe que o que nos trouxe a esta triste situação não foram os últimos 18 meses dessa suposta “austeridade” mas sim ter-se vivido décadas sem um pingo de austeridade (ou sequer senso).
    Toda a gente sabe que acabar com esta suposta “austeridade” significa dizer aos credores que não pagamos o que lhes devemos e pedir-lhes que nos continuem a “emprestar” dinheiro que também não iremos pagar.
    E toda a gente sabe que os nossos credores já não estão dispostos a nos sustentarem a troco de nada além de insultos.
    .
    Mas a preguiça mental de uns (que pretendem ignorar que o “sofrimento” que a “receita da troika” está a provocar é apenas uma fracção do sofrimento necessário a que deixemos de viver à custa de outros – que, note-se, já não nos querem sustentar) e a confrangedora estúpidez de outros (que culpam os “neoliberais” pelo resultado de décadas de políticas socialistas) é impermeável ao que “toda a gente sabe”.

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  24. Wall Streeter's avatar
    Wall Streeter permalink
    18 Março, 2013 08:08

    «O programa do PSD é o memorando. E em verdade vos digo: não chega! Porque somos ambiciosos iremos para lá do memorando!»

    CLAP,CLAP,…, CLAP!!!…

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  25. Wall Streeter's avatar
    Wall Streeter permalink
    18 Março, 2013 08:12

    CATROGA a ministro das finanças, já!…

    Esse padrinho e benigno padrasto do memorando que só ficou «BOM» após a intervenção dos seus impagáveis serviços…

    E vem agora o ingrato Frasquilho, qual Brutus, decsulpar-se que o ponto de partida (o memorando!…) não era BOM?!…

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  26. josegcmonteiro's avatar
    18 Março, 2013 10:43

    Toda a gente sabe que faz que sabe!

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  27. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    18 Março, 2013 11:58

    Sabe o que lhe digo André?
    O cavaquismo esteve no poder cerca de dez anos.Muito á custa daquilo que agora chamam de direitos como ganhos civilizacionais, que os tugas alegremente empocharam ( e por isso os elegeram)sem cuidar de saber se seria possível manter.
    O Guterrismo e socratismo esteve no poder treze anos no poder (e os portugueses elegeram-nos) porque um aumentou os ganhos civilizacionais e o outro pediu emprestado à tripa forra para manter as aparências de que podiamos continuar assim.
    De que se queixam os tugas?

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  28. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    18 Março, 2013 12:03

    Quando digo que foi o Cavaco que aumentou os serviços públicos refiro-me à reforma do estatutos remuneratórios que hoje são chamados pelo Arménio Carlos e pela Avoila de ganhos civilizacionais. No aumento do número de servidores do estado ninguém ganha ao hoje gestor dos refugiados ele próprio refugiado.

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  29. Paulo's avatar
    Paulo permalink
    18 Março, 2013 12:35

    Tiradentes
    Mas então o problema são servidores do Estado a mais ou demasiado bem pagos?
    Se calhar ambos, não é?
    .
    Então e que funções acha que são dispensáveis?
    .
    E antes de fechar a conversa, acha bem um director de uma escola receber muito menos que um técnico de uma companhia de seguros?

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  30. Joaquim Amado Lopes's avatar
    Joaquim Amado Lopes permalink
    18 Março, 2013 13:44

    Paulo,
    “E antes de fechar a conversa, acha bem um director de uma escola receber muito menos que um técnico de uma companhia de seguros?”
    Depende. O director da escola foi impedido de trabalhar como técnico de uma companhia de seguros e obrigado a trabalhar como director da escola?

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  31. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    18 Março, 2013 15:09

    Eu não disse que os problemas eram só os servidores do estado. Apenas reforcei tal porque parecia haver confusão com o André. O estado no seu todo é realmente um problema, e grave mas não é o único. A título de exemplo eu reforcei a ideia de que a reforma do estatuto da função pública foi um dos crimes cavaquistas. a título de exemplo repito, pode-se dar que hoje cerca de 500 mil funcionários públicos reformados recebem mais ou menos o mesmo que 3 milhões da privada. Essa foi uma das consequências da reforma cavaquista.
    A resposta à sua pergunta foi-lhe dada directamente pelo Joaquim, ou será que acha que os valores das remunerações devem ser fixadas pelo comité central?
    Mas em complemento posso lhe aconselhar percorrer a lista de funcionários da Camara Municipal de Lisboa onde pululam centenas de arquitetos, engenheiros, advogados, assistentes sociais ( em cada uma) numa lista que se tornou pública e muito divulgada.
    Tenho a certeza que você, mais do que eu daria uma boa resposta à sua própria pergunta.

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