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Uma pergunta

18 Março, 2013

Durante a década de 2000-2010, a economia portuguesa foi continuamente alimentada por um fluxo de endividamento externo equivalente a 10% do PIB. Em 2010, o Estado gastava  20% acima da receita, o défice era de 10% do PIB. Isto gerou uma economia dependente do endividamento externo, por um lado, e da despesa pública por outro.

Há neste cenário semelhanças com o que se passava na antiga URSS. Uma parte muito significativa da economia da antiga URSS era consumo público inútil que as instituições públicas adquiriam entre si. A questão que se coloca é: porque é que as reformas liberalizadoras na antiga União soviética não tiveram um efeito imediato no crescimento? Porque é que a economia demorou 15 anos a recuperar?

17 comentários leave one →
  1. Ed's avatar
    18 Março, 2013 10:32

    O pessoal andava apensar que a vidinha era fácil… Mas não é. Habituem-se!… Como dizia o “taco-de-pia” do peiésse. ah! E, se quiserem melhor, trabalhem… Muito.

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  2. Portela Menos 1's avatar
    Portela Menos 1 permalink
    18 Março, 2013 10:44

    15-20 anos será o tempo de recessão em portugal se nao houver perdao de divida.

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  3. Duarte's avatar
    Duarte permalink
    18 Março, 2013 10:47

    Por Tomás Vasques, publicado em 18 Mar 2013 – 03:00 | Actualizado há 7 horas 39 minutos

    A impreparação, a incompetência e o oportunismo político do grupo que tomou conta do PSD e do governo, mais cedo ou mais tarde, tinha de vir ao de cima, como o azeite

    Já é oficial: o ministro das Finanças, o inefável Vítor Gaspar, anunciou que este governo, dirigido por Passos Coelho e pelo PSD, em menos de dois anos, meteu o país na ruína e empobreceu a maioria dos portugueses por muitas décadas. Os números deste desastre, para o qual, a tempo e horas, muitos alertaram, são conhecidos – o desemprego não pára de subir; o défice orçamental não se deixa controlar; a recessão e a dívida externa estão imparáveis. Pior: os portugueses vão sofrer por muitos anos os efeitos do “buraco escuro” para onde este governo atirou – e continuará a atirar – Portugal. E o mais grave é que o objectivo era esse: salários baixos, precariedade no trabalho, e serviços mínimos na protecção social, na saúde e na educação – o empobrecimento total. E tanto assim é que, perante este descalabro, o governo diz que está no “rumo certo” e, por sua vez, a troika concluiu, após mais esta “avaliação”, que a execução do programa de ajustamento “continua no bom caminho”.

    Tudo o que está a acontecer resulta de uma mistura explosiva – uma espécie de tempestade perfeita. Um grupo de ultra-liberais mal preparados, teórica e tecnicamente, sem cultura política democrática, nem ligação às pessoas e às realidades económicas e sociais do país, tomou conta da direcção do PSD. Este grupo, com meia dúzia de ideias mal-amanhadas, colhidas em vagas leituras na diagonal, vertidas num desastroso projecto de revisão constitucional e atiçado pelo fanatismo contra o Estado social de meia centena de pessoas, agrupados em meia dúzia de blogues, partiu à aventura da conquista do poder. Beneficiando do desgaste do último governo e do seu primeiro-ministro, e sobretudo escondendo os seus propósitos ou mentindo deliberadamente durante a campanha eleitoral, ganharam as eleições. Sem programa de governo, nem uma ideia digna desse nome sobre o que se estava a passar na Europa e em Portugal, tomaram como seu o programa da troika, vertida em memorando, e entregaram de alma e coração o governo do país, sem o mínimo assomo de dignidade nacional e democrática, aos ditames da troika, subordinando-se à “visão alemã” da Europa, defendida pela senhora Merkel. A tudo isto se juntou o oportunismo político eleitoralista de Passos Coelho: ultrapassar largamente o “programa de ajustamento” (era o tempo do “custe o que custar”) com um conjunto de medidas, sobretudo ao nível do saque fiscal, que duplicou a austeridade exigida pelos nossos credores, patenteando uma despudorada insensibilidade social, na ilusão de que tais medidas começassem a produzir efeitos positivos em 2015, ano de novas eleições. Era isto que Passos Coelho pensava quando disse, no seu discurso, no parque aquático de Quarteira, no Verão do ano passado, que “já estamos a colher resultados das nossas medidas e é por essa razão que o próximo ano – 2013 – não será de recessão”.

    A impreparação, a incompetência e o oportunismo político do grupo que tomou conta do PSD e do governo, mais cedo ou mais tarde, tinha de vir ao de cima, como o azeite. Hoje, perante os resultados que estão em cima da mesa (e suas consequências na vida da maioria dos portugueses), qualquer previsão feita pelo ministro das Finanças provoca uma gargalhada geral; qualquer declaração do primeiro-ministro sobre o futuro é patética. Este governo já não tem credibilidade, nem tem legitimidade política para se manter em funções. O Presidente da República não pode ignorar esta situação, sob pena de arrastar para o descrédito o cargo para o qual foi eleito. Estamos dependentes da “Europa” e da germanização imposta pela senhora Merkel, mas antes quebrar com dignidade, do que de cócoras a lamber botas.

    Deste dois anos de governo saem dois ensinamentos positivos para o futuro dos portugueses: primeiro, precisamos de mais democracia e de mais participação dos cidadãos na vida política; segundo, em Portugal, o neo-liberalismo está em agonia e vai morrer às mãos de Passos Coelho e do PSD. Paz à sua alma.

    Jurista, escreve à segunda-feira

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  4. Duarte's avatar
    Duarte permalink
    18 Março, 2013 11:12

    Este post é de uma completa ignorância. A Rússia actual nada, mas mesmo nada tem a ver com Portugal.

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  5. Guillaume Tell's avatar
    Guillaume Tell permalink
    18 Março, 2013 11:24

    Porque os sectores privatizados foram praticamente dados tal e qual, sem haver uma verdadeira liberalização (ao contrário dos checos que privatizaram por “cupões”).

    Porque ajustar preços que praticamente não evoluiram em 60 anos implica dificuldades. Ainda mais quando Governo anda a criar massivamente moeda e a salvar empresas públicas sobreendividadas.

    Porque não se pode esperar milagres quando se têm um tecido produtivo obsoleto que produz principalmente bens de produção e material militar, é preciso tempo para a reconversão.

    http://en.wikipedia.org/wiki/Economic_history_of_the_Russian_Federation

    E para terem exemplos bem sucedidos olhem para a Estónia e a República Checa:

    http://www.contrepoints.org/2012/08/23/94810-estonie-du-communisme-au-liberalisme


    http://www.libremercado.com/2012-12-19/la-receta-de-estonia-es-sencilla-un-estado-pequeno-e-impuestos-bajos-1276477268/

    http://www.lesechos.fr/09/11/1999/LesEchos/18022-138-ECH_privatisations-a-la-carte-a-l-est.htm

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  6. Guillaume Tell's avatar
    Guillaume Tell permalink
    18 Março, 2013 11:27

    Artigo sobre a privatização da água e do que se deve ou não fazer:

    La privatisation de l’eau : est-ce que ça fonctionne?

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  7. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    18 Março, 2013 11:42

    Claro que a Russia actual nada tem a ver com Portugal. Teve no passado semelhanças com Portugal que persistem neste.
    A começar pela constituição e no caminho para o socialismo.
    Atrás disso veio o resto do estado da suposta economia das supostas conquistas civilizacionais (que é bom de dizer que na Rússia nunca houve).
    As diferenças fundamentais que existem com a antiga Rússia apenas eram ou são que nunca fizemos fila para comprar pão, carne ou fruta….(mas pelo caminho tomado ainda lá chegaremos) com o trolha gaspar com impostos a emendar paredes dos alicerces do “inginheiro” por fax com dívidas.
    Outra diferença é que quando a Rússia faliu ficaram com o correspondente a 2o euros no bolso (agora andam com 150) mas também nisso talvez sejamos capazes de lá chegar apesar de terem ouro, gás e petróleo (coisa que não temos).
    A maior no entanto é que os Pides tugas “já eram” (felizmente) senão seria como na Rússia (KGB) em que tomaram o poder e dispuseram do país como bem entenderam.
    Mas também disso não estamos completamente livres pois que os há que querem que ganhemos tanto como os cubanos com a diferença que não temos o estreito da Flórida e não me parece que tuga tennha coragem para enfrentar tubarões no mar fugindo aos tubarões de terra.

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  8. neotonton's avatar
    neotonton permalink
    18 Março, 2013 11:52

    Convenhamos, Duarte que é obra. Mal feita, mais foi trabalhinho…

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  9. JP's avatar
    18 Março, 2013 11:58

    “15-20 anos será o tempo de recessão em portugal se nao houver perdao de divida.”
    Só faltou explicar qual é o resultado da opção pelo perdão. Nascem flores?

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  10. BorNot2B's avatar
    18 Março, 2013 12:29

    A obsessão “anti-socialista” dominante em certas cabeças prevalece sobre o mais “rústico” bom senso… Depois sai disparate…
    @ Duarte – pois, a História de Portugal possivelmente irá incluir essa versão dos acontecimentos…. Não é fácil descortinar outra.

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  11. BorNot2B's avatar
    18 Março, 2013 12:31

    @ João Miranda – Gosto de ler as suas perguntas. Mas, chiça homem, comece a dar respostas…

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  12. neotonton's avatar
  13. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    18 Março, 2013 19:35

    Lá vem o Miranda feito palonço. Antes eramos vermelhos agora somos azuis com tendencia para o preto.

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  14. politologo's avatar
    politologo permalink
    18 Março, 2013 21:12

    …cenário de semelhanças também com o que se passava na época pré-salazarista …

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  15. J. Madeira's avatar
    J. Madeira permalink
    18 Março, 2013 22:34

    Que se saiba o BPN/SLN e os fabricantes de sifões da Madeira não estiveram na Russia !!!
    Aqueles dez anos de cavaquismo foi o que de pior aconteceu aos portugueses … agravados
    por estes dois últimos dos estarolas no des-governo com o amém do Pilatos de Belém!!!

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    • economista's avatar
      economista permalink
      19 Março, 2013 12:09

      J MADEIRA acertou no alvo ….mas o alvo não vai para a cadeia …

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  16. O SÁTIRO's avatar
    19 Março, 2013 02:45

    estes j madeira só sabem defender a corrupção generalizada..as vigarices constantes dos governos xuxas
    mesmo com as PPP …SCUTs………….FREEPORTs………
    tudo isso
    diante da fuça
    continuam a esconder a gestão criminosa xuxialista
    e depois vêm desmentir um eminente xuxialista.insuspeito
    jacques DELORS
    que disse publicamente que nos governos CAVACO
    portugal era um bom aluno na aplicação dos fundos comunitários
    enquanto esta escumalha dos j madeiras existir
    portugal será um país falido
    DEVIAM SER ELES PRÓPRIOS A PAGAR DO BOLSO DELES AS VIGARICES DOS AMIGALHAÇOS XUXAS SÓKAS

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