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O que significa “mais tempo”?

13 Abril, 2013
15 comentários leave one →
  1. piscoiso's avatar
    piscoiso permalink
    13 Abril, 2013 09:06

    Isto é um teste para que cadeira?

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  2. Trinta e três's avatar
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    13 Abril, 2013 09:13

    Sgnifica:
    1- Que a decisão do Tribunal Constitucional não alterou coisa alguma, até porque este alargamento era o que já vinha sendo anunciado por setores próximos do governo.

    2- Que a dívida não é “pagável”, coisa de que os credores têm consciência.

    3- Que os credores estão a tentar, tudo por tudo, que a hipótese de renegociação da dívida não seja colocada em cima da mesa.

    4- Que ainda há “joias” que interessam aos credores e, assim sendo, não interessa “matar” o devedor.

    5- Que a estratégia do governo é um disparate monumental.

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  3. jsf's avatar
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    13 Abril, 2013 09:42

    Este teste deve ser para o Relvas, ou então para Helena Matos

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  4. jsf's avatar
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    13 Abril, 2013 09:50

    Sondagens são sondagens, mas!!!!!!!! http://expresso.sapo.pt/governo-deve-cair=f799832

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  5. jsf's avatar
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    13 Abril, 2013 09:54

    Uma das razões, e talvez a mais importante para que o país não funcione é esta:
    Muitos portugueses julgam que “vivem em democracia”, porque “têm o voto”. Mas poucos olham para o que esse voto decide: PRATICAMENTE NADA. A verdade é que os portugueses não têm os mesmos direitos políticos que os restantes europeus. Só são “cidadãos” para pagar impostos, portagens, taxas e “rendas”. Mas quando se olha para a representação política que devia ser o outro lado da moeda, constata-se que não têm nenhuma. Os portugueses não têm sequer o direito básico de cidadania que é poder escolher o candidato em que gostariam de votar para os representar no parlamento.

    O nosso sistema eleitoral é por vezes referido como “sistema representativo”. É um logro: para ser representativo, seria essencial que houvesse uma relação directa entre as preferências dos eleitores e a ida de determinado candidato para o parlamento. Um “representante” só o é, se for ESCOLHIDO pelos representados, PREFERIDO entre várias opções. Se nós não podemos escolher o membro da lista que queremos para deputado, esse alguém NÃO nos representa. Seguramente que os deputados portugueses representam alguém… mas não é quem vota.

    O verdadeiro nome do nosso sistema eleitoral é “sistema proporcional de listas fechadas”, querendo “fechadas” (ou bloqueadas) dizer que a ordem das listas é IMPOSTA pelo partidos em vez de ser determinada pelos eleitores. Na Europa além de Portugal, a Albânia, a Bulgária e a Sérvia são os únicos países europeus de dimensão próxima da de Portugal o usam (Fonte: Wikipedia “closed list” ou “lista fechada” – http://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_fechada). É com esses Países que nos queremos comparar em termos de democracia? Entre os países maiores, contam-se a Espanha, Itália, Ucrânia e Rússia. A Itália e a Espanha são os únicos regimes de democracia “não duvidosa” – e mesmo esses têm problemas de “fosso” entre cidadãos e políticos – por precisamente as mesmas razões que Portugal.

    Os portugueses estão reduzidos a “votar” em listas cuja ordem já foi decidida – pelos próprios políticos! Na prática, os políticos elegem-se a si próprios: as verdadeiras “eleições”, já tiveram lugar semanas antes, quando os partidos fizeram as suas listas de “candidatos”. São essas listas que decidem quase tudo e é por isso que os partidos querem sempre muito tempo para as preparar, mesmo em estado de emergência nacional. Os primeiros lugares das listas – ditos “lugares elegíveis” – garantem um lugar no parlamento duma maneira que nada tem a ver com as preferências do eleitorado, mesmo quando o partido tem uma grande derrota nas eleições. O parlamento é a casa da partidocracia.

    É sabido que faz parte da essência da democracia que o resultado duma eleição não possa estar decidido antes da sua realização. Mas em Portugal, há DEZENAS de candidatos que sabem que vão ser deputados, semanas antes de ser deitado o primeiro “voto”. São VENCEDORES ANTECIPADOS! Isto pode ser comprovado pesquisando na Net a expressão “lugares elegíveis”. Analisem os títulos de jornais que surgem nas primeiras páginas da pesquisa e constatarão que esses lugares são assumidos como RESERVADOS.

    Na prática, este sistema sustenta em cada um dos maiores partidos uma oligarquia que não pode ser totalmente desalojada do parlamento pela via dos votos. Isto significa que a maioria dos políticos portugueses NUNCA foi verdadeiramente sujeita ao escrutínio democrático. Quando a ordem dos candidatos nas listas dos partidos não depende das escolhas dos eleitores, tem de depender de alguma outra coisa – e qualquer que seja essa outra coisa, já não é democracia.

    O que falta aos portugueses é o VOTO NOMINAL, ou seja, voto em nomes. Na Europa, existe quase sempre alguma forma de voto nominal. A generalidade dos países europeus de dimensão próxima da de Portugal usa o “sistema proporcional de listas abertas”, querendo “abertas” dizer que a ordem de atribuição dos lugares de deputado é para quem recebeu mais votos. (Fonte: Wikipedia “open list” – http://en.wikipedia.org/wiki/Open_list). São DEZENAS de países, incluindo a Áustria, Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Holanda, Noruega, Suécia, Suíça, etc (também na Itália, mas não em todas as eleições).

    Também o Brasil usa listas abertas: presentemente, o Brasil é um país mais democrático do que Portugal!

    Até o Iraque já usa listas abertas! (www.fairvote.org/iraq-s-2010-parliamentary-election2#.UOCCt6xWKIQ)

    Com listas abertas, há escrutínio: um candidato só vai para o parlamento se merecer votos para isso. Em democracia, quando um político desilude ou é apanhado a mentir, o caminho é simples: nas eleições seguintes os cidadãos não votam nele, ele não é eleito e sai de cena. Em décadas de “democracia”, os portugueses nunca puderam exercer um escrutínio deste tipo. As listas fechadas não o permitem. Os portugueses nem sequer podem travar a “eleição” dos candidatos nos primeiros lugares das listas eleitorais de alguns partidos nos círculos eleitorais grandes (e.g., Lisboa com 47 lugares e Porto com 39 lugares).

    Mas o regime português ainda é mais restritivo e fechado pelo facto de ser imposto pela constituição, que nem sequer permite que cidadãos fora dos partidos se possam candidatar ao parlamento – outra direito básico de cidadania habitual no resto da Europa. Com estas restrições, não é possível negar o voto – quer a políticos individuais quer a partidos. Primeiro, porque o voto não é nominal. Segundo, porque apenas votos EM PARTIDOS contam: nada mais entra nas contagens, nem sequer os votos brancos. O parlamento enche-se sempre com 230 deputados, não importa quantos votem. Usando um determinado conjunto de listas eleitorais, duas eleições – uma com 99% do eleitorado e outra com 1% – podem resultar em EXACTAMENTE o mesmo elenco parlamentar.

    Este sistema eleitoral propicia a corrupção, porque os lóbis têm mais influência no parlamento do que todo o eleitorado junto. Convém compreender que, quanto mais fraca é a influência do eleitorado sobre os deputados e governantes, mais forte é a influência de outras “forças”. Nunca há vazios de poder. Como o escrutínio dos portugueses foi neutralizado, não podem servir de contrapeso à influência dos lóbis. Na prática, são os grupos de interesse que são representados no parlamento, não os eleitores.

    Este sistema também bloqueia a renovação interna dos partidos. É costume ouvir-se dizer que “o sistema não é reformável por dentro”. Claro que não é! Este tipo de sistemas NUNCA é reformável por dentro. A renovação dos partidos é SEMPRE dirigida por pressões externas. Nos regimes democráticos, essas pressões são os votos em eleições, que transmitem aos partidos os sinais sobre que políticos merecem progredir (porque têm votos) e que políticos devem sair de cena (porque ninguém vota neles). Mas para isso funcionar, os votos têm de ser NOMINAIS. A ausência de voto nominal abafa os sinais que os cidadãos têm para dar, impedindo-os de desempenhar o seu papel na renovação interna dos partidos.

    Não é possível desbloquear a partidocracia sem introduzir o voto nominal na eleição dos deputados. Mas como os (actuais) deputados são os donos do sistema, convém não lhes dar bons pretextos para chumbar uma reforma eleitoral. A melhor estratégia é esquecer sistemas muito diferentes do nosso (como os círculos uninominais), pois seria acusada de ser uma “aventura”. Também não se deve propor reformas que prejudicam uns partidos em relação a outros, para minorar as resistências. Ou seja, deve-se manter o factor de proporcionalidade tal como está.

    Assim, a melhor estratégia é exigir que as listas passem a ser abertas à ordenação pelos votos. Há muita experiência, em muitos países, no uso desse sistema. Todo o resto do actual sistema português pode manter-se como actualmente, incluindo a proporcionalidade (entre número de votos e deputados) e o método de D’Hondt.

    Também é importante terminar o monopólio dos partidos na apresentação de listas de candidatos.

    (http://economico.sapo.pt/noticias/partidos-querem-manter-exclusividade-no-parlamento_163798.html)

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  6. Tim's avatar
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    13 Abril, 2013 10:31

    Como é que o JM vai agora defender este passo do governo?!…

    Auto-xeque-mate?!…

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  7. Tim's avatar
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    13 Abril, 2013 10:34

    «A atuação do Governo não parece convencer os portugueses: 60 por cento dos inquiridos na sondagem defendem que o Executivo de Passos Coelho não deve ir até 2015.
    Apenas cerca de metade, 32,5 por cento, entendem que o Governo deve cumprir o seu mandato até ao limite estabelecido.»
    http://expresso.sapo.pt/governo-deve-cair=f799832#ixzz2QKauzgn1

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  8. javitudo's avatar
    javitudo permalink
    13 Abril, 2013 10:36

    jsf, obrigado pelos esclarecimentos.
    Ainda que muitos não queiram ver a realidade, o fsf viabiliza em termos pedagógicos o entendimento da nossa pantominocracia. Um dia seria interessante explicar quem ganha com o circo.
    É curioso, o jsf faz mais por esclarecer as pessoas que uma cambada de jornalistas apostados em nos enganar todos os dias com as questões mais mirambolantes a passar longe da realidade.
    Servem para esconder a corrupção que grassa um pouco por todo o lado.
    Aqueles que deviam defender gente pobre e ignorante, merecedora de mais respeito e atenção agem a soldo de interesses camuflados que pela primeira vez está em risco de ser revelada graças a o trabalho de 46 jornalistas, nenhum português, que andam a investigar muita coisa.
    Já se conhecem alguns nomes sonantes, depois pode descer até a alguns manhosos da nossa praça, imagine-se!
    Isso juntamente com WikiLeaks pode resultar em cheio se entretanto não assassinarem o Assange.
    https://www.google.com/searchq=wickleaks&rlz=1C1SKPM_enPT404PT440&aq=f&oq=wickleaks&sourceid=chrome&ie=UTF-8.
    Os tempos que vêm aí podem não ser tão maus como os profetas da desgraça anunciam.
    Duas coisas certas, o governo não cai e a dívida é impagável. Uma equação em desiquilíbrio aparente.
    A dívida aqui para nós são trocos para os grandes, eles só querem espremer mais um bocado.
    Depois da merkel ganhar as eleições a coisa amaina.
    Quanto mais vêm a oposição tuga mais apoio dão ao ppc e gaspar. Esta oposição é o seguro deles.

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  9. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    13 Abril, 2013 10:41

    Que temos apenas mais tempo para regressar aos mercados para substituir a divida da troika.
    .
    E isto significa que a calendarização do programa de reembolso da divida da troika, foi básicamente uma brincadeira de crianças inexperientes cujo contacto com a realidade se deve questionar. Mal feita, pois, e irrealista, a programação dos reembolsos por substituição pelos mercados.
    .
    Os mercados, neste momento, que detém parte da nossa divida publica, estão circunstanciados a um tipo de investidores que em gestão, numa matriz bgc, se designam de «piratas». Estão lá enquanto as rentabilidades se mantiverem elevadas. E só entraram os institucionais (fundos de pensoes etc) quando se percepcionar que o programa de ajustamento tem em devida conta a capacidade economica de reembolso do país. Para isso, Portugal tem de demonstrar às agencias de rating que a execução orçamental é possivel sem colocar em causa o consenso da sociedade. E para colocar a sociedade nesse consenso o programa actual tem de ser posto de lado e substituido por outro que passará necessáriamente por fazer o contrario da desvalorização interna. O mesmo é dizer que a massa monetária em circulação tem de subir substancialmente secundada pelo BCE ou, em alternativa, deve a procura externa dos países euros mais pujantes aumentar substancialmente. O que significa que a Alemanha deve comprar mais a Portugal em vez de dar mais ajudas a Portugal. Na linha do raciocionio de um Bife que se segue:
    .
    «I’m bailing Portuguese vineyards out by buying wine from our oldest ally. Plenty of fine reds, and a fair few good whites now.
    Trade, not aid, is the only way forward. If you’ve lent money to the Portuguese government to pay bureaucrats, who are not rare in Portugal, why on Earth should you expect to get it back?»
    .
    Mais simples e eficaz era mesmo tomar a decisão correcta: sair do euro.
    .
    Rb

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  10. Tiradentes's avatar
    Tiradentes permalink
    13 Abril, 2013 11:12

    A dívida não é pagavel?
    Pois não deve ser não…….. também segundo o falso engenheiro ela nunca seria para se pagar, logo ele que só ele a duplicou ( em cinco anos) escondendo mais metade debaixo do tapete.
    O problema é esse ….é ter de se ir pagando.

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  11. Duarte's avatar
    Duarte permalink
    13 Abril, 2013 11:40

    Significa que Portugal incluindo os doentes e desempregados vao pagar mais juros aos agiotas.

    Simples .

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  12. Buiça's avatar
    Buiça permalink
    13 Abril, 2013 15:18

    Pag.7

    Click to access IGCP_20130327_7thReview.pdf

    A ideia é “alisar” os picos de 2015, 2016 e 2021, suponho. Parece-me bem, embora o calendário não deixe de ser exigente.
    De qualquer modo se no futuro alguém nos emprestar dinheiro mais barato do que a Troika não é difícil substituír os “agiotas” por esses simpáticos marcianos.

    Cumps,
    Buiça

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  13. Je's avatar
    13 Abril, 2013 15:32

    Significa que o governo consegue o intento vergonhoso de adiar as reformas necessárias e, assim, protege-se e aos seus deixando os portugueses entregues a um destino pior.

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  14. YHWH's avatar
    YHWH permalink
    13 Abril, 2013 17:13

    «O que significa “mais tempo”?»

    Significa non-sense…

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  15. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    13 Abril, 2013 20:52

    Caro João Miranda,
    Como o governo não queria mais tempo, suponho que falta lá a opção “Portugal recusa o alargamento do prazo”. É nesta que eu voto.
    Caso “forcem” Portugal a aceitar o alargamento, mesmo assim falta lá a opção “Portugal, obrigado a aceitar o alargamento, exige que os juros sejam os mais altos dos países intervencionados e pagos durante todo o período do empréstimo – ou ainda mais, se for possível”. Neste caso, voto nesta.
    Estou com o governo. 😉

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