Devolvam as nossas vidas
12 Maio, 2013
Pomposamente, com a solenidade fúnebre de heróis de guerra, defensores do bárbaro invasor que pilharia e destruiria o país, grita-se: “devolvam as nossas vidas“.
Quando um Sábado é passado antecipando um jogo de futebol, a queixa é que temos problemas sérios pela atenção que damos ao desporto, mero entretenimento.
Afinal o que são as nossas vidas “a devolver“? Não será, precisamente, viver as mundanas alegrias e tristezas de jogos e entretenimento momentâneo, sem preocupações de austeridade ou com “o futuro do país“?
Ou será, simplesmente, “devolvam as nossas vidas“, a reivindicação pelo socialismo cuja existência depende do dinheiro de outros?
103 comentários
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Então vossemecê pensa que o capitalismo (sobremaneira o sistema económico-financeiro alicerçado na alavancagem e factores multiplicadores sobre investimentos de capital massivo) depende do dinheiro de quem?…
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O capitalismo depende de fazer coisas para os outros em troca de coisas feitas pelos outros. O dinheiro é dado voluntariamente. O socialismo depende de tirar uma parte do dinheiro aos outros para o redistribuir de forma involuntária. O socialismo depende de obter coisas dos outros sem lhes dar necessariamente algo em troca..
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Fazer coisas com o dinheiro de outrem é o axioma primeiro de qualquer sistema de gestão sócio-económica. Seja ele capitalista ou socialista, ou misto.
Quanto a dar o quê em troca do quê é melhor não se meter por aí… Olhe que a crise de 2008 ainda espreita…
Também sabemos que por vontade conveniente de alguns a palavra redistribuição seria abolida…
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Redistribuição: salário. Mais justo não há.
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Olha, o Cunha também é pelo “salário justo”. O melhor é ninguém lhe explicar o que é o salário, senão ainda lhe dá uma coisa má.
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Segundo uma notícia, que até admito estar pouco correta, camisas que custam 20 euros na Europa são produzidas a pouco mais do um cêntimo no Bangladesh. As operárias ganham 30 euros por mês e morrem de vez em quando com os prédios em cima. É em relação a esta redistribuição que Vítor Cunha se refere como não havendo “nada mais justo”? Bom, bom, bom! Continuamos a ter razões para que a percentagem de ultraliberais não suba muito acima de zero por cento. Ando como uma dúvida sobre o que fariam aos deficientes e idosos se um dia conseguissem governar. Huuuumm! Cheira-me que fariam de Estaline e de Hitler meninos de coro.
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A outra opção para camiseiros do Bangladesh é irem para a lama esperar pela justiça social.
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Aprecia Krugman, Fincapé?
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Aprecio todos os homens inteligentes que ponham a inteligência ao serviço da sociedade. Se assim não for, prefiro que não sejam inteligentes. Isto para não divagar aqui sobre as inteligências múltiplas e os problemas concernentes.
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Claro, há sempre um Cunha a dar-lhes a tal “liberdade” de escolher entre a lama e a merda.
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Já viu o que podia fazer por 50 pessoas no Bangladesh se lhes enviasse o dinheiro que gasta pela internet?
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Também, para não divagar muito, lhe pergunto se, uma vez que os bengaleses ou comem assim ou não comem, acha justo um capitalista estar a coçar a barriga ao sol de qualquer praia, sem fazer a ponta de um chifre, à conta da quase totalidade do trabalho de outrem. Ou seja, se o capitalista conseguir no Nepal meio cêntimo por camisa, deverá mudar para lá a sua fábrica da treta para poder aumentar o “legítimo” lucro de forma a poder passar as férias seguintes no espaço. Claro que os nepaleses ficarão contentes com 15 euros mensais porque é melhor do que nada.
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Ou dito de outra forma, para quê produzir sapatos em Portugal se cada par sairia mais barato na Bulgária? Nem vale a pena pensar no Nepal (que é frio e nem tem praias).
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Pois Cunha, porque hás-de continuar com a tua namorada, ou mulher, se podes sempre mandar vir uma dos bangladeshes deste mundo que te sairá de certeza mais barata?
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Eu, por azia, o Vítor por excesso de adrenalina notívaga, estamos a ter as nossas falhas. Então, em Portugal não há regras mínimas em relação ao trabalho e ao rendimento dos trabalhadores? Ora, é isso que deveria ser exigido em todos os países e para todos os terráqueos. E se o capitalismo predador tivesse o mínimo de vergonha, ele próprio se encarregaria que se “auto-regular” em vez de predar. Esteja descansado que o grande empresariado das “grandes marcas” que eu, obviamente, não compro não sujam os pés nem no Bangladesh nem no Nepal. Só se for para turisticamente, às costas dos guias locais, subirem os Himalais. Hoje trata-se de tudo à distância. Segundo me consta, no Bangladesh nem há hotéis com categoria para receber tão distinta e exploradora gente. E as ruas são muito sujas.
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Mas quem é o Zé Povinho português para querer regras noutros países? Corremos o sério risco de não achar muita piada quando nos querem impor regras a nós.
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Quem, a troika?
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Qual era o problema de as grandes marcas, quando se mudam para os países onde ainda há escravatura, estabelecerem regras mínimas e pagarem de acordo com essas regras? Então, acha que faz algum sentido andarmos a comprar camisas de 20 ou até de 100 euros e uma única camisa pagar o mês de um operário, sendo que os outros milhões de camisas são lucro? E aceita-se como normal que isso aconteça? E aceita-se que essas camisas compitam com as dos países onde há regras de outro nível civilizacional?
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Fincapé, o que a história mostra é que esses países, com condições laborais más para os trabalhadores, aprendem depressa a mudar regras. Veja a China, onde já se faz greve e tudo. Se não quero gerência germânica, também não posso impor gerência à lá tuga.
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Mas os tugas não mandam em nada, nem os nossos capitalistas têm grande influência. O que o Vítor está a dizer é que começa-se por baixo e depois se vai subindo , estilo balão de ar quente, mas só se calhar, como calhou na China. E calhou… por enquanto. Ora, eu não me importo que, pelo menos, se comece como um zepplin, um pouquinho acima. Não gosto de ver miséria, o que quer. Ainda por cima, ouvindo quem a cultiva e a fomenta falar como se tivesse de ser assim. Se lá tivessem nascido, no meu da miséria, pensariam de forma diferente. O que leva sempre à conclusão que o berço decide quase tudo. Ou seja, a sorte. Eu considero a vida mais do que um jogo. Para jogo, bastou o de ontem. 😉
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Entendo-o. A forma que eu tenho de enriquecer esses países é comprar mais camisas de mão de obra barata. Se todos fizermos o mesmo, terão que produzir mais e mais e mais camisas, crescendo, modernizando, prosperando.
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PS: Deteto depois, nos meus comentários, algumas falhas de pontuação e outras. É o que dá responder à pressa e em dois fóruns ao mesmo tempo. 😉
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Não, Vítor. Temos de produzir menos camisas, de ter menos roupa nos armários, de dispor de menos inutilidades. Precisamos de ter é mais reflexão sobre o tipo de vida que o planeta aguenta. De que me servem duzentas camisas se só visto vinte e as outras “passam de moda”? O que necessitamos é de maior equilíbrio na sociedade. Podia-se começar, por exemplo, por cada um pensar que não é infinitamente melhor do que o outro. Ora, se não é infinitamente melhor, porque há-de ganhar infinitamente mais? Hoje, a maior parte, se não a totalidade dos grandes ricos, aumenta a sua fortuna empobrecendo os outros: ou através da especulação financeira ou pondo os miseráveis a produzir para eles a troco de uma malga de arroz. Alguns até disfarçam a sua cupidez fazendo-se passar como cristãos ou seguidores de outra qualquer religião. Uma espécie de “água” para lavar “almas impuras”.
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Falemos das pessoas: estão melhor com uma malga de arroz ou com o sentimento de que alguém está a pensar no seu bem estar? Barrigas vazias não têm energia para os pensamentos fraternos do outro canto do mundo.
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Então, pergunto eu, falando das pessoas: estão melhor com uma malga de arroz ou com duas malgas de arroz? Ou então assim: estão melhor com uma malga de arroz ou com uma vida digna? Ou ainda assim: estão melhor com uma malga de arroz ou com um determinado valor proporcional ao valor que o seu produto teve no mercado? Ou então…
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O que é “uma vida digna”? Se perguntar a 1000 pessoas terá 1000 respostas diferentes. Curiosamente, se perguntar a 1000 pessoas no Bangladesh, poderá encontrar “ter emprego numa fábrica de camisas” em algumas delas.
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Continua enganado, Vítor. Têm-lhe escapado as conversas que passam na TV com as mulheres das “fábricas” no Bangladesh e outras conversas com “escravos” de outras “escravaturas”, sela lá ou noutras partes do globo. Não querem, como por aqui, as duzentas camisas nos armários, mas sabem o que é uma vida digna. Sabem-no de tal maneira que que há muitos anos observo e digo: é extraordinário como pessoas sem escolaridade, que não lhe oferecem, sem outra formação que não seja em “escravatura aplicada”, consigam falar tão bem e saber tão bem o que lhes falta para terem uma vida digna. Digo muitas vezes que eu não conseguiria falar assim tão bem e dizê-lo de forma tão clara e óbvia.
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Parece que a educação da vida bate as “novas oportunidades” da educação.
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Não me fale das novas oportunidades que me põe assim a modos que…
Tentar transformar as experiências de vida em diplomas formais é uma monstruosa idiotice que inventaram. Suponho que para dar sem custo o que falta a quem já tem outras coisas mas não tem essa. Confuso? Dar um diploma a um tipo que preside a um rancho folclórico é muito pior do que dar a presidência do rancho a quem já tem um diploma.
A experiência de vida é coisa difícil de medir. E se se pudesse medir não deveria corresponder a um impresso de papel com um timbre de Universidade com um nome de curso.
As senhoras de todos os bangladeshes sabem mais muitas coisas do que muitos diplomados pelas novas e pelas velhas oportunidades.
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É sempre possível concordarmos, vê? 🙂
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Pois, é! 🙂
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Fincapé, li com gosto muitos destes seus comentários, para acabar concordando com o Vitor, quando ele diz que “é sempre possível concordarmos”.
Todavia, há uma coisa que escreveu e que não me parece bem e que foi o seguinte: “e se o capitalismo predador tivesse o mínimo de vergonha”.
Escrito assim, até parece que o Fincapé entende o sistema capitalista como sendo um ser humano, susceptível de ter ou não ter bons sentimentos, coisa que não faz qualquer sentido.
A meu ver, o problema não está no sistema, mas nas pessoas. Tenho para mim que o sistema capitalista é o melhor sistema que se conhece, tal como se costuma dizer para a democracia, defendendo que é o melhor de todos os regimes.
O que faz falta, penso eu, é que as pessoas, nós todos, interiorizemos que não somos, como disse, “infinitamente melhores do que os outros” e que cada um deve apenas “comer o pão amassado com o suor do seu rosto”. E se isso acontecesse, desde que em liberdade, tudo o mais se resolveria com facilidade. Acredito eu.
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Tiro ao Alvo,
O Vítor disse que era sempre possível concordarmos, mas referia-se aos diplomas falsos, tipo novas oportunidades, que antes tínhamos comentado. É aí que estamos de acordo. 🙂
Quanto ao resto, não critico o capitalismo em si. Também acredito pouco que seja possível um regime e uma sociedade com direitos como a liberdade e outros, sem ser capitalista. É por isso que uso um termo, que não é meu, que é o de “capitalismo predador”. E não há qualquer exagero. Existe mesmo um capitalismo predador, destruidor do planeta e das pessoas. Anti-humano, portanto. E esse ou o vencemos ou ele nos vence a nós e ao planeta. É uma coisa de que estou profundamente convicto. Não tenho nada a ver com partidos nem estou vinculado a ideologias ou grupos. Embora me assuma como de esquerda na maioria dos aspetos sociais.
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Era a isso que me referia: aos diplomas e novas oportunidades.
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Uma boa síntese (com herói pelo meio) de como “as nossas vidas” foram sendo expoliadas: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/05/o-adjuntivo-marques-mendes-pelas-minhas.html
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O Cunha! qual socialismo?
Vivemos sempre em capitalismo , rapaz!
Ó sob o regime fascista ó sob o regime democratico
Ai esses estudos. Vá fazer o exame da quarta classe.
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Muito bom, Duarte!
Vou já fazer o exame da 4ª classe e tatuar o Che no peito.
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Ao lado da tatuagem do Carlos Abreu Amorim. Acha que ainda tem espaco?
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Há uma boa dose de socialismo na sociedade, é possível obter muitos serviços e até rendimento sem entregar algo em troca a terceiros, e isso é socialismo.
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De resto o fascismo tem mais de comum com o socialismo do que com o capitalismo. Tanto o fascismo como o socialismo são colectivistas, ao passo que o capitalismo é mais preponderantemente individualista.
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Obrigado, Incognitus. Nada como um post sobre futebol para irritar comunistas.
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“… é possível obter muitos serviços e até rendimento sem entregar algo em troca a terceiros, e isso é socialismo.”
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Não, não. Isso é o ultraliberalismo, pelas razões que já disse muitas vezes por aqui e que YHWH apresenta em acima nesta frase: “…vossemecê pensa que o capitalismo… depende do dinheiro de quem?…”.
Os ultraliberais, pelos vistos, é que querem os serviços do Estado a troco de nada. E fazem ainda pior do que isso: dizem que o Estado não disponibiliza serviços aos cidadãos. Imaginemos que era possível uma corrente liberal, não ultra, que fizesse contas ao preço dos serviços disponibilizados pelo Estado, como tratamentos médicos sem limite, transplantes sem limite, consultas sem limite, estradas para todos, praças e ruas para todos, calçadas e passeios para todos, museus para todos, educação para todos, água para todos, reformas garantidas, rendimento mínimo para os mais abandonados pela sociedade. Se fosse possível essa corrente liberal concluir que tudo aquilo e mais coisas, que certamente me escaparam, se conseguiam ao preço oferecido pelos privados ou ainda mais baratos, incluindo os seguros tão elogiados por esses mesmo liberais, poderia haver base para discussão. Mas nem há desses liberais, nem as coisas são assim. A preços caríssimos existiram seguros só para a saúde. Mas isso é só enquanto os clientes não tiverem grandes doenças. E com limites e limitações enormes. Porque a seguir o seguro despede o doente. Há realmente uma deturpação da realidade por parte do ultraliberalismo. E haverá até que cada ultraliberal tenha dentro de casa uma doença incurável que dependa seriamente do SNS. Concluindo: um ultraliberal é uma pessoa que, devido à sorte que tem tido na vida, e tendo tido más influências nas suas curtas experiências, ainda não pôde ver toda a realidade. Se calhar, nenhuma.
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Pois é Incogitus, deves ter um trauma de infância por lá em casa “obteres muitos serviços e até rendimento sem entregares algo em troca aos teus pais, e isso é socialismo”.
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O regime faxista nunca existiu em Portugal. Martelaram a k7 na moleirinha do Duarte e o coitado nunca pensou por si próprio, coitado.
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Tem toda a razão. O Duarte teria muito que aprender se lesse com cuidado, no Malomil, esta bonita lição de história sobre o país onde existiu o verdadeiro fascismo:
http://malomil.blogspot.pt/2013/05/as-criancas-na-propaganda-fascista.html
Mas ele já sabe tudo e naquela cabeça não entra mais nada, como se pode ver em tudo que ele aqui escreve.
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Descubra as diferenças
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Respondo-lhe com palavras do Ricardo Araújo Pereira.
« Aqui em Portugal (…) tivemos um regime que certos indivíduos (…) teimam em definir como fascista. Esta gente desconhece que só podemos chamar fascista a um regime quando se verificam certos parâmetros e que, por isso, só existiu verdadeiro fascismo em certas regiões de Itália e, mesmo aí, só às segundas, quartas e sextas, e só da parte da tarde.
« Veja como a questão é traiçoeira: o salazarismo, mesmo tendo um partido único, uma milícia fascista e uma organização paramilitar da juventude com claras afinidades com a juventude hitleriana (afinidades que o primeiro comissário da Mocidade Portuguesa, Nobres Guedes, sublinhava, aliás, com orgulho), não era fascista.
« (…) O Estatuto do Trabalho Nacional, uma lei fundamental do regime, era praticamente decalcado da Carta del Lavoro, da Itália de Mussolini, mas o Estado Novo não era fascista. »
Originalmente este texto serviu para gozar com Vasco Pulido Valente, curiosamente, demonstra que o fascismo, apesar de ter grandes semelhanças com o regime português, não foi aplicado no nosso país. Era isto que queria dizer, não era Carlos?
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Ricardo Araújo Pereira, o grande teórico da esquerda.
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Não Vitor, apenas quis dar um tom cómico e cínico a um comentário que não podia passar de uma simples piada. Só podia recorrer a um bom comediante.
PS: Certamente Ricardo Araújo Pereira não fica pior para a esquerda do que Vasco Pulido Valente para a direita, e isto não era um elogio.
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Nem nunca foram mortos milhões de judeus nas câmaras de gas… isso é tudo invenções dos que só querem dizer mal…
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São célebres as visitas às famosas câmaras de gás portuguesas. Agora fomentam o turismo.
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No Tarrafal sim, ou nunca ouviu falar…Afinal é muito novinho e só confia no que o CAA lhe conta…
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Cunha, tens de perceber que o fascismo tuga era assim um bocado para o subdesenvolvido e para o pindérico, como os seus actuais admiradores, e que em vez de câmaras de gás teve de se contentar com a frigideira.
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Não eram ventoinhas?
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Não Cunha, não eram ventoinhas, ventoinhas foi o que te deixou a cabeça nesse estado.
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Realmente tem razão Vitor, o socialismo é uma ideologia terrível. Por isso é que sou comunista. Não acredito no reformismo, visto que acho que a economia capitalista é paradoxal em si mesma.
Se não houver qualquer distribuição de dinheiro, teremos sempre (e a aprofundar cada vez mais as diferenças) uma classe muito alta e uma classe muito baixa. Uma vez que haverá sempre a acumulação de riquezas por parte da primeira classe. Pode-me dizer que a riqueza também é criada. Infelizmente numa sociedade terciarizada, a criação de riqueza é falsa, consistindo apenas em bolhas (como a que rebentou em 2008), sendo que a manutenção das fortunas é por si só um fator destrutivo da economia, e não um fator impulsionador como dizem os liberais.
Quanto ao futebol, não sou do MRPP que diz que isso só serve para distrair o povo da Revolução.
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O comunismo é muito bom. Na Coreia do Norte não há ricos exploradores fora do comité central. É um caminho.
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A Coreia do Norte, à semelhança da ex-URSS, é um país de loucos. Eu falo do comunismo na sua forma utópica e quase inatingível, não falo do conhecido capitalismo de Estado, propagado por Estaline.
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O comunismo não funciona porque as pessoas gostam de ter coisas. — Frank Zappa.
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Está a falar com gente séria, escusa de me tratar como um atrasado. Aquela coisa dos direitos fundamentais, Propriedade, liberdade e vida. Bom, comecemos pela propriedade.
A propriedade intelectual mantêm-se, tudo o resto, é adquirido através do trabalho. No mundo moderno, altamente tecnológico, já é possível aplicar esse princípio de um modo relativamente simples.
A liberdade é mais simples ainda. Se os cidadãos já não tiverem constragimentos económicos, não estarão coagidos por esse lado, de resto, na utopia comunista, todos temos direito à livre expressão, e claro, pensamento.
O direito à vida, aqui quase como uma paráfrase para segurança, está-nos tão ou mais garantido do que na sociedade capitalista clássica.
No entanto, repito, isto é apenas uma utopia, algo que se pode procurar atingir mas que é praticamente impossível.
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Duas horas. Depois começam as purgas.
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Vitor, é assim tão agarradinho? Ou está simplesmente a ignorar o último parágrafo do que escrevi? É claro que a outra possibilidade é que simplesmente seja daqueles demagogos que pegam naquilo que querem e ignoram o resto…
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O futebol não serve para distrair as pessoas de algo. O futebol é um jogo daqueles que as pessoas fazem para passarem a vida. Também lêem, passeiam por entre as papoilas e, em alguns casos, escrevem manifestos.
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«O comunismo não funciona porque as pessoas gostam de ter coisas. — Frank Zappa.»
E verificar que agora o infantilismo é racionalmente usado como argumento para validação do … infantilismo.
Tautologia.
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No Tarrafal sim, ou nunca ouviu falar…Afinal é muito novinho e só confia no que o CAA lhe conta…
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Olhe a ortodoxia, ainda o purgam na próxima internacional do Rossio:
“…no Tarrafal não havia câmaras de gás…“
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O Cunha está preocupado que lhe socializem as coisas, sei lá, a escova dos dentes.
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Historias giras sobre escovas de dentes .
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Mas está descansado que isso não te vai acontecer: You ain’t no Pussy Riot.
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Foi preciso tropeçar nas Blasfémias para encontrar este “devolvam as nossas vidas”.
Nem na Avenida, nem sequer no Google consegui encontrar este “devolvam”, com direito a aspas e tudo.
Aqui ao menos, faz-se a festa, deita-se os foguetes e ainda se vai apanhar as canas, e tudo isso sempre em nome das aspas de terceiros.
Se é para colocar as aspas, melhor seria escrever “queremos”, mas ao que parece o verbo querer ainda não chegou ao vocabulário do vitor.
A não ser que ele se esteja a referir àqueles a quem foi negado o direito à vida, que esses sim, têm todo o direito a reclamar a sua devolução.
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O comunismo não funciona porque as pessoas gostam de ter coisas. — Frank Zappa.
Ainda ontem o Zé que está desempregado passou aqui na minha rua ao volante do Porche.
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deve ser, simplesmente, devolvam-nos a legitimidade, que já não tem, para que sejamos nós a decidir o que fazer com o nosso dinheiro.
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“O nosso dinheiro”? Muito bom.
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o pote é nosso, e só nós sabemos o melhor uso que lhe podemos dar. Melhor ainda.
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Queres ver que o dinheiro é do PPC e do Gaspar ?
Queres ver que se não houver a Cristas as couves não crescem ?
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Xiça que isto ao domingo é só “ismos”.
Inda p’ra mais tive de ir à igreja ser padrinho de um já sobrinho, no seu baptismo.
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fico esmagado pelo pensamento do dia… bom domingo, e não desespere, um dia há-de ser rico, pelo menos já sabe o catecismo de cor
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E já sabe, esse não podia deixar de vir atirar ao fim com a frase feita, lá de alguma dama parva.
Ó tratante, o das frases feitas, meu, o pensionista que Paços mentiroso, pavão desonesto e trafulha, pretende roubar, agora, sem mais nem menos, já o pagou, a tempo, ao longo de muitos anos.
É dele.
E já reformas vitalícias dos parceiros, como ajudas de custo por tudo aos deputados, com seus vencimentos semelhantes aos boys, nepotes e padrinhos, meu, das frases feitas, pá, igual a compadres de todas as parcerias, fundações, institutos, observatórios, à tripa forra, que assim dizem, é toda outra coisa que o dito rapaz infantilóide por mais estranho não conhece .
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Ainda está a falar de futebol?
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ÓSenhor ministro, vá-se embora, pá, por uma vez, homem, reconheça que, além de cego, mentiroso e desonesto, você não presta. Ou como se não visse não lhe pesa o estado de desastre em que lançou já este país em desintegração recessiva, depois do azar que foi dar-lhe acesso ao pote… E que pena não se ter um presidente com só uma pontinha inteligente de aproveitável, útil.
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Só esta sobre futebol: estou chateado, claro que estou chateado. E desta vez até consegui ver o jogo todo, “baratinho”, na internet. Mas se o Benfica em seis pontos disputados com o Porto só ganhou um não merece o campeonato.
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Gostei que o Vítor fizesse a violenta crítica de cima à TV privada que passou o dia a perspetivar o jogo da noite.
Mas, sabe, Vítor (agora vou eu defender o setor privado), com perspetivas do jogo ou sem elas a crise continuaria a sua galopante marcha toque de clarim do Gaspar e Passos. E, como dizem os liberais, o setor privado deverá fazer o que lhe der na real gana, sem regulamentações, nem influências do Estado. Ele auto-regulamenta-se.
PS: Eu sei que inclui o canal público nas suas críticas. Mas se eu dissesse isto acima não poderia fazer o comentário da mesma forma. 😉
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Pelo contrário, Fincapé. As críticas são às críticas das transmissões pré-jogo.
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É que tem mesmo razão! Mas sabe que me esqueci de tomar Rennie e estou um com bocadito de azia. Nada de excessivo. Mas, pronto, desabafei aqui e por aí acima. 😉
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Sempre a obediente e de mente lavada juventude…..
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Qualquer semelhança nao e’ pura coincidencia.
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E, no entanto, cá está o seu comentário, não censurado, em toda a sua glória e esplendor.
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A “mensagem” nao era para o Vitor Cunha mas sim para os marcianos. Os controladores entendem-na…..
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E ja’ agora que estou com a mao na massa, aqui vai mais uma para os marcianos e outros extra-terrestres. Independentemente de onde o marcianismo esteja implantado, o controle das mentes jovens começa a partir do momento em que entram para a escola primaria. A partir desse momento passam a “propriedade” do Estado.
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O fascínio ultraliberal por aquilo a que se chama comunismo não tem limites. Eu já defendi que não há muitas diferenças entre os dois no que diz respeito a resultados sociais ou mesmo à liberdade. Daí o fascínio. 😉
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@ fincape. uiiii….. essa e’ suposta magoar mas uma longa vida ja’ deu muito calo…..
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A apregoada “liberdade” marciana, presa aos metodos de propaganda do Sec. XIX, da’ nisto para manter o dominio da sociedade. Controem robots, bem visiveis aqui no Blasfemias.
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E ainda falam da MP…..
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Busquem e vao encontrar o lenço vermelho, e a saudaçao de braço, em todas as crianças em idade escolar, em TODOS os regimes marcianos.
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Era este o video que estava destinado ao ultimo post.
Em Cuba…… a marca do lenço vermelho….
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Controle absoluto!!! As crianças e os pais teem alguma liberdade de escolha?
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Sim, fazerem-se ao mar numa balsa em busca da terrível escravatura neoliberal dos Estados Unidos.
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Os, como eu lhes chamo, marcianos, continuam a apregoar e propagandear os “amanhas que cantam” como se o mundo nao tivesse evoluido para a obtençao facil de informaçao que desmascara a falacia da propaganda.
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Em Portugal tomaram conta do sistema de ensino que, passados 39 anos, esta’ dominado por “gente” que ja’ foi enformada no regime pos-25A.
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Mas ainda ha’, felizmente, quem nao se deixe enganar…..
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O Vítor fez-me agora lembrar “As Vinhas da Ira”. Numa zona pobre dos EUA os cidadãos eram expulsos das sua casa por quem? Pelo “banco”. Essa misteriosa entidade, sem rosto, é que expulsava as pessoas das suas casas. Para onde foram? Para o paraíso, onde havia “leite e mel” com fartura, mas especialmente fruta para apanhar. O paraíso era a Califórnia onde, quando chegaram, se depararam com uma pobreza parecida porque não havia lugar para todos.
Nos EUA cerca de 30% da população vive igual ou pior do que em Cuba. Talvez pior, porque em Cuba sempre vão tendo alguma Educação e Saúde.
Qual escolheria eu para viver? Talvez os EUA, porque parto do princípio que viveria entre os 70% que não estão nos 30% que referi acima. Além disso, gosto de liberdade. Ler o que quero, criticar o que quero, ir para onde quero.
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As críticas e provocações, Fincapé, são bem vindas. É a diferença mais interessante destas casas ultraneoteraliberais, onde ninguém é melhor que ninguém, só diferente sem medo de o ser; algo que nunca poderia esperar em Cuba de 70, 30 ou 1%. Surpreende-o que o Blasfémias tenha visitas dos EUA e nenhuma de Cuba?
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Fincape’ ate’ nao escreve mal mas….. nao engana.
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Mesmo tentando parecer aquilo que nao e’.
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Esta a realidade que, mesmo estampada na frente dos olhos, nao querem reconhecer.
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Meu caro Vítor,
Se venho aqui ao Blasfémias é porque respeito o blogue e as pessoa que o constroem. E admiro bastante o facto de ser aberto e livre. Não tenha dúvidas. Há outros de que gosto, mais perto da minha forma de pensar, mas que moderam os comentários, o que inibe diálogos deste género. Bom, mas a esses também já não tenho nada para “ensinar”. 😛
Não percebo porque me atiram Cuba à cara. Se fosse uma cubana ou outra, ainda vá lá! 😉
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O Expatriado acha que o tento enganar. Se eu fosse um neoultraliberal, como diz o Vítor, ainda poderia perguntar: e o que é que eu ganho com isso?
Como não sou… 😛
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Escapou-me o tera. Não está mal visto.
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Por agora, deixo-vos com este documentario que dura quase tanto como um jogo de futebol para se entreterem…
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http://www.youtube.com/watch?v=-przPCV-Yig
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Fincape’ ate’ nao escreve mal mas….. nao engana.
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Mesmo tentando parecer aquilo que nao e’.
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Ó meu caro, porque acha que o quero enganar?
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Isto com um pouco de humor vai melhor….
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acho que é mais isto : acabar com a gestão da população activa ao estilo banco , para que os novos possam trabalhar e os velhos descansar.. é que isto de manter a trabalhar os cansados pq ganham mais , e logo descontam mais , impedindo o sangue fresco , que entra a ganhar menos , logo a pagar menos imposto , de entrar no mercado de trabalho nacional e mandando-os para a alemanha e tal trabalhar casar e ter filhos ,, não lembra a ninguém com 3 dedos de testa dado as graves consequências no futuro .
Há vida para além da colecta de impostos em 2013 , 14 , 15 🙂 e se continuarem assim vai ser negra..
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o vitor já bate a helena em comentários! grande aquisição.
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Devolvam o Kelvin…
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