A ver
O video em que Vítor Gaspar é impedido de falar. Nele estão presentes muitos dos actuais traços da sociedade portuguesa:
a) Pouca gente se interessa pelo facto em si mesmo – no caso a apresentação do livro e o livro.
b) Um pequeno grupo estrategicamente sentado e com uma performance ensaiada que os próprios devem ter achado muito interessante interrompe vária vezes o orador
c) Os jornalistas presentes mais ou menos no mesmo número que o grupo que impedia Vítor Gaspar de falar centram as suas objectivas nos autores do desacato
d) Os restantes presentes mantêm-se em silêncio
e) O grupinho sai gritando demissão
f) Vítor Gaspar retoma apalavra e declara que as manifestações fazem parte de uma sociedade aberta e que não se sente fragilizado
Suponha-se que o Movimento que se Lixe a Troika e os outros movimentos que lhe estão por trás e que têm assento na AR apresentavam um livro. Podia ser este, por exemplo e que um grupo que discordasse do conteúdo do mesmo interrompia a sessão de lançamento exigindo o fastamento dos autores. Como reagiriam os presentes? Achar-se-ia natural? E os oradores o que diriam? Como dizem os espanhóis Todavía hay clases

Neles estão presentes direitos constitucionais.
Estejam ou não estudados.
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Mais traços da sociedade portuguesa: http://lishbuna.blogspot.pt/2013/05/blog-post_16.html
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dois livros, dois primos
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Helena, o seu «supónhamos» é uma lástima, enquanto construção lógica por analogia, descentrada, desfocada e fulcralmente errada por tomar como «neutros» ou equivalentes os actos de poder em causa: o criticar ideias de um livro ou o criticar ideias encadeadas e accionadas numa estrutura de poder governativo.
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Conclusão : “Lá está a mão atrás do arbusto!”
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Le Figaro
‘Le PIB a reculé au dernier trimestre 2012 et au premier trimestre 2013. Tous les voyants sont au rouge. Pierre Moscovici a fait valoir que cette récession, la première depuis début 2009, n’était «pas une surprise» et était «largement due à l’environnement de la zone euro».’
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Para acertar nas previsões políticas em Portugal basta seguir uma regra básica: prever o pior que é possível, usar da Lei de Murphy de que se uma coisa pode correr mal, muito provavelmente ela correrá mal, e esperar…
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Este paragrafo tem copyright. O seu ao seu dono, JPP.
E eu pensava que só era de aplicaçao general para um pais chamado Italia. Enfim.
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Suponha-se que o Movimento que se Lixe a Troika e os outros movimentos(…)
Porquê? O “que se Lixe a Troika e os outros movimentos” também destruíram o país?
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Bem, se coloca a questão nesses termos, não acredito que o “que se Lixe a Troika e os outros movimentos” devam ser responsabilizados directamente por terem destruído o país. No entanto, são precisamente as políticas que esses movimentos defendem que destruíram o país.
Não devem por isso ser impedidos de falar mas é repugnante que sejam precisamente esses movimentos que se sentem no direito de impedir outros de falar e pretendem substituir-se à democracia representativa.
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Estes grupelhos aqui e ali fazem parte de inconscientes que fazem o jogo de poderosos que desconhecem. Os poucos jornalistas previamente avisados destas farsas lá estão à hora certa, esses já não são inocentes e começam a ser bem conhecidos.
Na tugolândia os poderosos andam à vontade, nem precisam de recorrer aos métodos clássicos. Lá fora nem sempre se safam, por vezes são apanhados:
“Um chefe da máfia italiana entregou-se quarta-feira às autoridades depois de três anos em fuga, no seguimento de um julgamento que no início do mês colocou dezenas de associados seus na prisão, informou a polícia! nos jornais de hoje.
Cansou-se de fugir após três anos, nós temos quem ainda vai em dois e viaja em executiva. O acólito já responde na judite. Lá estarão os aventais ocupados a ilibar o presumido e alegado inocente. Apesar de tudo, alguns progressos lentos se têm verificado… o el der anda reocupado com quem destruiu o país, abra os olhinhos el der!
Acima de tudo, viva a liberdade.
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Então o “suponhamos” do “suponhamos” ainda é mais hilariante.
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leminha, nota-se que ficaram incomodados. :)))))))
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Contrabando económico/ideológico tem que ser contestado, até porque os “pais” do livro são os mentores da actual austeridade.
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“Eu não gosto dos autores, ergo têm de ser contestados”.
11h da manhã e já começa a hipocrisia. A demagogia é matinal.
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De que viverá esta gente? Esta é uma questão que, desde há muito tempo, me deixa intrigado.
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Só tenho pena que ninguém lhe tenha dado um tiro, ali naquele momento. Estava mesmo a jeito…somos tão pacíficos.
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A marcianada ainda nao apareceu a chorar o “odio”???
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Toda a gente percebeu, e a Helena também, que a manifestação era, sobretudo, contra Vítor Gaspar, até porque o livro “manifestou-se” contra ele próprio. Além do mais, foi a única maneira de encher a sala e ter algum eco na comunicação social.
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Oh mas tem tanta piada ver o Gaspar olhar para o grotesco e apelidá-lo de “excelente” e “muito bonito”. Nem sempre é fácil controlar o riso. Não seja assim, helena. Não fosse o quanto me faz rir com os seus proto-ensaios e eu nunca a lia. Deixe-nos ter algum sentido de humor enquanto o país definha, por favor. Vá lá, vá lá, vá lá, permita-nos só um risinho, então. Só um!
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Hoje em dia a intolerancia e os tiques totalitarios estão sobretudo e claramente à esquerda.
Os arautos e activistas são militantes e simpatizantes de organizações de extrema esquerda, mais ou menos ligadas ou filiadas nos dois principais partidos de referencia, o PCP e o BE. Isto é, representam apenas uma minoria do proprio eleitorado de esquerda.
O que é inquietante é que os sectores moderados e centristas da esquerda, e até de alguma direita “idiota”, apesar de não participarem nem apoiarem estes actos de intolerancia, também não os condenam formalmente e categoricamente, contribuindo indirectamente para a impunidade e a banalização deste tipo de comportamentos.
Esta atitude ambigua resulta certamente da esperança de que estas formas de contestação dos membros do governo contribuam para o seu enfraquecimento e para o abandono da politica de austeridade em curso.
Mas a experiencia ensina que este tipo de complacencia acaba mais dia menos dia por se voltar contra os proprios. Quanto mais não seja, no dia em que a esquerda do “arco da governação” voltar a ter responsabilidades de governo e for então obrigada a seguir uma politica que, embora com outras tonalidades e outros ritmos, não podera ser muito diferente da actual.
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Retiro a conclusão de que a Helena está farta de manifestações pacíficas, ordeiras, limitadas no tempo e também limitadas no espaço.
Como sou pacífico e meio pacifista tenho gostado razoavelmente que assim aconteça. Se estivesse perto compareceria? Tenho muitas dúvidas. Se gostei? Também ainda tenho dúvidas.
Mas se fosse uma manifestação violenta, tenho a certeza que, para já, não.
——–
Por acaso achei que Gaspar, no momento, e o senhor que organizou a coisa tiveram menos chá do que Relvas.
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Fincapé, francamente desiludiu-me: então acha que o Relvas, quando foi vaiado, mostrou ter mais chá do que o organizador da apresentação do livro e o ministro Gaspar? Desculpe lá, mas não há comparação possível.
Primeiro por que o organizador estava a trabalhar e aqueles arruaceiros foram para ali boicotar a cerimónia, tendo ele todo o direito de se indignar e dizer o que disse – eu também penso que se aquela gente, algum dia, apanhasse a vara do poder na mão, não deixaria mais ninguém falar; depois, o ministro, reagiu como um verdadeiro político e não começou a rir às gargalhadas, numa atitude muito diferente do ex-ministro Relvas que tentou, pateticamente, cantar a Grândola do Zeca Afonso.
Tudo muito diferente, com larga vantagem para o Gaspar, sem qualquer dúvida.
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Impreparação, é o que chamo ao facto de um político não conseguir ir além do mau-humor quando é contrariado publicamente. Que saudades do Pinheiro de Azevedo que a Helena tão bem põe na série “E Depois do Adeus”.
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Fincapé : [Um exemplo de] “manifestações pacíficas, ordeiras, limitadas no tempo e também limitadas no espaço” [e não] “uma manifestação violenta”.
Seja. Antes assim.
Dito isto…
Procurar perturbar um encontro publico no sentido de impedir uma pessoa de falar não é propriamente uma manifestação “ordeira”. No minimo é uma manifestação de intolerancia. Sempre é menos mau do que um acto “violento” (se bem que uma noção mais abrangente da “violencia” pode não se resumir apenas à porrada e ao arremeço de objectos).
Mas não deixa de ser um acto condenavel numa sociedade livre e democratica.
Registo que o Fincapé tem “muitas duvidas” (?!…) quanto a saber se participaria na manifestação e que, embora tenha “ainda duvidas” quanto a saber se gostou ou não do que viu, não condena inequivocamente o que se passou. Sintomatico e de lamentar.
Ainda bem que esta manifestação, tal como outras (não todas) que teem ocorrido desde ha meses, não foi “violenta” (no sentido mais restrito do termo).
Algum “mérito” (!!!) pode ser dado aos “nossos” extremistas, mais comedidos do que outros noutros paises.
Mas não deixa de ser também uma contenção avisada num pais que, maioritariamente, e apesar de estar a sofrer as consequencias de uma crise grave, não ve com bons olhos manifestações violentas.
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Impreparação, é o que chamo ao facto de um político não conseguir ir além do mau-humor quando é contrariado publicamente. Que saudades do Pinheiro de Azevedo que a Helena tão bem põe na série “E Depois do Adeus”.
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Impreparação ?… Talvez !…
Mas gostaria de ver esta sua descontracção no comentario e na analise se fosse um politico de esquerda a ser “contrariado publicamente” (eufemismo para uma evidente tentativa para impedir alguém de se exprimir livremente e calmamente) por um grupo de arruaceiros de direita (neste caso seriam naturalmente catalogados como sendo “fascistas de extrema direita” ) !!!….
O que até é muito pouco provavel que aconteça porque estas formas de intolerancia são uma especialidade quase exclusiva do pessoal “orgulhosamente de esquerda” !…
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se o Vitó levasse com uns tomates na tromba….talvez aí os protestos fossem violentos….mas assim foi brincadeira de meninos. Até aí somos educadinhos…porra
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