teoria da representação
17 Maio, 2013
Um aviso à navegação: em democracia, sobretudo quando esta é exercida por votações em listas partidárias plurinominais, os cidadãos não votam para que os deputados eleitos possam dar azo à liberdade das suas “consciências”. Eles votam em programas políticos que representam uma forma de ver o mundo e a coisa pública, com os quais eles se identificam e que esperam ver defendidos por aqueles que elegem com o seu voto. Chama-se a isto “teoria da representação”, uma das características essenciais dos sistemas democráticos: os governantes eleitos não se representam a si mesmos, mas a quem os elegeu.
Para quem não tenha ainda entendido, realça-se que nas ditaduras é que se governa de acordo com a “consciência” da elite dirigente.
16 comentários
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“Eles votam em programas políticos que representam uma forma de ver o mundo e a coisa pública, com os quais eles se identificam e que esperam ver defendidos por aqueles que elegem com o seu voto”
Concordo.
Pai Natal
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Já tinha entendido. Percisamente por esta gente se comportar como democratas antes das eleições e como ditadorzecos depois das mesmas é que com o meu voto não se sentam lá mais.Estou farto de ser aldrabado.
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Muito bem.
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“os governantes eleitos não se representam a si mesmos, mas a quem os elegeu”
É realmente suposto ser assim. Mas, com cada vez mais vozes a contribuir para limpar a imagem de José Sócrates e do PS e a defender a barbaridade de que o PEC IV resolveria os nossos problemas (como se a taxa de juro passásse dos mais de 8% para menos de 4% por milagre), os péssimos deputados que temos talvez acabem por ser muito melhores do que aqueles que é suposto representarem.
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Votam em programas políticos?
Então há uma maioria de deputados na Assembleia que tem que ir para o olho da rua por andar a votar sistematicamente contra o seu próprio programa político.
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Boa maneira de justificar a máfia democracia de todos os aventais e seitas.
E tudo que faz ser assim possível um coelho mentir pra diabo, o mais desonesto e pavão de quantos já infelizmente fizeram governo. Isso é democracia, declara solene o rui a. como um justo e mais um traficante .
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como na católica, em que tanto faz ser paulo como o bento e assim francisco, se a mesma coisa é falsa, desonesta e dada a papalvos, como a fátima da mulher do presidente .
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“… nas ditaduras é que se governa de acordo com a “consciência” da elite dirigente.”
.
O que mostra que a democracia também é, de facto, uma ditadura, porque conduz invariavelmente a essa situação.
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Só não é uma ditadura pelo facto da “consciência da elite dirigente” ser limitada pela Constituição, pelas leis e pelos tribunais que as aplicam, ainda que, admito, sempre haja a tentativa de defraudar a própria natureza da lei. É um assunto complexo, mas, por enquanto e como dizia o outro, ainda não se conseguiu arranjar melhor.
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Concurso de misses diferente de democracia.
Ninguém quer saber quem está na lista ou vota por esse critério, nunca se sabe de antemão quem vão ser os ministros, os programas são vagos e não há a mínima consequência entre cumpri-los ou não.
Todas as insufiências da nossa “democracia” têm remédio, mas não interessa, assim é mais barata para quem a corrompe.
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Esta democracia não tem nada que ver connosco, primeiro raros são os votantes que conhecem quem os representam na central de negócios, em segundo lugar isto só já é um país para quem estiver distraído. Os governantes governam-se, os deputados arranjam-se , os presidentes das câmaras locupletam-se e há sempre quem pague as despesas até ver.
Quando não houver, quando os mais parvos de todos que somos muitos de nós desistirem de aturar tantos chulosas, as prateleiras dos supers ficam vazias, as farmácias deixam de ter medicamentos e as bombas de combustível secam.
Venha esse dia.
Os blogs sobreviverão. No inverno fará frio e será melhor ir direto para a caminha que o aquecimento viste-lo.
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Por uma vez entendam o termo – fuhrung e deixem-se de brincadeiras.
Já chega ver pelintras em bicos de pés, treinadores de bancada com as calças furadas e fufas a vomitar moralidades.Há limites para tudo.
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Com a juíza Luíza Ana de Barros Queiroz Teixeira e Silva a pontificar estaremos todos seguros e tudo correrá pelo melhor. Ainda bem. Ideologias para quê e para quem?
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Estou em crer que a maioria dos cidadãos nunca leu o programa do Partido em que votou. O mais que lerá são uns folhetos das campanhas eleitorais. Depois há toda uma série de promessas feitas nas campanhas, que depois não são seguidas, quase sempre por culpa do Governo anterior.
É o que há.
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Tendo em conta aquilo a que se assitiu ao longo dos últimos dois anos, presumo que o programa político do partido social-democrata não passe pela scial-democracia.
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Rui A. insiste na sua visão de política enquanto jardim-escola…
Uma delícia.
E no fim do dia vamos ao parque infantil…
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