Alguém da bancada da “esquerda”, que estava à esquerda no ecrã, no último Prós e Contra citou o nome de João Miranda. Esqueci-me do assunto. Mas como foi para desdizer o que JM teria dito, certamente teria razão. 🙂
Em 2011, Portugal chegou até ao posto 45º no GCI. Em 2010 estava em 46º lugar. Depois vieram os ajustamento I e II e III e IV e V que, ajustaram de tal forma a economia, que o país caiu no indice de competitividade para… 49º lugar.
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Parabens.
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Rb
Ahhh, não, espera, antes de nos tornarmos mais competitivos é necessário descompetitivizar-mo-nos, de preferência com dor, para saciar os ímpetos mais sádicos de alguns.
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Rb
Valha-nos o Banco de Fomento Alemão… de capitais publicos. Ganda Gaspar, ainda ontem eu dizia que tinhas de andar da perna e sacar umas massas aos boches como fizeram os espanhois, para financiar a economia real. Job (almost) done. Falta passar das ideias para o terreno… de preferência antes de Setembro deste ano. Sabe-se lá como correm as eleicinhas na Bocholandia.
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Rb
De acordo com o gráfico, baixando o custo laboral aumentam as exportações. Esta é uma das razões porque o Bangladesh exporta tanto que quase nem comem para poder exportar ainda mais.
Sugiro ao João Miranda que faça o seguinte estudo: no azul a cheio coloque “vontade+iniciativa+agenda dos governos para as exportações+abandono do comodismo empresarial+…” e verá que a curva será idêntica. É curioso verificar que o crescimento das exportações se iniciou com o valor do custo relativo do trabalho no máximo.
O grafico tem a mesma validade se na linha dos custos unitários se substituir por uma linha de cotação eur/usd.
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É um grafico sem colagem alguma à realidade das empresas exportadoras. É, digamos, um grafico feito por macroeconomistas. Tem portanto essa desculpa. E Porquê?
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Porque as exportadoras portuguesas aumentaram os salários.
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O que este pessoal nunca vai perceber é que, mesmo tendo aumentado salários, as exportações tambem aumentaram. Eles pensam que a queda nos salários em portugal tem a ver com a melhoria nas exportações. Nada disso. Isso é conversa de macroeconomista. A verdade é que o custo dos salários aumentaram nas exportadoras e diminuiram nas outras empresas.
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Rb
Chega a ser confrangedor ler alguns comentadores que se vêm aliviar aqui ao Blasfémias, porque parece que ainda não perceberam que vivem num país que nem é capaz de produzir o suficiente para se alimentar, nem para proporcionar aos seus habitantes uma vida digna sem que do estrangeiro venha o dinheiro para isso. Emprestado, é claro!
O Gaspar foi à Alemanha falar com quem passa os cheques? ainda bem, com estes é que ele tem de continuar a dar-se bem!
Andam todos com saudades dos tempos do Sócrates. Acho que fazem bem, sonhar é facil, mas tirem o cavalinho da chuva porque acabou-se o “bôdo aos pobres”: ou entramos nos eixos, ou não há caroço pra ninguém.
Claro que sim. Este, para já, é o potencial primeiro e único grande mérito da era Gaspar. Ele percebeu, finalmente, depois de 2,5 anos de DESINVESTMENTO, nacional e estrangeiro, que o país só pode continuar a acalentar perspectivas de crescimento, de emprego etc… investindo.
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Investindo em reduções de impostos directos, que está apenas ao alcança do estado fazê-lo, e dotando o país de meios de capital estrangeiro… ou canalizar o nacional que ainda temos para para o efeito de forma selectiva.
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Chegou, pois, Gaspar, finalmente à conclusão que não existe austeridade expansionista. Essa miragem, de pureza académica, levou o país à ruina, economica e social, em cima da pré-ruina que o socialista Socrates e seus antecessores nos deixaram. Quer dizer, saiu um bandido, entrou um vilão. Saíu um coveiro e entrou um agente funerário. Venha o diabo e escolha.
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Em suma, Gaspar terá percebido que somos pouco atractivos para o Investimento (só acredito que realmente percebeu quando vir as taxas de impostos a descer violentamente) terá percebido que sem investimento não iremos a lado algum; terá percebido que é responsável directo por cerca de 25% de endividamento adicional do estado em apenas DOIS anos, dinheiro que serviu para baixar o defice orçamental uns miseros 2,5% do PiB; terá percebido que o esforço exigido para a consolidação foi tão desajustado com a consolidação efectiva que mais valia estar quieto. Terá finalmente percebido que a democratização da austeridade pelos países de destino das nossas exportações, que mereceu rasgados incentivos de Gasparov, não fez crescer as exportações, já que estas perdem gas consecutivamente desde inicios de 2012.
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Estou mesmo convencido que o país sem governo teria muitissimo melhores resultados.
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Por fim, Gaspar e seus correlegionários académicos europeus, terão percebido (apesar que ainda não reconhecem publicamente) que impôr politica deflaccionistas em paises endividados e em decrescimento economico é monstruosamente ERRADO. No momentum, claro. Tudo é certo e adequado em certas e determinadas situações.
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Ninguém INVESTE ou consome Bens Duraveis com a perspectiva de queda nos preços. O pessoal senta-se em cima do dinheiro à espera sempre do melhor momento… ad eternum. Mas se o pessoal perspectivar alguma inflação, goste-se ou não, imediatamente se mexe. Quer os empreendedores que vislumbram melhor preços no futuro, quer os consumidores que preferem comprar hoje aquilo que ficará mais caro amanha.
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Hayek não se ensina isto ?
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Ensina pois. O pessoal é que não está atento. Quando ele dizia que a deflação é maligna quando os custos saláriais descem mais que a queda dos preços em geral, ele estava a dizer o quê?
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Mas nem é preciso ir a Hayek. Keynes intuiu isso, e bem.
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Rb
Ninguém vai investir um tusto num sorvedouro improdutivo de dinheiro.
Daí os 2 anos e meio para se chegar a um mínimo equilíbrio no défice primário público e na balança comercial e nos custos do trabalho vs produtividade.
Os gráficos do João Miranda ajudam a entender isso.
Por outro lado ninguém investe a pensar no curto prazo.
Perante a quantidade de Fincapés e Ricciardis que todos os dias salivam pelo regresso do anterior regime, ora desculpando o seus crimes económicos, ora tentando passar a mensagem de que são todos iguais mas estes piores, ora ainda esquecendo o detalhezinho de o país inteiro ter falido com estrondo, é natural que qualquer investidor tema o regresso dos zorrinhos.
Cumps,
Buiça
Se o que o senhor Miranda pretende fazer é realçar o trabalho do senhor Gaspar, pergunto-me o que tem este gráfico a ver com o caso, visto a inversão das curvas começar em 2005/2006 sendo 2008 como excepção.
Independentemente de todas as considerações possíveis sobre as políticas em curso e suas consequências económicas, temos aqui um pequeno problema: o gráfico está completamente falsificado!
Suponho que os sucessivos autores do gráfico e do post ainda pensam que os dados mundiais só estão ao alcance de uma elite académica, e que o público é tão burro que não sabe ir às bases de dados on-line e pedir a execução automática de gráficos.
Este tipo de propaganda enganosa, além de nojenta, é criminosa. Por aqui se vê o nível ético de quem publica.
http://www.bruegel.org/publications/publication-detail/publication/779-eu-imf-assistance-to-euro-area-countries-an-early-assessment/
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A gravidez enviuvada prossegue…
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GOVERNO SUGERIU QUE QUEM NÃO ESTIVESSE BEM EM PORTUGAL, QUE EMIGRASSE !
Pois eu tenho uma vizinha que me disse:
– Olhe, o meu marido aqui não ganhava um corno. Emigrou… e ganhou logo dois…
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The Global Competitiveness Index (GCI):
Portugal: Ranking
GCI 2012–2013 ……………………………………………… 49 ….. 4.4
GCI 2011–2012 (out of 142) ………………………………. 45 ……4.4
GCI 2010–2011 (out of 139) ………………………………. 46 ……4.4
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Ajustamento VI.
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Rb
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Daqui:
Click to access WEF_GlobalCompetitivenessReport_2012-13.pdf
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Rb
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Alguém da bancada da “esquerda”, que estava à esquerda no ecrã, no último Prós e Contra citou o nome de João Miranda. Esqueci-me do assunto. Mas como foi para desdizer o que JM teria dito, certamente teria razão. 🙂
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Em 2011, Portugal chegou até ao posto 45º no GCI. Em 2010 estava em 46º lugar. Depois vieram os ajustamento I e II e III e IV e V que, ajustaram de tal forma a economia, que o país caiu no indice de competitividade para… 49º lugar.
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Parabens.
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Ahhh, não, espera, antes de nos tornarmos mais competitivos é necessário descompetitivizar-mo-nos, de preferência com dor, para saciar os ímpetos mais sádicos de alguns.
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Valha-nos o Banco de Fomento Alemão… de capitais publicos. Ganda Gaspar, ainda ontem eu dizia que tinhas de andar da perna e sacar umas massas aos boches como fizeram os espanhois, para financiar a economia real. Job (almost) done. Falta passar das ideias para o terreno… de preferência antes de Setembro deste ano. Sabe-se lá como correm as eleicinhas na Bocholandia.
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De acordo com o gráfico, baixando o custo laboral aumentam as exportações. Esta é uma das razões porque o Bangladesh exporta tanto que quase nem comem para poder exportar ainda mais.
Sugiro ao João Miranda que faça o seguinte estudo: no azul a cheio coloque “vontade+iniciativa+agenda dos governos para as exportações+abandono do comodismo empresarial+…” e verá que a curva será idêntica. É curioso verificar que o crescimento das exportações se iniciou com o valor do custo relativo do trabalho no máximo.
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O grafico tem a mesma validade se na linha dos custos unitários se substituir por uma linha de cotação eur/usd.
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É um grafico sem colagem alguma à realidade das empresas exportadoras. É, digamos, um grafico feito por macroeconomistas. Tem portanto essa desculpa. E Porquê?
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Porque as exportadoras portuguesas aumentaram os salários.
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O que este pessoal nunca vai perceber é que, mesmo tendo aumentado salários, as exportações tambem aumentaram. Eles pensam que a queda nos salários em portugal tem a ver com a melhoria nas exportações. Nada disso. Isso é conversa de macroeconomista. A verdade é que o custo dos salários aumentaram nas exportadoras e diminuiram nas outras empresas.
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Chega a ser confrangedor ler alguns comentadores que se vêm aliviar aqui ao Blasfémias, porque parece que ainda não perceberam que vivem num país que nem é capaz de produzir o suficiente para se alimentar, nem para proporcionar aos seus habitantes uma vida digna sem que do estrangeiro venha o dinheiro para isso. Emprestado, é claro!
O Gaspar foi à Alemanha falar com quem passa os cheques? ainda bem, com estes é que ele tem de continuar a dar-se bem!
Andam todos com saudades dos tempos do Sócrates. Acho que fazem bem, sonhar é facil, mas tirem o cavalinho da chuva porque acabou-se o “bôdo aos pobres”: ou entramos nos eixos, ou não há caroço pra ninguém.
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Claro que sim. Este, para já, é o potencial primeiro e único grande mérito da era Gaspar. Ele percebeu, finalmente, depois de 2,5 anos de DESINVESTMENTO, nacional e estrangeiro, que o país só pode continuar a acalentar perspectivas de crescimento, de emprego etc… investindo.
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Investindo em reduções de impostos directos, que está apenas ao alcança do estado fazê-lo, e dotando o país de meios de capital estrangeiro… ou canalizar o nacional que ainda temos para para o efeito de forma selectiva.
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Chegou, pois, Gaspar, finalmente à conclusão que não existe austeridade expansionista. Essa miragem, de pureza académica, levou o país à ruina, economica e social, em cima da pré-ruina que o socialista Socrates e seus antecessores nos deixaram. Quer dizer, saiu um bandido, entrou um vilão. Saíu um coveiro e entrou um agente funerário. Venha o diabo e escolha.
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Em suma, Gaspar terá percebido que somos pouco atractivos para o Investimento (só acredito que realmente percebeu quando vir as taxas de impostos a descer violentamente) terá percebido que sem investimento não iremos a lado algum; terá percebido que é responsável directo por cerca de 25% de endividamento adicional do estado em apenas DOIS anos, dinheiro que serviu para baixar o defice orçamental uns miseros 2,5% do PiB; terá percebido que o esforço exigido para a consolidação foi tão desajustado com a consolidação efectiva que mais valia estar quieto. Terá finalmente percebido que a democratização da austeridade pelos países de destino das nossas exportações, que mereceu rasgados incentivos de Gasparov, não fez crescer as exportações, já que estas perdem gas consecutivamente desde inicios de 2012.
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Estou mesmo convencido que o país sem governo teria muitissimo melhores resultados.
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Por fim, Gaspar e seus correlegionários académicos europeus, terão percebido (apesar que ainda não reconhecem publicamente) que impôr politica deflaccionistas em paises endividados e em decrescimento economico é monstruosamente ERRADO. No momentum, claro. Tudo é certo e adequado em certas e determinadas situações.
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Ninguém INVESTE ou consome Bens Duraveis com a perspectiva de queda nos preços. O pessoal senta-se em cima do dinheiro à espera sempre do melhor momento… ad eternum. Mas se o pessoal perspectivar alguma inflação, goste-se ou não, imediatamente se mexe. Quer os empreendedores que vislumbram melhor preços no futuro, quer os consumidores que preferem comprar hoje aquilo que ficará mais caro amanha.
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Hayek não se ensina isto ?
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Ensina pois. O pessoal é que não está atento. Quando ele dizia que a deflação é maligna quando os custos saláriais descem mais que a queda dos preços em geral, ele estava a dizer o quê?
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Mas nem é preciso ir a Hayek. Keynes intuiu isso, e bem.
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Ninguém vai investir um tusto num sorvedouro improdutivo de dinheiro.
Daí os 2 anos e meio para se chegar a um mínimo equilíbrio no défice primário público e na balança comercial e nos custos do trabalho vs produtividade.
Os gráficos do João Miranda ajudam a entender isso.
Por outro lado ninguém investe a pensar no curto prazo.
Perante a quantidade de Fincapés e Ricciardis que todos os dias salivam pelo regresso do anterior regime, ora desculpando o seus crimes económicos, ora tentando passar a mensagem de que são todos iguais mas estes piores, ora ainda esquecendo o detalhezinho de o país inteiro ter falido com estrondo, é natural que qualquer investidor tema o regresso dos zorrinhos.
Cumps,
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Se o que o senhor Miranda pretende fazer é realçar o trabalho do senhor Gaspar, pergunto-me o que tem este gráfico a ver com o caso, visto a inversão das curvas começar em 2005/2006 sendo 2008 como excepção.
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Independentemente de todas as considerações possíveis sobre as políticas em curso e suas consequências económicas, temos aqui um pequeno problema: o gráfico está completamente falsificado!
Suponho que os sucessivos autores do gráfico e do post ainda pensam que os dados mundiais só estão ao alcance de uma elite académica, e que o público é tão burro que não sabe ir às bases de dados on-line e pedir a execução automática de gráficos.
Este tipo de propaganda enganosa, além de nojenta, é criminosa. Por aqui se vê o nível ético de quem publica.
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