Sampaio disse a Cavaco, ao seu modo rebuscado, que a incompetência deste governo só encontra paralelo na incompetência presidencial.
Mas Cavaco, que não é um intelectual nem uma mente particularmente brilhante, demorará algum tempo a compreender as consequências inerentes às palavras de Sampaio.
Afirmações irrelevantes de um irrelevante, que um povo irrelevante escolheu para presidente da Républica com a ajuda de uma estação de televisão. Jorge Sampaio como politico, só serviu (e serve) para fazer o pão caro.
Eu gostei sobretudo quando ele disse “a isso não respondo para não entrar em discordância com o PR”. É preciso ser muito intelectual para dizer isto, ele não é loiro mas anda lá perto.
Definitivamentem as figuras da esquerda são inimputáveis em Portugal… este era o Sr. que em 2003 dizia “há mais vida para além…”, em vez de promover um consenso sobre as medidas que o País NECESSITAVA, actuou no sentido de derrubar o governo (assim emergiu Sócrates e, mais tarde, a bancarrota… ).
Quando li as paragonas ocupando a 1ª página de um jornal as frases de Sampaio para denegrir e abater Santana Lopes senti-me envergonhada. Afinal o seu menino Sócrates foi bem pior que os 6 meses de Santana. Acho imperdoável as palavras usadas e por isso Sampaio me merece desprezo. Deve ter outro Sócrates na manga!
Quase teria razão, maria ferreira, não fosse a sua direita andar com Sócrates ao colo p´raí três aninhos.
E veja no que deu, a seguir a Barroso veio Santana. A seguir a Santana, Sócrates. Há dois anos, veja lá a desgraça deste país, veio Passos Coelho, Gaspar e Portas, uma troika, mf. 😉
Fincapé, com o devido respeito 🙂 , o seu comentario aqui em cima é uma excelente demonstração das piruetas que alguns fazem para disfarçar o apoio que deram no passado e dão no presente às politicas despesistas “à la” Socrates e para desculparem e ilibarem hoje os principais artifices dessas politicas, Socrates à cabeça !….
Se temos hoje um pais sob resgate da Troika e sujeito a uma politica de austeridade extremamente dura … aos Sampaio (“ha vida para além do défici”) & Socrates (“as dividas não são para pagar”) & Ca podemos agradecer !
Passos Coelho, Gaspar, Portas, e outros tantos andam agora a fazer o que podem e sabem (porventura é insuficiente e imperfeito, mas sempre é alguma coisa) para tentar limpar a porcaria que os Socrates & Ca deixaram !
Basta de meter no mesmo saco os piromanos e os bombeiros !!
A Maria Ferreira tem toda a razão. No passado Sampaio abusou dos seus poderes para demitir um governo com uma maioria clara no Parlamento e para abrir o caminho ao seu “camarada” Socrates.
Voltou agora ao serviço contribuindo à sua maneira para a campanha politica e mediatica de pressão sobre o actual PR no sentido deste aceitar demitir um governo que tem mais uma vez uma clara maioria no Parlamento e que, para mais, até é apoiado pela mesma maioria que o elegeu.
A noção de democracia da esquerda é simples : quando a direita ganha as eleições e governa ha que fazer tudo para bloquear institucionalmente e sindicalmente a sua acção e manda-la para casa quanto antes !
Como se apenas a esquerda tivesse ligitimidade para poder governar !
Primeiro, apresento-lhe também os meus respeitosos cumprimentos. 🙂
De seguida, agradeço-lhe a defesa da mf, um generoso ato de cavalheirismo pouco próprio do egoísmo individualista liberal 🙂
Por último, esclareço pela enésima vez que nunca teria votado em Sócrates para líder do PS, se fosse militante (eu não gostava de Blair), nunca votei em Sócrates em nenhuma das eleições legislativas e nunca entendi o que é que a direita via nele quando o adulava. Esta merece um 😉
Fincapé,
Primeiro, obrigado pelos cumprimentos, agradecimentos e pelo 😉
De seguida, dizer que a direita “adulou” Socrates é vc a falar …
Quando muito, algumas pessoas à direita poderiam ter tido algumas expectativas positivas quanto à actuação do então PM e, inclusivamente, aprovado algumas poucas medidas do seu governo que iam no bom sentido. Mas daqui a “adular” vai uma grande distancia. Escusado é dizer que essas expectativas sairam largamente e rapidamente goradas e que as muitas asneiras superaram largamente as poucas coisas bem feitas.
Dito isto, é rigorosamente verdade que o PS até poderia ter tido dirigentes ainda piores do que Socrates.
Por exemplo, mais à esquerda (tipo Manuel Alegre) e ainda mais despesistas e intervencionistas.
Pelos vistos, e tendo em conta que “não gostava de Blair”, se o Fincapé “fosse militante” do PS teria muito provavelmente votado por um dirigente e apoiado (como deve ter feito mesmo sem ser militante do PS) uma politica ainda mais irresponsavel.
Como, de resto, e infelizmente, continua a gora a fazer com toda a sua indiscutivel inteligencia e imaginação ! 😉
Caso para dizer, “pior a emenda do que o soneto” !
Seja como for, vc merece sempre um 😀
Quanto à Maria Ferreira, eu não a defendi (nem era necessario) : apenas concordei com o que ela disse e discordei do que vc disse sobre o que ela disse !… 🙂
Sobre os três candidatos à liderança quando Sócrates ganhou (Sócrates, Manuel Alegre e João Soares), provavelmente não votaria em nenhum. Também tenho as minhas exigências. 🙂
Quanto à direita e a comunicação social andar com Sócrates ao colo, lembro-me de conversas com militantes do PSD em que eu perguntava como era possível a aceitação, tanto mais que ele se destacava por ser politicamente agressivo e ter ministros iguais. Se calhar direita gosta de tipos “rijos”, mesmo que os resultados sejam maus. 🙂
Quanto à maria ferreira, gosto de a “picar” mas ela fica-se! 🙂
Para si também 🙂
A comunicação social andou efectivamente durante muito tempo com Socrates ao colo … Não é de admirar porque os jornalistas são normalmente e tendencialmente mais de esquerda do que de direita … Muito embora, na fase final do ultimo mandato de Socrates, alguns jornalistas e orgãos de informação tenham tido o dente muito duro a respeito das “habilidades” do Sr Pinto de Sousa (mas apenas estas ; ja no que se refere à politica economica continuaram “distraidos”).
Quanto à direita !… hummm … para além do que ja lhe disse, continuo ceptico … talvez esses militantes do PSD fossem …. 😉
Bom fim de semana ! 🙂
Expliquei-me mal. Eles também não aceitavam. Foi só para dizer que comentávamos isso, por ser bastante observável. A tese deles até era a de que a comunicação social tinha posto abaixo Santana Lopes e não podia imediatamente atacar Sócrates. A minha era diferente: eu via a direita toda a aplaudir, juntamente com o PS. Só PC e BE é que eram contra. Isso foi a força dele durante mais de metade do primeiro mandato. Continuo convencido disso. BFS. 🙂
Bom, é verdade que uma parte da direita, em particular a Cavaquista, também jogou a cartada da queda do governo Santana Lopes e, depois, da coabitação entre o o PR (Cavaco Silva) e o governo Socrates.
Repare numa coisa.
Eu, que sou de direita e liberal, não acho que se deva fazer uma oposição sistematica a um governo apenas porque é duma area politica normalmente concorrente. Muito depende das circunstancias, da correlação de forças a nivel geral, das medidas concretas que esse governo for tomando.
De qualquer modo, como tenho defendido algures, eu acho que é melhor para o pais e para a democracia que um governo eleito possa exercer o seu mandato até ao fim e, de preferencia, que possa até contar com alguma colaboração construtiva por parte da oposição mais responsavel.
Isto não significa que a oposição abandona o seu programa politico e se alinha pelas posições do governo em exercicio. A critica deve manter-se e a preparação duma alternancia, pelo menos no caso dos partidos ditos de governo, deve ser uma preocupação constante.
O primeiro governo Socrates, sendo europeista, até procurou adequar-se a uma tendencia europeia da altura, de aplicação de um certo rigor nas contas publicas, dentro dos parametros do Pacto de Estabilidade. Entre 2005 e 2007 as contas publicas até melhoraram ligeiramente (menos do que os numeros da altura deixavam perceber, por razões que não tenho aqui espaço para desenvolver). Embora seja também verdade que estes resultados devem ser relativizados, desde logo porque as condições da economia internacional eram então relativamente favoraveis (antes da crise de 2008), e ainda porque, no fim de contas, o governo português (e outros na Europa do Sul) perdeu então uma oportunidade para aproveitar essas condições mais favoraveis para reformar o Estado e a economia. Bem precisavamos porque ja era visivel uma degradação estrutural da competitividade nacional e o agravamento de alguns desequilibrios macro-economicos.
Seja como for, uma parte significativa da direita também não viu na altura esta situação e deixou andar.
Neste contexto, o governo Socrates até tomou algumas medidas de modernização e racionalização do aparelho de Estado que iam no bom sentido : lembro-me do “simplex”, da reforma dos hospitais, da avaliação dos docentes, das PPPs (sim, das PPPs, que a direita via na altura como uma certa “privatização” de areas tradicionalmente publicas), etc.
Assim sendo, a mim também não me escandalizou que na altura houvesse uma certa moderação na oposição politica e se deixasse o governo trabalhar.
Claro que as diferenças de fundo entre as forças politicas não desapareceram e era natural que estas fossem normalmente debatidas e voltassem a ser postas no primeiro plano na altura das contendas eleitorais.
A situação alterou-se sobretudo a seguir à crise internacional de 2008. Muito embora, num primeiro momento, os partidos à direita, também eles muito fieis às orientações europeias, tivessem aceite como normais algumas das medidas anti-recessivas adoptadas pelo governo portugues, que até pareceram resultar em 2009, desde cedo diferentes analistas com alguma formação economica e de orientação mais liberal começaram a chamar a atenção para os perigos duma politica ainda mais despesista num pais que ja tinha contas publicas bastante degradadas e que carecia sobretudo de reformas liberalizadoras, em certos mercados, em particular o laboral, e na estrutura do chamado “Estado Social”.
Desta altura data um maior distanciamento de uma parte da direita relativamente às leituras mais neo-keynesianas da economia e uma maior critica às politicas despesistas e intervencionistas do Estado, que se percebia virem ja do passado, mas que eram então plenamente assumidas pelo governo socialista de José Socrates.
Em qualquer país normal, Sampaio seria cruxificado como o Presidente que impulsionou a desgraça. Para ele havia vida para lá do défice, e o que se viu foi que para lá dele o défice ganhou vida própria. Sampaio foi a musa inspiradora de Sócrates.
Em Portugal, continua-se a dar ouvidos ao senhor, como se ele faça a mais mínima ideia do que diz.
Sampaio disse a Cavaco, ao seu modo rebuscado, que a incompetência deste governo só encontra paralelo na incompetência presidencial.
Mas Cavaco, que não é um intelectual nem uma mente particularmente brilhante, demorará algum tempo a compreender as consequências inerentes às palavras de Sampaio.
GostarGostar
Afirmações irrelevantes de um irrelevante, que um povo irrelevante escolheu para presidente da Républica com a ajuda de uma estação de televisão. Jorge Sampaio como politico, só serviu (e serve) para fazer o pão caro.
GostarGostar
já sobre cavaco podemos dar graças a n.s de fátima 🙂
GostarGostar
GostarGostar
Mais dois idiotas a evitar
GostarGostar
Eu gostei sobretudo quando ele disse “a isso não respondo para não entrar em discordância com o PR”. É preciso ser muito intelectual para dizer isto, ele não é loiro mas anda lá perto.
GostarGostar
Definitivamentem as figuras da esquerda são inimputáveis em Portugal… este era o Sr. que em 2003 dizia “há mais vida para além…”, em vez de promover um consenso sobre as medidas que o País NECESSITAVA, actuou no sentido de derrubar o governo (assim emergiu Sócrates e, mais tarde, a bancarrota… ).
Que povo de memória curta, tão facilmente manipulado pelo jornalismo militante…
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/05/fc-porto-e-benfica-nas-ultimas-2.html
GostarGostar
A culpa agora é do Sampaio.
Julgava que o culpado era o Pinto da Costa.
GostarGostar
Porque é que estes simpáticos velhinhos não ficam sossegados a gozar as suas reformas milionárias?
GostarGostar
Quando li as paragonas ocupando a 1ª página de um jornal as frases de Sampaio para denegrir e abater Santana Lopes senti-me envergonhada. Afinal o seu menino Sócrates foi bem pior que os 6 meses de Santana. Acho imperdoável as palavras usadas e por isso Sampaio me merece desprezo. Deve ter outro Sócrates na manga!
GostarGostar
Quase teria razão, maria ferreira, não fosse a sua direita andar com Sócrates ao colo p´raí três aninhos.
E veja no que deu, a seguir a Barroso veio Santana. A seguir a Santana, Sócrates. Há dois anos, veja lá a desgraça deste país, veio Passos Coelho, Gaspar e Portas, uma troika, mf. 😉
GostarGostar
Fincapé, com o devido respeito 🙂 , o seu comentario aqui em cima é uma excelente demonstração das piruetas que alguns fazem para disfarçar o apoio que deram no passado e dão no presente às politicas despesistas “à la” Socrates e para desculparem e ilibarem hoje os principais artifices dessas politicas, Socrates à cabeça !….
Se temos hoje um pais sob resgate da Troika e sujeito a uma politica de austeridade extremamente dura … aos Sampaio (“ha vida para além do défici”) & Socrates (“as dividas não são para pagar”) & Ca podemos agradecer !
Passos Coelho, Gaspar, Portas, e outros tantos andam agora a fazer o que podem e sabem (porventura é insuficiente e imperfeito, mas sempre é alguma coisa) para tentar limpar a porcaria que os Socrates & Ca deixaram !
Basta de meter no mesmo saco os piromanos e os bombeiros !!
A Maria Ferreira tem toda a razão. No passado Sampaio abusou dos seus poderes para demitir um governo com uma maioria clara no Parlamento e para abrir o caminho ao seu “camarada” Socrates.
Voltou agora ao serviço contribuindo à sua maneira para a campanha politica e mediatica de pressão sobre o actual PR no sentido deste aceitar demitir um governo que tem mais uma vez uma clara maioria no Parlamento e que, para mais, até é apoiado pela mesma maioria que o elegeu.
A noção de democracia da esquerda é simples : quando a direita ganha as eleições e governa ha que fazer tudo para bloquear institucionalmente e sindicalmente a sua acção e manda-la para casa quanto antes !
Como se apenas a esquerda tivesse ligitimidade para poder governar !
GostarGostar
um governo, uma maioria, um presidente e o país está como está. era isto o sonho de sá carneiro? tenho duvidas.
GostarGostar
Primeiro, apresento-lhe também os meus respeitosos cumprimentos. 🙂
De seguida, agradeço-lhe a defesa da mf, um generoso ato de cavalheirismo pouco próprio do egoísmo individualista liberal 🙂
Por último, esclareço pela enésima vez que nunca teria votado em Sócrates para líder do PS, se fosse militante (eu não gostava de Blair), nunca votei em Sócrates em nenhuma das eleições legislativas e nunca entendi o que é que a direita via nele quando o adulava. Esta merece um 😉
GostarGostar
Fincapé,
Primeiro, obrigado pelos cumprimentos, agradecimentos e pelo 😉
De seguida, dizer que a direita “adulou” Socrates é vc a falar …
Quando muito, algumas pessoas à direita poderiam ter tido algumas expectativas positivas quanto à actuação do então PM e, inclusivamente, aprovado algumas poucas medidas do seu governo que iam no bom sentido. Mas daqui a “adular” vai uma grande distancia. Escusado é dizer que essas expectativas sairam largamente e rapidamente goradas e que as muitas asneiras superaram largamente as poucas coisas bem feitas.
Dito isto, é rigorosamente verdade que o PS até poderia ter tido dirigentes ainda piores do que Socrates.
Por exemplo, mais à esquerda (tipo Manuel Alegre) e ainda mais despesistas e intervencionistas.
Pelos vistos, e tendo em conta que “não gostava de Blair”, se o Fincapé “fosse militante” do PS teria muito provavelmente votado por um dirigente e apoiado (como deve ter feito mesmo sem ser militante do PS) uma politica ainda mais irresponsavel.
Como, de resto, e infelizmente, continua a gora a fazer com toda a sua indiscutivel inteligencia e imaginação ! 😉
Caso para dizer, “pior a emenda do que o soneto” !
Seja como for, vc merece sempre um 😀
GostarGostar
Quanto à Maria Ferreira, eu não a defendi (nem era necessario) : apenas concordei com o que ela disse e discordei do que vc disse sobre o que ela disse !… 🙂
GostarGostar
Sobre os três candidatos à liderança quando Sócrates ganhou (Sócrates, Manuel Alegre e João Soares), provavelmente não votaria em nenhum. Também tenho as minhas exigências. 🙂
Quanto à direita e a comunicação social andar com Sócrates ao colo, lembro-me de conversas com militantes do PSD em que eu perguntava como era possível a aceitação, tanto mais que ele se destacava por ser politicamente agressivo e ter ministros iguais. Se calhar direita gosta de tipos “rijos”, mesmo que os resultados sejam maus. 🙂
Quanto à maria ferreira, gosto de a “picar” mas ela fica-se! 🙂
Para si também 🙂
GostarGostar
A comunicação social andou efectivamente durante muito tempo com Socrates ao colo … Não é de admirar porque os jornalistas são normalmente e tendencialmente mais de esquerda do que de direita … Muito embora, na fase final do ultimo mandato de Socrates, alguns jornalistas e orgãos de informação tenham tido o dente muito duro a respeito das “habilidades” do Sr Pinto de Sousa (mas apenas estas ; ja no que se refere à politica economica continuaram “distraidos”).
Quanto à direita !… hummm … para além do que ja lhe disse, continuo ceptico … talvez esses militantes do PSD fossem …. 😉
Bom fim de semana ! 🙂
GostarGostar
Expliquei-me mal. Eles também não aceitavam. Foi só para dizer que comentávamos isso, por ser bastante observável. A tese deles até era a de que a comunicação social tinha posto abaixo Santana Lopes e não podia imediatamente atacar Sócrates. A minha era diferente: eu via a direita toda a aplaudir, juntamente com o PS. Só PC e BE é que eram contra. Isso foi a força dele durante mais de metade do primeiro mandato. Continuo convencido disso. BFS. 🙂
GostarGostar
Bom, é verdade que uma parte da direita, em particular a Cavaquista, também jogou a cartada da queda do governo Santana Lopes e, depois, da coabitação entre o o PR (Cavaco Silva) e o governo Socrates.
Repare numa coisa.
Eu, que sou de direita e liberal, não acho que se deva fazer uma oposição sistematica a um governo apenas porque é duma area politica normalmente concorrente. Muito depende das circunstancias, da correlação de forças a nivel geral, das medidas concretas que esse governo for tomando.
De qualquer modo, como tenho defendido algures, eu acho que é melhor para o pais e para a democracia que um governo eleito possa exercer o seu mandato até ao fim e, de preferencia, que possa até contar com alguma colaboração construtiva por parte da oposição mais responsavel.
Isto não significa que a oposição abandona o seu programa politico e se alinha pelas posições do governo em exercicio. A critica deve manter-se e a preparação duma alternancia, pelo menos no caso dos partidos ditos de governo, deve ser uma preocupação constante.
O primeiro governo Socrates, sendo europeista, até procurou adequar-se a uma tendencia europeia da altura, de aplicação de um certo rigor nas contas publicas, dentro dos parametros do Pacto de Estabilidade. Entre 2005 e 2007 as contas publicas até melhoraram ligeiramente (menos do que os numeros da altura deixavam perceber, por razões que não tenho aqui espaço para desenvolver). Embora seja também verdade que estes resultados devem ser relativizados, desde logo porque as condições da economia internacional eram então relativamente favoraveis (antes da crise de 2008), e ainda porque, no fim de contas, o governo português (e outros na Europa do Sul) perdeu então uma oportunidade para aproveitar essas condições mais favoraveis para reformar o Estado e a economia. Bem precisavamos porque ja era visivel uma degradação estrutural da competitividade nacional e o agravamento de alguns desequilibrios macro-economicos.
Seja como for, uma parte significativa da direita também não viu na altura esta situação e deixou andar.
Neste contexto, o governo Socrates até tomou algumas medidas de modernização e racionalização do aparelho de Estado que iam no bom sentido : lembro-me do “simplex”, da reforma dos hospitais, da avaliação dos docentes, das PPPs (sim, das PPPs, que a direita via na altura como uma certa “privatização” de areas tradicionalmente publicas), etc.
Assim sendo, a mim também não me escandalizou que na altura houvesse uma certa moderação na oposição politica e se deixasse o governo trabalhar.
Claro que as diferenças de fundo entre as forças politicas não desapareceram e era natural que estas fossem normalmente debatidas e voltassem a ser postas no primeiro plano na altura das contendas eleitorais.
A situação alterou-se sobretudo a seguir à crise internacional de 2008. Muito embora, num primeiro momento, os partidos à direita, também eles muito fieis às orientações europeias, tivessem aceite como normais algumas das medidas anti-recessivas adoptadas pelo governo portugues, que até pareceram resultar em 2009, desde cedo diferentes analistas com alguma formação economica e de orientação mais liberal começaram a chamar a atenção para os perigos duma politica ainda mais despesista num pais que ja tinha contas publicas bastante degradadas e que carecia sobretudo de reformas liberalizadoras, em certos mercados, em particular o laboral, e na estrutura do chamado “Estado Social”.
Desta altura data um maior distanciamento de uma parte da direita relativamente às leituras mais neo-keynesianas da economia e uma maior critica às politicas despesistas e intervencionistas do Estado, que se percebia virem ja do passado, mas que eram então plenamente assumidas pelo governo socialista de José Socrates.
GostarGostar
Mais um velhadas senil… É este e o velho bochechas. Uns trastes!
GostarGostar
Em qualquer país normal, Sampaio seria cruxificado como o Presidente que impulsionou a desgraça. Para ele havia vida para lá do défice, e o que se viu foi que para lá dele o défice ganhou vida própria. Sampaio foi a musa inspiradora de Sócrates.
Em Portugal, continua-se a dar ouvidos ao senhor, como se ele faça a mais mínima ideia do que diz.
GostarGostar