Laffer is dead
25 Maio, 2013
O ano de 2012 foi essencialmente um ano de corte de despesa. Nesse ano as receitas fiscais desceram. Desceram porquê? Porque as pessoas e as empresas ajustaram os padrões de consumo. A poupança e as exportações pagam menos impostos que o consumo.
Em 2013 um enoorme aumento de impostos acompanhado de um aumento da despesa fez subir a receita. Não há Laffer. Apesar de os dados não serem totalmente comparáveis, devido ao IRS sobre os duodécimos no sector privado, os impostos sobre o subsídio de férias no sector público lá para o fim do ano vão mais que compensar esse efeito.
19 comentários
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JM,
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As receitas fiscais baixaram em todos os impostos, à excepção do IRS. Sabemos que caracteristicas tem o IRS para que tal aconteça, não sabemos caro JM?
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Mas o IVA é revelador. Um aumento de taxas redundou num afundamento da colecta.
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Darei nota, mais tarde, daquilo que o governo esperava cobrar com o aumento de impostos e aquilo que realmente cobrou. Existe um desvio de cerca de 4 mil milhões de euros entre o esforço nominal (taxas de imposto) e a cobrança efectiva de impostos. Olha que giro, este desvio corresponde ao discurso da poupança necessária do governo.
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É caso para dizer: Laffer is alive and kicking… ass.
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Rb
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Caro Ricciardi,
O que os teóricos da curva de Laffer dizem é que a receita total baixa quando aumentam as taxas.
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As receitas do IRS não ostumam cair,porque é um imposto direto,e não de consumo como o IVA,que por sinal as suas receitas cairam
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Está por provar que a retracção do consumo seria substancialmente menor caso o IVA não tivesse subido tanto ou tivesse subido menos. Especulo que se tivesse subido menos os consumidores teriam usado parte da diferença em poupança e o resultado no valor dos importos cobrados seria essencialmente o mesmo.
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Mais uma vez alguém escreve do que não sabe… Eu apenas leio os numeros dos impostos, e vejo, acho eu, uma redução, mas não faço nenhuma conclusão mais extensa, não sou um especialista e faltam-me. Sendo os portugueses cornos mansos na sua maioria, acho que andam a consumir menos, ou se calhar a usar mais o olx ou o custo justo, em segunda mão não há IVA. Se o João Miranda está correcto, basta o Gaspar publicar os resultados do seu excel, e até teremos prémio nobel…Eu acho que el vai provar que laffer estava certo, e até calibrar um modelo da realidade tuga
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penso que as notícias sobre a sua morte são manifestamente exageradas 🙂
o jm já parece o valupi .. quando o passos tiver de sair tb vai ficar viúvo?
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A curva de Laffer é um modelo universal que se aplica não apenas aos impostos mas a tudo quanto mexe.
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Eu nem sei quem é o Laffer, e curvas, conheço a do Mónaco, porque já lá “plantei uma figueira”.
Quanto aos impostos sobre o consumo diminuirem, parece-me que isso é o reflexo do ajustamento que os privados, familias e empresas, têm feito de há dois anos para cá.
Noticias surgidas esta semana, e rápidamente silenciadas pelos média, dizem que a poupança das familias aumentou para niveis que há muito não se viam. Se isso chega, ou não, para compensar a queda no consumo, lá mais para o fim do ano se verá.
Em todo o caso e do ponto de vista de um leigo/contribuinte como eu, o ajustamento no consumo, não é mais do que o velho “vivermos com aquilo que temos”, e parece-me que o que a esquerda defende, ou seja, crescimento economico, sempre anémico, baseado no consumo sustentado com divida, como aconteceu em Portugal nos ultimos 15-20 anos, não é a solução, e deu os resultados que todos estamos a sofrer.
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E que tal fazer o ajustamento através da despesa, sem aumentar impostos? Repare-se que diminuindo a despesa do estado
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Uma coisa não invalida a outra: o ajustamento tem de se fazer dos dois lados, o estado social não pode ser financiado com divida, tem de ser pago com os impostos. Sol na eira e chuva no nabal, não existe. Isso é o que a esquerda, e o Tozé em particular, andam a prometer.
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E cortar no social, não?
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Quanto mais depressa percebermos que só podemos ter o social que pudermos pagar, mais depressa somos felizes.
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O que eu estou a dizer, é que tinha-se de se cortar mais na despesa, incluindo na social se necessário, para evitar aumentos de impostos.Coisa que como deve saber o PSD negou nas eleições
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Os cortes no dito social em alternativa aos impostos não são realemnete uma opção no imediato pois há muita gente que recebe do social e nao paga impostos. Agora por ex saúde ensino universitário à borla para o ricos já deviam ter levado uma valente facada…
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Sobre manipulaçao JM precisa ler JPPereira no Publico de hoje.
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Corte de despesa? Nao. Corte nos rendimentos de trabalho e em reformas. Sejamos honestos no que se escreve.
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Isso tb é despesa (do Estado).
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Laffer parece que ainda está vivo. O guardanapo onde ele desenhou a curva é que, segundo se consta, foi para os resíduos sólidos. Mas, apesar de tudo, faz algum sentido teórico geral. Curioso na wikipédia dizer que o seu trabalho mais notável foi a famosa “curva”. Conheço indivíduos que fizeram curvas bem mais inspiradoras.
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Porem um dono de uma Sociedade de Advogados à frente da SEAF(já não falo no mini Ministro que tanto estrago faz …) dá nisto .Sem duvida , Laffer ao nível micro-económico sobrevive . Sempre . O contrário é irracional . A primeira lição de que recordo foi um aumento do imposto de transacções no ,marisco . Diminuiu a receita fiscal , mas não diminuiu o consumo (aumentou a importação clandestina a que alguns chamam contrabando : 12 e 13 não são comparáveis .Não há Laffer ? Esperem pelo Natal ?
P.S.
O problema está na evasão ou elisão fiscais . Na moral fiscal do português de todas as classes … Problema que nunca foi resolvido .Se 50% dos portugueses pagassem o deveriam pagar , 50% dos portugueses pagariam metade do que pagam !
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