O ódio pessoal é uma coisa muito triste
Defendi duas vezes, em sessões em que Manuela Ferreira Leite estava presente – uma no Hotel Tivoli, promovida pelo Instituto Sá Carneiro, outra num jantar do grupo parlamentar do PSD, onde fui orador convidado – que não me parecia que fosse possível resolver os problemas de excesso de despesa pública sem despedir funcionários públicos. Não notei que discordasse – ou que concordasse abertamente, pois o tema era politicamente explosivo. Sobretudo não deu nenhum sinal de achar que só a garantia de não-despedimento garante a independência da administração pública, uma concepção bizarra pois dela se infere que as administrações públicas das velhas democracias não são independentes mas a administração pública salazarista era um modelo de independência face ao poder político. O ódio pessoal explica muita coisa, mas em política cega. E isto já é muito pior do que cegueira.
Ódio e despeito por se ver ignorado basicamente resume a sanha descomunal de Soares. Sempre foi veneradamente escutado, sempre influenciou, colocou amigos, teve uma última palavra de conselho e parecer. Isso acabou. E não o suporta.
Uma tristeza assistir a isto, a este grau de desonestidade não apenas de Soares, mas dos pachecos, dos maniqueus, dos simplistas.
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Ignorado?Então o Sr.não tem assistido ao autêntico massacre que a SICN,a RTPI e a TVI,inclusivè as generalistas,têm feito com as entrevistas,as aparições,os salamaleques a este pulha?Sem contar com entrevistas na Visão/DN/JN/Público quer ao soares,ao (vin)alegrete,ao NóDoa,ao pacheco de Boticas e à velha emproada,agora transformada em ícone dessa esquerda folclórica?Por isso eu discoro quando diz que o lambão se sente ignorado!Eu julgo que ele se sente adorado e o seu ego cada vez mais fortalecido!Espero entretanto que o avc lhe rebente os miolos o mais depressa possível!Seria uma ajuda para a recuperação do déficit,pois as suas mordomias são muitas e a beata continuará a gozar à nossa custa!O melhor é que aquelas criaturas tão selectas,bem vestidas e anafadas,que ali foram cagar postas de pescada,fossem todas varridas para a estrumeira!Já reparou o alívio que teríamos todos?
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O seu ponto de vista é complementar ao meu porque o que queria dizer é que Soares foi dispensado e ignorado por este Governo, expressamente, coisa inédita. Ai de quem falte ao beija-mão. Leva. Por isso este Governo está a apanhar com os maus fígados e todo o mau carácter da velha raposa Soares, num espectáculo de sugestão de magnicídios e violência popular, um desejo revolucionário que acalenta porque é burro, egoísta e mal-formado.
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Estou em total desacordo. Há muito tempo que o Soares não tinha tanto tempo de antena: todos os dias ele aparece, seja nos jornais, seja nas tvs seja, seja nas rádios. Aliás muito mais do que o Tó-Zé. Depois dos fiascos António Costa e Sócrates, o Soares assume-se como o genuíno chefe da oposição, que não olha a meios para atingir os seus fins (vide a atoarda da chantagem dos submarinos exercida pelo PSD sobre o Portas)
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O home fala da Ferreira Leite e vc dá-lhe no Soares. Realmente o ódio cega.
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“Sinaizdefumo”: Engana-se, estava a responder a António Lopes
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Parece divergência do post, mas na verdade não o é.
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Pois parecia. Por outro seu comentário percebi o seu ponto de vista (errado, claro 🙂
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M. Miranda: e eu a ‘palavrossavrvs’ -:)
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A tal de *Ferreira Leite* foi agora elevada a ícone pela esquerda.
Deixou de ser a *feia* a bruxa* de alguns anos atrás …
E continuará a ser a estrela da companhia (outra Marilin Monroe)
desde que continue na sua batalha contra o Governo P. Coelho, GARANTO!
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Sim, claro Licas, toda a gente sabe que MFL é uma perigosa esquerdista.
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8%, tenham juízo ou vergonha
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Esta treta da impossibilidade de despedir funcionários públicos, não passa disso mesmo: treta! Basta conhecer o código do procedimento administrativo, para se perceber que é relativamente fácil arranjar justificações para o fazer (algumas, até, de duvidosa constitucionalidade, como o delito de opinião- o fp não pode criticar publicamente um superior hierárquico). Mas gostava de ver jornalistas experientes como o José Manuel Fernandes, explicar essa tal “facilidade de despedimento” no privado. A menos que se recorra à vigarice dos contratos a prazo (generalizada na maior parte das grandes empresas nacionais), ou ao despedimento coletivo (através de declaração de insolvência, etc.), onde está, na legislação laboral portuguesa, essa tal facilidade que se opõe ao que supostamente se passa na Função Pública?
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Portugal tem uma legislação laboral defensiva, que parte do princípio que a justiça não funciona, logo, ser necessário antecipar a prevenção de abusos. Isso cria, de facto, perversidades. No público, mas também no privado.
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Esperemos que quem sabe onde estára no límite para…recortar!
E nao se passe como o que passou no Iraque. 🙂
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Nas Estatísticas do Desemprego, não constam nenhum dos 400.000(?) Cidadãos de 1ª i.e.Funcionários Públicos com vínculo, apenas cidadãos de 2ª, ou seja, aqueles que tiveram a audácia de criar o seu próprio emprego, ou serem trabalhadores por conta de outrem.
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Porque as estatísticas mentem! O que chama, por exemplo, a um professor não colocado, depois de dez anos de actividade? E as estatísticas?
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Meu caro, as estatísticas não mentem, a partir do momento que as saiba ver/ler: Porque entre os funcionários públicos, também os há de 1ª e de 2ª. Por isso, menciono cerca de 400.000 (?) com vínculo ao Estado. Esses não estão na lista dos desempregados. Mas como sabe, os FP que, constam na lista de pagamentos do Estado são cerca de 550.000 (?) e, aí também se incluem os que estão com vínculo precário ao Estado, que quando entende não renovar, são, digamos, “despedidos”, como qualquer cidadão de 2ª que trabalha por conta de outrem no privado. No entanto, esses FP, enquanto se encontram ligados com o vínculo precário ao Estado, beneficiam das mesmas regalias bonificadas dos outros FP de 1ª, em todas as vertentes, que citei e as que não citei, quando comparadas, com as dos trabalhadores por conta de outrem, que diretamente dos seus impostos e indiretamente pelo 23,75% que as empresas pagam de TSU, sobre todos os valores contantes do seus recibos de vencimento, vêm depois a receber muito menos em função da sua carreira contributiva, no que concerne a apoios na saúde e condições de acesso mais cedo e com valores mais elevados às pensões de Reforma. E, falando apenas dos vulgares FP, já que nem me atrevo a comparar a escandaleira das condições dos Juízes do Tribunal Constitucional e Supremo Tribunal de Justiça, Políticos e Militares. Infelizmente a maioria dos FP, vivem na ignorância das condições de exceção, que viveram até ao momento em comparação com a dos vulgares cidadãos de 2ª. Porque quando de forma honesta, se inteirarem da situação, serão com certeza os primeiros a reconhecerem, que o atual “statos quo” é insustentável e, vão compreender que, têm que ceder nos seus direitos “abusivamente adquiridos”, para que vivamos numa sociedade que com a Revolução de Abril nos prometia: LIBERDADE E IGUALDADE EM FRATERNIDADE!
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Correção: onde se lê “antecipar a prevenção”, deve ler-se “prevenir”. As minhas desculpas.
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o eixo ‘velha-paxeco’ está cada dia mais bizarro,
para não usar termos piores
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Sendo ”bondoso” e admitindo que possa haver algum racional nessa teoria, quando não há dinheiro para pagar os salários da FP, como é o caso de hoje em dia, o que é que ela sugere? Que continuem ”independentes” do poder politico e a trabalhar ”pro bono”? Se for isso, por mim, não há problema…
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Há chás que os velhinhos não devem tomar para não ficarem de todo.
E há cigarros piores que o tabaco, fazem passar um tipo de um partido para outro à vista de toda a gente e ninguém o convida a sair já que o tempo das baboseiras acabou.
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Sim, JMF, o dio triste… Mas, sem o conhecer, odeio os seus escritos malignos.
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Que comentário mais besta!
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“Não notei que discordasse – ou que concordasse abertamente…”
Simplesmente ignorou-o.
Talvez por achar irrelevantes as opiniões sobre economia de quem não tem formação nessa área.
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A velha senhora tem razão no que diz, mas a direita ultraliberal cega insiste em não querer perceber. Ou, se calhar, não percebem mesmo.
Há funcionários públicos a mais? Quantos? 30000? 100000? Como se chegou a estes números? Porque não 29970 ou 30120? Porque não 101234 ou 99874?
Há funcionários públicos que estão a mais? Ok! Que justifiquem isso de modo inquestionável e os dispensem. Mas, aos que ficam, garantam estabilidade e independência no exercício das suas funções, não os fragilizando perante o poder político que, mais do que defender o interesse público, na sua maior parte deseja é o voto, ou seja, defender os seus interesses.
Quanto a não haver dinheiro para pagar os FP, isso não deixa de ser curioso. Vejamos, só um exemplo, um raciocínio com valores algo fictícios. Suponhamos que em 2011 a despesa com os FP era de 50.000.000,00 e as receitas arrecadadas de 100.000.000,00. Uau!!! 50% da despesa para pagar os FP? Isso é inadmissível, portanto, toca a cortar! Depois, em 2012 constatamos que a despesa com os FP são 35.000.000,00, mas a despesa caiu para 70.000.000,00. E lá caímos no círculo vicioso: Oh pá, 50% da despesa para pagar os FP? Isso é inaceitável.
Ora, o que não querem ver é que o problema não está nos reformados ou nos FP. O problema é uma mera questão de competência. Este governo não governa, desgoverna.
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Zé Paulo, tu está à rasca – és FP e estás com medo, uma vez que, tendo em conta o que fazes, poderás ser facilmente dispensado.
Apostaria que escreveste este comentário dentro das horas de serviço e o mais certo era ganhar…
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A minha vida privada não diz respeito a ninguém. 🙂
Mas deixo-te um conselho: Não apostes que perdes.
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E tu não passas de um reles pulha que anda pelos blogues a atirar sempre fora do alvo.
E tu, se não és funcionário público, és reformado, para poderes andar nisto o tempo todo.
É o Estado que te paga para tu andares aos tirinhos, não é?.
Grande …
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Mas a minha vida privada, está a ser devassada, pelos excessivos impostos e taxas, que me são cobrados sobre os rendimentos de trabalho, em virtude da despesa excessiva do ESTADO=TODOS OS POLÍTICOS=FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS=CENTRAIS SINDICAIS=INTERESSES CORPORATVOS. Pois, também gostaria de dizer que a minha vida privada não diz respeito a ninguém, quando são os outros que pagam a quem me paga..
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Concordo! Os FP são, na sua totalidade, uns mandriões que não pagam impostos.
Mas que raça de gente, pá!!!
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Era o que faltava não pagarem impostos, do rendimento que obtiveram, pago com a coleta (colete?) de impostos, aos que criam a verdadeira riqueza, pelo seus empreendedorismo e ou trabalho por conta de outrem, trabalhando e descontando com regras mais desfavoráveis que as de suas Exas, os cidadão de 1ª,i.e. FP: Menos horário de trabalho, mais férias, menos pressão no dia a dia de trabalho – o patrão que paga, está ausente a trabalhar para poder pagar impostos e, o chefe de Serviço, não está para se chatear.. – melhores condições na saúde, descontando menos, quer o FP, quer a entidade patronal=Estado, melhores condições de acesso à reforma, quer na antecipação, quer na % de penalização quando se aplica, melhor rácio de valor calculado para a reforma, já que calculado em função do último nível salarial e, não em função da efetiva contribuição feita ao longo da carreira, etc, etc, já para não falar nas situações escandalosas de excecionalidade, de contagem de tempo e alcavalas no calculo no valor da pensão para a reforma e sistemas de saúde, dos Srs. juízes, e militares. Mia havia a mencionar, mas para nos deixar mal dispostos – aos que geram riqueza com o seu trabalho – já chega e enoja.
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Caro José Manuel, é bom lê-lo por aqui.
A coisa é tão desesperada que até a Ferreira Leite engole não um sapo, mas um elefante para tentar evitar o inevitável: o desaparecimento do PSD como partido do arco da governação (pelo menos por mais de uma década… e vamos a ver se a coisa fica por aqui…). Estou convencido que dificilmente este PSD, pelo menos sem alterações profundas, poderá voltar a desempenhar qualquer papel relevante.
Cavaco deixou o partido no congelador durante 15 anos (com um pequeno intervalo), mas deu-lhe 10 anos de glória e dinheiro (período áureo dos fundos comunitários). Os actuais mandantes apenas “dão” miséria, desespero e ignorância, pelo que não é difícil antever o desfecho…
Não se esqueça de continuar a aparecer por estas bandas.
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O Lopes está muito enganado, quanto a isso dos Fundos Comunitários. Leia o estudo coordenado pelo Augusto Mateus e veja quem foram os governantes que mais dinheiro receberam da CEE.
Para lhe aguçar o apetite, apenas que lhe digo que o ano em que se recebeu mais massa dessa, era então primeiro-ministro o…Santana Lopes. Agora informe-se, e não diga disparates.
Esse estudo está disponível na net:
Click to access 23b69163-ee6d-4327-a324-03a0dfc0cfc5.pdf
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Mas Tiro ao Alvo, realmente acha que no combate político (pelíntrico) Tuga
os números têm alguma importância? O que se impõe é trazer o
*recado* encomendado para o público consumir . . . MA` NADA.
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Como se sabe, Portugal está muito abaixo da OCDE e da UE no rácio de funcionário públicos e no rácio da respetiva despesa.
Estamos assim juntinho dos países mais pobres saídos do lado de lá da cortina de ferro, e muito perto do liberalismo do terceiro e do quarto mundo.
Não percebo porque é que José Manuel Fernandes esconde isto.
Principalmente, sabendo que as consequências serão a destruição do Estado. Poderia fazer sentido JMF defender a privatização de serviços com a transferência dos respetivos funcionários para essas empresas. Mas não. JMF acha que se mandam para a rua funcionários sem se saber se faltam ou se estão a mais. É que JMF sabem que não há, nem nunca haverá estudo nenhum sobre o assunto. Até porque se houvesse poderia ser prejudicial à ação do governo, porque não poderia depois destruir serviço. Assim, pode. Destruídos os serviços com a saída de FP necessários basta depois dizer-se que eles não funcionam e fechar os serviços respetivos.
A seguir, os portugueses passam a pagar os mesmos serviços muito mais caros mas ficarão contentes porque já não os pagam mais baratos… ao Estado.
Conclusão/questão: Porque não há honestidade intelectual e política na discussão destes assuntos?
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Fincapé, não vale a pena meter a cabeça na areia: ou alguns (muitos) funcionários públicos são dispensados, ou os seus salários (assim como as pensões de reforma) têm que ser reduzidos.
Tudo o resto não passa de fogo de artifício…
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Tiro ao Alvo,
“Poderia fazer sentido JMF defender a privatização de serviços com a transferência dos respetivos funcionários para essas empresas.”
Eu não concordo, mas admito que haja quem defenda o que escrevi acima. Mas não é disso que se trata. Até posso admitir que nalgumas funções haja gente a mais, embora a burocracia e as péssimas leis sejam infindas, obrigando a que haja mais pessoal. Mas o que se está a fazer é navegação à vista. Não há, nunca houve, nem haverá qualquer estudo. E eu gostaria de saber porquê. Só isso.
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Mais 3 milhões de Funcionários Públicos e resolvemos o problema. Um só autocarro pode apanhar os respetivos no Campo Pequeno. O almoço é na cantina, o jantar na cantina e à noite antes de encontrarmos as mulheres em casa, lemos em conjunto (no Campo Pequeno) os versos do livro vermelho. Fechem as fronteiras, já! Casamento gay, já! Adoção pela parte de pandulas, já! Ciganos a Gestores dos bairros municipais, já!
Já!!!!!!!
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Rogério:
Porque não vais fazer pau-de-arara?
Estás a precisar para ficares mais calmo e assentares as ideias.
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Diz o roto à nua, não é JMF?…
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Que os maoistas eram “génios” em análises “no sense”, era coisa mais que sabida. Mas que os ex-maoistas os superavam, só se verificou com o aparecimento de “artistas” das artimanhas como este que assina o post, que até consegue superar o inquilino de Belém na mesma área, ambos são “génios da banalidade” mais provinciana e mais perigosa, porque lhes falta bom senso, conhecimento, e cultura, características necessárias para se ser intelectualmente honesto e humanista…
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E olho… de falcão.
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Com a cabecinha liberal formatada pela propaganda comunista em que cresceu, jmf não se dá conta de uma coisa politicamente incorrecta mas verdadeira: a administração do tempo de salazar de facto era mais independente do que tem sido em democracia.
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Disparate. As relações com o Patronato era diferentes. Informe-se sobre as casas do Povo e os Sindicatos “Patronais”.
R.
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Tem razão MFL. Os despedimentos na FP têm como finalidade incrementar o outsourcing. Esvaziar as competências que exist(em)(iam) no estado para depois justificar contratos chorudos. Usam a técnica de arrastão pelo que a arraia miúda é também apanhada.
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A Nela está completamente ressabiada…
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