Lei não escrita mas implícita
No Insurgente o André Azevedo Alves insurge-se contra esta intervenção de Miguel Poiares Maduro afirmando “não me parece que ter um dos principais ministros do Governo a dirigir-se nestes moldes a José Sócrates seja particularmente defensável do ponto de vista comunicacional. “ Mas qual será o molde defensável do ponto de vista comunicacional para um governo não socialista se expressar em Portugal? Aparentemente nenhum.
Os governos não socialistas não têm boa imprensa. Boa parte das redacções são dominadas pela esquerda donde um governo não PS é sempre uma espécie de intruso na ordem natural dos factos. A atitude dos sociais-democratas perante esta situação passa geralmente por umas golpadas à Relvas que têm uma crença esparvoada nos seus especiais contactos e uma gestão de fugas de informação, coisa que francamente só costuma correr com proveito para o CDS cuja dimensão leva a que nunca seja visto pelos socialistas como um antagonistas mas sim como um potencial aliado. A outra alternativa passa pela estratégia deste governo que é não ter discurso a não ser o executivo propriamente dito. O que naturalmente levou à situação presente: o país acabou refém da retórica da esquerda radical e almejando pelo dia em que o PS se torne governo para que deixe de ser considerado natural que não se deixe falar ministros ou que alguém diga como fez Ana Jorge que muitas das crianças que agora chegam à escola com fome provêem de famílias que se habituaram à junk food e que portanto devem recuperar a sopa.
Mais, a ausência de discurso levou a que não se tivesse explicado como chegámos aqui. O que faz com que se tenha tornado popular a tese de que podemos rasgar a austeridade e voltar a passado que é mesmo que dizer que dentro de dois anos estaríamos a fazer um novo pedido de ajuda externa. E por fim mas não menos importante levou a que a cada dez almas juntas gritando “demissão” se diga que o governo não tem legitimidade. O molde defensável do ponto de vista comunicacional para um governo ou líder social-democrata tem sido até agora ser trucidado na comunicação social para tempos depois devidamente apeado ser recuperado como comentador respeitado, sobretudo se criticar aqueles que lhe sucederam na liderança do PSD.
Miguel Poiares Maduro como chegou de fora não deve estar a par desta espécie de lei não escrita mas implícita.

esta paranóia contra a esquerda de Helena Matos já me parece ser mais parvoíce que outra coisa, para mais numa historiadora
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Criticar a esquerda é “paranoia” ???!!!….
Entendido !!
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Aquele vídeo de Maduro, com a voz distorcida e legendas a vender colchas e atoalhados, passava perfeitamente.
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Toda esta gente que escreve neste blog, alguma culta outra nem tanto, não conhece a mísera situação de 1/3 da população portuguesa e ainda bem para ela. O que interessava era juntar à palavra alguns actos. Mexam-se, levantem-se do sofá, e vão à rua e às casas dos desempregados e dos que têm 500 € por mês para governarem uma família e depois, mais conscientes da vida real, elaborem os comentários com esse ingrediente. Perder tempo apenas a comentar Sócrates e Maduro é muito pouco. Ofenderem-se, por vezes, uns aos outros, ainda é muito menos.
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Não conhecem? Acha?
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Não sabia que era advogada de todos. Quando digo, toda esta gente, talvez faça mal em generalizar, mas na verdade, pela forma como elaboram o discurso parece. Felicito-a por conhecer a realidade e espero que aja em conformidade, como mulher lutadora e inteligente que é.
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se conhecem, parece –“é como quem diz”– que são insensíveis à miséria, desprezam-na e dela troçam — tudo pelo “cumprimento” da fuga em frente com erros, indecisões, enganos pelo meio.
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helenafmatos hiperligação permanente
10 Junho, 2013 12:29
Não conhecem? Acha?
ACHO CLARO QUE ACHO!!!
Quem anda cega, surda, muda, confortávelmente instalada em cima desta desvairada overdose de austeridade (muito para além da tróika diga-se ),com os seus bolsos confortavelmente recheados, enquanto nos tempos Sócráticos andava em autênticos delirios audo visuais desancando nos PECs, que apesar da inevitável austeridade qb, andava loooonge, desta orgia de austeridade, merece que lhe digam o quê?
Esta coisa de ser-se invertebrada é uma chatice…. mas enfim, nem todos podem ser iguais em coerência e verticalidade a um Pacheco Pereira, batia no Sócrates e por maiores razões que todos sabemos tambem sabe bater nestes autênticos ETs que governam este País!
Portanto… ACHO, CLARO QUE ACHO!!!
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RCAS : “… enquanto nos tempos Sócráticos andava em autênticos delirios audo visuais desancando nos PECs, que apesar da inevitável austeridade qb, andava loooonge, desta orgia de austeridade,…”
No tempo de Socrates os PECS eram criticaveis porque a austeridade que previam era … manifestamente insuficiente !… Desde logo porque não previam verdadeiros cortes nas despesas e investimentos publicos. Pior ainda : nem a pequena austeridade prevista era aplicada !
RCAS : “desta desvairada overdose de austeridade (muito para além da tróika”
Nem sequer é verdade … A Troika queria ainda mais cortes nas despesas e maiores aumentos no IVA para financiar uma diminuição do custo fiscal do trabalho …
RCAS : “nem todos podem ser iguais em coerência e verticalidade a um Pacheco Pereira”
Pacheco Pereira defendeu antes o rigor nas contas publicas.
Agora alia-se sem vergonha à esquerda na defesa do contrario.
Qual coerencia e qual verticalidade ?!…
RCAS : “desvairada overdose de austeridade” “orgia de austeridade” …
Pena que o RCAS e todos aqueles que defenderam e toleraram as politicas despesistas que levaram o pais praticamete à falencia não se tivessem preocupado mais cedo com as consequencias do era obviamente insustentavel.
Agora queriam o que ?… Praia e banhos ??!!…
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Talvez este…
Em entrevista ao Expresso, Fishman (talvez relembrar o que ele disse há dois anos) afirma o seguinte:
– Portugal não cresceu na última década, tinha um défice persistente e uma dívida pública a aumentar depressa. Não eram razões para um resgate?
– De forma nenhuma. As exportações estavam a crescer, havia indicadores muito positivos — na educação eram os mais positivos em toda a Europa do Sul — e o défice estava a baixar. As medidas de austeridade do programa de resgate trouxeram um aumento significativo da dívida pública na sua relação com o PIB.
– Portugal não é a Grécia?
– Portugal é profundamente diferente da Grécia. Portugal teve um rápido crescimento económico até à chegada do euro. Entre 1999 e 2007, a Grécia cresceu muito, mas conseguiu isso à custa da dívida pública, que aumentou muito mais depressa do que no vosso país. Os governantes portugueses não atuaram de forma irresponsável, ao contrário dos seus congéneres gregos. O dinheiro em Portugal foi gasto, em grande parte, em investimentos de longo prazo, como no caso da educação, onde os indicadores são muito melhores do que na Grécia. Não faz sentido aplicar o mesmo tipo de medidas a Portugal. É como ter dois doentes, um com um ataque cardíaco e outro com cancro, e fazer-lhes o mesmo diagnóstico.
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O homem não sabe do que fala …
O défice estava a subir (atingiu mesmo um pico historico de 10% do Pib em 2010) e começou a descer apenas depois do inicio do programa de resgate !!
Com o programa de resgate as exportações cresceram muito mais e, sobretudo, um déficit externo cronicamente negativo em torno dos 10% do Pib, foi rapidamente reduzido e é hoje ja excedentario.
Então a divida publica não aumentou muito no nosso pais ?!… Nos 5 anos anteriores ao programa de resgate passou de 60% para 100% do Pib !….
Claro que num pais sob resgate, isto é, a quem é emprestado o dinheiro necessario para financiar o enorme buraco acumulado sem ser exigido o reembolso a curto prazo, a divida tem mesmo de subir !… Não vivemos em nenhuma terra de milagres !!
O discurso sobre os tais “indicadores muito melhores” resume-se à educação.
Mesmo dando de barato que a educação seja o tal sucesso anunciado (?!?!…), e como ja dizia o insuspeito JM Keynes, “a longo prazo estaremos todos mortos” !
E entretanto, no curto prazo, comemos e pagamos com o que ?… “Educação” ?!!…
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Exacto! O “Homem” não sabe do que fala… já o Fernando S… ui, ui… sabe e de que maneira. Ainda bem!
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Qual é mesmo o seu argumento ??!!…
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O Estou a Ver, não vê nada. Desconfio de que nem com óculos lá vai, tendo em conta que não quer largar as palas que usa.
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A explicação:
http://www.youtube.com/watch?v=w2QJYibPb4c
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AHAHAHA a imprensa em Portugal é do PS e da esquerda??? ahahahahah nota-se, foi a imprensa de merda que temos neste país que meteu o cavaco onde está neste momento, e podia citar mais exemplos, mas não me apetece.
A imprensa em Portugal é do PS e do PSD. A imprensa em Portugal está contente com este status quo porque sabe que é assim que continua a encher o bolso.
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Dizer que o governo de José Sócrates teve boa imprensa já não é amnésia, é delírio.
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O problema, é que a falta de vergonha na cara desta gente não tem limites… o tema das eleições de 2009 teve alguma coisa a ver com a crise? Não! o sub-prime até nem existia…
Se a memória não me falha, o TEMA era os “ataques à liberdade de imprensa”!!!, aTVI a passada da Manela Moura Guedes, autêntica marionete manipulada pelos poderes fátuos anti-Sócraticos etc etc.
90% dos comentadores (caso da HMatos) auto-promoviam-se em autênticos delirios mentais nos programas das TVs, à pala do Sócrates. O desejo do “acesso ao pote” era verdadeiramente afrodisiaco!!!
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RCAS : “as eleições de 2009 teve alguma coisa a ver com a crise? Não! o sub-prime até nem existia…”
Errado !
A bolha dos sub-prime começou bem antes e rebentou em 2008 !!
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RCAS : ” os “ataques à liberdade de imprensa”!!!, aTVI a passada da Manela Moura Guedes,”
Exactamente, numa altura em que grande parte dos orgão de comunicação social e dos jornalistas se acomodavam perfeitamente com o poder socialista, José Socrates manobrou nos bastidores para eliminar do panorama informativo televisivo um dos poucos jornalistas que ousava interpelar a sua pessoa e a sua acção politica !
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4427 boys e carradas de jornalistas nas “assessorias” e a imprensa continua nas mãos dos comunas? é obra!
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o meu comentário 13:38,
é para HMatos.
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Gostaria de ter jornalismo de investigação a sério em Portugal, com investigação profunda que levante os tapetes e que veja o que está por baixo.
É verdade que existe muito carimbo ideológico no que se escreve na imprensa, em alguns casos nunca se consegue isenção.
Já esta praga de comentadores que nos assola na TV, na rádio, na imprensa escrita incorporando muitos ex-governantes com políticas falhadas que conduziram o país ao resgate necessita de antídoto.
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Alguns jornalistas, directores e editores, não precisam investigar muito, porque sabem o que tem acontecido de Mal(!) a este país. E, quem o provocou e provoca.
O pior é a parede que impede a continuação dessas investigações e respectivas edições.
Note o que está a acontecer a uns quantos órgãos de comunicação social tuga : comntrolados por agências de comunicação pagas por governos e lobbys e mais recentemente, o investimento de angolanos em jornais e rádios com vastas audiências.
A RTP (por enquanto) não foi parar às mãos de “dinheiro preto”, por um triz…
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Helena, não se iluda.
Os governos de «direita» em Portugal não têm boa imprensa porque se revelaram de uma inaptidão confrangedora, roçando bastas vezes o anedótico.
Quando a «direita» apresenta como a sua vanguarda intelectual e cultural figuras como Vasco Graça Moura e afins, naturalmente que se auto-sujeita à caricatura…
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Discordo em absoluto ! Vasco Graça Moura é um extraordinário intelectual e poeta ! E, notável tradutor como poucos
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Concordo com MJRB. Vasco Graça Moura é um intelectual e um defensor de causas. A sua luta em defesa da língua portuguesa não deve passar despercebida, nem ser menosprezada. Pode, com todos nós, não ser perfeito, e por isso nem sempre ter razão, mas é uma pessoa íntegra.
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integro era a avó dele ….
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Não havia necessidade, e os avós merecem mais respeito e ,se já estiverem mortos, ainda mais, porque não se bate em mortos.
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peço desculpa porque só ele conheço …mas não entendo com que óculos viu a avó !!!
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“Os governos não socialistas não têm boa imprensa”? Então quem tem sido a canalha que tem andado com o Passos ao colo, às cavalitas, a lamber o chão por onde ele passa? Mesmo agora que com um governo caído no ridículo, quem é que continua a repetir os dogmas troikistas?
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Dédé, cuida-te, se não ficas chéché. Tu estás também a precisar de óculos, a ver as coisas torcidas: o governo às cavalitas da comunicação social? Os seus apoiantes a repetirem dogmas troikistas? Não sabes que estás a delirar? Nunca te disseram isso? Cuida-te e se necessário vai ao médico.
Não te esqueças de que quem te avisa, teu amigo é.
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Minha querida , o problema não está no MOLDE mas na pergunta “não têm mais nada para fazer ? “
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Quem é o ministro maduro? Alguém com um enorme “curricullum” nos Direitos
Europeus, que vive há muito tempo fora do nosso Quintal, logo, inteligente como
dizem ser, resolveu tornar-se conhecido e nada melhor do que, falar de Sócrates!
Será fácil contabilizar os profissionais da comunicação social que foram contratados
pelo actual governo para os seus gabinetes assim como, alguns “ilustres” blogers,
não faz sentido falar numa comunicação social alinhada à esquerda!
Quanto ao segundo resgate, já está a ser negociado tudo devido ao grande “em-
penho” do governo em ter ido para além da troika e, acima de tudo, pela muita chuva
no primeiro semestre que, inibiu o arranque da construção cívil … na reparação de
telhados
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Com que então a comunicação social não esta alinhada à esquerda ?!…..
Não basta, querem mais, e mais, e mais, e mais !! ….
Depois de se impedir os membros do governo de aparecer e falar em publico … Agora é preciso retirar-lhes tempo de antena nas televisões …
Como uma maioria de portugueses, mesmo indluindo muitos dos que discordam e estão insatisfeitos, acha que o governo deve continuar até ao fim da legislatura … o que é preciso agora é calar o governo e os que ainda ousam aventurar-se na sua defesa !!
Quanto à influencia do tempo na actividade economica … Claro que é sabido que isso não afecta em nada, mas mesmo em nada, os nossos construtores e operarios habituados a trabalhar com qualquer tempo, faça chuva ou faça sol !!! …
Se não fosse assim ja estariamos certamente com o tal “segundo resgate”, anunciado e prometido de longa data pelas Cassandras do sitio !!…
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Mas desde quando este Governo não é Soci@lista?
Aumentou impostos: check
Aumentou poder do estado: check
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lucklucky (11 Junho, 2013 12:55),
Este governo esta antes de mais a tentar resolver uma situação critica das finanças publicas.
Tem de fazer austeridade e não ha austeridade sem aumentos de impostos e redução de despesa e investimento publicos.
Tem sido o que o governo actual, melhor ou pior, tem vindo a fazer.
O lucklucky e outros gostam de insistir no facto da politica do governo actual ser “socialista” e nada “liberal”.
De resto, vendo o que dizem/escrevem, 99% da oferta politicamente viavel é … “socialismo” ! Estranha noção da relacção entre o “socialismo” e o “liberalismo” !… Mas nada disto me parece relevante no contexto actual e não vou entrar nesta discussão para “puristas”.
O que é mais importante é ter presente que uma politica de austeridade não é nem “socialista” nem “liberal”.
Trata-se de algo que tem de ser feito em condições de emergencia para evitar o colapso financeiro do pais.
Noutras alturas e noutros locais (mas também em Portugal), partidos com componentes assumidamente “socialistas” e/ou “iliberais” aplicaram politicas de austeridade que tiveram sucesso na medida em que evitaram a bancarrota.
De algum modo, um pais com finanças minimamente sustentaveis é uma condição indispensavel para qualquer politica de mais longo prazo, seja ela “socialista” ou “liberal”.
O que é certo é que na sociedade portuguesa de hoje (e não numa realidade hipotética), as alternativas politicas viaveis ao governo actual defendem politicas com menos cortes nas despesas e nos investimentos publicos e que, por este facto, acabariam por ter de praticar aumentos de impostos ainda maiores.
Na verdade, estas politicas, a serem efectivamente aplicadas, conduzir-nos-iam directamente para a bancarrota e para uma saida do Euro.
As consequencias seriam bem mais gravosas em termos do rendimento disponivel dos portugueses do que os aumentos de impostos feitos pelo governo actual, por maiores que sejam.
Assim sendo, quanto mais não seja por esta razão, parece-me claro que um “liberal” realista deva apoiar o governo actual, o menor dos males, contra as alternativas “de esquerda” em embuscada, de longe bem piores !
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