nem os cavalos escapam
Por decisão da ministra Assunção Cristas, uma das mais ilustres representantes da maioria socialista do actual governo, o estado português passou, desde há dias, a gerir cavalos. É coisa que, em se tratando do estado português, se encara com certa naturalidade, embora os cavalos em questão não sejam exactamente aqueles a que os poderes públicos estão habituados, mas os que estavam anteriormente ao cuidado da Fundação Alter Real, uma entidade de direito privado, criada em 2007 por organismos públicos e meia dúzia de mecenas, com a finalidade de administrar o Serviço Nacional Coudélico, e de manter e desenvolver «o património genético animal das raças Lusitana, Sorraia e Garrano».
Apesar do imenso capital com que foi instituída – o património recebido, o dinheiro oferecido pelos instituidores e o prestígio mundial das raças equestres ao seu cuidado – em vez de ter enriquecido, como era sua obrigação, a Fundação conseguiu, em meia dúzia de anos, gerar um passivo de dois milhões e meio de euros e espalhar múltiplas dívidas a empresas fornecedoras. Ou seja, em vez de enriquecer faliu.
O que faltou, então? Obviamente, privatizar os recursos ao cuidado da Fundação, geri-los de modo empresarial, isto é, visando o lucro dos seus donos e investidores, para que estes cuidassem devidamente desses recursos e desse património e os desenvolvessem de forma a ganharem dinheiro com eles em vez de perderem. Em suma, pôr os cavalos com dono e não numa Fundação, coisa etérea e de nobres objectivos, sem dúvida, mas que não é carne nem peixe, e que, por isso mesmo, não interessava a ninguém, de tal modo que já nem sequer o seu Conselho de Administração reunia, como informou um dos seus elementos.
Moral da história: com o socialismo nem os cavalos escapam.

quando houve as ocupações da reforma agrária o lusitano quase desapareceu pois foram quase todos vendidos para fora.nessa altura ninguem piou
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ai nã foram nã ….havia muitos ainda
nã lês a lista da genealoggia….a tua loggia não tem inventário de cavalgaduras?
vai à do Pisani Burnay queles lá têm…
em 1975 havia em território nacional apenas mais 130 do que em 76 em 77 e seguintes o nº aumentou
lamentamos informar que o efectivo em 1975 não era de 130 cavalos e éguas e potros
nem de lusitanos no país
nem de vazios na coudelaria que perdeu parte importante do efectivo si señor
mas nem todos vendidos para o exterior
houve quem ganhasse muito com os reprodutores nos anos seguintes
subsídio é bom pra caramba
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Há males que vêm por bem: pôr a Companhia das Lezirias a gerir a Coudelaria Nacional, pode ser a forma de a salvar.
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E porque é que a coudelaria tem de ser salva?
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Porque as bestas de quatro patas: os lusitanos e os sorraias, são parte importante do teu património, rr. Ou és assim tão rico para que possas alienar património? Ou será que por andares só sobre os quartos traseiros te perturba os neurónios?
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Essa pergunta é tão estupida que nem merece resposta…
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os lipizanos iam sendo extintos como raça na 2ªguerra mundial
qual é o problema
é uma raça…hoje podemos recolher esperma e óvulos e voltar a refazer a raça daqui A uns anos
é só tirá-los do congelador
azoto liquido ó silveirinha…
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não é que não mereça resposta
não sabes é responder
és um taradão por cavallos como os burnay?
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salvar a con panhia das lezírias? ou a coudelaria?
não podiam vendê-la a um árabe ou a um russo
punham futebol clube de alter do chão….e …
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Só uma perguntinha: empresas privadas não entram em falência? É que segundo a sua lógica carecem de sentido as notícias diárias de dezenas senão centenas de falências. A realidade é uma grande filha da puta, eu sei.
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O Rui não andará com uma obsessão qualquer com um novo tipo mais abrangente de “socialismo” criado por si? O linguajar humano depende da semântica e quando esta é adulterada perde-se o sentido do que se diz… Partindo-se do princípio de que o Estado é necessário, talvez fosse uma abordagem mais construtiva exigir-lhe performance do que chamar-lhe nomes inadequados para tapar os olhos do freguês das leituras ideológicas.
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semântica adulterada
haltere du xão foi uma funda são que tirou sempre bene ficios du éteat
é comol a fundação da universidade de lisboa
ou a afundação marocas ou…
dantes nos bons velhos tempos eram 6 zootécnicos e agrónomos por cada cavalgadura
tinham era poucos vets
veternários…claro
veteranos tinham muitos
o rui e a mulher ganham mais de 3000 ou menos?
ou já se reformaram
ó alter
alerta está…
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Criar cavalos é, na verdade, uma das mais tradicionais funções soberanas. A outra é criar cães e gatos. Coitado do rafeiro alentejano!
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NÃ me digas qués o rui d’alter do chão…
se és és o único que faltava na lista de blogueiros reencontrados
criar cavalos de 100 mil contos dá dinheiro
criar cavalos numa instituição com prejuízos crónicos dá RTP´s …en coudelarias e ….quem é esta gente desempregada que anda aqui às 2 da matina
ide dormir pra fazerem greve amanhã…ê nem me levante
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Só li a primeira frase e posso dizer que em Portugal, social-democracia é chamado de direita. Mostra o quão atrasado anda o sistema político português, pois em todo o seu espectro, é evidente a grande influência do tempo anterior ao colapso da União-Soviética. Mas alguém, ao menos, sabe o significado de social-democracia? Perguntem ao Soares, ele sabe.
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ele sabe? ele nem mudar de fraldas sabe…
somos e seremos um país subsidiado numa europa decrépita e envelhecida
num mundo que passou dos 4 mil milhões quando soares andava à coca de um lugar parecido ao do seu pae João 1º de nome e ministro tão mau como o filho o foi….
bom só em relações púbicas e en discursos vazios
e num francês techno peor que o de socrates o grego
ide chamar sociais democratas a quem não tenha 30% DA POPULAÇA EM GUETOS ECONÓMICOS
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Mas o grave não é chamarem de social-democracia à direita (já ouvi, também em televisões norte-americanas, chamar de “loucos comunistas” a membros do partido liberal britânico). O grave é as pessoas não saberem o que é uma social-democracia, um regime socialista, um regime comunista, ou um regime neoliberal. Isso é que é grave, tanto na sociedade portuguesa (que sempre foi burra), como na sociedade americana (que burra é).
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Esqueci-me de dizer, que me parece que o Rui A. não sabe o que é um regime socialista. Mas tem muita vontade de dizer permanentemente que o que é mau, é socialista e que o que é bom é liberal. Mais ou menos, parece-me que esse é também o único objetivo deste blog.
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O mal não é chamarem social-democracia à direita, o mal é chamarem direita à social-democracia. Também não percebo se o André sabe o que significam esses termos, pois coloca tudo que é liberalismo, no regime neoliberal. Eu até nem sei o que significa ‘neoliberal’, é um termo que não faz sentido nenhum.
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Apelido de neoliberal precisamente os regimes neoliberais (afirmados durante os anos 80, com Margueret Tatcher no Reino Unido e Ronald Reagan nos EUA). O liberalismo não implica, de maneira nenhuma, uma teoria política de extrema direita como a defendida atualmente por muitos setores da política atual. Se formos analisar, os regimes demoliberais (as democracias liberais) formaram, em grande parte, grandes Estados Sociais, sem que isso fosse contra o liberalismo político.
No fundo, o neoliberalismo é uma corrente mais extremista (do ponto de vista económico, mais extremista que os regimes fascistas, a ter em conta o que escreveu Freitas do Amaral), que defende a total liberdade na economia e a não-intervenção estatal. Algo que foi abandonado pelos regimes demoliberais após a grave crise económica do início da década de 30.
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Não entendi , então o estado “nacionaliza” e por isso é socializante…o que antes era privado mas como foi mal gerido , era também público ?? Porrada aproveitando a estrutura da fundação de antes e porrada porque entregue a uma gestão privada , foi uma decisão de caracter e intervenção pública…
A verdade é que a má gestão deste património de enorme qualidade , foi o resultado de mais um jogo de interesses na órbita das politiquices , politiqueiras inerentes á “plutocracia” do centrão que nos tem governado. A decisão de Jaime Silva ( ainda alguém se lembra deste energúmeno ?? ) foi mais uma péssima opção de quem desconhecia o tema e preferiu priveligiar os mesmos do costume depois até fica fácil discutir o tema ao nível da infeciëncia de empresas publicas , socializantes etc etc etc . Exemplo teria muitos outros , este parece-me não ser deveras muito feliz para o objectivo pretendido.
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O que faltou, então?
Faltou uma análise serena e séria que, por exemplo, considerasse o ‘falhanço’ do modelo de gestão. Que este seja público ou privado é outra questão a discutir. Sem preconceitos…
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” Em suma, pôr os cavalos com dono e não numa Fundação, coisa etérea e de nobres objectivos,”
Rui, quais donos? Passou-se, no mínimo passou-se completamente da mioleira… Não sei se sabe Rui, mas ter um cavalo (sei do que falo, tenho um há dois anos) custa duas coisas que poucos portugueses têm: tempo e dinheiro. Tempo, porque os únicos que têm tempo são os ricos (que pouco trabalham) e os desempregados (que não os deixam trabalhar). Os primeiros, por vezes, têm cavalos (quando gostam), os segundos, não conseguem ter os cavalos porque não têm dinheiro.
Quanto ao dinheiro, para além dos ricos, ainda há uma escassa classe média (onde eu me incluo) e média alta, que têm dinheiro e tempo para ter um cavalo.
Não sei se sabe, mas muitos cavalos foram abandonados ao longo deste ano porque os donos não tinham dinheiro para os alimentar. Eu próprio, comprei um cavalo que vale à volta de três mil, quatro mil euros, por dois mil euros (e mesmo assim ainda conseguia descer mais o preço).
Mas numa coisa tem razão, o Estado sempre criou cavalos, e sempre ganhou muito dinheiro com eles, a vendê-los para o estrangeiro. Aliás, o exército teve durante décadas regimentos para tratar de cavalos que depois eram vendidos. Infelizmente, para cortar nas despesas (ainda nos anos 80, 90) começaram a deixar de criar tantos cavalos. Resultado, perderam muito dinheiro. Agora, os únicos cavalos bons nas Forças Armadas, estão na GNR, mas esses não se vendem.
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contava-se dantes a anedota que o socialismo era só para burros.
Mas essa anedota já deve ter sido criminalizada.
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http://estadosentido.blogs.sapo.pt/2877429.html
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