Da greve
Tema do meu artigo de hoje no DE: «Esta greve dos professores parece-me o menor dos desmandos a que a classe docente ou alguém em seu nome se tem entregue na luta que diz travar pela “escola pública”, “educação” ou outras designações metafóricas a que recorre na hora de tratar da sua condição laboral. Ou será que já esquecemos o sucedido em 2008, na cidade de Fafe, quando alguns professores acompanhados de vários alunos nem deixaram a então ministra Lurdes Rodrigues sair para fora do carro, atirando-lhe ovos? E também ninguém recorda a ausência de contestação sindical à portaria através da qual o governo regional da Madeira avaliou com “bom”, no mesmo ano de 2008, todos os professores em exercício no arquipélago? Ao pé destes tristes exemplos esta greve é um acto de civilidade. As greves existem. Existe o direito de as convocar e também existe o direito de não as fazer. Noutros tempos eram os alunos que faziam greves aos exames.»

Greve dos alunos aos exames faz sentido, se a posição política a tomar for destes contra o governo.
Greve de um trabalhador privado, por contestação ao patrão também faz sentido.
Greve de funcionários públicos a exames, parando transportes públicos, congelando hospitais, não faz sentido nenhum. É um tiro totalmente fora do alvo, cujo objetivo é chatear uns para que estes vão reclamar com outros.
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Como aluno também participei numa greve ao arroz de feijão da cantina.
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Isto não foi uma greve. Foi uma chantagem vergonhosa e uma instrumentalização comuna que vão pagar caro.
Na altura do modelo chileno ou lá de que país era, tinham toda a razão e mais alguma.
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foi uma greve, mal marcada e contra tudo o que a boa ou má educação em princípio devia servir…os alunos e não um ministro ou os seus funcionários
foi uma instrumentalização de todos os actores
excepto os alunos claro
não é um caso de direita ou esquerda
hoje um aluno (ex-aluno con trato já terminou) disse-me que as pautas ainda não sairam
é por causa da greve disse como se fosse uma explicação
e vais para quê?
sei lá, acho que para nada
então foste hoje fazer o exame para quê?
sei lá, se calhar por hábito….
se calhar por hábito temos um sistema que não muda por mais que se reforme
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Ui, ressabiamento, tanto ressabiamento, ó Helena, e por nada !
O sprofs fazem agora greve pelo seu emprego, antes de mais, que este governo sectário, desonesto, vendido, não tem em perigo, arrimado como é à seita da banca, da opus e maçonaria, como à merkel e à troika, que supera, igual ao que vem e já é ido, bando de traidores… o Passos já nomeou mais boys do que o Sócrates em menos de metade do tempo dele e, dizem, à sua conta tem (tinha há uns tempos) doze motoristas, ih-hihihi, por correr às chapeladas de ladrão, gatuno, vai-te embora, e ele não vai, que diz que quer esticar a corda, parir de boys ppd-cds quanto buraco a administração pública ainda comporte à custa dos professores e mais funcionários que exporte, com o cRato e o Maduro num instante dados ao rapto, sem caráter, qual Dona Helena aqui, na retaguarda, com os seus comparsas. Numa seita de aventais e famelga igual à outra .
No mais, tem razão, sem vir ao ponto por nada, se foi diferente o caso, e por razões outras, foi nunca visto, foi giro esse cesto dos ovos por Fafe atirados, ai, que bem lhe assentavam .
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OCULOS HABENT ET NON VIDEBUNT ???
GREVES ???
“TANTOS” prejuízos fazem aos utentes (e familiares) dos “transportes” como também o fazem aos alunos (e seus familiares) . O “quantum” destes prejuízos é simultaneamente subjectivo e objectivo mas também aqui dificilmente quantificável . Se no segundo caso existe o “direito à educação” dos alunos , também no primeiro existe o “direito ao trabalho” dos utentes .
Como nota prévia devo dizer se me permitem que sou contra as greves porque se constata que apenas os grupos de pressão e geralmente privilegiados conseguem fazer greves . Contraditoriamente , “de facto” , uma medida discriminatória !…
ESTADO de DIREITO ???
A Greve é um Direito Constitucional . Se não querem os prejuízos acabem com este direito mas alterem a Constituição…Caso contrário , o “direito à greve” é para ser respeitado . Defender o “direito à greve” com restrições é pura hipocrisia !… E inócuo , portanto . E se fossem os alunos a fazer greve ?
É um total absurdo ao falar de “serviços mínimos” sobretudo
no sector da educação numa greve em dia dos “exames nacionais de português” !…
E um disparate convocar a totalidade dos Professores , de facto , uma ilícita camuflada requisição civil , recheada de uma fasciszante chantagem sobre os Professores já ameaçados de despedimentos e assim tão pouco livres para exercerem os seus plenos direitos perante o risco de ficarem numa “lista negra de faltosos” !…
E não quiseram vislumbrar os legítimos receios dos alunos não faltosos que até desconheciam a data da segunda chamada !…
Numa incerteza , é óbvio que os alunos vão à Escola
como os utentes dos transportes vão aos locais de
embarque … e em geral não concordam com a greve .
Puro egoísmo !… Esta confusa “sociedade abrilista”
que defende a greve , mas não concorda com ela quando lhe bate à porta !…
Mas QUEM são os responsáveis pelos prejuízos ???
Uma total e danosa incerteza durante a preparação dos alunos … Professores contra Professores …Alunos contra Professores . Alunos contra Alunos … Injustas e irreparáveis discriminações …
Vimos “delegados sindicais” entre os alunos , tentando explicar a situação , mas não vimos o ora incompetente Ministro da Educação !
Nuno Crato . Uma desilusão !…
O Governo aceitou o Tribunal Arbitral . Perdeu .
Depois , não aceita o “jogo” . É “trapalhão” . O que já não nos surpreende …
Em resumo . Os únicos e últimos responsáveis por esta danosa situação , são este incompetente Governo e o tão distraído Presidente da Republica , que tinham o poder necessário e suficiente para evitar esta vergonhosa tragédia que apenas empobrece ainda mais este País já em vias de extinção …
E quando os “alunos” batem nos seus Pais , e estes
batem nos Professores , temos uma “sociedade” que não nos merece o menor respeito . Apenas merece o incompetente Governo que elegeu .
(e os mui ilustres comentadores que apenas estão contra esta greve …)
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a terapêutica viegas é a melhor para estes gajos
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Esta greve teve a particularidade de ‘mostrar’ como (e porquê) – no sector privado da Educação (20% do total) – reina uma grande unanimidade.
Todos os alunos puderam realizar os seus exames sem qualquer perturbação. Todos os professores aparecem ‘satisfeitos’ com a sua situação laboral.
Esta unanimidade deveria – como de resto todas as outras – merecer alguma atenção. e saber, por exemplo, aonde chegou a precariedade do trabalho e, já agora, o medo.
Quais os meandros da apregoada ‘convergência’ entre sector público e privado?
Passa pela disseminação o medo ?
Esta será a única ‘riqueza’ a distribuir através de um sistema de ‘requalificação’?
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” Todos os professores aparecem ‘satisfeitos’ com a sua situação laboral.”
Pudera! Há que comer e calar. Se fizerem greve arriscam-se a ir para o desemprego. É desta forma que o governo pretende “democraticamente” resolver muitos problemas.
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Está enganado! Os professores no privado estão mais descontentes do que os do público, apenas não fazem greve porque os seus patrões (que vão buscar massas ao estado, isto sim é vergonhoso) arranjariam um pretexto (que não este) para os despedir, logo que fosse possível. No privado, salvo algumas raras excepções em instituições de elite a que o grosso da população não tem fundos para lá meter os filhos), os professores são muito mal tratados (trabalhos polivalentes desde aulas acima do n.º permitido por lei, vigilância e acompanhamento de alunos em tarefas não lectivas, trabalhos de limpeza, “impedimento” de faltar etc.) sofrendo chantagens represálias de variada ordem, caso se recusem a fazer o que os directores exigem. O que estes governos neoliberais de facto pretendem é acabar com a escola pública, para favorecer interesses privados já instalados no nosso país. Pode imaginar o que acontece a seguir: turmas de nível (discriminatório) > exclusão social (alunos de baixo ritmo de aprendizagem e deficientes) escola paga (discriminatório) > selecção de alunos, só os bons porque os maus fazem descer o ranking, e muito mais coisas negativas. Acredite que a escola pública é a melhor solução para o país.
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Eu não conheço as realidades todas, mas o sr. Pedro Dias também não.
Essa realidade pode ser lá na sua rua ou então o que na sede do PCP lhe transmitiram, mas nem todos os professores do ensino privado vivem nesse drama. Agora o que não tenho duvida é que rodeiam os alunos e os pais destes!
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isso tudo, trabalho escravo, mau salário, mau trato, e a declaração escrita de nem piar, não dizer nada … o Passos fez-se na privada .
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Para o amigo Churchill:
Também está enganado, por acaso até sou de direita e falo com conhecimento de causa, pois já dei aulas nos 2 sistemas. Nem todo o centro-direita se revê nas políticas neoliberais.
Cumprimentos
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Para a tralha o direito à grave è para colocar em moldura, nao para ser utilizado.
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Obrigado pelo elogio, por mim era mesmo para emoldurar.
Mas neste caso não venham com a conversa de defesa da escola publica.
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Na situação actual, na minha opinião, está primeiro a defesa do EMPREGO e só depois Escola Pública.
Quanto ao emoldurar, aproveita e junta mais alguns países sem direito à greve … podes começar pela coreia do norte 🙂
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Muito bem, Helena. Sobretudo temos que lembrar aos Srs. Nogueiras que ele e os outros mais de 200 professores destacados nos sindicatos (fala-se em 247 “professores” nessas condições) são pagos pelos nossos impostos, e por isso estão sujeitos ao escrutínio de toda a população.
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“Temos que reduzir o salário dos trabalhadores e retirar-lhes o direito à greve.” | Adolph Hitler, 1933
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Os jacobinos gostam muito de confundir a moral com a lei.
Nem tudo o que é permitido por lei é coisa digna de se fazer. A chantagem é um acto miserável que só desqualifica quem o pratica.
Isto não foi uma greve, foi uma chantagem manhosa a fingir que nem o era.
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“De jure” confundir greve com chantagem , é complicado !!! Por muito que desagrade , apenas senti chantagem numa convocatória total dos professores (durante uma greve) i.e. uma ilícita requisição civil …quando os professores estão na sua generalidade ameaçados de despedimento e ninguém quer ficar na lista negra dos faltosos porque quanto a retaliações isto em nada se distinguem duma antiga ditadura (aliás como também em muitos outros aspectos…) . Ditadura que não obstante aliás também nos dá lições de uma saudável gestão orçamental (transparente , sem truques contabilísticos e outras trafulhices ..) .
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razão tem, o cRato fez chantagem, escudado atrás dos alunos, como da população mansa, atrasada .
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cRATO ? LOBO(rato) escondido em pele de cordeiro . + Uma desilusão !!!
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“E por fim mas não por último também não aceito que me imponham o dever de pagar o ordenado com respectivas progressões a professores eternamente destacados nos sindicatos.”
Essa é boa. Então porque é que pago ao Passos? Não é formado em 1º ministro.
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Este governo quer destruir a escola publica porque chegou a conclusao que os otarios que la dao aulas e outros que as assistem continuam a vergar-se perante as ideias do idiota do ministro da eduçaçao , hoje que alguns professores marcaram a sua posiçao fazendo greve uns iluminados foram abrir as escolas para os alunos cagoes cheios de medo fazerem os exames. Pensei que professores , pais e alunos estivessem todos na defesa de escola publica digna e de qualidade mas nao anda tudo uns contra aos outros e o governo ri-se……
Depois dizem que temos a geraçao com mais habilitaçoes de sempre , para que se serve isto ? para nada esta tudo formatado para estarem inertes e prestarem vassalagem ao governo e andarem com bandeiras nas manifestaçoes cheios de energia , no dia das eleiçoes ficam quietinhos em casa porque se calhar pensam que ir votar esta fora de moda……..enfim.
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Os subterfúgios e a verdade
___Defender a Escola Pública —> Manter o emprego (mesmo com horário zero, ou com 1 aluno por professor)
___Defender o Direito á Greve —> Fenprof continuar refém da estratégia do Partido do *Homem do Bigode*
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