Porque é Domingo e São João
Acordo, olho pela janela, tudo na mesma. Sem nuvens: talvez seja o início do Verão. Na sala, janela a nascente: sol de Junho. É Domingo e cheira a pão a sair do forno. Na rua, para lá da casa do irredutível às maravilhas da expansão imobiliária em altura, a estrada nacional. Vê-se a padaria e o frenesim habitual; pessoas que entram e saem, uma em cada quinze com o jornal debaixo do braço. Pelas cores, nenhum desses é o i. Não sei se se vende aqui: as pessoas estão habituadas a ler os blogues na própria internet. Alguns passeiam o cão. Não há sinais de revolução. A Primavera portuguesa já passou sem que “os momentos inesquecíveis da revolução” se fizessem sentir. Pelo menos, se existiram, não ficaram na minha memória.
Não é má, a minha memória. Lembro-me do Teixeira dos Santos a dizer que havia um limite a partir do qual os juros seriam incomportáveis e teríamos que pedir ajuda ao FMI. Lembro-me que esse limite passou. E passou. E passou. E só não duplicou porque o PM da altura trocou o ministro das finanças por um candelabro com ar grave e sério e chutou a responsabilidade para Kant. Perguntou aos portugueses se “quem criou os problemas os deve resolver” e responderam-lhe que não. Disse que nos adorava a todos (eventualmente a rodos) e foi-se, para dois anos depois Voltaire.
Júlio chega ao prédio com a saca de pão. Pergunto-lhe da janela como está. Diz-me que está bem. “E essa crise, Júlio”? “Não está bom mas não leio jornais, se quiser propaganda vou a um comício”. E faz bem. Faz mesmo muito bem. É véspera de São João e a crise espera mais uns dias, que é como quem diz, a crise não se resolve, gere-se. Sobretudo, resta lembrar sempre que o FMI já não vem, já cá está e cá ficará.

Muito bom.
E viva o São João!
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O São João de janela
Que se goza por aqui
Não faz a rusga mais bela
Com um balão FMI.
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Ó meu rico São João
Desta Invicta que é Nação
Livra-nos do Seguro
E do Sócras na televisão.
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Nem o Socras nem Seguro
Governam este país.
É o Coelho impuro
Que não cumpre o que diz.
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Meu lindo São João
Ao Piscoiso explica
Que mentir por eleição
Só se cobra a quem fica
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Aceitar um mentiroso
Só porque é seu patrão
Não é lá muito honroso
Em dia de São João.
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São João tão popular
Diz-nos o que fazer
Socialistas a falar
É só sede de poder.
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Socialistam ou não
Todos querem o poder
Até mesmo o São João
Manda hoje, benham ber.
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Se poder querem todos,
Meu rico São João,
Porque protesta o Piscoiso
Pela vinda dum ladrão?
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Essa sua obsessão
Que tem pelos socialistas
Faz de si um curtas vistas
Ou é o seu ganha-pão.
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São João vê com quem falas
Que nos últimos 20 anos
Só não vê quem tem palas
Quem foram os teus amos
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Que tem a ver São João
Com o raio da política?
Que mente tão paralítica
Não vê mais nada, pois não.
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Fui falar c’a minha prima
Sobre esta austeridade
Ela diz-me que é cisma
Dos donos da herdade.
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São João não é de esquerda
Nem de direita será.
A política de merd@
Esta noite não vem cá.
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Austeridade é o que há
Quer queiram, quer não
Chamem-lhe solidariedade
E venha o Mensalão.
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O Rio à rusga não vem
Com medinho do povão.
É noite de São João
Só para gente de bem.
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São João de lápis na orelha
Ou máquina de calcular
Agora deu-nos na telha
P’ra de novo guterrar.
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Desejo aos blasfemos
Que no Porto hoje estarão
Que encontrem a minha tia
Na cama com SãoJoão.
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Hoje em dia a memória
Dura menos que madeixas:
Vai-se o café, fica a chicória,
E os protestos do bochechas.
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Parabens ao Piscoiso e ao Vitor…GOSTEI!
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Que raio de métricas! Por mim dava algumas reguadas. Mais ao Vítor, que é liberal, claro! 😉
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Era “na tevisão”.
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Parabéns aos dois. Bom São João para todos.
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Parcerias Pouco Privadas
Comecemos pela conclusão: foi o Estado que perdeu. Os contribuintes pagaram o que não deviam, por obras e serviços mal negociados. Houve pressões – da banca e políticas – cláusulas estranhas e muitas renegociações ainda mais prejudiciais que os acordos.
A parte polémica do relatório é a culpabilização, quase exclusiva, dos últimos governos socialistas, liderados por José Sócrates, pelo crescimento da fatura das PPP nas contas do Estado. E também, a sugestão, nas conclusões, de “que os responsáveis políticos à época devem ser chamados a assumir as suas responsabilidades, assim como a administração da EP, através da ação das entidades competentes”. Como o caso está, em paralelo, a ser alvo de uma investigação judicial, no DCIAP, a leitura deste ponto 146 das conclusões do relatório preliminar aponta para uma espécie de “testemunho acusatório” contra Mário Lino, Paulo Campos, António Mendonça, Teixeira dos Santos e Costa Pina, os ex-governantes nomeados pelo relator (além do responsável pela Estradas de Portugal, Almerindo Marques). Aliás, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária solicitou à comissão parlamentar o envio das gravações das audições no Parlamento. Mas nem a Justiça, nem o Parlamento, sabem ainda como terminará esta história, que teve início em 1995, com a celebração da primeira PPP: a da Ponte Vasco da Gama, que é apontada, ainda hoje, no relatório de Sérgio Azevedo, como “um dos piores exemplos”. Desde então, houve um pouco de tudo.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/parcerias-pouco-privadas=f736828#ixzz2X2rW47zD
E ninguém vai dentro ?
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E então iam prender o actual PR e o Presidente da Comissão Europeia?!…
É que prender um comentador televisivo é uma coisa, prender figurões em cargos de estado é toda uma outra estória…
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Das Parcerias Pouco Privadas evidencia-se a mais exótica de todas: a ponte Vasco da Gama.
Essa maravilha do regime foi feita com somente 2/9 de financiamento privado, tendo esse investimento privado sido pago já 9x em apenas 15 anos de exploração dos 33 inicial e tão dadivosamente concessionados!!!…
Uma curiosa taxa média superior a 50% na remuneração pública de tais capitais privados.
Um regalo de negócio só observado em processos de agiotagem…
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Foi a ponte Vasco da Gama que nos atirou para a bancarrota? Está vazia como grande parte das outras que vamos pagar durante décadas? Ou foi feita numa altura em que tínhamos capacidade de endividamento e precisávamos daquela ponte? Foi o PR e o pateta do Barroso quem renegociou a concessão para ficar a choruda renda que é hoje em dia? Tem noção de que o principal accionista da Lusoponte é a Mota Engil do Coelhone? Ou gosta só de “malhar na direita”?
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O responsavel pelo relatório Sergio Monteiro, secretario de estado, não era o bacano que nesse tempo das PPPS estava do outro lado da barricada?
Hàhahaa … os pecados do acesso ao pote!…
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«Troika à beira do fim com tensões entre Bruxelas e FMI
As tensões que têm vindo a público entre Bruxelas e o FMI podem ditar o fim da ‘troika’, noticiou hoje o diário espanhol El País. O jornal cita várias fontes comunitárias para quem a equipa constituída por Comissão Europeia (CE), Fundo Monetário Internacional (FMI) e Banco Central Europeu (BCE) tem os dias contados.»
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Doika para sempre.
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‘Doika’ não seria trágico se existisse uma UE… Mas o ‘pós-troika’ passou a ser – após o retiro no mosteiro – o ‘monólogo do Maduro’.
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Do nosso bom Poiares, o actual entertainer de serviço no governo, hesito ainda sobre se sucede um «vaqueiro», um «trinitá», ou «trinaranjus»…
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Bem visto! O rapaz tem jeito para destrír o pessoal
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o que querem os “Jotinhas” do PSD – nacional-socialismo
É PRECISO TER MUITO CUIDADO COM ESTA GENTE |
“Quanto custam os sindicatos dos professores” – pergunta a JSD ao ministro da Educação dois dias depois da greve dos professores.
Sejamos claros:
1) aqueles jovens não querem saber quanto custa a actividade sindical. A pergunta apenas reflecte o revanchismo anti-democrático que passa por esta tropa de choque;
2) as juventudes do nacional-socialismo alemã, no começo dos anos 30, muito antes da noite dos cristais, faziam perguntas deste género nos dias de sofrimento da República de Weimar. Não há que ter medo de fazer comparações, porque elas têm fundamento. E sabemos como a República de Weimar acabou.
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A República de Weimar era aquela que imprimia estas notinhas. Esse ensino de história foi no público?
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hihihi
Ainda que o Vitor só foi agora que descovriu a causa de umas notinhas a Alemanha tem um passado que melhor seja para esconder ou encovrir.
Tal como a Merkel. Pois claro. Há tantos assim.:)
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Por falarmos em revanchismo . . .
Agora que o Álvaro Cunhal está a ser incensado pelo partido,
e que o torneiro mecanico ou lá o que foi, vai penosamente
lendo papéis laudatórios do *bicho* é importantíssimo lembrar
que ele apoiou entusiasticamente em 1968 o esmagamento dos
checoslovacos em Praga pelos tanques de Moscovo.
A História tem que estar sempre presente para avaliar o futuro
se *eles* chegarem ao Poder.
Mas que pena de Portugal não estar à beira do Muro de Berlim
para o Chefe não pedir uma ajudinha quando foi da *traição à Revolução*
da responsabilidade de Ramalho Eanes . . . .
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O meu avô, que era monárquico, sempre me disse :
– Meu netinho, nunca fales muito com “jotinhas”, são todos como o de Massamá…, ou piores!
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Eheheheheh. Deve ter sido um desgosto quando soube do neto.
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Dizem que a democracia é boa
não há quem diga que não,
sem ela não se sabia
que havia tanto ladrão.
Quadra coronel Durão, cavalaria.
Pelo S. João folgazão,
para esquecer tanto ladrão.
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A Comissão Parlamentar de Inquérito à Contratualização, Renegociação e Gestão de todas as Parcerias Público-Privadas do Setor Rodoviário e Ferroviário – é este o seu título – foi criada, há mais de um ano, em 24 de abril de 2012, e já nasceu envolta em polémica. A maioria (PSD-CDS) não aceitou investigar, igualmente, outras PPP, na área da saúde ou da segurança, por exemplo. A lista de testemunhas também não foi pacífica. E o resultado, já se esperava. As conclusões podem vir a ser aprovadas apenas com o voto dos partidos que integram o Governo. À esquerda, o PS, que é o principal visado no relatório preliminar, já manifestou a sua discordância do texto, que revela, na opinião do deputado Rui Paulo Figueiredo, “uma banalidade confrangedora”. “Não estamos disponíveis para colaborar em encenações políticas que só se destinam a branquear este Governo e a criar cortinas de fumo”, prosseguiu o socialista. Mas também o PCP, através de Bruno Dias, acusa o relatório de ser apenas “a visão do PSD” sobre as PPP. E Pedro Filipe Soares, do BE, critica a “falta de abrangência” do documento conhecido na terça-feira, 18.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/parcerias-pouco-privadas=f736828#ixzz2X4FZYBFf
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“No Comments”
A parte polémica do relatório é a culpabilização, quase exclusiva, dos últimos governos socialistas, liderados por José Sócrates, pelo crescimento da fatura das PPP nas contas do Estado. E também, a sugestão, nas conclusões, de “que os responsáveis políticos à época devem ser chamados a assumir as suas responsabilidades, assim como a administração da EP, através da ação das entidades competentes”. Como o caso está, em paralelo, a ser alvo de uma investigação judicial, no DCIAP, a leitura deste ponto 146 das conclusões do relatório preliminar aponta para uma espécie de “testemunho acusatório” contra Mário Lino, Paulo Campos, António Mendonça, Teixeira dos Santos e Costa Pina, os ex-governantes nomeados pelo relator (além do responsável pela Estradas de Portugal, Almerindo Marques). Aliás, a Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária solicitou à comissão parlamentar o envio das gravações das audições no Parlamento. Mas nem a Justiça, nem o Parlamento, sabem ainda como terminará esta história, que teve início em 1995, com a celebração da primeira PPP: a da Ponte Vasco da Gama, que é apontada, ainda hoje, no relatório de Sérgio Azevedo, como “um dos piores exemplos”. Desde então, houve um pouco de tudo.
Ler mais: http://visao.sapo.pt/parcerias-pouco-privadas=f736828#ixzz2X4GGD2VQ
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Não sei porquê, mas as conclusões deste relatório, devem ter sido feitas por umas quaisquer personagens dignas de pertencerem, a um qualquer filme tipo “Feios porcos e maus”…
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É como diz : ladrões, cúpidos e sem vergonha . . .
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Neste post, achei interessante o Vítor espreitar da janela e lembrar-se do Teixeira dos Santos. Apetece-me pedir-lhe a janela emprestada como forma de esquecer Gaspar e Passos Coelho. Mas, a acreditar no que li, coisa com romantismo quanto baste e um forte apelo a qualquer pintor impressionista, o Vítor também prefere lembrar Teixeira dos Santos do que a dupla sugerida. É como um tipo lembrar-se da dívida de 10 euros do nosso amigo Eufrásio para esquecer a dívida de milhares de euros do nosso ex-amigo Bonifácio.
Fique pois com a janela, Vítor, em nome da minha infoamizade. 😉
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A diferença fundamental ~e a de que os citados por Fincapé
ainda não tenham sido indiciados de roubo . . .
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Nem discordo, Licas. Era a minha esperança de estes serem indiciados por destruição do Estado e do país. 😉
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Mas, sente-se , sente-se fortemente as *tremuras* dos adeptos
quando se fala de tratar judicialmente as PPP (Para os Papalvos Pagarem)
sem exclusão de qualquer Partido Político eventualmente no caso . . .
Sente-se bem o pânico . . .
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Na Noite de São João
Há muita sede escondida
O Piscoiso aldrabão
É uma puta vendida.
Ver *vermelho* em toda a gente
Não me façam por favor
Muito gajo, vou supor
É só malta indigente..
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Muita malta sem vergonha
Vende-se ao preço ajustado
Não é coisa que se ponha
A quem foi bem educado.
Mas há aos montes Piscoisos
Com o descaro devido
Onde se encontram poisos
É certo lá estar metido.
Não interessa o papel
Ignóbil e faccioso
Que desempenha a granel:
Só tem que ser frutuoso
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non non
Muita licas sem vergonha
licka-se ao preço ajustado
Não é coisa que se ponha
na boca de um forcado?
Mas há aos montes, coisos
Com o bacamarte devido
que encontram sempre poisos
pra lá estar bem metido.
Não interessa o papel ?
com que se embrulha o coiso?
Que desempenha a granel?
Só tem que ser frutuoiso
como dizia Abrunhosa talvez phoder talvez phoder?
parece-me assis muito fraquinha pra pôre no man jerico
é claro que a jerico dado não se olha o coiso?
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Fincapé HIPERLIGAÇÃO PERMANENTE
23 Junho, 2013 21:51
Nem discordo, Licas. Era a minha esperança de estes serem indiciados por destruição do Estado e do país.
____________________
E para mais bão custa mais um centavo uma Justiça
fora de toda a pressão política dos partidos visados pela sua acção.
ESPINHA DORSAL, mais nada . . .
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vai esperando
se chegares aos 100 vês socras julgado em efígie
o azar é que se chegares aos 100 és queimada como bruxa ou travesti uma dessas
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O chulo do Soares devia é ter cuidado porque qualquer dia as tais «pessoas que passam fome» (uma sardinha para 10 pessoas como no tempo do botas?!) ainda se lembram do 1.000.000,00€ que ele anda a mamar por ano na fundação e dos 20.000.000,00€ que ele roubou nos últimos dez anos com o esquema!!!! Sem contar com a fundaçãozinha que ele arranjou para a Maria. Fundações «his and hers»?…
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ó filha onde é cavia uma sardinha pra 10 ?
até em 1975 no lixo da lota se apanhava meio quilinho
a sarrrdinha mesmo no tempo da miséria thalassa cabia uma a cada dois
podia é nã haverr pão pá sarrrdinha
1942…mortos de tuberculose 6….mortos de fome nem 1 lá na aldeola
sardinhas salgadas vindas em 2ª mão de Évora pela estrada do caia 1 tostão por cada
jorna dos ratinhos 5mélréis das ratinhas 2 e quinhentos
trabalho por semana em média anual 1 dia…..
em 51-52 não houve sardinhas e as fábricas da paternidade de maria José rita
meteram o pessoal na rua
nº de mortos por suicídio 0 mortas por quedas acidentaes 25 …uma levou os 4 filhos na queda
bons tempos
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Gostei muito da desgarrada repentista. Estiveram os dois puxadores muito bem.
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Mercenários são assim:
Um bando de salafrários.
Juntam-se ao Partido afim,
De mamar pingues salários
Têm pouco de miolo,
Papagaios sem pudor:
Se levassem um *carolo*,
Saía água incolor.
Capachos de uso vário,
Sacripantas enfunados,
Ainda muito otário
Qu´ os leva bem incensados . . .
Pessoal de chama pouca:
Lá vão dando aos patrões,
Uma aqui, e outra boca,
A sentirem-se Camões
Oh que bestas, oh que parvos,
Estes recibos azuis,
De mente, nem dois avos,
Chafurdando em pauis,
De merda, certo, certinho
Matéria mais afim:
Debitada p´lo caminho
Estas bestas sem selim.
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