Limitados…
So há uma entidade responsavel por este clima de incerteza quanto a candidaturas autárquicas, em virtude da lei da limitação de mandatos: a Assembleia da República.
Quando foi levantada a questão, no início deste ano, a Assembleia da República tomou uma decisão por unanimidade dos seus grupos parlamentares: não havia problema nenhum com a lei nem nada a esclarecer (*).
A presidente da AR foi até foi muita clara e pedagógica: «Só se legisla de novo quando há razões suficientes para isso. Entendemos que não há. Se, cada vez que há um problema de interpretação, o Parlamento voltasse a legislar, aí é que o Estado de Direito sofreria alguma crise», afirmou a presidente da Assembleia da República.
«Só numa situação de contradição insuportável da lei é que o legislador teria que legislar de novo. O problema de interpretação cabe resolver aos operadores jurídicos. O meu entendimento como presidente da AR coincide com o entendimento unânime dos deputados» (*)
Portanto, em Fevereiro deste ano ficou-se desde logo a conhecer qual seria o calendário e o procedimento: primeiro apresentavam-se as candidaturas (a semana passada) depois contestava-se e haveria decisões judiciais (ontem), subindo agora a questão ao Constitucional. Que se pronunciará a poucos semanas/dias das eleições.
Foi tudo previsto em devido tempo, anunciado com meses de antecedência e desejado por unanimidade do parlamento. Os candidatos eventualmente prejudicados é apresentarem reclamação no respectivo grupo parlamentar.

Está tudo em perfeita harmonia com a qualidade, profissionalismo, rigôr e interesses, da nossa inqualificável classe política. Nunca se viu tanta mediocridade junta!!!
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Mediocridade?! Nem por isso! A classe política governa-se muito bem, ora essa!
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Se a presidente da AR disse as palavras de cima fica bem mostrada a sua qualidade política, mais a do órgão a que preside.
Um forte contributo para a compreensão do estado geral de bovinidade a que chegou este paupérrimo país, sem dúvida.
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Quanto é que a Assembleia da República, com o recheio actual e o das subvenções, custa aos esmifrados Portugueses?
Acaso estamos dispostos a sustentar uma horda de gente que, para além de ter a competência que se vê, é perita em trocadilhos de palavras, intrigas e mexericos?
Não foram as Assembleias que elegemos que sancionaram governos que nos puseram na miséria e na falência?
Um quarto dos deputados que temos, competentes e a trabalhar, faziam certamente leis melhores do que esta e custavam à nossa carteira muito menos.
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Aparentemente há candidatos às autárquicas que se estão borrifando para a interpretação da lei pela dona Esteves.
Querem continuar a ser presidentes de câmaras, sejam elas quais forem, até à reforma.
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Aparentemente a interpretação da lei pela dona immobile é nenhuma, já que apenas lava as mãos como Pilatos.
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A unanimidade da AR estava dividida: PS e BE achavam que a lei é clara com o seu especificar de «presidente de câmara», enquanto PSD, CDS e PCP e Verdes preferem cingir-se à interpretação de um pretenso espírito da lei, que um dos seus redactores principais (Rangel) tem desmentido continuadamente, refugiando-se numa «errata invisível» onde se deveria ler «presidente da câmara» ao invés de «presidente de câmara».
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Esta presidente da AR já conseguiu exibir nestes 2 anos que foi uma péssima opção para o cargo, não estando claramente à altura dele.
Mas isso em Portugal é normal: note-se a mediocridade do PR, do PM, do líder do PS, etc…
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Temos alguns autarcas a concorrer com Robert Mugaben, o homem está no poder há 33 anos:
Fernando Costa, 27 anos C.Rainha
Joao Rocha, 32 anos Serpa
Ribau Esteves, 16 anos Ilhavo
Filipe Menezes, 16 anos Gaia
Francisco Amaral, 20 anos Alcoutim
…
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A polémica com os mandatos dos autarcas, já nem no Burkina Fasso. Nunca vi em lado nenhum acontecer uma situação destas, em que um mês antes das eleições, as regras não estão definidas, e os candidatos não sabem se podem concorrer ou não; também sabemos agora de ciência certa, que os tribunais portugueses têm dois pesos e duas medidas: se é da direita, está impedido de concorrer, se é da esquerda, pode concorrer.
Tenho vontade de me livrar dos poucos tarecos que tenho, e pirar-me com a familia daqui pra fora, porque esta palhaçada a que em Portugal se chama democracia, atingiu o impossivel de acontecer. Quem é que acode a este pobre país?
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Coitados dos bichanos. Eu tenho mais de meia dúzia já não posso adoptar mais, mas não culpe os gatos pelo estado do país.
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Somos os melhores do mundo no jogo do empurrão!
Os outros que se lixem…
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“Só há uma entidade responsável por este clima de incerteza quanto a candidaturas autárquicas, em virtude da lei da limitação de mandatos: a Assembleia da República…“.
Não é bem assim. Os responsáveis são os deputados que temos e elegemos. Exclusivamente!
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De um ponto de vista estritamente jurídico creio que seria ao legislador que cumpria, em primeiro lugar, interpretar a lei. E para isso haveria que esclarecer qual era o objectivo exacto da lei. Não vejo ninguém mexer-se e os tribunais limitam-se a jogar com duas vias: a formal e aceitam as candidaturas controversas; a substancial e não aceitam. Claro que isto tudo vai acabar mal.
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