um bom exemplo
No ano de 2000, sob o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso, o Brasil viu aprovada a chamada Lei de Responsabilidade Fiscal, que, tendo na altura conhecido a oposição do PT e do próprio PMDB, hoje é unanimemente reconhecida como uma das principais contribuições para a estabilização do real e o desenvolvimento económico que o país teve na década seguinte.
No essencial, essa lei exige que os estados e os municípios brasileiros façam a gestão dos seus recursos por orçamentos anuais limitados à sua receita tributária, com pesadas restrições ao endividamento. O segredo da sua eficácia foi, porém, outro: as contas dos exercícios passaram a ter de ser aprovadas pelos Tribunais de Contas competentes e carecem da aprovação dos executivos seguintes, sem o que o que os governantes incumpridores ficam impossibilitados de exercer quaisquer cargos públicos durante um longo período de tempo. Esta lei introduziu critérios eficazes de responsabilidade financeira aos órgãos dos estados e das autarquias locais, e tem evitado que eles gastem mais do que efetivamente recebem e deixem pesadas facturas para os seus sucessores. A responsabilização política dos infractores foi o segredo do seu sucesso e o incentivo para a cautela com o dinheiro público.
Um exemplo que devíamos seguir em Portugal, certamente muito mais eficaz para a boa gestão dos recursos públicos do que qualquer limitação de mandatos autárquicos.

Não discordo dessa hipótese, mas Portugal está manietado por interesses extra-municípios (incluindo partidários), não possui nem suaviza a administração pública por estados, as eleições estaduais accionam-se com objectivos para além dos municípios e estes para além dos estados, a responsabilização é evidente e dura, os tribunais, os juízes cumprem leis, etc.
Em Portugal, raramente um autarca é responsabilizado por incipiente ou má gestão — tem sempre escapes, desculpas. Para eles, “está bem assim”.
GostarGostar
aprovado e apoiado, mas com funcionamento modelo alemao! porque lá só o propinato em SPaulo(superfacturamento na compra do metro da ALstrom e siemens) dava para termos metropolitano(se fosse á socrates 3)até ao Porto
GostarGostar
Corrige aí a data, em 2010 o FHC não era o presidente.
GostarGostar
Hola, amigos de máfia …
GostarGostar
Se os deputados não conseguem fazer uma simples leizita de limitação de mandatos, como é que conseguiam fazer uma leizona dessas? Só chamando mesmo o Fernando Henrique Cardoso, coisa que não me repugnava nada. Talvez voltasse a votar de forma positiva nas legislativas.
GostarGostar
Mas o FHC não foi suficientemente esperto. O PT é muito mais. É que os Tribunais de Contas não têm poderes sobre as verbas que o Brasil oferta os países amigos. Todos os delirantes da América Latina têm recebido gordas verbas… sem TC a chatear. Como as obras a que se destina o dinheiro, tardam, consta – consta, insisto – que uma boa parte dessa maçaroca regressa ao PT.
Prova que, além de Deus, também o PT escreve direito por linhas tortas
GostarGostar
Olhe que está a contradizer o seu colega Constantino
GostarGostar
Por falar nisso, que é feito da tal regra de ouro do défice zero ou coisa parecida que queriam inscrever na Constituição ou numa lei parecida cheia de força…? Já existe? Quais os efeitos práticos?
GostarGostar
“Pisa no acelerador que quem vai pagar é o próximo”
Com link para vídeo. Oiça-se o que o PT dizia da Lei de Responsabilidade Fiscal. A partir dos 1m30sec.
“Contra os trabalhadores, favorece o grande capital, a inflação ajuda ao crescimento…neoliberal”
Depois, ficou quando chegaram ao poder.
Falta um pormenor no texto… a Lei de Responsabilidade Fiscal obriga os Municípios e os Estados. Não obriga no mesmo grau o Estado Federal. Uma pena.
GostarGostar
O raio do tempo passa depressa.
GostarGostar
E tao depressa.
Presidente Henrique Cardoso? Lei de Responsabilidade Fiscal?
Aquele que houve de chamar os homens de negro (pela parte fúnebre) da instituçao Fondo Monetario Internacional?
Ora bolas.
http://biblioteca.clacso.edu.ar/ar/libros/sader/009-Brasil.doc
GostarGostar
Lei de responsabilidade fiscal? Vamos nessa – voto de olhos fechados!
GostarGostar