Somos todos não-socialistas, Carlos
Os socialistas – desde o dia em que Henri de Rouvroy sentiu que podia comer bifes sem remorsos se conseguisse construir um túnel de Madrid até ao mar (percursor do Mário Lino) – vivem inquietos com a perspectiva de existirem outros, os que denominam “falsos socialistas”, os que com o seu pensamento podem afastar a pureza inerente à filosofia humanitária e fraterna entre todas as pessoas humanas. Por isso, para zelarem por essa humanidade e fraternidade, executam umas purgas sanguinárias, poupando o mundo à desgraça do conflito intelectual, substituindo-as por preocupações mais mundanas como enterrar os filhos mortos em combate pela causa. Tem funcionado muito bem: o conde de Saint-Simon morreu há quase 200 anos e o termo “socialismo” ainda perdura pelo discurso de grandes humanistas como Stalin, Hitler e Mao.
Os liberais, por inerência à ideia estranha de liberdade, não tendem à participação nos concursos de popularidade que permitem determinar qual é o mais oh-espelho-meu-há-alguém-mais-liberal-que-eu. Agradecendo efusivamente o epíteto dividido equitativamente por três blasfemos de “estatista inteligente” atribuído pelo Carlos Guimarães Pinto, nomeadamente a parte do “inteligente”, pretendo demonstrar uma de duas hipóteses: ou o Carlos está errado nas consequências da redução do IVA, ou a escolha do termo “inteligente” é, pela parte que me toca, desmerecida.
Em primeiro lugar, IVA “bonificado” para um sector como a restauração não ajuda a combater a “monstruosa distorção entre economia privada e o sector público” pela simples razão de os restaurantes também serem usados por funcionários públicos e privados pendurados no sector público (construção, por exemplo), os que menos expostos estão ao desemprego no país. Das duas uma: ou a descida de IVA se repercute no preço da refeição (permitindo o aumento de consumo nos restaurantes dos dependentes dos impostos) ou o IVA não se repercute no preço da refeição (favorecendo os empresários do sector, naquilo que os socialistas chamariam uma “inaceitável transferência de dinheiro público para o sector privado” – uma espécie de cheque-escola). No segundo caso, é de estranhar a proposta socialista, que não passa, como o Carlos refere, de uma medida populista de aplicabilidade reduzida, colmatada por um subsequente aumento, quando der jeito. Pior que isso, se a redução do IVA se repercutir no preço da refeição (probabilidade baixa), a mensagem transmitida é a do fomento do consumo interno e não da poupança, exactamente o contrário do que deve ser feito. Não é por uma questão de princípio – redução de impostos, que subscrevo – que estou disponível para as unintended consequences desse princípio por um intervalo de tempo meramente eleitoralista.
Em segundo lugar, colocando a questão entre o ovo e a galinha, qual veio primeiro, se a receita ou a despesa, a resposta é evidente e o Carlos identifica-a: primeiro veio a despesa, depois veio a receita insuficiente para a manter, originando um resgate pela incapacidade do governo anterior em financiar os seus défices excessivos a custos não transcendentais. A mensagem liberal, que espero continuar a ser a inteligente, é que a renovação sustentada do estado, com mais ou menos fruta socialista, mais ou menos liberalizada, mais ou menos “é o que temos”, só será possível com redução intrínseca de despesa, demonstrável pela percepção do público que a elevada carga fiscal não serve simplesmente para providenciar os serviços que deseja mas, sobretudo, para manter a máquina burocrática necessária ao estado gigante. Portugueses: podem poupar e acumular capital que permitirá gerar riqueza ou podem ir jantar fora – vocês escolhem. Só não o façam pela definição formal do que é socialista ou liberal, façam-o por força da razão.

Aos argumentos deste texto já respondi no post que lincas. O mesmo argumento que justifica a não descida do IVA da restauração, justificaria a sua subida para os níveis do IA.
Quanto aos epítetos, não tencionei acusar ninguém do que quer que seja, apenas avisar para os perigos de se tentar fazer oposição aos socialistas burros, apenas sendo inteligente. Ninguém questiona que qualquer um dos três é liberal (o João Miranda anda a formar liberais há 10 anos), apenas se pode questionar se são liberais primeiro e apoiantes do PSD depois, ou vice-versa. Tenho para mim que o Luis Rocha, por exemplo, coloca o seu apoio ao PSD à frente do seu liberalismo.
O ponto do post é que nunca haverá redução do peso do estado sem uma forte opinião pública a disputar todas as subidas de impostos. A começar pelos liberais.
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“Quanto aos epítetos, não tencionei acusar ninguém do que quer que seja”
Eu sei, Carlos, nem era isso que estava em questão, simplesmente uma diversão sobre a possibilidade de todos quererem o mesmo por diferentes vias, todas felizmente pacifistas e contrárias ao discurso revolucionário trauliteiro que por aí anda. Da maneira como vejo, jogamos todos na mesma equipa.
O meu ponto é que a redução do peso do estado não ocorre com opinião pública a disputar subidas de impostos e sim com opinião pública a disputar o que recebe em retorno desses impostos.
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Essa da “partidarite” Carlos, é um tiro totalmente ao lado. Parafraseando o que o Balsemão em tempos disse relativamente ao Expresso, também eu tenho tido bem mais problemas no PSD por causa do liberalismo do que neste por causa do PSD. 🙂
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> socialistas burros
Eu cá por mim concordo, mas quando se vira o dente aos trastes, convém nao dar abertas como “percursor”.
Saber a diferença entre percurtir, percurso e precursor ainda marca pontos nesse campeonato.
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Realmente fazia toda a diferença. O que percorre, o que perfaz um giro, uma revolução.
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A economia é uma ciência social e existe uma variável residual (psicológica) a que os modelos econométricos e teóricos por muito que queiram não dominam .A despesa pública do “monstro” tem de ser reduzida em 10 000 milhões ,para sermos viáveis como estado independente e não uma qualquer faixa de Gaza.Esta redução faz-se com pessoas e a teoria deve ajustar-se à nossa idiossincracia ,ou seja, temos o povo que temos e é com estes que queremos continuar a viver.Os impostos devem ser reduzidos ,sempre que possível , por contrapartida no corte do “monstro” . É só neste “pequeno “detalhe que o P.S. falha e o sr Passos podia fazer um brilharete..
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Manuel
Há também a possibilidade da rejeita crescer, ou não?
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Eu percebo a questão de fundo, e qualquer familia equilibrada também, de nao se poder gastar acima da receita.
Mas o problema é que temos vindo a reduzir a despesa publica a taxas recorde e a receita tem caído quase ao mesmo ritmo, o que faz com que fiquemos com uma percentagem de divida maior (face ao PIB) e muito mais pobres.
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Crescer é essencial mas para isso é necessário: reduzir impostos,reduzir burocracia,reduzir corrupção,uma justiça eficaz e célere ,investimento e o mais importante, empreendedores.
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Reduzir burocracia e corrupção é o mínimo.
Colocar a justiça a funcionar parece-me um beco sem saída, mas espero estar errado.
Reduzir impostos nesta fase não vejo como.
Investimento e empreendedores estamos todos de acordo, mas para um pequeno país no extremo da Europa é quase como o Arouca esperar ganhar o campeonato de futebol. Ou há mesmo união europeia ou estamos mal.
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Mas há União Europeia. Só não há é TGVs grátis (penso que a nomenclatura é “sem custos para o utilizador”).
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Ou seja, eu não sei a receita, mas tenho lido muito especialista a dizer que cortar despesa publica é manter ou crescer os serviços reduzindo drasticamente os salários dos funcionários, colocando o médico ao nível do tipo analfabeto que varre o chão da fabrica.
Não se admire por isso que depois de 3 décadas a trabalhar para o Estado, onde entrei por concurso sem cunha, sabendo que ia receber muito menos que os meus colegas de universidade com a compensação de ter um risco menor, que agora esteja pouco receptivo para as comparações e não bata palmas de contente quando os Passos Coelhos e Portas deste governo me vêem tratar como um parasita.
Há 10 anos atras eu ia de ferias no Renault acampar e os meus colegas iam de BMW da empresa até ao aeroporto de onde seguiam com a familia para as Caraíbas, para gastar o premio que as empresas que agora faliram lhes davam, e nao me recordo de nenhum querer dividir comigo, apesar de sermos próximos. Nos jantares ainda me acusavam de ser pouco empreendedor e de ter medo do risco. Agora o “risco” chegou e já querem dividir as consequencias?
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“Portugueses: podem poupar e acumular capital que permitirá gerar riqueza ou podem ir jantar fora – vocês escolhem.”
Só não podemos é escolher parar de subsidiar peças de “Teatro Experimental de Intervenção” como estas, feita por um grupo de teatro financiado pelo Ministério da Cultura.
O Socialismo e a esquerda são isto que se vê no video:
ou isto:
http://anaborralhojoaogalante.weebly.com/art-piss-on-money-and-politics.html
“A casaBranca é uma estrutura financiada pelo Ministério da Cultura/Direcção Geral das Artes.”
http://www.casabranca-ac.com/quem-somos.html
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http://casab-ac.blogspot.pt/
Conversa de socialistas:
http://www.youtube.com/watch?v=DLow4mvW67o
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Eu sei, é deprimente.
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Já vários comentadores deste blogue chamaram a atenção para o facto de muito do que por aqui se escreve (sobretudo o vitorcunha e o João Miranda), ter como consequência precisamente o contrário do que pretendem defender. Isso talvez resulte da desvalorização da promiscuidade atualmente existente, entre os principais grupos económicos e as orientações governamentais que, em última análise, condicionam tudo o que diga respeito à composição e organização do Estado. O aumento do IVA na restauração é um mero exemplo. Ninguém que defenda a economia de mercado e que entenda a sociedade como algo mais do que uma soma de indivíduos ilusoriamente “livres”, pode defender a redução do consumo a um nível zero. Também não pode alhear-se das características da mão-de-obra e das suas consequências no desemprego, situação que não pode ser resolvida de um dia para o outro. Ora, o aumento do IVA na restauração (que, a não se reflectir no preço, representa um risco na sustentabilidade do negócio), não só destruiu uma das poucas “almofadas” para o desemprego, como atirou milhares de pessoas para a dependência de subsídios estatais- precisamente o contrário do que o vitorcunha diz defender. Depois, não existem “IVAs bonificados”. O IVA é um imposto que pode funcionar como corretor do consumo, se incidir em produtos importados. Não foi isso que aconteceu.
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IVA “bonificado” tinha aspas.
Se a redução de IVA na restauração não se repercute no preço da refeição, sendo absorvido pelo empresário, como será de supor, uma vez que restaurantes que “não se aguentam” já faliram e já, a redução do IVA na restauração é equivalente a um subsídio ao sector. Não creio que neste blogue os subsídios sejam particularmente bem vistos.
Por outro lado, não compete ao estado decidir sobre a sustentabilidade de negócios, muito menos providenciar almofadas para desempregados em áreas de serviços através da subsidiação via desorçamentação de subsídios de desemprego.
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Vitor: Não podemos mudar a mentalidade de um povo numa legislatura. Leia a história económica do país desde a expansão ultramarina e verá que sempre foi limitado o nosso empreendorismo ,as maiores taxas de crescimento deram-se no governo do Dr Salazar (conhecia bem as nossas gentes)com a adesão á EFTA e a entrada dos empresários estrangeiros. Resumindo ,o nosso povo não se enquadra nos seus modelos teóricos .Sou a favor da descida de todos os impostos ,sempre com contrapartida de cortes no “monstro”
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Descidas de impostos correspondem a aumentos de impostos no futuro. As descidas de impostos devem ser a contrapartida dos cortes no monstro. Esfomear o monstro só o torna mais voraz.
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Essa da redução do IVA vir a ser um subsídio ao sector é um argumento digno da Hello Kitty.
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Então se ela concorrer, voto nela.
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Mas, com o que o Vítor defende, o Estado “decide” sobre a sustentabilidade do negócio e o nível de dependência em relação a subsídios. Pela negativa, mas decide.
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É uma questão de opção. Olhando para a televisão, a alternativa que vejo é nenhuma.
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uma noticia que deve encher de orgulho os “rapazes do liberalismo”, em Chicago, em Berlim ou em Lisboa:
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http://www.publico.pt/economia/noticia/alemanha-tera-poupado-41-mil-milhoes-de-euros-com-crise-da-divida-1603461#/0
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“Poupar” tinha outro significado quando andei na escola.
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do meu ponto de vista só a forma verbal “terá poupado” está mal escolhida.
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Portela:
Esse foi um dos objectivos da política europeia a que a UE se submeteu vergonhosamente.
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não se percebe nada , god. essa atrapalhação resulta de ser difícil responder aos argumentos lógicos do carlos ?
e já agora pq pagam os livros 6% de iva ? desde quando é bem básico ? desçam o da restauração e subam o dos livros..há mais comedores que leitores 🙂
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e os jornais e revistas tb têm taxa reduzida pq devemos subsidiar esses sectores livreiro e jornaleiro e não outros ? subam o iva dos jornais para 23 % :não há nenhuma razão válida para não o fazer. jornal é um entretenimento , as noticias podem ser ouvidas na radio e tv.
não me digam que não o sobem pr a politica precisa da imprensa ?
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Totalmente de acordo.
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entretanto está aqui um tema do âmbito de HFMatos no Blasfémias mas, deve estar de férias merecidas 🙂
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http://www.publico.pt/mundo/noticia/brasil-denuncia-actuacao-injustificavel-das-autoridades-britanicas-1603433
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Bem verdade, socialistas daqui, dali, PS e PSD mais CDS-PP, não passa de mesma guerra de seitas, máfia, todas iguaizinhas na arte .
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Es así, dijo 🙂
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http://www.youtube.com/watch?v=p1q8nW5sarQ
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Woody Allen é dos realizadores que mais admiro.
Ultimamente só tem filmado na Europa.
Diz ele que é mais barato.
Já havia dito que um cameraman, para ligar a câmara à corrente, nos States tem de ser um electricista a fazê-lo. Na Europa é próprio cameraman.
Depois de filmar em Londres, Paris, Roma e Barcelona, revela ainda que as cidades na Europa subsidiam os seus filmes sem qualquer imposição, o que não acontece nos States.
Se Woody Allen é socialista ou prefere filmar com apoio de socialistas é que não sei.
O que sei é que encontrou mais facilidades em exprimir a sua arte na Europa com a ajuda do poder público, neste caso das autarquias.
Até gostava de saber se Rui Rio financiaria um filme de Woody no Porto, sem corridas de automóveis.
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Acho que podia financiar. Bastava para o efeito endividar-se como um idiota.
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O autarca que estaria disposto a conceder esse apoio mesmo que para tal agravasse a dívida da câmara do Porto seria…LFMenezes.
E, se CAAmorim fosse eleito presidente em Gaia, WAllen ficaria surpreendido com um duplo apoio, Porto e Gaia, que se lixasse a dívida vigente em Gaia, desde que LFM e CAA surgissem no filme como simples figurantes…
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O Porto viria atrasado. Já houve promessas de endividamento em Lisboa.
http://www.ionline.pt/artigos/boa-vida/antonio-costa-quer-woody-allen-filmar-lisboa
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No Público de hoje (pg.28) explica a candidatura de Lisboa a um filme realizado por Woody, liderada por Bruno Reis no Facebook, desde o ano passado.
Se em “Para Roma com Amor”, Woody gozou com a ópera, pondo um cantor em palco num chuveiro, uma vez que só cantava bem no banho, com o fado iria colocar um fadista todo bêbado nas caves de Gaia, provavelmente interpretado por Herman.
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Fixe. Ainda pagamos para gozarem com o palerma do tuga carpideiro? Voto nisso.
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De facto não se percebe a necessidade de ter um electricista a ligar as câmaras do Mr. Allen (aquele pedófilo que quase toda a gente finge que não vê!), já que o indivíduo não lhes faz qualquer movimento.
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Chamam-se sindicatos.
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Já percebemos a profundidade do liberalismo do VC: solidariedade social até pode ser desde que saia grátis…
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Não seja parvo, YHWH. Solidariedade sociopata não existe. Precisa mesmo de juntar duas palavras de forma a criar expressões ocas para pedir um subsídio?
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Se é idiota acreditar que “Meia-noite em Paris” teve 113 milhões de receita, tem razão.
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Para os parisienses? Brutal!
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Não sei os termos do contrato da produtora com a mairie de Paris.
Sei de parisienses que ficaram maravilhados com o filme.
Sei que o filme é uma excelente publicidade à cidade.
Se pretende saber como foi distribuída a receita do filme, contacte a produtora do filme.
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Não vou contactar a produtora, não sou parisiense. Gostei do filme. Felizmente não o paguei sem saber que o tinha pago.
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A sua prima é que podia convidar um cineasta para realizar um filme no restaurante. Bem sei que já tem a sala cheia e não vai ganhar nada com isso mas, ó pá, maravilhava-se.
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Até lhe dou pormenores.
O filme foi feito no tempo de Sarkozy, que pôs como condição incluir a mulher Carla Bruni no elenco. Woody terá encolhido os ombros e deu-lhe o papel de guia turística numa curta aparição.
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Boa, podemos meter o Sócrates e companheiras na TV.
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Isso da prima e do restaurante é um filme seu?
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Os 113 milhões de receitas não foram divididos com Paris.
Esse filme sempre previsível e pontualmente entediante, nem é nada de especial na filmografia de WAllen.
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113 milhões e Woogy precisa ser subsidiado !!!
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Com tantas “certezas” adquiridas, no texto do Vítor, o que se pode dizer a isto? Sei lá, nada!
A não ser que o (ultra)liberal Vítor será o cidadão ( 😉 ) do planeta que mais usa o termo “socialista” por segundo. É certo pois poderia usar o termo “social-democrata” que o seu partido imprime nas camisolas que, curiosamente, o Blasfémias nunca editou.
No fundo, faz o papel do Constantino e do Tea Party, esse famosos lutadores pela (sua) liberdade absoluta.
Nada de anormal. Basta estudar os seres humanos sob o ponto de vista antropológico, sociológico e psicológico para compreender que se alguém morrer atropelado a caminho de Fátima a culpa é sempre do automobilista, mas se o familiar alvo da religiosa promessa se safar da delicada operação cirúrgica a que vai ser sujeito o mérito é da famosa senhora vestida de branco e não do cirurgião.
O Vítor e os senhores do Tea Party sentem-se ameaçados pelo “socialismo” (que eles entendem por “comunismo”). Ou fazem de conta que sentem.
O que significa que não compram os livros que gostariam de ler, não vão à praia quando lhes apetece, não circulam na rua sem licença superior, não escolhem a casa que querem para viver, não procuram o emprego que gostariam de ter, não compram a máquina de barbear que gostariam, não bebem a coca-cola que desejariam… enfim um ror de limitações que provoca o horror dos nossos (ultra)liberais. Vivem desgraçados da sua vida querendo simultaneamente salvar todos os outros. Nem o desastre Hayek, adoçado com um Nobel para que não acabasse doido sem perceber porque é que os nórdicos contrariavam as suas teorias* mostra ao (ultra)liberalismo tuga a realidade.
Digamos que, nos desvios ao amplo centro político, a teimosia do residual (ultra)liberalismo tuga não difere muito do marxismo/maoismo/leninismo/estalinismo dos anos 60 a 80, talvez exceto nos factos de ser menos verdadeiro, mais rejeitado, profundamente egoísta e nada estimulante sob o ponto de vista intelectual.
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*Hoje bastava dizerem-lhe: caro Hayek, é que a consistência das suas teorias baseiam-se apenas em tentar dizer o contrário de Keynes – e isso é pouco.
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Não diga “socialismo”, diga “desta é que é”. É mais correcto.
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Como é que se há-de chamar à falácia do “socialismo” vs. “liberalismo” num planeta com cerca de 200 países, que representam igual número de modos de vida diferentes, provavelmente com larga maioria de mercado livre, mas de suficiente inteligência coletiva para não deixarem o “tubaronato” tomar conta da sociedade, negando-a depois?
Proponho algumas designações: falácia da bipolarização; falácia da descontinuidade; falácia da destruição dos meios; falácia da tower bridge; falácia das duas colinas; falácia da balança de braços; das pernas sem tronco; falácia dos óculos de ver prós lados; aceitam-se outras sujestões. 😉
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Chama-se “nostalgia soviética”.
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“…sugestões…”, claro.
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O Vítor anda mesmo abaixo de forma. E olhe que isto é um elogio. “Nostalgia soviética”? Supondo que eu acreditava que o seu liberalismo é assente numa certa forma de liberdade e de democracia (coisa muito duvidosa), caso eu pertencesse aos 40 ou 50% de miseráveis pobres poderia sempre assaltar o Vítor e os outros privilegiados, porque, uma vez que não gostariam de gastar dinheiro dos “vossos” impostos com os presos, provavelmente eu seria solto. Na União Soviética seria mais difícil a minha libertação. 😉
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Nunca disse que recusava pagar impostos. Nem nunca disse que esperava ser receptor líquido. Mas há maneiras mais delicadas de me extorquirem.
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Vítor, não fique em pânico, olhe que não sou nenhum assaltante. 🙂
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Podemos divergir acerca disso. 🙂
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Podemos, claro. Um do outro e o outro do um. 🙂
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“Digamos que, nos desvios ao amplo centro político, a teimosia do residual (ultra)liberalismo tuga não difere muito do marxismo/maoismo/leninismo/estalinismo dos anos 60 a 80, talvez exceto nos factos de ser menos verdadeiro, mais rejeitado, profundamente egoísta e nada estimulante sob o ponto de vista intelectual.”
Está tudo dito.
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90% dos restaurantes em Portugal já faliram antes de abrir.
Quando abrem portas já estão em negativo.
Depois é gerir a dívida. Como o Sócrates fez.
Nas empresas é o mesmo.
Antes de abrir já faliram.
Triste verdade.
R.
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Você não sabe mesmo do que fala, ou refere-se a restaurantes tipo “eleven”?
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E o Egito? Nada?!
Nem uma linha aqui no Blasfémias?!
Enfim…
R.
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La televisión estatal informó de que después del arresto de Badia, la bolsa egipcia registró una subida inmediata y ganó 3.500 millones de libras (unos 500 millones de dólares).
… é prendê-los todos no Hamas e a Faixa de Gaza deixa de um índice de pobreza extremo!
R.
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Esta estória do IVA na restauração é conversa de bacocos, de gente que não conhece o portugal dos pequeninos em que está metido. De gente que perde o tesão no limbo entre a tese e a antítese.
O sector é dos que mais foge ao fisco. Uma grande percentagem dos estabelecimentos só se aguenta à custa de uma administração fiscal que vive do cruzamento de dados e de apanhar o pentelho nas declarações de IVA, sem por os pés na rua.
Fossem todos cumpridores e, mesmo com IVA a 6%, desapareciam mais de 30% dos tascos.
O impacto do IVA é negligenciável: 0,05€ num café; uma refeição, antes a 10€, passou a custar 10,9€. Como dizia o outro, é só fazer as contas
Vem agora o PS servir de caixa de ressonância da demagogia da Ahresp, com a benção de uma comunicação social e de uma chusma de comentadores que vivem numa realidade paralela.
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30%?
60% no mínimo.
R.
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Acabem com discussões e teóricos de lana caprina, bla´-blá-blá. A solução segura, sustentada e sustentável é esta:
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(in Reforma ‘Pombalina’):
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“-IMPOSTOS E FISCALIDADE:
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5) ABOLIÇÃO de todos os Impostos substituindo-os por um único: INU – Imposto Nacional Único colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (**)
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8) Instauração da PENSAO NACIONAL UNICA, igual a 2 ou 3 vezes o SMN-Salario Mínimo Nacional, universal e igual para todos os Reformados Portugueses (****)”
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Quase apetece dizer ‘mas etsta gente a
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9) Criação do Fundo Nacional de REFORÇO DA PENSÃO NACIONAL UNICA, gerido pelo Estado, para quem queira depositar mensalmente um valor incerto a qualquer momento para assegurar um reforço publico do valor mensal da Pensão Nacional Única atingida a idade de reforma até ao falecimento (****)
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(****) Na transição do velho para o novo Sistema, passariam para o Fundo de Reforço da Pensão Única, os valores já descontados por Empregados e Empregadores correspondentes à diferença entre o valor da Pensão Única e a Pensão em vigor no momento da Inscrição na Segurança Social
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(**) Pagamento dos Ordenados Brutos aos Empregados pelas Entidades Patronais.
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6) AMNISTIA Fiscal para estancar o estado de falência do Tecido Económico Nacional e a insolvência dos Cidadãos, já praticado antes e depois do 25 de Abril.”
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e para essa coisa das Pensões e Reformas cujas medidas são um roubo, uma irresponsabilidade, uma garotice,o caminho é este sem prejudicar os atuais reformados e pensionistas e não mentir aos futuros que se arriscam a receber ou 0 ou menos de metade do que descontaram:
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“-SEGURANÇA SOCIAL:
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7) ABOLIÇÃO dos Descontos mensais de Empregadores e Empregados substituindo-os pelo IUSS – Imposto Único de Segurança Social colectado sobre tudo o comprado e facturado dentro de Portugal (***)
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(***) Pagamento dos Ordenado Brutos a todos os Empregados pelas Entidades Patronais.
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8) Instauração da PENSAO NACIONAL UNICA, igual a 2 ou 3 vezes o SMN-Salario Mínimo Nacional, universal e igual para todos os Reformados Portugueses (****)
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9) Criação do Fundo Nacional de REFORÇO DA PENSÃO NACIONAL UNICA, gerido pelo Estado, para quem queira depositar mensalmente um valor incerto a qualquer momento para assegurar um reforço publico do valor mensal da Pensão Nacional Única atingida a idade de reforma até ao falecimento (****)
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(****) Na transição do velho para o novo Sistema, passariam para o Fundo de Reforço da Pensão Única, os valores já descontados por Empregados e Empregadores correspondentes à diferença entre o valor da Pensão Única e a Pensão em vigor no momento da Inscrição na Segurança Social”
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Quase apetece dizer ‘mas estes mandantes andam a ver filmes’ ? Andam à procura do Santo Graal ? Estamos feitos com estes que se escolheram para nos representar.
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Não dão mais que isso para a ‘cesta’ ? Querem sonhar mais o quê ? Já chega, estamos na altura de aterrarem na Realidade. Ou a Troika é uma invenção, uns sonhadores ?
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Há que sair desta ‘engonha’ ainda este Verão. Com Situação ou Oposição que andam engonhados, já não pega o embaralhar para dar de novo.
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lino
14:53,
Não sabia essa, do ACosta.
WAllen é sempre bem-regressado a Lisboa ! Ou ao Casino Estoril com o seu grupo de jazz.
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Sobre Canhotos e Bonzos, para os mais dados a discutir “nos céus e nos aléns’ das teorias salvaguardando sempre que no final cada um come do que gosta, a gosto temperando qb, uma entre tantas outras dum lado e do outro:
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Facto real = Portugal era o país da Ue onde mais se comia diariamente em restaurante e por preço mais economico- qualquer normal trabalhador ia ao almoço comer ao restaurante em vez de trazer a lancheira de casa, como na Belgica, Holanda, alemanha..
Teorias: nada disto interessa porque com o aumento do iva o emprego mantem-se a receita aumenta as importaçoes matem-se e as exportaçoes tambem.
na realidade já se nota muito mais desemprego, as importaçoes mantiveram-se as exportaçoes de desempregados aumentaram e as receita das finanças? ouço dizer que diminuiram.
facto real: Portugal esta a perder uma caracteristica unica na Ue: os restaurantes fecham e os que se mantem aumentam os preços muito.
Sem grandes locubraçoes ajudem-me a fazer as contas. Ganhamos ou perdemos?
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Falso. Os que fecham merecem fechar.
Sobre os preços, é ver o preço do Happy Meal.
R.
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A diferença entre os alegados liberais e o alegados socialistas é — e digo-o no momento em que todos, à excepção de VC, sabemos que o socialismo foi, há décadas, “metido na gaveta”, — a percepção sobre qual o mecanismo de controle social mais eficaz para manter a elite dominante no poder: distribuir pouco por muitos e fazê-los acreditar que são iguais, ou atribuir prémios simbólicos a uns poucos e fazer os outros crer que têm iguais oportunidades de serem premiados.
As duas soluções faliram há muito. O único problema é que as elites preferem um mundo impossível a um mundo desconhecido. Como sempre assim foi.
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Assino por baixo e por cima.
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Como é evidente para qualquer um que viva na economia real e não no mundo da fantasia, o aumento do IVA decretado pela troica não foi repercutido no consumidor, foi absorvido pelas empresas, até ao ponto de começarem a rebentar o que está a suceder agora.
Já agora se o IVA na restauração a 23% é tão bom para a economia porque não por o IVA a 80%?
Aparecerão sempre alguns para defender e justificar esta medida. Sobretudo aqueles que não fazem a mínima ideia do que é o emprego na restauração, e que preferem põr essa gente, na maioria analfabetos funcionais, a trabalhar nas fábricas para a exportação. Quais? Talvez as dos filmes do Charlot..
Só queria lembrar aqui que se há paraísos fiscais é porque há infernos fiscais, e quem tiver juizo neste país já se pôs a andar, a menos que trabalhe nas minas de ouro da economia das rendas fixas (para os mais finos = bens não transaccionaveis).
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O JP Ribeiro vem reforçar a ideia que redução de IVA na restauração seria subsidio ao sector.
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Quem vive na economia real sabe que o que rebenta as empresas que pagam IVA são as empresas que não o pagam.
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O liberalismo não tem uma costela social, não tem pinga de preocupações sociais? (foge, ao iva que está a pinga e a costeletas…)
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O que é uma preocupação social? Empregar mais professores? Empregar gente para cavar buracos e outros para os taparem?
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Sei lá, dar um osso a uma cão, ajudar a estacionar, pagar salários….
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O cão tem fome? O condutor está a estacionar para roubar a casa? Salário a quem?
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“O que é uma preocupação social? ”
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estou a ficar preocupado com vitorcunha 🙂
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É uma preocupação social?
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quero dizer, não é propriamente a pensar na sopa dos pobres do MotaSoares mas, posso ajuda-lo a marcar uma consulta no SNS.
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“… posso ajuda-lo a marcar uma consulta no SNS.”
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O Vítor tem seguro. Enquanto não adoecer pode contar com os privados. Quando adoecer se calhar cortam-lhe o seguro. Ou provam que o Vítor teve uma constipação quando tinha dois anos e meio e não a declarou no contrato do seguro, pelo que lho anulam.
Depois, eu próprio peço encarecidamente ao Portela Menos 1 que lhe marque uma consulta no SNS. 😉
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O Fincapé fica preocupado porque já sabe que o meu seguro é mau mas o SNS é bom se tiver ADSE.
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O SNS é sempre bom. Não sei se seria bom um sistema universal do género da ADSE. Se eu pudesse decidir, tornaria a ADSE opcional e talvez aberta a todos os portugueses. Provavelmente acabaria porque muitos utilizadores não gostam de pagar três vezes a sua saúde por via do desconto normal, pelo desconto para a ADSE e pelo co-pagamento. O Estado poupa muitos milhões com o sistema.
O estudo feito por uma comissão considera que cada português no SNS custa mais de 900 euros e o custo dos utilizadores da ADSE é apenas de 700, embora a mim pareça que ainda é manos do que esse valor.
Os liberais preferiam que o Estado gastasse mais, mas acabasse com a possibilidade de escolha que a ADSE representa. Eu sou mais ou menos indiferente dada a poupança do Estado e o facto de os que para ela descontam poderem em qualquer parte do país dela serem utilizadores.
Já o mesmo não acontece com o chamado cheque-ensino que é uma forma dos lisboetas e portuenses quererem que o Estado lhes pague o ensino privado, não acessível ao habitantes de Sardinheiras de Baixo. 😉
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Não tenho nada contra a ADSE.
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Ai, ai, Vítor. Essas rendições parciais…
O que lhe vale é ter adversários tolerantes. 🙂
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Quais rendições? Pensava é que o Fincapé não gostava de PPPs, afinal só importa é o beneficiário.
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Claro que não sou contra as PPP. Só sou contra quase todas as que os governos fizeram, prejudicando a generalidade dos portugueses, o que é diferente.
Gosto das PPP que deem lucro ao Estado, logo a mim. 😉
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Como o Xerife de Nottingham.
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O “mim” aqui representa “nós”, o povo, os portugueses. É a minha maneira de ser egoísta: quero para “mim” o que quero para “nós”, para os “outros”. 😉
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Isso do socialismo e da social democracia são piadas de verão ou balelas para esquecer os incêndios?
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Estilo Coffin Ed Johnson de http://www.openroadmedia.com/all-shot-up?
Mesmo que desse um pontapé ao cão, virasse a cara para o lado, nem pagasse salários, a simples presença é um “ismo” que faz a ligação ao “social”.
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No fundo, mesmo lá no fundo, com um bocadinho de imaginação, por entre o fumo, verifica-se que a sociedade é só um conjunto de pessoas individuais.
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Outra falácia.
O que é uma equipa de futebol? O que é uma turma na escola? O que é uma associação de condóminos? O que é um bando? O que é uma manada? O que é uma “vara”? O que é um souto? O que é uma cáfila? O que é uma matilha? O que é uma alcateia? O que era o governo de Thatcher? 😉
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Tudo conjuntos de pessoas individuais. Agora chamam-se “bandas” de músicos. Antes era conjunto musical.
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Que, lamentavelmente, são incapazes de viver individualmente.
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Sim, transaccionam. Chama-se mercado.
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Nisso tem razão, Vítor. O governo de Thatcher parecia muitas vezes um mercado, embora muito, mas mesmo muito, regulado, pela dita. Agora, não sei quem comprava o uísque, se governo, no seu conjunto, se ela própria no seu individualismo. 😉
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O socialismo e a social democracia no protectorado desde há muito serve para cobrir bandos de malfeitores e mafias especialistas em enriquecimento ilícito. É vil a forma como os partidos funcionam, de uma ponta à outra, com mais ou menos aventais à mistura. As ovelhas amestradas da AR tecem negócios chorudos com ligações à empresas públicas e às autarquias. Se um dia o tuga acorda e percebe a renda da água e da electricidade a coisa pode mudar. Esse dia ainda vem longe.
O tuga velho continuará distraído com a bola, e com as telés, o novo dá tudo pelos “concertos” em que o sniff conta mais que a música. Enquanto os papás pagarem vai correr tudo bem, depois não se sabe.
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De acordo com o que escreveu . O mais interessante é que a situação está muito igual ao que eramos em 1891 ,aquando da outra bancarrota e pré-queda da monarquia.O tempo passa e a cultura do povo fica inalterável apesar do esforço da república , do estado novo e da democracia em instrução e ensino. A emigração outra constante da nossa terra com a pátria-mãe a viver das remessas dos que manda borda fora .Que povo somos nós?
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Para que o Manuel veja o tamanho da sua asneira, viaje pelo país, aprecie a sua beleza, veja a cultura média (fraca ainda, é verdade) e depois recorra a fotos antigas do final do século XIX, com o qual faz comparações.
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Para que Javitudo possa, finalmente, ver um pouco mais, faço-lhe a mesma recomendação.
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Aos dois, recomendo ainda que vejam imagens do Portugal de 60, da emigração, das mulheres com buço e calcanhares rachados, dos 60 ou 70% na agricultura, etc, etc, etc…
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Agora, façam ainda outro exercício: comparem o que têm agora, pensando que estivemos sempre na cauda da Europa em tudo, e façam-no ao mesmo tempo que viajam nas nossas estradas.
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Por fim, vão à atual situação financeira e retirem-lhe todo o bolo que foi distribuído pelas máfias capitalistas/financeiras liberais, mas daquelas muito, mas mesmo muito liberais, mas agarradas à teta do Estado.
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Se depois destes exercícios continuarem a dizer que a culpa é da social-democracia é porque não têm cura. Se reconhecerem que afinal cometeram erros de análise, talvez um dia possam fazer avaliações mais ponderadas… e credíveis. 😉
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A sua “cauda da Europa” traça a linha da Europa muito a ocidente. A Roménia diz-se da Europa. Devem estar enganados.
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Pronto, Vítor. Cá estou eu sempre pronto a ceder. Atrás dos países nórdicos social-democratas, em vez de “cauda da Europa”. 😉
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Muito bem, Fincapé. Agora podemos falar da recuperação sueca das circunstancias terrivelmente socráticas que os levaram ao charco e o método usado para se erguerem em poucos meses.
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Isso é um assunto complicado. Repare que por cá, para compensar os ganhos excessivos de uns poucos, tem de se retirar a quem trabalha. Como de lá ninguém emigra para cá, suponho que não seja assim. Mas podemos medir através do nível dos impostos, do rácio salarial entre quem ganha mais e menos e do índice de pobreza. Tens esses dados? 😉
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Fincapé HIPERLIGAÇÃO PERMANENTE
20 Agosto, 2013 20:07.
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não se deve gastar muita cera com certos defuntos 🙂
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Isso é um assunto complicado. Repare que por cá, para compensar os ganhos excessivos de uns poucos, tem de se retirar a quem trabalha. Como de lá ninguém emigra para cá, suponho que não seja assim. Mas podemos medir através do nível dos impostos, do rácio salarial entre quem ganha mais e menos e do índice de pobreza. Tens esses dados?
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Fincapé: Todos os partidos são socialistas ,inclusivé o CDS/PP. O problema não está aí ,eu tenho votado neles .O grave é que o regime degenerou numa cleptocracia ,em que grandes empresas vivem encostadas ao estado com rendas asseguradas e a política foi capturada pelo poder económico, como referia o Javitudo e como eu via a repetição da bancarrota de 1891 . Nesta data ,o resgate foi intermediado pelo banqueiro da época (Henry Burnay) que negociou em Londres,claro que ficou com o monopólio do tabaco ,a jóia da Coroa.Agora a situação é semelhante com o governo a garantir rendas certas ,PPP,Produtores de electricidade, e outros. Claro que a “nomenclatura” tem sempre o lugar nas EDP,PT,GALP ,CGD …..Eu conheço o nosso país ,no entanto, considero dramático e vergonhoso não sermos viáveis como estado independente.Veja a Grécia que Eça e Ramalho comparavam com Portugal ,a caminho do 3º Resgate e nós a caminho do 2º !Estamos bem e recomenda-se ,a seguir a Sócrates,Passos e a cereja em cima do bolo ,Seguro.
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Sim. Visto dessa maneira, concordo. Mesmo com o final. 🙂
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Com uma “direita” dessas, não surpreende que sejamos uma nação socialista. Pois não é que no meio de uma grave crise, que talvez seja a mais formidável que já enfrentamos, andam aí a discutir medidinhas nos termos da engenharia social que nos conduziu a esse estado avançado de anomia!
Não por acaso os blasfemos chamaram o Senhor Constantino para cá escrever. Como diziam os antigos, asinus asinum fricat.
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Queria discutir o quê? O domínio do xadrez pelos russos?
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Pronto, chegamos lá. O mercado é um acto social, socializante, são meras trocas de actos sociais.
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Gosto. Agora entremos na regulação. O meu vizinho fala à bronco.
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Tem piada, às vezes ouço o pastor a insultar as cabras, o chumbo a cair no telhado, nada que não se resolva com uma boa conversa ou talvez não. Depende do humor do “mercado”.
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Quem tem humor é a pessoa, não o rancho folclórico. Nesse uns estão satisfeitos enquanto outros ainda nem beberam.
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É certo que cada pessoa tem o seu próprio senso de humor, humor esse que até pode ser mais eficaz associando-se com outros, como Bucha e Estica, Os Três Estarolas, O Gato Fedorento.
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“…originando um resgate pela incapacidade do governo anterior em financiar os seus défices excessivos a custos não transcendentais.” Recusa de toda oposição em aprovar o PECIV porque existiam “limites para os sacrifícios que se podem impor ao comum dos Portugueses.”
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Ainda é cedo para o Natal.
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Se toda a gente no nosso país, trabalha-se como este Vitor Cunha. já tínhamos falido há muito mais tempo.
Começou a comentar por volta das 11 horas, e são 22,54 e ainda aqui anda.
Não tem emprego, ou pagam-lhe para provocar quem trabalha?
E pelos vistos tem muitos seguidores, que também devem de ser bem pagos, para lhe apararem as suas provocações.
E se fossem trabalhar?
Produzir, eu sei que apenas aumenta o valor do montante roubado ao erário publico, por quem nos governa e delapida a pagar a gente como este vitorcunha e outros tais.
Não chega o que já roubaram?
Se quem não produz não come-se, este já teria morrido à fome.
Vão trabalhar seus inúteis
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Já não há respeito por um aristocrata em exílio. É uma pungente rejeição do Mário Soares.
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A melhor qualidade dos “não-socialistas” é separar o texto do contexto.
“O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, acusou hoje o Governo de querer “transferir para os portugueses o custo dos seus sucessivos erros” e da sua “obstinada inação” quanto à reforma do Estado.
“… Pedro Passos Coelho recusou dar o apoio do PSD a uma estratégia de “transformar medidas de emergência” que deveriam ser extraordinárias e conjunturais “em soluções correntes e normais a aplicar nos próximos anos”.
O anúncio de medidas como “novos aumentos de impostos, cortes nas pensões, no Serviço Nacional de Saúde ou na rede escolar” confirma essa estratégia do Governo e “é uma prova gritante do desleixo, da falta de rigor, da incompetência e do desnorte de quem nos conduziu a uma situação especialmente delicada e que agora se revela absolutamente incapaz para dela nos retirar”,
http://visao.sapo.pt/pec-governo-quer-transferir-para-os-portugueses-o-custo-dos-seus-sucessivos-erros-passos-coelho=f593991#ixzz2cY0jLngT
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Fica ao gosto e interesse pessoal de cada ajuizar se dalguma forma se aplica cá no todo, em parte ou nada, por exemplo esta dum americanp um aleatório entre os prós e contras na mesma àrea comunicacional:
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Rios de tinta para comentar afirmações e imbecilidades do Tozé Seguro!!! Não estaremos a dar demasiada importância a quem não a tem e, sobretudo, não a merece???
Os senhores dos restaurantes são meros cobradores do IVA. Recebem-no dos clientes e pagam-no ao Estado. É indiferente se é 9% ou 23%, pois não lhes pertence. Em troca recebem benesses do Estado, como um Tozé Seguro, gordo e anafadinho, de fato Armani, a debitar baboseiras. Com sorte até podem ouvir o doutor Mário Soares…
Considerando que a esmagadora maioria dos restaurantes não passa faturas da maior parte das refeições servidas, recebem o IVA do cliente e não o pagam ao Estado. Logo a redução da taxa de IVA só irá prejudicar o setor da restauração!!!
Preocupem-se em reduzir o IVA de bens essenciais como a eletricidade. Isso sim, seria uma benesse para todos os Portugueses!
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OK!
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Como a minha tia Francisca deixa sempre o carro mal estacionado e nunca pagou multa, se baixarem o preço da multa a minha tia fica prejudicada.
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O Cunha é que nos saiu um bom ‘percursor’, eheheh.
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As inundações, os tufões, os terramotos, maremotos e mares mortos, as fugas de radiação, as secas, a poluição do ar, da terra e do ar, enfim as catástrofes naturais e as provocadas pelos macaquinhos sem pêlo, que nos últimos tempos vêm aumentando a um ritmo preocupante, se encarregarão de reavaliar a justeza de tantas pretensões.
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Já não há respeito por um aristocrata em exílio. É uma pungente rejeição do Mário Soares.
De quem será esta frase?
De um comediante?
De um analista politico?
Apenas de um provocador.
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Fincapé HIPERLIGAÇÃO PERMANENTE
20 Agosto, 2013 20:07
Considero prematura a notícia da minha ambliopia.
As mudanças aparentes do protetorado durante os últimos 150 anos não escondem a realidade dura de aceitar. A maior parte dos tugas continua na mesma.Vejamos:
1. – Rouba uma Carga de Veículos acidentados NAS estradas. 2. – Estaciona nas Calçadas, muitas vezes debaixo de placas proibitivas. 3. – Tenta subornar quando apanhado em infracção. 4. – Troca o voto POR QUALQUÉR promessa eleitoral mesmo que pressinta irrealizável. 5. – Fala ao Telemóvel enquanto conduz. 6. – Usa o telefone da Empresa onde trabalha 7. – Conduz pelos passeios se puder emcaso de engarrafamentos. 8. – Pará em fila dupla , tripla, em frente das escolas. 9. – Viola a lei do Silêncio. 10. – Conduz bêbado com frequência inusitada. 11. – Fura filas nos Bancos, nas Repartições Públicas utilizando as mais esfarrapadas desculpas. 12. – Deita Lixo nas Ruas, nas calçadas e jardins. 13. – Usa Atestado Médico SEM Estar Doente, so para faltar ao Trabalho. 14. – Usurpa Luz, Água e tv a cabo. 15 -. Regista Imóveis no cartório com valor abaixo do comprado, muitas vezes irrisórios, so para pagar menos Impostos. 16 -. Compra Recibos de para abater na declaração das Finanças parágrafo Pagar Menos Imposto. 17 -Viaja por conta da Empresa, se o Almoço custou 10 €, pede factura de 20 €. 18 -. Comercializa objectos Doados em Campanhas de catástrofes, ou de ajuda dos mais necessitados. 19 -. Estaciona los Espaços Exclusivos parágrafo Deficientes . 20 .. – Adultera o conta quilómetros do Carro parágrafo para o vender como se fosse pouco rodado. 21 -. Compra Produtos piratas com a plena consciência de que São piratas. 22 -. Substitui o Catalisador do Carro por outro só com chapa 23 -. Diminui a idade do filho para poder passar por baixo da roleta do Metro, sem Pagar passagem. 24 – Leva das Empresas onde trabalha, pequenos objectos, clipes, envelopes, canetas, lápis, papel higiénico como se não fosse roubo. 25 -. Falsifica tudo o que pode. 26 -. Quando regressa do Estrangeiro, nunca diz a verdade na alfândega sobre o que traz na bagagem. 27 – Quando encontra objecto perdido, não devolve 28 – É capaz de alugar um ferrari ao deixar temporariamente de limpar as latrinas de Paris ou Londres para “épater o bourgeois” da sua paróquia quando regressa à terra. 29 – Carrega na Maria quanto pode e às vezes trata-a com aquela doçura que os jornais vão apregoando com cada vez mais frequência. 30 – Lança fora o cigarro à beira da estrada em tempo de verão com facilidade e diz que não há-de ser nada.
E exige que os políticos que ajudou a eleger ser sequer os conhecer na maioria das vezes sejam honestos …. Esses da Políticos saíram desse mesmo Povo mesmo, ou Não?
O Português reclama de que, afinal?
É difícil acreditar que algum dia a democracia formal funcione no protectorado quando a maioria dos tugas se considera muito “esperto”. O ladrão, o mentiroso, o capo que fica sempre impune pode até representar para a maiora dos tugas um tipo adorável. Por isso vota nele com empenho, identifica-se com ele, só tem pena que a SORTE não lhe tivesse dado tamanha oportunidade
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