A obrigatoriedade do inglês facultativo
Crianças dos 6 aos 10 anos, nas horas vagas enquanto os pais estão no trabalho, entre uns chutos na bola e nas mochilas, têm o dever de frequentar uma actividade lúdica obrigatória que consiste em repetir palavras numa língua que se assemelha ao inglês. No fim do ano, são capazes de dizer algumas cores e partes do corpo, uma aprendizagem fundamental caso estejam perdidos no Kansas com cefaleias de tensão para atravessar nos semáforos.
Apesar disto, no 2º ciclo dá-se um reboot (é uma palavra em inglês) e reaprendem algumas cores e partes do corpo. Faz algum sentido uma vez que, afinal, já sabem ler e escrever.
Crato retirou a obrigatoriedade destas actividades lúdicas dos tempos livres. É uma tragédia para o progresso da educação porque: 1) as pessoas poderão optar por não sobrecarregar as crianças com mais uma aula de pintura mas em estrangeiro e; 2) nunca se sabe quando uma criança se perde no Kansas.
Perde-se também uma parte fundamental da própria portugalidade: um ministério decide não decidir pela obrigatoriedade do que considera o melhor para nós.

Não percebi nada.
Não se importa de fazer reboot, ou pôr um link?
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Um link.
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E depois nem português sabem falar ou escrever porque os pais e profs também já não sabem.
Quando li essa lembrei-me logo do Crato a fazer caricatura ao inglês técnico do pinócrates.
Mas este é de Cambridge- não é magalhães da américa latina.
Um cientóino e está tudo dito. Na coutada do superior não toca ele.
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Se ele tocasse com um dedo na coutada do superior, tiravam-lhe logo o tapete. E afinal, ele adora ser ministro. As regaliazinhas de ser o senhor doutor ministro…
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Pois há-de ser isso mesmo.
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O ballet também deveria passar a ser ensinado a partir dos 18
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Para os rapazes não é preciso porque a educação sexual alternativa já começa na primária.
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Cheque ensino já! Não podem só ser os endinheirados da esquerda, esquerda caviar e da direita em ter os filhos nos colégios da alto ranking.
A desigualdade começa aí.
Professor que se enganou no curso tem muita mata para limpar, muito moçambicano para ensinar (os angolanos já sabem tudo).
Os professores moçambicanos morreram com sida aos montes, uma coisa que diziam não existir nessa parte de África durante anos. Em Moçambique ainda gostam dos tugas bem intencionados e vive-se tranquilamente. Experimentem. Vinte mil professores portugueses em Moçambique, porque não?
Eram como aqueles que escrevem no blog que não querem ver.
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Agora você foi pré-histórico. Então começar a aprender inglês é algo superfluo? Ou é suposto, no início da aprendizagem de qualquer idioma, ler os clássicos? Com toda a intelectualidade que revela, você “devia ir” a deputado.
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obrigatório
mandatory
compulsive
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Neste país, quando não é obrigatório, não se faz. E mesmo assim…
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Se não se faz, é porque não se quer fazer. Que desperdício de dinheiro, obrigar as pessoas a fazerem o que não querem.
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Eu não quero que os meus impostos sirvam para subsdiar partidos políticos. Um desperdício de dinheiro… Mas, pelos vistos, obrigatório.
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Estou consigo.
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Finalmente.
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E lingua marciana nao e’ obrigatoria?
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Pelos vistos, o ministro cratino foi ao encontro do elevado conceito
de educação defendida pelo vitorcunha! Estão bem um para o outro,
um porque escreve sobre tudo outro porque não acerta uma a bem
do ensino nesta espécie de República!!!
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Pelos vistos para aprender qualquer coisa é preciso é fazer exames. Ter aulas não é necessário.
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Um dia há-de entrar numa universidade.
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nem todos andam nas universidades de relvas
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Por acaso eu até tive inglês na primária (num colégio privado, não na escola pública, onde ainda não havia). Aquilo era uma seca (embora isso não tenha que ver com as aulas, mas com a própria língua que como todas as línguas germânicas é abominável em termos fonéticos), além disso, nunca fizemos desenhos, como o Vitor Cunha sugere (“as pessoas poderão optar por não sobrecarregar as crianças com mais uma aula de pintura mas em estrangeiro”), mas trabalhávamos tanto como nas outras disciplinas. Sinceramente acho que é bom começar a aprender a segunda língua enquanto se está na primária, simplesmente porque nos é mais fácil de o fazer.
Agora, andar a brincar às palhaçadas num suposto inglês (não sei se é esse o caso, o post do Vitor Cunha dá essa ideia) é um desperdício de dinheiro para o Estado. Ainda assim, como temos um ministro da educação que preza pela exigência, seria expectável que ele não acabasse com o inglês obrigatório, mas que instituísse algum rigor nessa disciplina. No fundo, que ele fizesse com o inglês o que fez com os exames, em vez de acabar com eles, reforçou-os para obrigar os alunos a aprender a matéria (ou chumbarem porque não o fazem).
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André, isso implicaria que os programas de inglês do 5º ao 12º fossem revistos. Implicaria continuidade. Ninguém volta a ensinar a escrever no 5º ano, inglês tem que ser igual.
12 anos a aprender uma língua estrangeira é um desperdício de tempo. É tempo suficiente para aprender 4.
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Por acaso também concordo.
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por acaso nunca tive inglês e aprendi-o todo pela televisão
8 anos de BBC E ITV E GRANADA TV TAMém ajudaram
é fazer a telescola por cabo e dá cnn rt o canal franciú em anglo
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Ninguém “volta a ensinar a escrever” no 5º ano, mas supõe-se que se desenvolvam as competências de escrita. Com o inglês (ou qualquer língua não materna), passa-se o mesmo. A menos que, após a aprendizagem inicial, se organizem viagens periódicas a países onde se fale a língua antretanto aprendida.
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Que confusão que aí vai. O inglês nunca foi obrigatório no 1º ciclo. O que era obrigatório era está disciplina ser fornecida para as facultativas Actividades de Enriquecimento Cultural.
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Eu ia dizer que o aprendi a ouvir música pop mas ainda tive uns 2 anos de inglês na escola.
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Vitor, obviamente que implicava reformular os programas. Quanto a 12 anos darem para aprender quatro línguas, tem toda a razão. Ainda para mais quando vivemos num país cada vez mais dependente do setor turístico. É extremamente importante que o ensino público se vire para algum pragmatismo, pelo que aprender mais línguas estrangeiras de um modo mais avançado não seria uma má ideia. Como eu disse, algo que pode ser estudado por um ministério da educação competente e virado para a exigência (algo que este ministério consegue ser quando não anda preocupado em cortar demasiado).
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Crato retirou o inglês dos “tempos livres” para o incluir no currículo normal? Crato é contra a aprendizagem do inglês entre os 6 e os 10 anos? Crato apenas é contra a aprendizagem do inglês nessas idades, se for feita nas escolas públicas? Crato desvaloriza a importância da aprendizagem de línguas estrangeiras? Crato só concorda com a aprendizagem de línguas estrangeiras a partir dos 10 anos? Não se percebe nada. E o vitorcunha, o que pensa a este respeito?
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crato sempre foi muito con fuso nas suas con ferências mas os profes bebiam tudo
e os autarcas con vidados
e inté o Pedroso aparecia ……bons tempos na guerra contra o eduquês
volta eduquês tu es pardonée donée? dou nã
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Em minha opinião, o Crato não passa de um oportunista. Não fez nada do que prometeu (há quem diga que não o deixaram fazer) e não teve coragem para bater com a porta.
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o crato tem um projecto anti-eduquês pretende substituir o eduquês com exames
exames para aferir o quê?
isso não interessa
como dizia o palhaço
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Hoje isto está cheio de palermices.
O inglês no 1º ciclo é repetido no 2º? estão parvos ou gostam de falar daquilo que não sabem?
Alguma das inteligências tem filhos ou netos no ensino?
.
Do Pinóquio herdamos centenas de problemas e duas ou três coisas bem feitas, não percebo esta obsessão de destruir tudo.
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vitorcunha, grande defensor do cheque-ensino e da escola privada, poderia ter acompanhado o post com uns gráficos a cores, demonstrando os “savings” desta medida absurda de Crato.
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Arranje-me um miúdo da 4ª classe das aulas facultativas de inglês que saiba o significado de “savings” e temos negócio.
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até lhe arranje um no 2ºano 🙂
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Coitado. O 5º ano vai ser muito maçador.
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Pode crer Vitor, pode crer que o 5.º ano vai ser muito maçador (já se apanha secas nalgumas disciplinas, ainda não se tem maturidade suficiente para namorar, pode crer, o segundo ciclo e uma parte do terceiro ciclo são umas autênticas secas…).
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Mas afinal porque é que os putos tem que aprender inglês?? Só países atrasados como a Roménia é que se dão a esses luxos… Enfim, há outros países (mais desenvolvidos) que fazem o mesmo…
É tão bom discutir o sexo dos anjos! 😉
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Não “têm”. Nunca “tiveram”.
As AEC são optativas.
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The point is: a escola pública deve ensinar inglês a putos? Ou esse “luxo” é reservado a quem pode por os meninos no Cambridge?
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“A CAMBRIDGE SCHOOL oferece uma vasta gama de cursos de inglês para crianças e adolescentes com idades entre os 6 e os 15 anos.
As crianças aprendem através de uma experiência ‘hands on’ e, na Cambridge School, isto é encorajado com atividades comunicativas e jogos, usando a energia e capacidade natural das crianças para imitar sons e aprender um novo idioma. Desde o início, os estudantes vão construindo uma seleção útil de vocabulário do dia-a-dia e vão-se familiarizando com os sons e pronúncia da língua que estão a estudar.”
http://www.cambridge.pt/PT/cursos/cursos-para-criancas-e-jovens/
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“English is the language taught most often at lower secondary level in the EU. There, 93% of children learn English”
http://en.wikipedia.org/wiki/Language_education_by_region
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Deve. E piano também. Sem esquecer o bordado francês.
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Porreiro! Assim já podem aspirar a betinhos.
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Bordado francês não sei, mas tendo em conta que em Educação Tecnológica no 8.º ano tive de andar a coser cadernos, a parte de bordado até se aprende. Quanto ao piano, isso não sei, mas flauta, todos tivemos de aprender (exceto eu, que sempre fui um grande descoordenado e nunca consegui tocar uma música inteira sem desafinar).
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Aqui na escola do bairro deixou de haver TPC´s no 1ª ciclo , não estou a brincar é mesmo a sério . Os putos vão ter mais tempo para aprender English no Cambridge , aquilo é que vai ser paletes de putos à porta para a inscrição.
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A grande confusão que vai sobre o “Inglês obrigatório no 1º ciclo”, advém muito do facto de escolas com apoio de autarquias, tudo fazerem para que a frequência das ditas AEC’s seja obrigatória, embora a legislação seja bem explícita.
1- Ou seja, a escola funciona com a componente letiva 09:00h -12:00h e 13:30h – 15:30h e as atividades de enriquecimento curricular (AEC’s) funcionam das 16:00h – 17:30h, mas escolas houveram (não sei se ainda as há) que dizendo que a escola funciona das 9:00h às 17:30h, misturaram no horário as disciplinas da componente letiva com as atividades de enriquecimento curricular.
2- Acresce que aquando as inscrições dos filhos nas AEC’s, era “um ato de fé” porque não se sabia quais as AEC’s nem os seus horários (não sei se hoje ainda é assim).
3- Para não falar das pressões (não sei se ainda as há) para que quem inscrevesse um filho nas atividades de enriquecimento curricular, tinha de o inscrever em todas.
Então a legislação determinou, mais tarde, que uma das atividades de enriquecimento curricular fosse obrigatoriamente o INGLÊS, relembro que as AEC’s não são nem nunca foram de frequência obrigatória.
1- O Inglês no 1º ciclo era uma atividades de enriquecimento curricular e não uma disciplina integrante da componente letiva,
2- os pais é que decidiam se os filhos frequentavam ou não o Inglês.
3- Não havia avaliação nem certificação dos conhecimentos adquiridos pela frequência da atividades de enriquecimento curricular (nem era suposto haver).
Ora isto levava a situações como:
1- Turmas cujos alunos tinham 3 anos de aprendizagem de Inglês e outros que iriam ter contato pela primeira vez com a língua inglesa.
2- Não havendo obrigatoriedade de frequência, também não havia um programa a lecionar, havendo casos que os 4 anos de Inglês foram uma repetição de matéria, não acrescentando conhecimento mas saturação.
Em minha opinão, o senhor ministro fez bem tanto no retirar a obrigatoriedade das escolas terem o Inglês no seu pacote de atividades de enriquecimento curricular como ao reforçar a ideia que a decisão do ENSINO do Inglês passa pelas escolas através da sua autonomia, quer em format de atividade de enriquecimento curricular quer como disciplina integrada em componente letiva (com programa, avaliação e certificação), e pela liberdade dos pais escolherem a escola com a oferta que mais lhes agrade.
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“Escolas houveram”?
V. é professora e não sabe que o verbo haver é impessoal?
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Segundo me foi dado entender, o Inglês no 1.º ciclo, dado ser parte integrante das AEC, tal como a Educação física ou outra actividade das AEC, nunca foi obrigatório. Os pais destas crianças sempre puderam optar pelas AEC ou não.
Nenhuma criança era/é obrigada a frequentá-las, logo o Inglês nunca foi obrigatório.
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Obrigatório era a escola fornecer inglês nas AEC disponíveis. A sua frequência sempre foi facultativa.
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Crato, o mentiroso, novamente apanhado em flagrante mas inimputável delito:
«Escolas desmentem Nuno Crato sobre o inglês (Expresso)
Ministro diz que cabe às escolas decidir se têm inglês no 1º ciclo. Diretores explicam que não têm recursos e que estão limitados na contratação.»
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