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Desta vez será diferente?

19 Dezembro, 2013
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CEAmecoSempre que pressionada, a economia portuguesa tem denotado uma fantástica capacidade de correcção do défice comercial, conseguindo fazê-lo num curto espaço de tempo. Foi assim em 78/79 (em que ficámos a meio caminho) em 83/85 e agora desde 2011, em que o ajustamento foi ainda mais espectacular, porque efectuado em moeda forte, sem ajuda de qualquer desvalorização e partindo de um défice muitíssimo maior. Acontece que as recaídas também são recorrentes e sempre pela mesma razão estruturante, a incapacidade do nosso aparelho produtivo fornecer os bens e serviços de que a economia necessita. Nesta última crise, para além da nossa debilidade produtiva, o desequilíbrio foi ainda potenciado pela “bolha creditícia” pós-euro que fez disparar as importações, designadamente de bens de consumo.

A questão que ora se põe é se, uma vez retomado o crescimento, este ocorrerá de forma sustentada e sem novos desequilíbrios externos, ou se assistiremos de novo à “bebedeira consumista” seguida da inevitável e dolorosa ressaca. O crescimento que o mercado automóvel vem registando no corrente ano, dos maiores dentro da UE, se por um lado constitui um indicador avançado de confiança e indiciador da retoma económica, pode por outro lado representar um mau sinal de regresso ao “consumismo espalhafatoso”. E, acima de tudo, é um exemplo de alguma incapacidade da nossa economia em produzir bens de consumo duráveis.

Ainda é cedo para se tirarem conclusões quanto a alterações significativas quanto aos patamares de especialização da nossa economia. Há alguns dados positivos, como o upgrade na cadeia de valor que os sectores do calçado e da têxtil já conseguiram, a queda do défice na fileira alimentar, bem visível no aumento das exportações de produtos agrícolas e bens alimentares, ou o surto nas exportações de combustíveis refinados, só possível porque se fizeram investimentos ao nível da refinação que garantiram capacidade e competitividade internacional. Mas subsiste a preocupação quanto ao crescimento das exportações que, embora sendo dos mais elevados na zona do Euro, ainda é insuficiente. Embora elas tenham acelerado desde 2009, a tendência de crescimento de longo prazo mantém-se basicamente a mesma desde 1988, como é bem visível no gráfico. Ou seja, o grosso do reequilíbro da balança comercial fica a dever-se à queda brusca das importações, a vítima (deliberada) das restrições implementadas à “sacrossanta” procura interna.

No curto prazo, estou convicto que o equilíbrio ou um ligeiro excedente comercial se manterão, pois o crédito fácil e barato por que tantos anseiam não regressará tão cedo. Mas para que possamos crescer baseados fundamentalmente na procura externa, é fundamental que as exportações assumam um peso cada vez maior. No mínimo, que no espaço de poucos anos passem dos actuais 40% para cerca de 60% do PIB. Isso passa por alterações de fundo em toda a cadeia produtiva, que só acontecerão quando o investimento produtivo (não só em novos equipamentos, mas também  investimento incorpóreo, como aprender a vender, por exemplo) retomar de forma consistente. E para isso, temos de poupar muito mais.

41 comentários leave one →
  1. Bolota's avatar
    19 Dezembro, 2013 13:31

    Claro que vai ser diferente…basta não importar os medicamentos para o tratamento do cancro ou para o tratamento da sida e um destes dias devem-nos uma pipa de massa. Mais importante saber para que lado pende a balança de pagamentos é saber que custos para o bem estar social esse resultados são atingidos

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    • Monti's avatar
      Monti permalink
      19 Dezembro, 2013 18:04

      Vejo isso com uma dualidade:
      a) A impossibilidade de suportar todas, todas as despesas de um sistema de saúde universal e gratuito, com proveitos especiais: indústria e médicos do sistema.
      b) A evolução da nova economia, a garantir milhões a todos os mexias do universo.

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  2. Manuel's avatar
    Manuel permalink
    19 Dezembro, 2013 13:52

    Gostei de ler o que escreveu . Lamento informá-lo que esta mudança não é estrutural , a economia é a mesma e nota-se um aumento de consumo e fundamentalmente é nos comes e bebes ,viagens internas e externas ,carros e outras inutilidades. Consumo puro e duro ,daqui a 6 meses as curvas já estarão invertidas. Penso que o aumento do consumo tem a ver com o chumbo do T.C. nos cortes do subsídio . Além da impossibilidade de mudança de padrões e da nossa idiossincrasia – este governo não conseguiu criar o homem novo- a governação desta dupla Passos /Portas salgou o chão da nossa terra e destruiu o país para mais de uma geração . Os idosos morrerão de doença e frio e os novos sairão de mala de cartão. E quando as cenas dos professores se passarem para outros grupos profissionais regressarão os tempos da 1ª república. Será que em Belém não mora ninguém?

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    • Monti's avatar
      Monti permalink
      19 Dezembro, 2013 18:10

      Com outra dualidade:
      a) É possível saudavelmente viver num país, sem uma balança comercial…equilibrada?
      b) O XIX GC, de Passos/Portas, está (naturalmente, é da natureza dos governos), a alimentar as corporações do PSI 20 e os membros dos PSD/CDS como assessores de tudo o que mexe na AP.
      PS: não há ‘homem novo’ em lado nenhum. Jamais.

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  3. Guillaume Tell's avatar
    Guillaume Tell permalink
    19 Dezembro, 2013 14:20

    Ao fundo interessa pouco que Portugal tenha altos excedentes ou défices correntes, o que é necessário é que a taxa de poupança seja igual, no mínimo, ao défice corrente. Isso é o sinal que a economia portuguesa não é capaz por si própria de produzir os bens e serviços suficientes para ela, mas que é capaz de os pagar. E de toda à maneira as duas coisas vão juntas: quem consegue manter uma poupança elevada consegue ter um saldo corrente de bom nível (e inversamente).

    Agora não nos podemos dar ao luxo de ter um actor económico particularmente mau em equilibrar as suas contas, sobretudo quando se sabe que ele pode escapar praticamente infinitamente às consequências dos seus actos. Ou melhor, podemos ter um actor a ser totalmente irresponsável, se a sua vida depender somente da boa vontade dos outros actores não haveria nenhuma espécie de problema.

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  4. Expatriado's avatar
    Expatriado permalink
    19 Dezembro, 2013 14:31

    Bom artigo mas com demasiada areia para a camioneta marciana……

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  5. atento's avatar
    atento permalink
    19 Dezembro, 2013 14:39

    E ainda por cima o aumento das exportações é bom para 0.01% dos Portugueses.(*)

    (*) os donos das empresas, os operários ganham cada vez menos e os quadros médios e superiores idem.

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    • Monti's avatar
      Monti permalink
      19 Dezembro, 2013 18:14

      a) Se falasse apenas por mim, diria ter de ter paciência com os cortes de rendimentos de uma pensão prateada.
      b) Não me agrada de todo duas coisas:
      b.1) O custo de vida da população de rendimentos inferiores.
      b.2) O aumento galopante dos magnatas da economia protegida, mexias & catrogas SA.

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  6. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    19 Dezembro, 2013 14:42

    Caro LR, e não é que agora alguns começam a acreditar no milagre económico português? 😉

    Sim, concordo consigo que ainda é cedo para saber se estas mudanças são para ficar ou de voltaremos ao “dolce far niente” que nos levou à quase bancarrota total. No entanto, como Vc. tenho o alento que isto será mesmo definito, desde que a manutenção no Euro esteja assegurada. E, além disso, o Estado terá mesmo que continuar um esforço para atingir um equilibrio orçamental, incluindo juros. Sendo assim, nos próximos anos, o Estado irá contribuir para o “arrefecimento das expectativas” dos gastadores crónicos.

    Abraços e votos de um Santo Natal e um Próspero Ano Novo.

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  7. Luís Lavoura's avatar
    Luís Lavoura permalink
    19 Dezembro, 2013 14:53

    Certo. O que é preciso é aumentar as exportações. Só exportanto mais é que poderemos também importar mais e, dessa forma, subir o nível de vida.
    O desequilíbrio não regressará, pela simples razão de que agora não há crédito (nem investimento) externo que o sustente. Se o estrangeiro não investe em Portugal nem fornece crédito a Portugal, então a balança corrente de Portugal terá necessariamente que se manter equilibrada (pela simples razão de que o dinheiro que sai do país tem que ser sempre igual ao dinheiro que nele entra).
    Até agora não houve alteração estrutural nenhuma, como Você bem diz. Apenas houve uma retração brutal do consumo, causada pela cessação brusca do crédito externo, que fizeram automaticamente equilibrar a balança corrente.

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  8. LR's avatar
    19 Dezembro, 2013 14:59

    Festas Felizes para si também Caro Anti-Comuna. Não se esqueça que ainda temos de ir a Fátima com o nosso Amigo Francisco Colaço. Pode ser em Maio? A pé, claro… 🙂

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    • anti-comuna's avatar
      anti-comuna permalink
      19 Dezembro, 2013 15:17

      A pé? E eu posso ir de carro. 😉

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      • LR's avatar
        19 Dezembro, 2013 15:20

        A pé, para conhecermos a sociologia das peregrinações. Podemos convidar o Pedro Arroja, que já tem experiência no percurso…

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  9. LR's avatar
    19 Dezembro, 2013 15:02

    E olhe que o nosso 4º trimestre vai ser supimpa. O meu palpite é que cresceremos em cadeia cerca de 1,5% e espero que seja fundamentalmente à custa da procura externa.

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    • anti-comuna's avatar
      anti-comuna permalink
      19 Dezembro, 2013 15:18

      Vamos ver. Eu quero é ver o primeiro trimestre de 2014. Ele é que poderá clarificar melhor o que teremos pela frente nos próximos trimestres.

      Eu estou moderadamente optimista, desde que o Tribunal Constitucional não estrague tudo de novo. 😦

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      • LR's avatar
        19 Dezembro, 2013 15:22

        Pois, o TC é a grande incógnita. Se ele não vetar as propostas do OE, palpita-me que haverá um reganhar de confiança por parte dos mercados e que as taxas de juro podem ter uma queda visível.

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      • RCAS's avatar
        RCAS permalink
        19 Dezembro, 2013 16:31

        LR
        Retira o fiador do caminho e vais ver onde os mercados te metem!…

        Deves-me uma pipa de massa, e eu por enquanto ainda te vou aturando, estás protegido pelo teu fiador que me garante a maçaroca, porque se eu olhar para ti o que vejo, é que já eras de certa maneira teso, agora o teu patrãozinho, empobreceu-te ainda mais, muito mais… ficaste mais teso!
        Como é que me vais pagar? com chouriços? jaquinzinhos?
        O teu queridinho Governador do BdP, diz que com esta politica, que ele considera correcta, daqui a trinta anos dará resultados!
        Pergunta-lhe porquê!

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  10. anti-comuna's avatar
    anti-comuna permalink
    19 Dezembro, 2013 15:28

    Sim, concordo consigo, caro LR. Se o TC não estragar tudo, até acredito que poderemos baixar dos 5%, a 10 anos. O problema é que aquilo por Lisboa continua a acreditar que poderão voltar aos tempos de outrora e, por isso, os senhores juizes poderão inventar mais um bocadinho.

    E aquilo por Lisboa ainda não está assim tão mau. Fui ontem almoçar à Merceearia do Peixe, em Caxias, e parecia que estava nos tempos áureos do “crescimento económico” com mais dívida estatal. 😉

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    • LR's avatar
      19 Dezembro, 2013 15:53

      Foi o subsídio de férias pago à função pública, meu Caro. Logo que entrem uns tostões a mais, a rapaziada trata logo de gastar em bens cujo destino final é o caixote do lixo e a retrete. A mentalidade consumista continua bem e recomenda-se…

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      • Monti's avatar
        Monti permalink
        19 Dezembro, 2013 18:20

        a) Quanto ao Governador, do BdP, que faça tudo, mas tudo, por manter e se possível melhorar os estatutos dos seus administradores.
        b) Que daqui a trinta anos, o senhor possa com a sua especial pensão do BdP, dispensar as inexistentes pensões do futuro entre a plebe.

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    • David's avatar
      David permalink
      19 Dezembro, 2013 18:35

      Queres ver que agora tambem quer mandar no que os outrros fazem com o seu dinheiro? Quem esta individado ate ao tutano e o Estado portugues (e os bancos por esse mesmo motivo). As familias tem um pouco mais de cabeca que isso. A nao ser que ache que ainda se paga muito a quem produz riqueza! Enfim…

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  11. licas's avatar
    licas permalink
    19 Dezembro, 2013 16:00

    Bolota HIPERLIGAÇÃO PERMANENTE
    19 Dezembro, 2013 13:31
    Claro que vai ser diferente…basta não importar os medicamentos para o tratamento do cancro ou para o tratamento da sida e um destes dias devem-nos uma pipa de massa. Mais importante saber para que lado pende a balança de pagamentos é saber que custos para o bem estar social esse resultados são atingidos

    _________________________

    Tá bem, mas há muito melhor . . .
    E se enviássemos a precedência Bolota, Portela Menos-1, etc.
    para o seu habitat natural onde estariam livres de contraditório
    (que faz azedar a alma . . .).
    MAS , pensando melhor, NÃO:
    PORQUE NOS CONFUNDERÍAMOS com o remetente, 5Dias, onde
    ******* Democraticamente******** os blogs são filtrados e a selecção
    estrita.
    Portanto:
    ___________Deixemo-los zurrar . . .

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  12. Mário Amorim Lopes's avatar
    19 Dezembro, 2013 17:14

    LR, totalmente de acordo. Acrescentaria somente que o que falta à economia portuguesa é a produção de produtos de valor acrescentado, diferenciados. Caso contrário, a competição pela procura externa será somente pelo preço, o que é um jogo de soma zero. E isso implica dar estímulos aos empresários para pensarem a médio e longo prazo.

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  13. Ricciardi's avatar
    Ricciardi permalink
    19 Dezembro, 2013 18:09

    Caro LR,

    Um post assertivo.

    Os governos portugueses não são objectivos. O grande problema do país foi, e continua a ser, as importações de energia e combustiveis.
    .
    Senão vejamos, se retirarmos os combustiveis e energia das importações, o saldo comercial é superavitário em 160%. Um saldo excelente.
    .
    Isto quer dizer que o problema emergente do país centra-se na incapacidade em substituir estas importações. Uma incapacidade incompreensivel.
    .
    Os governos sucessivos em vez de abrir o mercado e promover concurso para investimentos privados em centrais nucleares, exploração de gas xistoso que já sabemos existir em portugal, resolve limitar importações de outro tipo de produtos. E fá-lo de uma maneira pouco consistente, já que evita importações reduzindo rendimento às familias que, na enchurrada, deixam tambem de comprar produção nacional.
    .
    A dimensão dos investimentos nas energias alternativas está adequado para a próxima decada e, ao que parece, reduziu as importacoes de energia em cerca de 20%. Não são precisos mais investimentos e os que foram feitos foram de forma irracional, já que a redução de importacoes acima foi feita atraves de um aumento de preços no consumidor.
    .
    Em suma, qdo o país resolver concentrar esforços para resolver, investindo ou dando abertura para isso, a questão energética o saldo da balança comercial disparará e como ela a proporcional redução nas necessidades de financiamento externo.
    .
    Rb

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    • Monti's avatar
      Monti permalink
      19 Dezembro, 2013 18:21

      Bingo.
      A energia, está tudo dito. Ou quase.

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      • Mario Braga's avatar
        19 Dezembro, 2013 20:21

        non não está tudo dito

        eficiência energética

        que isto de ter luzes em lugares onde ninguém passa dá 600 milhões de kw hora à EDP só pela via camarária

        Basin
        Location, Size, Maximum Depth, ….gas or kerogen
        Age (from basement to outcrop + max sub and rate of……subsidence), Stratigraphy
        Other items; eg – Structure (extensional, compressional)

        Petroleum System
        Source Rocks: Name(s), kerogen type(s), TOC, depth to top of oil window, kitchen location

        Migration Pathways: Carrier bed(s), faults, distance (vertical and horizontal)

        Traps: Structural, Stratigraphic, Combination (dominant type)

        Reservoirs: Names, Rock types (both reservoir and seal)

        Representative Fields (The biggest ones)
        OOIP, OGIP, RF, Cum Prod

        Other notable Facts – anything else you want to add (history, technology, companies, etc)

        Powerpoint presentation slides (or more), approach as management presentation in which object is to highgrade
        future exploration opportunities for your company. For any answers you cannot find, treat as source of increased risk of entry.

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    • LR's avatar
      19 Dezembro, 2013 20:06

      Caro Ricciardi, não sei onde foi você buscar esse hipotético superhavit de 160%. Analisando a evolução do comércio internacional de mercadorias no período de 2001 a 2012, se lhe retirar a componente dos combustíveis (exportações e importações), continua a ter défices sistemáticos nesse período, num valor médio de 13 bi. Tudo aquilo que se fez até agora, designadamente os mega-investimentos nas renováveis, não tiveram efeitos visíveis no nosso défice energético que, nos últimos anos até subiu (8,2 bi em 2008 (pico), 4,9 em 2009 (queda abrupta do petróleo), 6,0 em 2010, 7,3 em 2011 e 7,8 em 2012) e implicaram, como bem disse, uma subida nos custos energéticos das empresas. Portanto, ou descobrimos petróleo ou teremos de encarar a questão energética como uma restrição permanente. E temos de lidar com ela sobretudo do lado da poupança e da diversificação possível das fontes. Não acredito que haja capitais para investir numa central nuclear em Portugal, que teria desejavelmente de funcionar em rede com as centrais espanholas, gerando logo aí um problema político; não sei se existe gás de xisto em Portugal em quantidade que justifique a exploração, mas tenho a certeza que não dispomos de tecnologia para o extrair, neste momento ainda um exclusivo dos “gringos”. Parece-me que é bem mais barato especializarmo-nos noutros produtos que saibamos fazer bem (os tais nichos de que falei acima) e exportá-los em quantidade suficiente que paguem a energia e outros inputs. E, desejavelmente, que o Estado não se imiscua a dizer aos privados o que devem fazer.

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      • Mario Braga's avatar
        19 Dezembro, 2013 20:14

        bolas uma CASCATA DE PALAVRAS

        OU PAROLES PARA PAROLOS….não sei se existe gás de xisto em Portugal em quantidade que justifique a exploração, mas tenho a certeza que não dispomos de tecnologia para o extrair

        EXTRAIR QUEROGÉNIO OU OIL FROM SHALE IS ONE OPTION

        EXTRAIR GÁS NON….

        TEMOS CARRADAS DE METANO EM HIDRATOS DE METANO NAS NOSSAS COSTAS

        O GAJO DEVE ESTAR A CON FUNDIR TE PÁ….
        por unanimidade fizeram o quê?

        clicar nos links desgasta as teclas…DAS LETRAS MAGRAS QUE ENGORDAM AS PALAVRAS

        OU DAS LETRAS MAGRAS QUE ENGORDAM NAS PALAVRAS

        decidiram foi bem decidido…ou mal logo se vê

        é por isso que se chama a isto uma demo demo…enfim demo

        Map of Oklahoma Oil and Gas Fields; Distinguished By GOR and Coalbed Methane Production. From Boyd (2002)
        (GOR Cutoffs: Oil 20,000)

        TECNOLOGIA? PÔRRA É SÓ FRACTURAR E AQUECER

        NÃ TEMOS É UMA ALUVIAL FAN COM DIMENSÃO….

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  14. André's avatar
    André permalink
    19 Dezembro, 2013 19:14

    Eu não percebo quase nada de economia, mas não seria inteligente se, ao mesmo tempo que produzimos para exportar, começássemos também a ter grandes empresas alicerçadas no mercado interno, que permitissem um consumismo saudável e um bom nível de vida aos portugueses, ao mesmo tempo que criava postos de trabalho e impedia o aumento das importações? É claro que isto é difícil num país inserido num mercado comum onde há a velha máxima de que “a galinha da vizinha é sempre melhor que a minha”, mas é a única forma de os portugueses terem um bom nível de vida e de termos uma economia saudável. Se não me engano, um dos países que aplicou este método para o seu crescimento económico (é uma das três fases) foi o Japão. Que eu me lembre, o Japão não é propriamente um país pobre e em dificuldades económicas em que a esquerda tenha ganho um grande poder, é simplesmente um país onde há um grande consumo interno e uma grande indústria que produz muito para o consumo interno (apesar de exportar também muito, algo que não pode ser excluído de um crescimento sustentável para a nossa economia) e onde as pessoas vivem razoavelmente bem.

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    • LR's avatar
      19 Dezembro, 2013 20:26

      André, quando se defende um modelo baseado fundamentalmente na produção de bens e serviços transaccionáveis, isso não significa que só se trabalhe para exportação. Haja muitas empresas a produzir para o mercado interno e que consigam competir com as importações, que o seu contributo para a redução do défice será igualmente relevante. Na posta refiro a queda do défice nos produtos agrícolas e alimentares. Nos últimos anos o défice comercial nestes produtos tem vindo a apresentar tendência decrescente e a taxa de cobertura das importações pelas exportações tem vindo sistemática e consistentemente a subir (de 35,6% em 2001 para 65,3% em 2012). Isto indicia certamente uma maior produção e uma parte dela é naturalmente para o mercado interno.

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      • ora's avatar
        ora permalink
        19 Dezembro, 2013 20:52

        NON isso indicia que deixámos de comprar audi’s

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  15. PiErre's avatar
    PiErre permalink
    19 Dezembro, 2013 19:17

    Tout va très bien, Madame la Marquise ! Oh la la !!!!!

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  16. Anti comuna's avatar
    Anti comuna permalink
    20 Dezembro, 2013 01:32

    .. e isso começa se desincentivar o emprego público, diminuindo o salário e aumentando a duração do trabalho.

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