Prefixem os vossos filhos
Lembram-se daquela altura em que os proponentes do casamento entre pessoas do mesmo sexo rejeitavam liminarmente o uso de outro termo que não “casamento”?
São as mesmas pessoas que dão à luz o conceito de co-adopção.
O que é uma co-adopção? É uma adopção (mau!) em que a criança já tem filiação com outra pessoa que também é casada com o adoptante (mau! É co-adoptante!). Podia chamar-se “adopção”? Tomando em consideração que um indivíduo pode adoptar crianças sem filiação chamando-lhe “adopção”, podia. Mas para quê? Não é muito mais simples chamar uma adopção de co-adopção criando num termo toda a história de amor? Os casos gerais não contemplam o amor, são frios. A prefixação é o sinal de amor.
A minha dúvida é, em caso de separação desse casal, se o co-adoptante continua a ser co-pai ou se é finalmente promovido a pai. Sem amor não há prefixos.
Porque não discutimos simplesmente a adopção, sem espinhas? Os defensores da co-adopção parecem mesmo preconceituosos.
ADENDA (11h00): As pessoas comem tudo incluindo a ideia de que a co-adopção já existe. Não é verdade: existe “Adopção de filho do cônjuge do adoptante“; não existe “Adopção do filho do cônjuge do co-adoptante”. Co-adopção é um termo caça-tolos. Adopção é adopção.

A minha opinião está formada. Não há co-adopção nos casais gay como não deve haver nos hetero. Se o pai/mae biológico morrer o outro membro do casal se assim o desejar deve solicitar a adopção da criança, e não “ter direito” à custódia da criança por inerência. Deste modo o proponente irá ser sujeito aos trâmites legais de um processo de adopção, e a criança terá a garantia de estar a ser adoptada por alguém que realmente o quer fazer.
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A hipocrisia tem limites, coisa que estes Jotas desconhecem
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Coadopção (co-adopção é grafia que foi alterada com o Acordo Ortográfico) é um acto jurídico pelo qual se estabelece relação legal de filiação com o filho de um cônjuge ou afim. – in Priberam
Do mesmo modo que existe a palavra “coautor” – Aquele que com outrem produz qualquer coisa, especialmente obra literária ou artística.
O resto é folclore.
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Co-estava na cama com a Almerinda em co-lascívia, quando o co-adoptado berrou. Maldito prefixo, pensei logo. Co-pensamento, pois a Almerinda logo disse: maldito prefixo. Podemos despejá-lo pela sanita, disse em interrogação afirmativa. Só se for em co-acção, respondeu a Almerinda, um de nós puxa o autoclismo, propôs. Co-regressámos à cama para continuar a co-lascívia, aconchegados pelo som de fundo do autoclismo a encher.
Prefixos, nunca mais
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Foi um co-aborto retroactivo.
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eehhehehe
Um abortício pelas traseiras.
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No máximo, uma co-desadopção
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Vitor, a co-adopção já existe. Já há muitos anos que foi dado à luz o conceito de co-adopção. Você achava mesmo que o conceito de co-adopção foi agora inventado? Fantástico, melga.
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Pois então que deixe de haver.
Jacobinismo é literalmente isso. Impõe por lei umas merdas que ninguém pediu e depois a casuística obriga a tudo resto, kafkianamente.
Nem há vontade pública- é a lei, em abstracto que assim exige.
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Mas não há. Há adopção pelo cônjuge. Falar em co-adopção é desviar a atenção do assunto que é a plena adopção por casais gays. Pega-se na árvore para fingir que não se fala da floresta.
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“Foi dado á luz o conceito”.
É isso mesmo- cagam conceitos.
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Cambada de bestas que chegam ao ponto de defenderem lobbies e considerarem que as crianças não têm voto na matéria, portanto, devem estar à disposição dos caprichos das minorias invertidas.
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O truque destes cretino é sempre o mesmo. Irem aprovando aos pouquinhos umas tretas para depois o pacote ser automaticamente imposto por casuística.
isto começou com a mentira de dizerem que era apenas uma treta entre duas pessoas. O casório LGBT era cena a dois, entre adultos e mais ninguém era metido na história.
Claro que a seguir veio a pica do choco e agora são as crianças.
Mas também não dizem que é para sacarem filhos de pobres- à Proposta Modesta do Swift- dizem que é apenas por morte de um panasca.
A seguir é óbvio que se se o viúvo adopta, os panascas vivos também têm esse direito de sacarem crianças na qualidade de direito à maternidade gay.
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É por essas e por outras que o Pacheco Pereira pediu a “extinção” do acordo ortográfico considerando-o um erro histórico irreparável hahahahhahah
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Que é o amor?
.
O amor é um nabo cru
Rodeado de cabelos
A raiz nasce no cu
E ao fundo tem dois novelos
.
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“Lembram-se daquela altura em que os proponentes do casamento entre pessoas do mesmo sexo rejeitavam liminarmente o uso de outro termo que não “casamento”?”
Lembro. Foi a mesma altura em que os oponentes rejeitavam o uso do mesmo termo “casamento”.
“São as mesmas pessoas que dão à luz o conceito de co-adopção.”
E os outros tambem sao os mesmos que agora insistem em “co-adopcao” ser o mesmo que “adopcao”.
Curioso.
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Ai não é? Isso então é uma discriminação inaceitável.
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A ideia é literalmente essa.
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Concordo, excepto com o “isso entao”.
Casamento / uniao de facto e co-adopcao / adopcao representam, nos dois casos e de grosso modo, a mesma coisa.
Está em causa se os portugueses querem estender os mesmos direitos dos heterossexuais de casamento e de adopcao a homossexuais.
Existem, naturalmente, diferencas técnicas que providenciam quem precisa de argumentos em contrário, mas a questao mesmo importante é o que motiva esta discussao tao profunda sobre o significado do termo.
No primeiro caso, penso que se trata de uma birra hetero-católica; no segundo de uma estratégia de marketing muito fraquinha de esquerda para tentar tornar uma ideia menos chocante e por conseguinte, mais passível de ser aprovada.
A isto segue-se a indignacao dos “de direita”, porque em Portugal ou se é de direita ou se é de esquerda e é obrigatório discordar com os do outro lado. Nem que seja sobre palavras.
O caso da co-adopcao / adopcao faz-me especial confusao porque se fala muito dos direitos dos hetero- dos homo- dos bi- dos tri-, de todos, menos dos das criancas.
Outra coisa que também me fez confusao e que motivou o meu comentário, é que, apesar de gostar muito deste blogue, em particular até das suas opinioes, no que toca à economia e ao liberalismo, no que toca às questoes sociais, é de fugir. A discussao desce ao mesmo nível dos “crentes” de esquerda e toma os mesmos contornos clubísticos de que um verdadeiro liberal foge a sete léguas.
Para quando uma ideologia liberal nas duas frentes – na economia e na sociedade? Em Portugal parece que temos que optar por uma.
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Não sabe o que penso sobre casamento ou sobre adopção por homossexuais porque nunca o disse nem tenciono dizer.
Ainda não saí nem tenciono sair da posição que é não ser competência do estado regular “casamento”, que é uma noção histórica/cultural.
A única coisa que afirmo é que, para o estado, tem que ser indiferente se dois irmãos vivem na mesma casa em comunhão fiscal ou se uma comuna hippie dorme numa grande cama comunal em comunhão fiscal.
Reconhecer casamento num país que se diz querer laico é transferir herança cultural para a esfera do legislador. Não estou interessado.
O estado não é chamado para saber se duas pessoas que vivem sob o mesmo tecto andam a brincar com os corpinhos, tal e qual como ignora se um casal mantém relações sexuais que justifique o epíteto de “casados”.
Como compreenderá, por mim o estado trataria por igual a comuna hippie, os arquitecto e o cabeleireiro com as unhas esquisitas, duas velhotas viúvas sob o mesmo tecto e os polígamos políticos franceses.
Discuta-se então adopção plena por mais que um homossexual, já que é isso que se pretende. O nome conta.
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Então o problema é mesmo o prefixo?
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Uma virgula definiu um decreto. Originando larga discussão. No caso, é um hífen. Mais aquele “co” com pronuncia traiçoeira.
Pois que se adopte sem “co”. Só adoptar. Também já pensei nisso. Ela não quis. As crianças tem algo a dizer sobre o assunto, não tem que se subordinar à vontade dos adultos, disse-me. No caso, tinha 20 anos e era loura. Foi pena.
E no Blasfémias a paz retornará quando a criança vier sem hífen (com o co, pode vir) e os gays voltarem a pegar touros e a dizerem à mulherada que passa: comia-as todas. Em que os filhos vinham naturalmente em quecas de matrimónio cumprido. A bichice… bem, a bichice, homem que é homem, não mistura a família nisso.
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Pelo contrário: a bichice (expressão sua) que se reproduza à vontade.
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“Pelo contrário: a bichice (expressão sua) que se reproduza à vontade”
É só para dizer que achei piada à preocupação de não assumir plenamente a paternidade da palavra “bichice”. Preferiu uma co-autoria, portanto.
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Co-usei mas não co-adoptei, já dizia o Clinton.
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“Co-usei mas não co-adoptei, já dizia o Clinton”
Ah, já entendi: tem uma relação afectiva com o termo, mas não quer compromissos
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A única coisa que conta aqui é qual a melhor solucao para as criancas que nao têm família. Apurar qual o impacto – se positivo, se negativo, se indiferente – de serem adoptadas por casais homossexuais e legislar de acordo.
Nao têm de haver opinioes. Têm de haver estudos e evidências.
Esta jorrada de “opinioes” que assombra o país sobre palavras e prefixos (de repente somos todos experts nao só em linguística, como também em psicologia infantil) só demonstra que nao somos dignos de decidir as vidas destas criancas.
A isto pode, claro está, seguir-se uma bela discussao sobre a legitimidade de referendos.
Por último, e apesar de nao ser o local adequado, mas à falta de outro, 1) nao me dá a conhecer os seus pensamentos mas o seu tom toma a liberdade de o fazer por si e 2) esse, por sua vez, parece-me contraditório com a declarada vontade de intervencao mínima do Estado, no sentido em que, melhor do que um Estado que nao só reconhece o casamento, mas que também o impede a algumas pessoas, é um Estado que o reconhece a todos os que por ele se decidirem. E tenho algumas dúvidas sobre a incompatibilidade entre a laicicidade do Estado e o reconhecer de um contrato entre duas pessoas ao qual, por motivos culturais se dá o nome de casamento, mas que tem todo o sentido existir numa sociedade.
Podíamos ficar aqui o dia todo neste ataque e contra-ataque, mas prefiro dar a conversa por encerrada da minha parte, desejar-lhe um resto de boa tarde e manifestar a minha vontade que é que as pessoas considerem verdadeiramente as coisas que importam antes de participar na discussao partidária vazia perdida em pormenores da língua. Obrigada pelas suas respostas.
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òh pá, quais estudos? Agora o Freud também era homofóbico e a formação do Eu deixou de depender da ligação entre o psicológico e as figuras parentais?
Achas que um ser criado ao colinho de um homem é o mesmo que sentir uma mãe?
Ou será que andam a usar as crianças como cobaias sem responder por nada, porque isto é tudo política e estão-se pouco lixando para o futuro.
É óbvio que todos temos direito a um pai e uma mãe. O contrário é fazer órfãos.
E usarem os abandonados para lhes tirarem essa possibilidade, é castigo.
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Realmente a questão mais importante aqui é o prefixo….
Tanto contorcionismo intelectual para quê? Que tal ganhar um par de tomates e admitir ” eu não concordo que a paneleirage adopte ou coadopte”. Deixem lá a merda dos prefixos em paz..
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Claro! para isso devia ter havido referendo antes. E este serve para se dizer isso.
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antes de quê? ….de ser aprovado, legitimamente, pela AR?
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Tomates não os têm eles que têm sempre de vender o pacote às pinguinhas para parecer que é caridade para outros.
Agora são as coitadinhas das criancinhas dos viúvos que ficam sem “viúva barbada. Depois são as criancinhas coitadinhas abandonadas que nem têm heteros para os adoptar e assim, por castigo, também não vão ter direito a pai e mãe mas a caricatura disso.
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zazie
O teu problema querida, é andares sempre com a esquerdalha na boca filha, assim o pescocinho, fica sempre virado para a direita… claro ficas logo com torcicolo!
Este charivari, este histerismo, este espécie de alarme social, não consigo entender… primeiro porque esta coisa da co-adopção, já tinha sido aprovada na generalidade em Maio na AR!
Segundo, foi amplamente debatido na especialidade, e diga-se com um raro e amplo consenso… tudo prontinho para a votação na casa da democracia!
De repente sem se saber como nem porquê, O I T O M E S E S depois, os jótinhas da JSD utilizados sempre que é preciso chafurdar… lembremo-nos das “campanhas ao negro” para acesso do Alforreca piegas ao poder, e para assassinato de carácter politico do adversário Sócrates, aqui estão eles a proporem um referendo para uma minoria de casos destes no País!
Incrivel!!! todo este charivari sobre uma coisinha que já existe na prática, e onde apenas se pretende legalizar…O QUE JÀ EXISTE!
Querida, esquece a esquerdalha, a direitalha, e concentra-te na “frentalha” senão amor ficas cheias de “torcicolos”…
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Esta treta é levar à letra o capricho da Loretta dos Monty Python.
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Quando a questão é o inverso- Existe uma percentagem gigantesca de candidatos a adopção e nem existem crianças que cheguem para um décimo deles.
Por isso é que depois as compram no mercado negro.
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Melhor dizendo, no mercado rabeta. Que rabeta VIP tem sempre carcanhol para tudo e os lobbies existem para isso mesmo.
Na verdade, isto até nem tem rabeta que chegue dentro- é mais uma cena de caga-conceitos para marcarem pontos.
Sem lobbie esta treta não existia.
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É só certezas !!! cagança d´um ano fiança do outro! Sabes tanto… és melhor do que o INE!
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E até fazem pior- por moda me3ntalizam gente que esta necessidade existe.
Dantes, rasgavam sutiãs e todos queriam era desbunda, porque famelaga e casório era coisa burguesa.
Agora a moda é ser mainstream, ir para o choco e tudo de papel passado e missa dominical.
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Só falta dizer que os judeus e os jacobinos são paneleiros.
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Porquê? toca-te na qualidade de rabeta adoptado pelas tias?
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Tens de lutar pelos direitos das tias de rabetas a adoptarem também.
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Pela fuça és mais mour@ de burka descaída que marran@.
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Não sou nada disso.
Sou da Académica!
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Estas merda nem era questão porque sempre existiram homossexuais casados ou com filhos, pela única forma natural com que nascem.
O que não é contra-natura é quem tem nojo do sexo oposto, ao ponto de nem conseguir tocar-lhe, achar que tem “direitos” para constituir família igual.
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O que é contra-natura, queria dizer.
Esta trampa fede e ainda fede mais a publicidade que lhe fazem. Até nas novelas se inventam casos. Anda sempre tudo a toque de caixa de modas importadas de fora.
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Uma gaja que tem nojo de homem e mete lá o esperma para dentro por seringa é uma tarada que nunca na vida devia ter sequer possibilidade para criar uma criança.
O mesmo para um gajo que tem tamanho nojo de mulheres que acha que é a levar no cu que elas aparecem.
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AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHAHAHAHAHAAHAHAH.
Like.
R.
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Ninguém vai bloquear esta zazie? A sério?
Talvez tenha de me mudar para o Esquerda.net para encontrar conversas mais civilizadas!…
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Tens nojo de homens?
R.
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A Zazie faz falta.
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Concordo. Que ninguém cale a Zazie.
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Sobre a adenda:
Em rigor, só há “coadoção” se se tratar duma 2ª adoção da mesma criança. Se a criança já é filha biológica do outro cônjuge ou unido de facto não há coadoção nenhuma. Além de que a 2ª adoção é sempre complementar da 1ª.
O VC tem razão: adoção é adoção. Por curiosidade: nos EUA chamam-lhe adoção co-parental.
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Ninguém leva a mal que vitorcunha e os amigos do lobi episcopal da conferencia de bispos portugueses, incluindo o ex-patriarca – defenda a “ordem natural e civilizacional ” do nosso modo de vidinha. A sagrada família não se discute!
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… boneco.
AInda há semanas atrás nem miavas.
Já o Benfica ganhou uns pontos e és o Rei do mundo!
R.
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Tás enganado ó R… andas distraído, olha que o Portela é lagarto como tu!!!
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Não sei não. Lá por o Benfica ter adotado Jesus, e o Pinto da Costa o querer co-adotar, eu como simpatizante da águia não me convenço nem me vou converter.
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