o mister responde: a táctica do beliscão
O Professor João Cardoso Rosas, cada vez mais o novo arauto ideológico da facção segurista do PS, anunciou, no seu artigo de hoje do Diário Económico, os objetivos e a táctica socialista para o próximo “ciclo político” que aquele grupo promoverá se chegar ao poder.
Quanto aos objetivos: “Precisamos por isso, com urgência, de libertar o Estado da teia de interesses à qual está hoje submetido, no sentido de voltar a conferir-lhe o papel de protecção e serviço aos seus cidadãos. Essa será uma tarefa prioritária do próximo ciclo político”. Ou seja: regressar ao modelo de estado paternalista, ou nanny state, em que vivemos nas últimas décadas, a expensas dos contribuintes e seus herdeiros até à quinta geração, com os magníficos resultados que estão à vista de todos. Vai ser excelente e ficaremos todos, de novo, muito felizes, e arranjar dinheiro para isso será um pequeno pormenor.
Quanto à táctica: “É mais do que tempo de exigir ao Governo de Portugal que defenda o país em vez de seguir a estratégia da Alemanha. Aquilo que é inaceitável é que o Estado português continue a emagrecer e a deixar de cumprir em grande medida os seus compromissos com trabalhadores, pensionistas e a sociedade em geral, ao mesmo que tempo que não belisca sequer os outros e iguais compromissos com os seus credores institucionais”. Portanto, estado anafado, coisa que obviamente o nosso já não é, incumpridor perante quem ainda lhe vai emprestando dinheiro para sustentar o seu apetite, mantendo a oportuna ficção de que a Alemanha é a grande causadora da tragédia que se nos abateu, o que é muito bom para alijar responsabilidades e não termos de enfrentar as causas verdadeiras dos nossos problemas. E como se faz isso? É fácil e o mister dá a táctica: atacando os credores e os seus sórdidos interesses aos beliscões, como um jovem magala de folga ataca as moças num baile de paróquia. É a táctica do beliscão.
Toda esta ciência da governação, suportada por um método de elevado rigor científico na execução, é o que o Professor Cardoso Rosas nos lega neste artigo de hoje. O mister responde, esclarece e ensina. Para bem de todos nós.

no filme Ladrões de Bicicletas dizia o operário ao garoto
‘-que queres ser quando fores grande?
-delinquente!’
hoje é político ou comentador de esquerda
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Temos, de facto, um Estado-delinquente, quando impede o real funcionamento do mercado através da proteção de grupos (neste caso, económicos). Acabar com isso é a primeira condição para qualquer reforma do Estado e para o crescimento económico.
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Não o sabia liberal
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Está enganado (provavelmente influenciado pela conversa que por aqui domina). Trata-se, tão somente, de uma questão de honestidade.
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Um estado transversalmente delinquente. Viram hoje a notícia de que está parcialmente prescrita a multa do BPP?
Eu bem que já disse há muito tempo, o próximo é o BPN!
Está em julgamento há um ror de tempo.
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É o resultado de um Estado forte que pensa em tudo… o que estamos é precisar de mais. Estado, obviamente
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O problema destes iluminados todos é nunca terem tido a enriquecedora experiência de serem merceeiros, para terem aprendido a fazer, vá, já não digo todas, mas pelo menos, algumas contas.
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“Ou seja: regressar ao modelo de estado paternalista, ou nanny state, em que vivemos nas últimas décadas, a expensas dos contribuintes e seus herdeiros até à quinta geração, com os magníficos resultados que estão à vista de todos. ”
– Na realidade, o Estado têm feito de nanny, rapidamente e em força, para uma elite que o tem aprisionado. Stiglitz explica isso muito bem em relação aos EUA. Por cá, não falta bibliografia sobre esse paternalismo do Estado em relação aos poderosos, desde Carlos Moreno até Paulo Morais. Muito pouco ouvidos, como se sabe. Só não usam o termo nanny state.
E assim continuará, garantindo belíssimas rendas, excessivas, que nem sequer têm qualquer retorno redistributivo para a sociedade. Ao contrário de rendimentos mais baixos que contribuem na totalidade para a economia. O direito dos cidadãos assenta nos impostos pagos. Ou seja, nem sequer é um direito. É apenas uma contrapartida. A má gestão, geralmente interesseira para um setor privilegiado, não vem dessas contrapartidas, apesar de poder haver alguns excessos. Numa situação normal, basta uma não haver uma atualização de determinadas contrapartidas (na saúde, educação, etc.) para que em três anos o Estado recupere 10% apenas por via da inflação. O que, aliás, aconteceu nestes últimos três anos. Nada mau, se o Estado fosse bem gerido.
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Quem é?
Tenho a ideia de que nunca ouvi este nome da televisão.
Não podem colocar uma foto para ajudar à identificação?
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Vá ao link. Ao meio da página, o primeiro tipo que encontrar com barba irrepreensivelmente recortada, óculos bota-intelectual, expressão circunspecta como quem olha para a escuridão no fundo do túnel e com cabeça inclinada para a esquerda, em resumo, com ar socialista: é ele
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