Entre o fora-de-jogo de Seguro e o cheque alemão, que apoia qualquer decisão do Governo Português para a saída do programa, temos os trauliteiros do costume que vêm derrotas, fracasso e insustentabilidades a cada batimento cardíaco.
E o cheque alemão é para comprar o quê?
Ou acha mesmo que a tia Merkel nos quer dar alguma coisa?
.
Essa senhora era muito amiga do Pinóquio, e fez uma birra na altura do PEC 4.
A sra Merkel também tem um eleitorado e eleições à porta, tem agora uma decisão favorável do constitucional alemão (sabia?). Precisamente pelo seu argumento que os alemães não darem nada é que devia valorizar o facto de não se posicionarem em relação à nossa política actual, como fizeram em relação à do Sr. Pinto de Sousa. Se não estão a fazer o frete (e não estão) então acreditam naquilo que 2 Ali Baba e mais 68 salteadores não acreditam, se calhar a realidade que eles vêem existe mesmo.
Como sanar o insanável
João Miguel Tavares
20/03/2014 – 00:11
Como explicar que Angela Merkel diga exactamente o mesmo com o intervalo de três anos?
Por estes exemplos se vê como a fotoviagem de Passos Coelho a Berlim em vésperas do final do programa de ajustamento é em tudo idêntica à de José Sócrates na véspera da apresentação do PEC IV. Isto levanta um desafio: como explicar tamanha proliferação de encómios da chanceler alemã para com a nossa pátria e os nossos governantes, sejam eles do PSD ou do PS? Como explicar que Angela Merkel diga exactamente o mesmo com o intervalo de três anos? Por que raio é que o caminho do país é sempre certo, muito bom, excelente e magnífico, independentemente de quem está no governo?
A resposta a esta pergunta só pode ser uma: pela simples razão de que o caminho seguido por Portugal – o caminho da malvada e muito vilipendiada austeridade – é o caminho que Angela Merkel (e a Europa, e os credores) requer e exige, independentemente de quem esteja sentado em São Bento. Foi o caminho de Sócrates em 2011. É o caminho de Passos Coelho em 2014. E tudo indica que irá ser o caminho de António José Seguro em 2015 ou 2016. É, tristemente, o caminho da inevitabilidade, que tanto o PS como o PSD seguiram, seguem e seguirão, porque, por muito que falem, não têm outro remédio, não há alternativa melhor – e Angela Merkel estará sempre disponível para o explicar em conferência de imprensa.
Para Merkel, o tal encontro terá sido…
dispensável.
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Encenação não rima, pois não?
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Rima. Significativo, da cultura política dos profissionais do regime. Efectivamente, dispensável.
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Caramba. Estamos na época do sável ou está em extinção?
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A cena de Berlim está a ser intragável…
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Entre o fora-de-jogo de Seguro e o cheque alemão, que apoia qualquer decisão do Governo Português para a saída do programa, temos os trauliteiros do costume que vêm derrotas, fracasso e insustentabilidades a cada batimento cardíaco.
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E o cheque alemão é para comprar o quê?
Ou acha mesmo que a tia Merkel nos quer dar alguma coisa?
.
Essa senhora era muito amiga do Pinóquio, e fez uma birra na altura do PEC 4.
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A sra Merkel também tem um eleitorado e eleições à porta, tem agora uma decisão favorável do constitucional alemão (sabia?). Precisamente pelo seu argumento que os alemães não darem nada é que devia valorizar o facto de não se posicionarem em relação à nossa política actual, como fizeram em relação à do Sr. Pinto de Sousa. Se não estão a fazer o frete (e não estão) então acreditam naquilo que 2 Ali Baba e mais 68 salteadores não acreditam, se calhar a realidade que eles vêem existe mesmo.
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Que os santinhos do agnóstico Soares o ouçam!
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E intragável?
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E inefável?
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Como sanar o insanável
João Miguel Tavares
20/03/2014 – 00:11
Como explicar que Angela Merkel diga exactamente o mesmo com o intervalo de três anos?
Por estes exemplos se vê como a fotoviagem de Passos Coelho a Berlim em vésperas do final do programa de ajustamento é em tudo idêntica à de José Sócrates na véspera da apresentação do PEC IV. Isto levanta um desafio: como explicar tamanha proliferação de encómios da chanceler alemã para com a nossa pátria e os nossos governantes, sejam eles do PSD ou do PS? Como explicar que Angela Merkel diga exactamente o mesmo com o intervalo de três anos? Por que raio é que o caminho do país é sempre certo, muito bom, excelente e magnífico, independentemente de quem está no governo?
A resposta a esta pergunta só pode ser uma: pela simples razão de que o caminho seguido por Portugal – o caminho da malvada e muito vilipendiada austeridade – é o caminho que Angela Merkel (e a Europa, e os credores) requer e exige, independentemente de quem esteja sentado em São Bento. Foi o caminho de Sócrates em 2011. É o caminho de Passos Coelho em 2014. E tudo indica que irá ser o caminho de António José Seguro em 2015 ou 2016. É, tristemente, o caminho da inevitabilidade, que tanto o PS como o PSD seguiram, seguem e seguirão, porque, por muito que falem, não têm outro remédio, não há alternativa melhor – e Angela Merkel estará sempre disponível para o explicar em conferência de imprensa.
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