Saltar para o conteúdo

Bagão Félix explica

21 Março, 2014

Quando se fala de reestruturação da dívida – entenda-se: não pagar parte da dívida -, se isso acontecer, o FMI e os outros credores preferenciais não se sujeitam a este corte a menos que haja acordo. E quem iria apanhar sobretudo o corte se eventualmente houvesse acordo? Quem pagaria isso seriam os bancos portugueses. E, apanhando os bancos portugueses um corte desses, quem apanhava era a própria capacidade de solvabilidade dos bancos e, por tabela, os depositantes. Por isso falar de reestruturação da dívida fora do contexto efectivo de quem são os detentores dessa dívida, parece-me relativamente imprudente.

 

Bagão Félix (via Delito de Opinião)

19 comentários leave one →
  1. PGL's avatar
    PGL permalink
    21 Março, 2014 09:27

    O pressuposto “entenda-se: não pagar parte da dívida” não será correcto. Perdão de divida é uma coisa, reestruturar ou renegociar algo que não foi negociado é outra.

    Gostar

    • 7anaz's avatar
      7anaz permalink
      21 Março, 2014 15:26

      Renegociar algo que não foi negociado? Ora não quer explicar isso melhor? Pelo menos do ponto de vista da lógica, que do ponto de vista político, tudo é possível.

      Gostar

      • PGL's avatar
        PGL permalink
        21 Março, 2014 15:51

        7anaz,
        Sabemos bem e temos bastantes exemplos em que os contratos entre entidades publicas e privadas são preparados de forma a transferir verbas do orçamento de estado para entidades privadas ou pessoas de forma fraudulenta, mas legal. Como estão muitos milhões em jogo, e não havendo qualquer controlo, em ultima analise pelos cidadãos nas eleições (votam sempre nos mesmos ou absteem-se), NATURALMENTE, que aumentam os contratos “fraudulentos”, mas legais (um ladrão só para quando é apanhado). Exemplos: PPP, Rendas de Energia, Concursos Publicos Cozinhados, Contratação de Consultoria não necessaria, contratação de amigos e familiares, compras desnecessarias, SWAPS, privatização de monopolios, etc etc etc). Agora, só um inocente, ou quem não conhece o mundo dos negócios, pode pensar que há negociação e/ou que foi mal feita.

        Gostar

  2. murphy's avatar
    murphy permalink
    21 Março, 2014 10:29

    O que levará algumas personalidades (Bagão, neste caso) a fazer estas autênticas piruetas?

    Será ânsia de cair nas boas graças da “pseudoelite” esquerdista da capital?

    Cair nas boas graças da comunicação social?

    Se o contexto mediático – talvez condicionamento seja mais correto – fosse outro, os Manifestos e os eventos na Aula Magna, teriam o mesmo impacto?

    A austeridade não é a causa, é a consequência!

    http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/02/portugal-lisboa-e-o-resto-do-pais-1.html

    Gostar

    • jose's avatar
      jose permalink
      21 Março, 2014 15:23

      A mudança de lugar, passam de activos e de responsáveis, muitos deles, para reformados, e logo pagadores da CES, isso é que os preocupa, estão a barinbar para o pais.

      Gostar

  3. PSC's avatar
    PSC permalink
    21 Março, 2014 11:08

    Parafraseando o Dr. Medina Carreira: ” Os políticos não aprendem nada e esquecem tudo “!
    BINGO!

    Gostar

  4. Ze Gneiss's avatar
    Ze Gneiss permalink
    21 Março, 2014 12:15

    Vamos facilitar as coisas senão este romance nunca mais acaba.
    Quem não concorda com o manifesto dos jarretas, faça o favor de se pronunciar.

    NÃO CONCORDO COM O MANIFESTO DOS JARRETAS PORQUE:

    a) Não gosto dos jarretas;

    b) Não é chique falar de dívidas;

    c) Os portugueses sempre foram perdulários e por isso merecem ser castigados;

    d) Concordo sempre com o blasfémias porque pensar pela minha cabeça dá muito trabalho;

    e) Nenhuma das anteriores

    Gostar

    • vitorcunha's avatar
      vitorcunha permalink*
      21 Março, 2014 12:26

      O critério editorial do Blasfémias, que é o que cada autor decidir escrever, não se compadece da vontade de um comentador (ou de 50 milhões) em “acabar com o romance”.

      Gostar

      • Ze Gneiss's avatar
        Ze Gneiss permalink
        21 Março, 2014 12:37

        Nesse caso, siga a dança.

        Gostar

    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      21 Março, 2014 18:33

      Ze Gneisse, concordo com a sua ideia de reestruturar os jarretas de modo que seja considerada blasfémia a referência às criaturas jarretas e ao que esbanjam da própria cabeça.
      E para acabar de vez com esta treta:

      CONCORDO COM O MANIFESTO DOS JARRETAS PORQUE:

      a) gosto dos jarretas por serem jarretas e terem opiniões jarretas que me irão guiar até ser jarreta

      b) é chic falar de dívidas e as pessoas chiquérrimas não reestruturam nem têm a mania de as querer pagar que é coisa de pobre que não frequenta a Versailles (local onde dissidentes queques do PCP bebem chá)

      c) ser perdulário é esbanjar e só esbanja quem tem para esbanjar, ou foi convencido que tinha para esbanjar por criaturas que esbanjam bondade, como a que anda pelo mundo a matar a fome das pessoas simples, boas e socialistas, com a comida fornecida pelos porcos capitalistas gananciosos, e por outra criatura que biscata na RTP aos Domingos

      d) concordo sempre com o Ze Gneiss porque pensar coisas inteligentes com a própria cabeça provoca seborreia e faz-nos parecer jarretas fora de tempo

      PS. Quem não concorda com o manifesto dos jarretas, faça o favor de não se pronunciar

      Gostar

  5. colono's avatar
    colono permalink
    21 Março, 2014 12:38

    A super-crise teria, mais ano menos ano, de bater à porta deste país à beira mar plantado…
    pela simples razão de a partir do glorioso 25 Abril não se ter RESTRUTURADO o país…

    Com a perda das colonias (Angola e Moçambique) sem essa Restruturação e RECONSTRUÇÂO o colapso era inevitável !

    Colono disse e quem disser o contrário não percebe patavina de história !

    Gostar

    • PSC's avatar
      PSC permalink
      21 Março, 2014 14:59

      Tem toda a razão!Salazar disse e eu cito: “A Europa sem a África não é nada”! QED!

      Gostar

      • Tácio Viriato's avatar
        Tácio Viriato permalink
        21 Março, 2014 18:45

        Por isso os nórdicos sempre estiveram na merda. São periféricos

        Gostar

    • Kafka's avatar
      Kafka permalink
      21 Março, 2014 17:00

      Muito bem

      Gostar

  6. colono's avatar
    colono permalink
    21 Março, 2014 15:20

    Só um exemplo de índole ” vinícola”

    Até 1974 Moçambique não podia importar vinho doutras proveniências que não o da metrópole, esta tinha o monopólio do fornecimento e do seu transporte …
    Vinhas para a “pinga” nem pensar…
    Se assim não fora… Moçambique compraria a pinga da Africa do Sul por um 1/3 do preço!

    Seriam precisas mais de 500 paginas para narrar casos idênticos…

    Boa pinga !

    Gostar

    • Tácio Viriato's avatar
      Tácio Viriato permalink
      21 Março, 2014 18:39

      Da África do Sul vinha zurrapa e só para brancos… garante-me um jarreta seguidor do racismo reestruturado

      Gostar

  7. colono's avatar
    colono permalink
    21 Março, 2014 19:37

    Zurrapa….

    Bom era o do Abel Pereira da Fonseca… transportado a granel… como se fosse petróleo…!!!
    Muito pior do que era feita ´lá à base de frutos diversos…

    Mas para sr Tacio vai outra:

    Sabe que naquele tempo áureo PORTUGAL era considerado o 3º exportador mundial de café (alentejano?) o 4 º produtor de algodão. (minhoto?)..

    Quando passar pela aquela igrejinha ( desativada) junto à Camara M. de Lisboa…. onde estão guardadas cerca de 340 toneladas de ouro… sinta o cheiro das COLONIAS!

    Gostar

  8. JgMenos's avatar
    JgMenos permalink
    22 Março, 2014 10:50

    Relativamente imprudente?
    Será que esta gente tem sempre que atenuar a asneira?

    Gostar

Deixe uma resposta para colono Cancelar resposta