Salário mínimo
9 Abril, 2014
Portugal tem cerca de 15% de desemprego e tem licenciados a ganhar salários muito próximos do actual salário mínimo. Tem também uma vasta população com 4 a 6 anos de escolaridade mínima, grande parte desempregada e que não teria lugar em empresas tecnológicas avançadas. Qual é a proposta que se discute? Aumentar o salário mínimo. Deve ser para ver se há empresários suficientemente estúpidos para contratar pessoas com a 4ª classe ao preço de licenciados, tendo 600 ou 700 mil desempregados à escolha.
BLASFÉMIAS 
Por acaso é verdade
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Não é bem assim.
Há imenso lugares onde o empresário prefere contratar um fulano com a 4ª classe mas que trabalhe do que um jovem muito instruído mas que nunca usou as mãos em trabalho duro.
E há ainda o empresário que precisa de, é só um exemplo, canalizador e que não vai encontrar entre milhares e milhares de licenciados em Comunicação Social, Advocacia, Relações Internacionais etc etc.
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Mas esse tipo de trabalhos não vive a contrato. São profissões hiper-liberais. Nem descontos fazem.
Qual era o canalizador que preferia contrato com ordenado mínimo?
ehehe
Nem estivador, nem nada disso.
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Como é que sabe???? Se souber de alguém que precise de canalizações, electricidade ou afins dê um toque que isto por cá está mal.
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ò palhaço, sei porque até conheço estivadores, canalizadores e pintores que mo contaram.
Aliás, costumo chamá-los para esse tipo de trabalhos e nenhum queria contrato para nada.
Ainda este verão o pintor que, por acaso, é um cabo-verdiano desenrascado e também arranja computadores e tem diploma de cozinheiro, me explicou literalmente isso.
Não lhe compensava sequer aceitar contrato como cozinheiro em bom hotel de Cascais porque lhe impedia os biscates e ainda gastava em gazolina.
Ele fez as contas e decidiu não aceitar.
As pessoa que se queixam muito querem empregos mas pura e simplesmente pouco sabem fazer.
Quem sabe, desenrasca-se. É o caso deste que tanto sabe de construção civil como de informática.
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Aliás, é de tal modo assim que muitos preferem trabalhos sazonais noutros países do que terem contrato fixo cá.
Em Inglaterra um canalziador leva balúrdios. São um tipo de tarefas que dá dinheiro porque cada vez as próprias pessoas sabem fazer menos coisas em casa.
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O possível aumento de 15 euros, nem para o aumento da conta da luz dá…
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Portanto se contratarem os licenciados por 200€ por mês, fica tudo bem.
Gostava que me dissessem onde anda a tal procura por canalizadores e padeiros que os licenciados em comunicação não aceitam.
Há gente que se incomoda por existirem licenciados desempregados, dói-lhes a alma. Preferiam que fossem desempregados com a 4ª classe. Assim já podia ser.
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Não percebeu nada do que eu escrevi.
Para o esclarecer ainda ia aumentar mais as suas dúvidas e depois tinha que voltar a esclarecer e você cada vez a ficar mais confundido.
Já viu aonde isto nos levava?
Aposto que é licenciado em Mecânica Quântica, vota BE e fuma um charro sem inalar.
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Fado,
Um bom inalador me saiste tu.
O JMiranda, sobre o que nos levou ao que relata acima, como o numeros do desemprego e desemprego de licenciados, não diz nada, apenas diz que existe, como se tivesse surgido de geração expontanea. Sobre o salario minimo já tem opinião, é mau, aliás é terrivel.
Será que mesmo com a 4ª Classe, um individuo não tem direito de volta e meia mamar um jantarito no David da Buraca??
Parece que não…isso são prazeres só ao alcance dos Fados, Mirandas e afins…vocês aborrecem.
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Não aposto que é burro porque não se deve a+postar em certezas.
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Raciconando, um licenciado tem em média uma formação académica de 20 anos, um operário tem uma formação média de 6 anos pague-se-lhe então um terço, vá lá, ainda com bónus, talvez… …..200 euros! Acha que está bem ou ainda é muito e pode fazer-se um acerto?
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Vamos supor que o senhor é dono de uma empresa, para exemplo uma quinta.
Precisa de colher os morangos.
Quem prefere 20 anos de Filologia ou 6 de ex-operário da construção civil por agora desempregado?
Vamos agora supor que o senhor é dono da Microsoft, quem prefere um com 20 de Engenharia Eletrotécnica ou outro com 6 anos de estivador.
Consegue agora perceber o sentido da minha primeira intervenção?
Óptimo.
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Para colher morangos, qualquer um serve.
Não há estivadores a contrato com ordenado mínimo
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Desculpe, quem não está a perceber o sentido é você, oque eu digo é que para se trabalhar, mesmo que seja para apanhar morangos, é preciso que seja garantido um salário de forma a que seja possível, comer, vestir, calçar e local para dormir, de forma aque se apresente com rentabilidade suficiente fisica e mental para executar as tarefas.Este conceito é relativo, mas já que deve dominar tão bem as estatisticas e relações de preços é fácil encontrar o limiar minimo para que isto seja satisfeito.
Mesmo com a lógica de mercado da oferta e da procura, sem as necessidades básicas resolvidas, ninguem trabalha a sério.
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Se patroes e sindicatos estao de acordo, para que precisam do governo para aumentar salarios.. 15 euros nos 500 000 funcionarios do publico com salarios minimo custam 90 000 000 de euros ano. que o contribuinte vai ter pagar. Nao estao satisfeitos, saiam e vao para o privado, existem 700 mil desempregados com vontade de trabalhar no estado.
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Assisto aqui a comentários de que, por exemplo, colher morangos é fácil. Gostava que experimentassem só para assistir ao escaldão que apanhavam. Não interessa. Há licenciados que são aconselhados a não divulgarem o seu curriculum ou qualificações para conseguirem colocação como…. servente. E lá está o sindroma “Sócrates”. ou será António Borges. O que é que o João sabe sobre o que é que os empresários querem?
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Dantes era moda os licenciados irem nas férias para as vindimas. Trabalho bem mais pesado que colher morangos.
São trabalhos sazonais para os quais não existe ninguém a contrato.
Os efeitos dos escaldões medem-se pela cor de pela, não pelo grau académico.
Percebeu, pacóvio.Olhe. v. é que ficava melhor com enxada na mão que teclado e computa à frente.
Para o que escreve, cada cavadela, cada minhoca.
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Ao autor do post e comentadores:
– Se a qualificação académica resultasse em capacidade profissional estaríamos bem
– Se a falta de qualificação académica resultasse em incapacidade profissional estaríamos bem pior
– Se os lugares comuns não existissem esta discussão estaria bem melhor
A falta de qualificações pode resultar em menor empregabilidade mas, digo-o de modo inequívoco, a falta de escolaridade formal não cola com a afirmação que grande parte dos menos escolarizados está em situação de desemprego, não é verdade e ponto (e obviamente para mim, o JoaoMiranda não o conseguirá demonstrar).
A maior escolarização não implica apetência para funções de maior exigência técnica, temos meninos e meninas que estiveram na escola até aos 23/24/25 anos sem o mínimo perfil para se integrarem numa organização, esqueceram-se de ter experiências profissionais e são tão ou mais desabilitados que os menos escolarizados para além que muitas vezes a sua formação académica é um mero pro-forma desprovido de conteúdo prático e que o mercado de emprego racionaliza como irrelevante.
A exigência de qualificações, mesmo as mínimas, é tanto mais relevante quanto maior é a exigência da função a desempenhar e nessas funções o S.M.N. é quase despiciendo. Onde o S.M.N. predomina(excluindo os que ganham mais por fora e o auto-emprego) é em funções em que a experiência ou capacidade técnica ou teórica não relevam e quanto menos protegido for esse mercado de emprego, de indiferenciados e/ou pouco qualificados, mais se empurram os mais capazes para a qualificação e para as competências.
Sou por princípio contra a necessidade de S.M.N. mas na realidade actual não se pode terminar com ele e é de facto necessário um plano de médio prazo de actualização que, acima de tudo, permita previsibilidade aos planos de negócios de actuais e novas empresas.
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Porque é que os comentários não são todos assim? (Também eu vou reler o que acabei de escrever)
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