Se a troika não tivesse vindo
10 Abril, 2014
Este conjunto de reportagens “Os anos da “troika” chamar-se-ia como? Não foi a troika quem nos criou problemas. Livrou-se sim das mais terríveis consequências dos problemas que nós criámos. Esta transferência para a troika das culpas pelo empobrecimento é retoricamente fácil mas não é justa e sobretudo é enganadora. Em boa verdade vivemos os anos do endividamento. Sem a ajuda externa, com os juros nos valores em que se encontravam e sem nos conseguirmos financiar como teria sido a nossa vida? Numa hipótese bondosa viveríamos agora Os anos da negra miséria.
14 comentários
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têm todos mais de 70
ontem o al freddo (ao frio) deliciava-se a ouvir-se
tal como a tropa parecia imposição tipo Schutzstaffen
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Um dos dramas deste país, é a indigência intelectual e técnica com que se debatem assuntos que deveriam ser tratados nos moldes adequados, e não são. E não são, porque quem trata deles em público, sejam politicos, comentadores ou jornalistas, não têm na maior parte das vezes a “bagagem” necessária para o fazer. E o resultado é esta conversa de café que enxameia os média, e polui a nossa existência diáriamente.
Há dois dias falou-se aqui no Blasfémias do referendo que a Catalunha quer realizar para caucionar pelo voto a sua independência face a Espanha; nessa noite, por acaso vi um resumo alargado do debate efectuado à tarde nas Cortes de Madrid sobre o assunto. A diferença de tom e de conteúdo com que o assunto foi discutido não tem nada a ver com o que se passa no Parlamento português. Cada partido teve a oportunidade de expôr os seus pontos de vista, de uma forma elevada, e sobretudo informada.
Nós por cá, depois do que aconteceu nos últimos quatro ou cinco anos, em vez de discutirmos o que é que nos trouxe aqui, e o que devemos fazer para que nada parecido volte a acontecer, mais uma vez culpamos os outros pelas nossas desgraças. Somos mestres em encontrar bodes expiatórios, e nunca aprendemos nada com os nossos próprios erros.
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Tem toda a razão, como sempre.
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Português que se preze nunca assume culpa alguma!
– Estamos falidos? A culpa é da Chanceler Alemã;
– O nosso clube perdeu? A culpa é do árbitro;
– O nosso filho é um inútil, não faz a ponta de um corno e chumbou? A culpa é do professor;
– Fumo e bebo como se não houvesse amanhã e adoeço? A culpa é do SNS;
– Baldo-me sempre que posso no emprego e baixam-me o salário? A culpa é do Patrão;
– …..
– Estamos falidos, o clube perdeu, o filho reprovou, estamos doentes, ….? A culpa é do GOVERNO!!!
Isto para um Português já nem sequer é defeito é feitio!
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Concordo. Mas… A que portugueses se refere? A todos ou à (infeliz) maioria?
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“….Permitam-me que peça desculpas pela interrupção. Eu, como muitos de vós, aprecio o conforto da rotina diária, a segurança familiar, a tranquilidade da repetição. Eu gosto disso tanto como qualquer outro…..E a verdade é que existe uma situação totalmente errada neste país. Não existe? Crueldade e injustiça. Intolerância e opressão. Onde um dia houve o direito de discordar, de pensar e falar como se desejasse, agora temos sensores e sistemas de vigilância ( e ou monetários/financeiros) que nos forçam a conformar-nos e implicam a nossa submissão. De quem é a culpa? Com certeza existem uns mais responsáveis do que os outros e eles vão ter que prestar contas. Mas verdade seja dita, se procuram por culpados só precisam olhar-se no espelho. Eu sei por que fizeram isso, eu sei que têm medo, quem não teria?”
On o discurso de V a Londres…
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Para este peditório dos coitadinhos, eu já dei o suficiente. Agora só penso em contribuir o menos possível para o festival. O Alexandre Carvalho da Silveira, comenta acima “o resultado (da impreparação dde toda a gente que dá palpites e se queixa) é esta conversa de café que enxameia os média, e polui a nossa existência diáriamente.” Tem toda a razão. Farto desta treta!
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Na agenda mediática, são repetidamente atribuídas à troika e à “austeridade” coisas como: a taxa de desemprego, a existência de sem abrigo, a fome, aumento da violência doméstica, a falta de vaga em hospitais, etc., etc., mas o jornalismo luso ainda continua a descobrir novas e dramáticas consequências da “crise”…
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2014/04/claro-que-culpa-e-da-crise-estupido.html
Não perceber que a crise atual é CONSEQUÊNCIA dos erros de governação cometidos no passado e não a sua causa, é a explicação para o nosso cadastro de 3 bancarrotas em pouco mais de 30 anos.
Venha a 4ª!
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Esta discussão à volta da troika,de costas largas para os maiores aumentos brutais não passa de uma falácia propositada para não se dizerem as reais verdades.
Todos sabemos que houve uma crise mas também todos sabemos,mas não o querem dizer,que essa crise está ser paga por uns quantos que,um dia,tiveram a infeliz ideia de abarcar a profissão que não deviam.
Se a crise é de todos,porque é que os carros de gama,as viagens paradisíacas,os imóveis de luxo,são as vertentes mais procuradas?
Sabe-se porquê.Porque têm estado dispensados dos …
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Sabe-se que a culpa é do arbitro….só pode, ……era penalti limpinho limpinho limpinho
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De facto, a “classe” política do “arco da governação” (com maçonaria, banca, justiça, partidos, de braço dado) é a grande responsável pelas três vindas socorristas do FMI e desta troika no espaço de 30 anos… Incrível : de dez em dez anos, um país falido ou quase !
Tudo, com a passividade da maioria dos tugas.
A actual “crise” lusa surgiu, é certo, pela hecatombe financeira internacional, mas interna e anteriormente avolumada pelas incompetências, desvarios, esbanjamentos, abusos de poder dos governos do P”S” e do P”SD” sobretudo desde o executivo de AGuterres com o “menino de ouro” do P”S” a animar o Titanic.
Mas também é verdade que o actual governo (sob constrangimentos impostos pela troika, tal como teria um executivo P”S”) não tem sensibilidade humanista, destruíu já qualquer hipótese de o país (pessoas, comércio, indústria, etc) recuperarem nos próximos dez anos, promoveu (!) a emigração de centenas de milhar e ao contrário do que apregoa, nem sempre governa bem, com transparência e verdade. Etc., etc.
Quanto às severas imposições e constantes vigilâncias da troika e de AMerkel, compreendo-as — o dinheiro e a sua aplicação tem de ser salvaguardado num país de políticos “irrevogáveis”, banais, mentirosos e trafulhas !
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Eu gosto muito da troika.
Eu gosto muito da troika porque a troika paga-me o salário e orienta-me na vida, em vida, e na morte vai pagar-me o funeral e a cremação, apesar da cremação ser um pouco viver acima das minhas possibilidades porque o normal é ir para debaixo da terra e apodrecer lá.
Não sei se a troika gosta assim tanto dela própria como eu gosto dela.
De quem eu gosto mais é da senhora Lagarde porque é alta, magra, veste-se muito bem e, apesar da idade, é muito sensual.
Quando eu crescer quero ser troika.
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Portugal, desde a sua formacao em 1143, conviveu sempre com periodos de crise e, com uma martelada no cravo e outra na ferradura, conseguiu ir andando. Isto e apenas mais uma crise. Ja deviamos estar habituados!
A fase seguinte sera – sairemos da crise ou esta acabara connosco de vez? Ninguem sabe porque, ao fim e ao cabo, somos os ultimos a ter voz na materia – sao outros que vao decidir! NAO HA MAS NEM MEIO MAS.
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Os portugueses não necessitam de se conformar nem de limitar as suas capacidades aos factos.
Por enquanto não estou a ver vontade, por parte de nenhum partido político, de iniciar um ataque ao cerne do problema financeiro mundial. Descobrimos tantas coisas no passado, e hoje, com um mar de tecnologia, olham todos para o lado ou desviam-se, singularmente, rabeando a questão. Reconheço que há questões prementes que têm que ser debatidas, agora devíamos poder obrigar quem nos representa a mexer nos interesses invisíveis.
Se têm medo de dormir sobressaltados, abandonem a política ou continuem a jogar com esse monopólio às escondidas, pois talvez um dia destes outro país se apodere desta brincadeira toda com dinheiro que nunca existiu.
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