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Auto-lápis azul

17 Abril, 2014

Nem todos os textos saídos em Portugal  sobre a retitada de Cohn-Bendit serão tão hagiográficos como o do PÚBLICO. Estão lá os tópicos habitais das pessoas elogadas por aquele jornal: o deputado que “mais falta fará nos próximos cinco anos” “uma figura mítica do PE, orador ímpar que sempre exprimiu as suas convicções com uma rara energia e uma emoção assumida sem pudor”  “despertador de consciências” “único deputado capaz de, sem papas na língua, chamar as coisas pelos nomes, não hesitando por exemplo em acusar de “hipócritas” em pleno debate os parceiros vira-casacas ou chamar “cretinos” aos eleitos da extrema-direita”  “Provocador inveterado, nunca perdeu a oportunidade de “picar” os responsáveis europeus que discursaram no PE, de Durão Barroso a Tony Blair (ex-primeiro ministro britânico), sempre que os apanhou em contradição com o interesse europeu”…

Enfim a vida de Cohn Bendit não começou no PE e em boa verdade está cheia das luzes e das sombras que carcaterizaram a extrema-esquerda europeia nos anos 70. Omitir isto e o que aconteceu naqueles jardins de infãncia “libertados” é apenas uma forma de legitimar o que nunca deveria ter acontecido e prova não só que não se aprendeu nada como que se continua sem reflectir naquilo a que se pode chegar em nome dos direitos da criança e à criança.

 

12 comentários leave one →
  1. murphy's avatar
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    17 Abril, 2014 10:12

    É uma peça fundamental no papel que o jornalismo militante desempenha na doutrinação dos cidadãos: tudo o que coloque em causa a imagem de algumas personalidades “à esquerda” é escondido ou esquecido. Esses, podem contar com a deferência e o “respeitinho” de jornalistas e redações, já os políticos de “direita” são normalmente tratados como “culpados, até prova em contrário”…

    As virtudes estão sempre à esquerda!
    http://jornalismoassim.blogspot.pt/2013/07/das-personalidades-inimputaveis.html.

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  2. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    17 Abril, 2014 11:32

    É quase bandido. “ele se definiu mais tarde como liberal-libertário” in http://pt.wikipedia.org/wiki/Daniel_Cohn-Bendit.
    Pedophilia debate

    Cohn-Bendit published a number of provocative statements regarding “sex with children” in the 1970s and early 1980s, notably in his 1975 book The Great Bazaar (Der grosse Basar) where he describes erotic encounters with five-year-olds in his time as a teacher in an anti-authoritarian kindergarten.

    He has been accused as advocating pedophilia since at least 2001. This controversy re-erupted in 2013: as Cohn-Bendit received the Theodor Heuss Prize, there was a rally by anti-pedophilia activists. The president of Germany’s Federal Constitutional Court cited the book as grounds for his refusal to give the speech at the awards ceremony.[10] The affair triggered wider research into the pro-pedophilia activism which prevailed in the German Green Party (without direct involvement on the part of Cohn-Bendit) well into the 1980s.

    An article in the Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung uncovered numerous “repulsive” passages (abstoßende Texte) in Pflasterstrand, a leftist magazine which appeared under the editorship of Cohn-Bendit, and cited a 1978 defense of Cohn-Bedit’s of this editorial practice, as well as an appearance of Cohn-Bendit in a French television talkshow in 1982 where he described being erotically undressed by a five-year-old. Cohn-Bendit reacted to these allegations by claiming that his descriptions of erotic encounters with pre-pubescent girls were not based on true events but were merely intended as what he today calls “obnoxious provocation” aimed at questioning sexual morals at the time that “shouldn’t have been written that way.”
    A post away makes him gay.

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  3. fado alexandrino's avatar
    17 Abril, 2014 13:07

    O Público por contenção de despesas tem textos formatados que manda para a edição conforme os gaus das pessoas que ou morrem ou se reformam.
    Neste caso é o GVE03, grande vulto de esquerda grau 3.
    O grau 02 aplica-se a chefes de Estado, por exemplo o Hollande já foi, mas agora levou um downsize e até passou a PQP01.
    O grau 01está reservado para o Mário Soares que terá direito a uma edição completa impressa a negro e rosa.
    É um bom sistema que dispensa jornalistas que só fazem asneiras.

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  4. JorgeGabinete's avatar
    JorgeGabinete permalink
    17 Abril, 2014 16:25

    À margem, deveria ser estudada a complacência perante a pedofilia do artista, por hordas de intelectuais e a posição desses mesmos sobre a ligação de Alain de Benoist a “amigos” ligados à pedofilia e tentativa de o implicar. Num a perversão não negada é desculpabilizada e no outro o esforço de o implicar justifica o ostracismo. Pelo meio que não se apague “Vu de droite”.

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  5. Rui C's avatar
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    18 Abril, 2014 01:03

    Insultar os adversários políticos e “picar” aqueles que sobre a Europa pensam de forma diferente, não é decente mas tenho visto pior. Qualificar como orador ímpar um utilizador dessas práticas é que me parece um dislate de difícil comparação.
    Quanto às emoções assumidas sem pudor, será que isso estará relacionado com a prática da pedofilia? Não, em se tratando da extrema esquerda, e não só, estavam a brincar ao giróflé, o que é normal, gostando ele de crianças… Claro que se fosse de Direita era no mínimo culpado do holocausto. É só mais um canalha que a mediocracia mais reles acha que consegue branquear.

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  6. Euro2cent's avatar
    Euro2cent permalink
    18 Abril, 2014 07:18

    Não esquecer a corja de Hollywood:

    http://www.dailymail.co.uk/news/article-2607166/Bryan-Singers-wild-pool-parties-met-sex-assault-accuser-home-Hollywood-power-player-jailed-sex-minors.html

    Mas depois o que vem no NYTimes não é sobre estes … deve ser uma questão de apelidos …

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  7. JDGF's avatar
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    19 Abril, 2014 00:28

    Cohn-Bendit, num primeiro tempo, desiludiu a Esquerda quando enveredou por um ‘conformismo subversivo’. Cometeu, no entanto, o erro de não servir acriticamente a Direita. Ficou no meio da ponte. Agora a Direita deita-o pela borda fora…
    Afinal, o percurso habitual dos bailados políticos… Não percebo a evocação e muito menos o espanto.

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  8. lucklucky's avatar
    lucklucky permalink
    19 Abril, 2014 07:01

    É preciso perceber que a censura no pós 25 de Abril – agora felizmente auto -é bem mais forte do que no antes. Pois não há melhor e mais eficaz censor que o jornalista.

    Hoje com a internet basta uma pesquisa de umas dezenas de minutos para se ter uma boa base de trabalho por isso a censura é mesmo pensada a cada artigo.

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  9. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    20 Abril, 2014 15:16

    A única coisa boa do truca-truca às crianças entregues a tão bons idealistas. É que daí para a frenre em vez de pensarem na revolução só pebsacan em levar noi cu.
    Obrigado Bendit sejas

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  10. Carlos Dias's avatar
    Carlos Dias permalink
    20 Abril, 2014 15:18

    Errata: pensavam em levar no cu.
    Peço desculpa aos mais intelectuais

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