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Reciprocamente obrigados

22 Abril, 2014

Tema do meu artigo de hoje no DE: Não é apenas o País que está em dívida para com os militares. Os militares também estão em dívida para com o País. E não lhe devem pouco. Os militares portugueses devem ao País terem conseguido sair de forma honrada de um dos momentos mais tenebrosos da sua história – a forma como impuseram a saída de África e de Timor – e devem-lhe também poderem manter a mentira conveniente de que em Abril estavam unidos. Não é verdade: estiveram unidos na guerra. Mas dividiram-se criminosa e perigosamente na hora de negociar a paz. Por isso ainda hoje se sentem mais à vontade a falar da ditadura e da guerra do que da democracia e dos países independentes. Em boa verdade o país não tinha escolha: havia que defender as Forças Armadas. De quem? Delas mesmas. Mesmo que tal implicasse pactuar com quem atacava os interesses do País e desdenhava das suas populações mais frágeis, os civis residentes nos territórios africanos. Desfeita a hierarquia de comando nas FAP, só os sectores esquerdistas pareciam capazes de garantir um mínimo de ordem e salvar as aparências entre as tropas estacionadas em África. Daí chegavam histórias que o País não podia conhecer a bem já não da nação mas sim das suas Forças Armadas. Comandantes que por iniciativa e ideologia próprias resolviam confraternizar ou dialogar com os mesmos que combatiam na véspera e que levaram as suas companhias a cair emboscadas com mortos, feridos e sequestrados (Bambandica, Guiné)…

42 comentários leave one →
  1. balde-de-cal's avatar
    balde-de-cal permalink
    22 Abril, 2014 09:46

    a promiscuidade da tropilha depois de 25.iv
    lembra-me o título do soneto de Drummond de Andrade

    « a castidade com que abriu as coxas »

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  2. felisalves's avatar
    felisalves permalink
    22 Abril, 2014 10:03

    Falta esta parte da citação: ” Verdadeiras ou não essas histórias terão sido usadas para pressionar os negociadores portugueses (…)”.

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    • BEIRAODOS SETECOSTADOS's avatar
      BEIRAODOS SETECOSTADOS permalink
      22 Abril, 2014 12:05

      Foi verdade que parte das tropas abandonaram tudo e todos, incluindo os proprios camaradas, sendo bastantes feitos prisioneiros e alguns mortos. O General Fabiao, na Guine, deixou um rasto de sangue. Que dizer aos soldados pretos que, nas nossas fileiras, combateram tao bem ou melhor que os brancos?

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  3. Juromenha's avatar
    Juromenha permalink
    22 Abril, 2014 10:09

    ” Se alguém quisesse acusar os Portugueses de cobardes, destituídos de dignidade,ou de qualquer forma de brio, de inconscientes e de rufuas, encontraria um bom argumento nos acontecimentos desencadeados pelo 25 de Abril.
    ……..
    ” Os militares portugueses , sem nenhum motivo para isso, fugiram como pardais, largando armas e calçado, abandonando os portugueses e africanos que confiavam neles. Foi a maior vergonha de que há memória desde Alcácer Quibir”.

    O excerto supra faz parte do artigo publicado no Diário de Notícias de 26-1-79 por António José Saraiva.
    A leitura de todo o texto é capaz de constituir a melhor “homenagem” à pomposa efeméride e seus “heróicos” intervenientes…

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    • Kubo's avatar
      Kubo permalink
      22 Abril, 2014 14:21

      Concordo com a sugestão; deveria tal artigo ser reproduzido neste blogue, de modo a muitos usufruirem da sapiência e coragem intelectual e moral dum grande Senhor: Prof. António José Saraiva.

      Em Abril de 1989 escrevia ele, com propriedade e lucidez: “E hoje vemos, com uma dura clareza, como o período da nossa história a que cabe o nome de Salazarismo foi o último em que merecemos o nome de Nação independente. Agora, em plena “democracia” e sendo o Povo “soberano”, resta-nos ser uma reserva de eucaliptos para uso de uma obscura entidade económica que tem o pseudónimo de CEE”.

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    • Kubo's avatar
      Kubo permalink
      22 Abril, 2014 21:35

      Concordo. Bom seria no 25 Abril publicarem tal notável artigo!

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  4. JDGF's avatar
    JDGF permalink
    22 Abril, 2014 10:15

    Este post é uma penosa marcha contra a História, mais concretamente, em total conflito com os factos políticos decorrentes da II Guerra Mundial.

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    • JorgeGabinete's avatar
      JorgeGabinete permalink
      22 Abril, 2014 16:05

      Suponho que dizê-lo (quais factos???) com substancia (apresentando e discutindo o concreto) lhe seria penoso, continue a divagar…

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      • JDGF's avatar
        JDGF permalink
        22 Abril, 2014 19:54

        Bem, um dos factos políticos relevantes no rescaldo da II GG foi, como toda a gente sabe, a ‘descolonização’, como ficou expresso na Carta das Nações Unidas assinada quando ainda os canhões fumegavam e acerca da qual andamos mais de meio século a não querer entender. Depois, como se diz em Coimbra, Inês é morta…

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      • JorgeGabinete's avatar
        JorgeGabinete permalink
        22 Abril, 2014 20:10

        Confundir assunto descolonização com a forma atabalhoada como abandonámos as ex-colónias e abandonámos os que queriam e entendiam ser portugueses não é esclarecedor. Ainda assim não é disso que aqui se trata, não vê ninguém a advogar a continuidade do império ultramarino, salvo quando insiste em tresler e não comentar o assunto. Quanto aos desmandos da época que puseram muitos às mãos do inimigo nada tem a dizer.

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      • Kubo's avatar
        Kubo permalink
        22 Abril, 2014 22:17

        @ JDGF, decerto deve estar a referir-se às Elites indigentes (elas gostaram sempre de discutir o sexo dos anjos…) que pululam e sempre são preponderantes neste Sítio da Europa, quando refere “andamos mais de meio século a não querer entender”.

        Basta ler os concernentes Discursos de Salazar para saber que logo ele percebeu tudo – mesmo no desenrolar da própria Guerra, como comprova a sua acção no que a Timor respeita. Como disse alguém: Salazar “via as consequências das consequências das consequências”.

        Importa registar que Salazar era um Estadista – não um estradista de suculentas PPP’s!

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  5. BELIAL's avatar
    22 Abril, 2014 10:32

    “Jesus respondeu (a Pilatos): ‘Tu o dizes: eu sou rei, para isso eu nasci e para isso eu vim ao mundo; para dar testemunho da verdade. Quem é da verdade escuta a minha voz’. Disse Pilatos: ‘Que é a verdade?'” (Jo 18,37-38).

    Há quem diga que a verdade é a mentira que ainda não foi descoberta…

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  6. jo's avatar
    22 Abril, 2014 10:42

    Parece que o antigo regime e os colonos tinham uma solução para as colónias:
    Mandar todos os nascidos no continente morrer nelas, enquanto se podiam aproveitar da situação. Depois logo se via.
    Quem esticou a guerra até esta ficar num beco sem saída não foram os militares, foram os políticos e os colonos (embora estes últimos não combatessem).

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    • BEIRAODOS SETECOSTADOS's avatar
      BEIRAODOS SETECOSTADOS permalink
      22 Abril, 2014 12:16

      Os colonos? Sabe o que esta a dizer? Parece-me que nao. Os colonos, se a sua vontade tivesse contado,as colonias ja estavam independentes ha muitos anos.
      Evitariamos o triste espectaculo daquele cretino Vasco Goncalves (quando, no estadio da Matola e ao arrear da nossa bandeira) se arrojou aos pes do preto Samora a implorar desculpa pelos crimes cometidos pelos portugueses.
      Ou quando o Almeida Santos chamou a atencao do mesmo negro para o facto de usar muitas vezes o termo “engajado”. Por ironia a resposta foi simples e certeira “nao eram os svencido que punham condicoes ou alteravam o que o presidente pensava”.

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  7. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    22 Abril, 2014 10:44

    Sabendo-se que o regime estava em estertor, que a guerra nas colonias estava perdida, não se consegue perceber como não houve organizações de “colonos”, ou facções do regime, que quisessem tomar conta “daquilo”. Jorge Jardim bem tentou mas o “regime” não deixou. Não sei o que a Helena preferiria, uma guerra continuada com os consequente actos de retaliação que teriam uma outra dimensão, ou esta via “imparável” que se tentou negociar que obviamente teve um preço bastante elevado, porventura mais baixo do que se tivesse insistido no conflito.
    Se devo alguma coisa à “tropa”. Infelizmente sim e muito mas preferia que a tropa não tivesse as funções ou o poder que tem.

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  8. Deus perdoa, eu nao!'s avatar
    22 Abril, 2014 12:18

    nestas coisas nunca se ficará a saber se os retornados queriam dignidade na evacuação ou se queriam ficar lá pra sempre…

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  9. Abre-latas's avatar
    Abre-latas permalink
    22 Abril, 2014 12:22

    Esta história de agradecer o que me foi dado fez-me pôr a mão na consciência.
    Estou a fazer uma lista para agradecer a tudo e todos.
    Estou agradecido à lei da gravidade estar preso a este planeta, apesar de reconhecer que está a pôr em causa a minha liberdade de escolha.
    Proponho referendar a lei da gravidade.

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  10. Artista Português's avatar
    Artista Português permalink
    22 Abril, 2014 13:44

    Devemos àquela gente a debandada da tropa fandanga. Gostava que no próximo feriado o VL lêsse em voz bem alta as promessas que foram feitas 40 anos antes. Só isso…e o MS a ouvir.

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  11. @!@'s avatar
    @!@ permalink
    22 Abril, 2014 13:46

    Lamentavelmente o “golpe” foi um arrumar e arejamento de casa. Continuamos com os velhos costumes, com personagens e intervenientes ligados a figuras do regime ou do estado, de uma maneira velada ainda somos “Deus, Pátria, Autoridade” ou os “3 efes” com o efe maior, forças armadas, a comandar. Por isso não entendo o problema da Helena com o “golpe”, De uma penada a “esclerose multipla” foi tratada, fez-se um lifting geral, entramos na “europa”, assumimos a imagem do prafrentex, besuntamos o couro e cabelo, e bora mandar umas ordens para embolsar uns cobres.vai-se passar férias e investir em Angola, Moçambique, Timor… que é muito mais chique do que ir ás colónias aturar os que tinham uma mão cheia de criados negros ignorantes que estavam muito melhor do que no desemprego ou na “selva”.

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  12. Fincapé's avatar
    Fincapé permalink
    22 Abril, 2014 14:44

    “Os militares também estão em dívida para com o País.”
    – Claro que estão, Helena. Numa sociedade devemos sempre muito uns aos outros. Obrigado por me dar razão.
    —————-
    “…a verdade é que nenhuma equipa de negociadores consegue negociar o que quer que seja quando do outro lado da mesa lhe explicam, como fez o PAIGC em Argel, em Junho de 1974, que independentemente daquilo que as delegações portuguesas declarassem e daquilo que o Governo e o Presidente da República decidissem, o PAIGC receberia num curto prazo o poder pois quanto mais não fosse o MFA da Guiné tal imporia a Lisboa. E o que fazer quando, como aconteceu em Lusaka, o chefe da delegação portuguesa, Mário Soares, enquanto insiste com a delegação da Frelimo que antes de tudo – e o tudo era a exigência por parte da Frelimo de ser reconhecida como único interlocutor nas negociações com vista à independência – havia que obter um cessar-fogo, ouve o militar que Spínola enviara para o acompanhar nestas negociações, Otelo Saraiva de Carvalho, dizer diante de todos: “Não insista, dr. Soares, as nossas tropas e as da FRELIMO já estão a confraternizar em vários teatros de operações!”

    As histriónicas manifestações onde se gritava “Nem mais um soldado para as colónias” fazem sempre o papel de radical útil.”
    – Suponho que é verdade, Helena. Obrigado por me dar razão.
    ——————
    “Não é verdade: estiveram unidos na guerra. Mas dividiram-se criminosa e perigosamente na hora de negociar a paz.”
    – É verdade, Helena. Como em todas as convulsões sociais, uns estão de um lado outros do lado contrário. Sempre assim foi. E todos vimos que por cá também assim foi. Quem são os atrevidos que dizem que não? 😉

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  13. Fernanda's avatar
    Fernanda permalink
    22 Abril, 2014 14:46

    As revoluções deviam vir com um manual de instruções.

    E depois há equívocos.

    Um aborrecimento!

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  14. JorgeGabinete's avatar
    JorgeGabinete permalink
    22 Abril, 2014 15:01

    Estou abismado com este artigo! Mais um pouco e percebe-se o quanto a acção do PCP foi, durante a guerra, anti-patriótica (traidora) e de sedição e um dia destes ainda percebemos a coincidência de quase todas as ex-colónias terem herdado regimes despóticos de inspiração marxista assim como a guerra civil. Já vi delírios de falar em assassinatos perpetrados pelo PCP para anulação de oposição interna e supostos delatores e um dia destes ainda começamos a falar da nossa história com verdade e decência. Já faltou mais…

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  15. Alexandre Carvalho da Silveira's avatar
    Alexandre Carvalho da Silveira permalink
    22 Abril, 2014 15:19

    É sobejamente conhecido o papel dos militares no 25 de Abril de 74, assim como é sobejamente conhecido o papel que eles tiveram no regime subsequente até pelo menos 1982. Embora haja por aí muita gente a querer reescrever a história desses conturbados tempos, ainda há muita gente que tem na memória o que então se passou.
    Mais uma vez aqui o digo: se devemos todos aos militares que se envolveram na preparação e na execução da acção que derrubou um regime velho e caduco com quase 50 anos, também temos de lhes exigir que se responsabilizem por aquilo que se passou a seguir, nomeadamente porque é que permitiram que um partido que tinha uma representação eleitoral inferior a 15%, destruísse em nome da ideologia as mais importantes infraestruturas económicas do país, provocando um retrocesso do qual nunca mais recuperámos.
    Quando fizeram o 25 de Abril, eu estava a cumprir o serviço militar em Angola, de onde regressei na primavera de 1975. Do que lá vivi, principalmente depois do final de 1974, não quero falar, porque me sinto envergonhado, quer como militar que era na altura, quer como português.

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    • JorgeGabinete's avatar
      JorgeGabinete permalink
      22 Abril, 2014 15:48

      Devemos? eu não devo nada a quem, motivado por aspirações corporativas, derrubou um regime para beneficiar directamente, não devo nada a cada um dos supostos pais da democracia assim como devo a mim mesmo a honestidade de falar segundo as minhas convicções. Nenhum desses supostos heróis agiu por altruísmo (honra feita aos intentores que percebendo o desiderato abdicaram de capitalizar ganhos como Salgueiro Maia), nenhum! dever-lhes o quê? pergunto…

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    • Alexandre Carvalho da Silveira's avatar
      Alexandre Carvalho da Silveira permalink
      22 Abril, 2014 18:30

      Só agora li o comentário do Juromenha das 10:09. Não fui dos militares que “fugiram como pardais, largando armas e calçado” etc. Nunca o fiz antes do 25/4, e não o faria depois. Mas sei perfeitamente de que é que o arqto Saraiva falava no seu artigo no DN em 1979.

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      • Kubo's avatar
        Kubo permalink
        22 Abril, 2014 18:49

        Não é o Arq. Saraiva; é o Prof. António José Saraiva (seu Pai).

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  16. fado alexandrino's avatar
    22 Abril, 2014 16:04

    É preciso acabar com esta palhaçada da dívida aos capitães de Abril.
    Eles fizeram o que fizeram por causa do decreto que lhes ia ao bolso.
    A liberdade foi conquistada pelo povo em 25 de Novembro depois de um dos períodos mais tenebrosos da vida de Portugal.
    Outro ponto.
    Pessoas com menos de sessenta anos deviam ser proibidas, a bem do decoro, de falar nas colónias ou nos colonos.
    Só escrevem barbaridades que o PCP diligentemente lhes meteu na cabeça.
    Em 2074 gostava imenso de ver como serão as comemorações da “data redonda” com os bisnetos dos “capitães de Abril”.
    Por uma vez na vida ontem Sousa Tavares desmontou todo este circo.

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  17. Rui C's avatar
    Rui C permalink
    22 Abril, 2014 16:23

    Cara Helena
    Não vejo que a insubordinação de raíz salarial à mistura com o stress dos combates de gabinete, mereça qualquer agradecimento
    A bandalheira iniciada com o 25 de Abril em resultado da anarquia que se instalou com o predomínio dos militares comunistas em conluio com o PC e satélites, aruinou o País pela primeira vez e criou condições para que se viesse a arruinar mais duas vezes. A vergonha que foi a criminosa debandada de África patrocinada pela tropa fandanga em que esta canalha transformou as FA, seria motivo mais que suficiente para pelo menos estarem calados. Querem comemorar o quê? Querem falar ? Só se for para pedir desculpa!.

    Entretanto o patético ancião apela pela segunda vez à sedição. A hipótese de ser inimputável não me parece que se confirme. Está simplesmente acima da lei. E tal como o errático Prof. Freitas, não tem vergonha na cara.

    Vamos ter o “povo unido” no largo do Carmo, com o alto patrocínio do Dr. Soares e do Prof. neo socialista de cravo ao peito e braço dado com os melena e pá e associados.Ah quase me esquecia do inginheiro, claro.

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  18. Antero de Quentino's avatar
    Antero de Quentino permalink
    22 Abril, 2014 16:51

    Juromenha
    Não é totalmente verdade.
    A bandalheira dos militares em Angola deveu-se a uns certos senhores do MFA que não permitiram que os militares pudessem exercer as suas funções. Não devo nada aos militares que fizeram o 25 de Abril. Eu que até estive fechado numa unidade da linha de Cascais no dia 25 de Abril e uma vez mais encurralado em Maio de 1974 no 2º GCAM no Campo Grande. Em Angola assisti ao descontrolo total e mesmo entre civis nada ajudou

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  19. Antero de Quentino's avatar
    Antero de Quentino permalink
    22 Abril, 2014 16:55

    fado alexandrino

    Tenho 59 anos e se calhar conhece melhor o que se passou por lá que o Alexandrino.

    Sei que no Luso, a UNITA estava ao lado das FAP, mas depois alguém com responsabilidade nessa FAP se virou para o partido do poder em Luanda. Sabe porquê. Porque dava jeito e hoje é vê-lo nas comemorações dos ditos capitães. Foi um dos que ajudou ao descalabros acontecimentos de 1975 em Luanda

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  20. Juromenha's avatar
    Juromenha permalink
    22 Abril, 2014 17:22

    Antero,
    Permita-me a sugestão de leitura do texto integral de A.J.Saraiva.
    Está incluído no livro “Filhos de Saturno”.
    Cpmts.

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  21. Juromenha's avatar
    Juromenha permalink
    22 Abril, 2014 21:13

    Caro Alexandre Carvalho da Silveira, não é do Arquitecto , actual director do “Sol” , que se trata – é do Pai.

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  22. JgMenos's avatar
    JgMenos permalink
    22 Abril, 2014 21:22

    Muito justo e oportuno artigo.
    Nunca tal tinha visto escrito e publicado, e é bom que se diga mui claramente!!!!

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  23. BELIAL's avatar
    22 Abril, 2014 22:49

    Tenentes e capitães.
    Majores e para cima
    Excelsa massa crítica

    Querem ainda zurrar?
    Zurrem, escoicinhem, faleçam.
    E que ninguém renegue à terra,
    O adubo que abril pariu!!!

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  24. Aladdin Sane's avatar
    23 Abril, 2014 00:03

    Hoje fiquei a saber que voltou a ser encenada a peça que José Saramago escreveu sobre a noite de 24 para 25 de abril de 1974.

    O mesmo pesporrente que andou a sanear colegas quando se tornou diretor do DN, o mártir da nação. Irra!

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  25. artista portugues's avatar
    artista portugues permalink
    23 Abril, 2014 11:01

    Alguma alma caridosa que me possa demonstrar a diferença de comportamento entre a tropa e os movimentos terroristas (a seguir ao 25/4) por um lado, e o actual governo face à troika? Eu só os vejo de costas voltadas e com as calças em baixo… Será a nossa sina?

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    • JorgeGabinete's avatar
      JorgeGabinete permalink
      23 Abril, 2014 16:55

      Se você escolhe enfrentar os assuntos com o seu rabo ao léu isso é do seu foro e não devia publicitar o seu deboche nestes comentários.

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  26. colono's avatar
    colono permalink
    23 Abril, 2014 12:04

    O 25 de Abril foi arquitetura e obra do PCP. (ANGOLA)… Os capitães ( raras exceções) aproveitaram-na com unhas e dentes… por vergonha da derrota na Guiné .
    Qual democracia… Alguém acha que Vasco Lourenço era (é) democrata?

    Quando até Freitas do Amaral aparece de cravo vermelho ao peito, está tudo dito!

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  27. O SÁTIRO's avatar
    O SÁTIRO permalink
    23 Abril, 2014 16:53

    A HISTÓRIA vai ser implacável:
    MFA/PCP/PSs/BEs e quejandos foram cúmplices ( e autores reais)
    do assassinato de milhares de africanos inocentes
    na descolonização exemplar.
    por muito menos
    repete-se
    por muitissimo menos
    os generais sérvios foram julgados no TPI como assassinos
    mas o mundo esquerdóide é assim
    selvagem
    bárbaro
    tirano
    assassino
    e copia LENINE
    ACUSAI OS OUTROS DAQUILO QUE VÓS FAZEIS!!!!
    MAS A HISTÓRIA SERÁ IMPLACÁVEL!!!!

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  28. Aladdin Sane's avatar
    23 Abril, 2014 22:18

    “Os grilos de Mangando enchem a noite de ruídos, um dilatado e grave som contínuo sobe da terra e canta, as árvores, os arbustos, a miraculosa flora de África solta-se do chão e flutua, livre, na atmosfera espessa de vibrações e de cicios, o tipo amarrado à marquesa agoniza a um metro de mim à laia das rãs crucificadas nas pranchetas de cortiça do liceu, introduzo-lhe ampola após ampola nos músculos do braço, e queria estar a treze mil quilómetros dali, a vigiar o sono da minha filha nos panos do seu berço, queria não ter nascido para assistir àquilo, à idiota e colossal inutilidade daquilo, queria achar-me em Paris a fazer revoluções no café, explicando como se combate o fascismo, ou a doutorar-me em Londres e a falar do meu país com a ironia horrivelmente provinciana do Eça, falar na choldra do meu país para amigos ingleses, franceses, suíços, portugueses, que não haviam experimentado no sangue o vivo e pungente medo de morrer, que nunca viram cadáveres destroçados por minas ou por balas.”

    António Lobo Antunes, “Os Cus de Judas”

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  29. JorgeGabinete's avatar
    JorgeGabinete permalink
    23 Abril, 2014 22:36

    Sugestão de leitura, sobre este post e transversal a vários outros recentes: http://www.ionline.pt/artigos/portugal/pedro-rebelo-sousa-juventude-hoje-nao-tem-emprego-eu-tambem-nao-tinha-0/pag/-1

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