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Sendo assim, boa sorte …

12 Maio, 2014

Informava ontem o Público que a União europeia só ajudou Portugal para salvar os bancos alemães. A historinha, como é habitual em notícias deste género, vem de encontro a uma das narrativas da esquerda, a de que os alemães são uns mauzões que só pensam nos interesses deles, ao contrário de nós, que em vez de pensarmos nos interesses deles, pensamos primeiro nos nossos. Ora, é bem possível que a narrativa desta vez esteja mais certa que o habitual, e que de facto os alemães só tenham permitido a ajuda a Portugal para salvar os bancos alemães. A ser verdade, o corolário lógico desta tese é que, se na próxima bancarrota portuguesa o bancos alemães não estiverem envolvidos, estaremos por nossa conta, isto é, teremos que contar com a esquerda portuguesa para encontrar uma solução que não envolva dinheiro alemão ou europeu.

8 comentários leave one →
  1. manuel permalink
    12 Maio, 2014 10:13

    Voltamos a estar de acordo ,os próximos cenários serão sempre piores . Como o problema do diretório (Alemanha , França ) e dos seus grandes bancos está resolvido com menos exposição á nossa dívida é evidente que a próxima bancarrota vai ser com perdas internas tipo Chipre e se não quisemos ,o destino será a saída do euro ,coisa que a direita burra se recusa a discutir. Os governantes sabem, mas escondem e por isso falam de” compromissos”. Como é possível esperar bons tempos com uma dívida acumulada das empresas, particulares e estado de 750 mil milhões ,qualquer coisa como 4,5 vezes o PIB! Mesmo considerando que alguma da dívida é interna ,cujo juro andará por uns 5% ao ano é só fazer as contas !Vai continuar a emigração ,a venda do país ao desbarato o empobrecimento e o aumento da desigualdade. Penso que tal como faz o PCP, a direita deve abrir espaço para discutir uma eventual saída do euro , de modo a existir um plano de emergência ,coisas que alguns estados fundadores do euro já têm. Acredito que a nossa postura se formos expulsos do euro vai ser a do costume, por panos negros nas estátuas do Camões , cantar uma “ai Timor”, ou fazer um novo hino ,somos assim e não há nada a fazer.

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    • lucklucky permalink
      12 Maio, 2014 21:07

      Aha!! Então és favorável à especulação financiera.

      Pois queres desvalorizar para dar ainda mais poder à política. Queres o Estado ainda mais corrupto, ao nível de uma republica das bananas.

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  2. Jungle Jim permalink
    12 Maio, 2014 11:27

    Que anjinho.

    Sabe a quem obedece o BCE?!…

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  3. Eleutério Viegas permalink
    12 Maio, 2014 12:53

    Os bosches são um bocado seca e tendencialmente antipáticos, mas os tugas são tendencialmente irresponsáveis e um bocadinho lentos…

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  4. JMS permalink
    12 Maio, 2014 20:35

    Manuel,

    O seu comentário é um regresso à Idade Média.

    Acredito que você não se importe, tal a “lavagem” que lhe têm feito desde há 40 anos a esta parte (mesmo sem saber a sua idade), especialmente nos últimos três anos.

    Esclareço desde já que não concordo com cerca de 80% do que este governo tem feito. Para ter (mais) um governo socialista, que estivesse lá o PS.

    Muita gente e muitos políticos, ainda não entenderam que os portugueses atingiram um nível de conforto que não estão interessados em perder, só porque uma certa ideologia, uma forma arcaica de ver o mundo, lhes diz que seria óptimo para eles (portugueses) saírem do euro, voltarem a ter moeda própria, enfim, reaverem a “soberania”, para, através de (hiper) desvalorização da “grande moeda soberana” se continuarem a esconder debaixo do tapete todas as nossas fragilidades económicas e financeiras bem como 40 anos de direitos adquiridos que, uma parte do país paga à outra.

    Aconselho-lhe uma entrevista que Francisco Louçã deu há uns (largos) meses, sobre a saída do euro. Infelizmente já não me lembro em que jornal (na edição online) foi.

    Administrar Aspirinas a um doente terminal, seria o nosso paliativo.

    Reformem a porra do estado dentro do euro. Alguém tenha essa coragem e deixem de nos lixar a vida.

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  5. L.Rodrigues permalink
    13 Maio, 2014 14:14

    E ler a entrevista que dá origem ao título, não?

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