A sovietização dos motores de busca
14 Maio, 2014

O camarada Estaline achava-se no «direito ao esquecimento». Isto é, entendia que a permanência do seu inimigo Trosky nas fotografias junto a Lenine, de quem Estaline reinvidicava a sua legitimidade política, «lhe pode ser prejudicial ou deseje que seja esquecida, mesmo tratando‑se de uma informação publicada licitamente por terceiros».
Assim decidiu o Tribunal de Justiça da União Europeia criando um novo e perigoso «direito ao esquecimento» o qual abre portas a todas as arbitrariedades e manipulações.
25 comentários
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Sim senhor, vê-se logo que é a mesma coisa…
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Fazer selfies nestes tempos profundamente democráticos, estava absolutamente fora de questão…Os ex-amigos não desapareciam apenas das fotos, também desapareciam do mapa. Eles, as familias e os amigos. Há por aí muitos admiradores deste sistema.
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que engraçado,fala-se numa decisao do tribunal de justiça da uniao europeia e vao buscar o…lenine,o psd expulsa militantes e vao buscar…o estaline,fala-se no governo luso actual e vao buscar, nem que seja pelo “brutal aumento de impostos, o regime…sovietico.mas afinal nao estamos no ano da graça de …2014?
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Confirmo 2014.
Agora leia isto e diga-me se esta senhora não ira agradecer de joelhos a nova lei
Caballero ha explicado que Anabel Martínez Perosanz, militante de JSPV en Aldaia, tras la muerte de Isabel Carrasco, puso comentarios de la talla de “no la echaremos en falta, una menos que alimentar” y llego a pedir incluso “la libertad del preso”, haciendo una apología de la violencia y justificación del asesinato.
É uma militante do PS espanhol.
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No calendário Muçulmano estamos no ano 1435.
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Foi o Tribunal de Justiça das Cmunidades ou o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos? É que este último não é uma instituição da UE, mas sim do Conselho da Europa.
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Se clikar no link da sentença confirmará que foi o Tribunal de Justiça da União Europeia
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Não é bem a mesma coisa. Staline não poderia, com base no acórdão do tribunal europeu,retirar a foto de Trosky nem Trosky pedir para sair junto de Staline. As fotos em questão mostram actos públicos e não privados.
Outra coisa, é o Gabriel Silva ter entrado em insolvência – um assunto de natureza privada – e 10 anos depois essa notícia (possivelmente publicada num jornal por um tribunal qualquer) continuar a persegui-lo impedindo-o de recomeçar uma vida nova, apesar de ter honrado os seus compromissos depois de lhe ter sido aprovado um plano de recuperação financeira.
São coisas distintas e penso que o direito à vida privada dever ser defendido.
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A aceitar-se esse caminho, poder-se-ia igualmente pedir ás bibliotecas que cortassem as citações judicais, anuncios ou noticias publicadas nos jornais da época.
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No artigo do Público, li que o cidadão espanhol pediu que o jornal rasurasse o seu nome ou retirasse a página do arquivo digital. Não estou de acordo com este pedido. Já me parece legítimo o pedido feito ao Google de não indexar aquela página quando se faça uma pesquisa.
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Insolvência é uma questão privada? Era bom.
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O João Miranda tem razão. Não é uma questão privada e é mais complexa do que a simplificação que fiz. No entento, quando não constitui um crime, parece-me que não deve marcar uma pessoa para sempre.
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Gabriel, não me parece que as situações sejam similares.
Entendo este “direito ao esquecimento” não aplicável a situações públicas (figuras públicas, crimes, etc) mas sim a assuntos banais de gente banal que num momento menos consciente (seja pela idade, alcóol, ou qq outro) escreve, fotografa ou faz algo na net que à posteriori entende não fazer sentido.
Basicamente esse “esquecimento” é importante apenas para essa pessoa e para quem lhe é próximo, assim tipo uma miudinha que se lembra de pôr as mamas ao léu no facebook e depois se arrepende.
Todos temos direito ao esquecimento daquilo que fazemos, é o mais natural Gabriel.
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Concordo novamente.
Mário Soares já deve estar a tratar de pedir a anulação de todas as mais 100 recentes crónicas no Diário de Notícias.
Atenuante, a idade e o facto de algumas terem sido escritas após o jantar.
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é obvio que as pessoas escrevem muita estupidez…porque estao escondidos atras do computador( no caso do assassinato da deputada espanhola) e por isso mesmo o que se deve fazer é desprezar e responsabilizar quem tal escreve.mas nunca por nunca a censura.é a minha opiniao
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ja percebi que vivem obcecados pelo “vermelho” e eu como “comuna desnaturado e infantil”,agradeço,mas nao se esqueçam que hoje jogam os “encarnados”(lol) …VIVA O SLB
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Muito interessante este apontamento.
Não há um único benfiquista que admita ser chamado de “vermelho” (Pantone 186C) mas sim de “encarnado” (Pantone 032C).
E, sim, o benfiquismo é a única razão pela qual eu podia abraçar um vermelho após a marcação de um golo pelos encarnados.
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Interessante que vermelhos e encarnados sofrem do mesmo problema. Convenceram-se de uma superioridadee relevància sem tradução na bruta realidade. C’est la vie.
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O Blasfémias gosta de números.
Ai vão.
Benfica 693,501 assistentes no campeonato.
As seis maiores assistências pertencem-lhe no seu Estádio.
Nas dez mais está em oito.
No ranking UEFA em sexto lugar suplantado pelos colossos Madrid/Barcelona/Bayern/Chelsea/Manchester United.
Se isto não quer dizer nada sobre a grandeza (material) de uma das cores não sei que dizer.
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A grandeza ou pequenez dos números não significam “cólidade”. No caso dos encarnados parece que se verifica a falta dela. No caso dos vermelhos a despeito da pequenez também.
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«A artificialização da memória como propedêutica ideológica da eternidade moderna é um dos signos totatlitários que importa remover do lastro que teima em fazer de homens espantalhos de homens..» (Zizek in A Apologia da Intolerância)
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Bem verdade!
http://jornalismoassim.blogspot.pt/2012/12/o-maior-defice-em-portugal-e-falta-de.html
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Muito interessante o tema.
O contexto em que a decisão foi tomada consistia n conflito entre um cidadão “vulgar” e uma grande empresa, no caso a Google.
Se fosse um Vale e Azevedo ou um Carlos Cruz, a interporem semelhante ação o desfecho / decisão seria a mesma?…
Quem decide o que é banal ou “não banal”, privado ou público…
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Deves preferir dispensar o Google… Aquilo é um motor de pesquisa automático. Que se lixe ou taçardo que não pagou as dívidas! Se o nome dele aparece nas pesquisas, azar dele. Até parece que é mentira que teve dívidas ao fisco ou lá ao que foi…
Apareceu no jornal, azar dele. Estava ao pé de uma notícia muito pesquisada, mais azar ainda. Mas o que é que a Google tem que ver com isso?
Deves pensar que a Google tem pessoas a verificar os links…
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New European ruling game-changing for U.S. companies
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Viviane Reding, the EU’s justice commissioner, who is on leave from her post while she campaigns for re-election to the European Parliament, said, “Today’s court judgment is a clear victory for the protection of personal data of Europeans.”
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The comments were posted on Reding’s Facebook page.
Ruth Collard, an expert on media law at London-based legal firm Carter Ruck, said, “the ruling might have particular relevance to young people, who find that something embarrassing posted in their school or student days has continuing repercussions as they grow older.”
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http://www.usatoday.com/story/money/business/2014/05/13/google-search-european-court-of-justice/9027645/
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