Cheque bebé: como fazer as pessoas voltar a acreditar na política
Ontem Pacheco Pereira analisava os resultados das europeias dizendo que o povo está descrente e sem alternativas e que a democracia está em risco. Parece que as 16 opções de voto que ontem apareceram no boletim de voto não são suficientes para assegurar alternativas suficientes. António Costa explicou que tudo se resolve com uma “nova agenda mobilizadora”, uma grande ideia, mas que ele não devia ter revelado, porque os outros 15 partidos vão copiar. Eu, por mim, penso que as pessoas não querem mais alternativas, nem querem uma “nova agenda mobilizadora”. Querem um cheque bebé, de preferência sem a necessidade de fazerem o bebé. Foi aliás distribuindo um cheque de 80 euros a cada trabalhador que a nova estrela da esquerada italiana, Matteo Renzi, conseguiu a vitória mais expressiva da noite de ontem, tendo o dobro dos votos do populista lá do sítio. Portanto, cá está uma boa forma de combater o populismo: distribuam dinheiro às pessoas porque elas andam desiludidas com a política desde que se deixou de fazer uma auto-estrada em cada terrinha e um estádio por distrito e de dar complementos de reforma para os velhos, empregos fictícios para os jovens e progressões automáticas na função pública. Temos que recuperar a política naquilo que ela tem de mais nobre.

Simple, simple, simple.
Simplemente, JM !
GostarGostar
Entre dar dinheiro às pessoas e tiras dinheiro às ditas, ainda prefiro a primeira opção, ainda que se saiba que o tal dinheiro anda sempre de mão-em-mão… ou de banco-em-banco, para ser mais preciso.
GostarGostar
Que tal não dar nem tirar? “Dar” quando não se pode imprimir = tirar a alguém.
GostarGostar
esta é a melhor alternativa à abstenção: comprar votos.
Mas como?
Em vez de virem com a ideia fascista de que “devia ser obrigatório” o voto, presume-se que com a correspondente penalização pela infracção do não- voto, traduzida em crescente atribuição de multas de muitos euros pelo Estado ao indivíduo infractor, o Estado convida o indivíduo a votar nas eleições (sistema) mediante um desconto substancial nas suas contribuições para a manutenção do mesmo.
Ainda tenho de desenvolver a coisa, mas de certeza que funciona. E nada de Audis e pintelheiras do género – show me the money e a motivação cresce, cresce…
Lembrem-se que, for starters, o dinheiro descontado para o IRS é seu desde o princípio da transacção, é a paga pelo seu trabalhoe e suor (ou stress das moléculas cinzentas), por isso não se está a pedir nada de mais, apenas que o Estado o não roube.
Não é a descoberta da América, é “compareça e não roubamos (muito)”.
GostarGostar