Saltar para o conteúdo

paulo morais

26 Maio, 2014
by

Os 7% de votos na lista de Marinho Pinto são um protesto contra o sistema político e aquilo que os eleitores entendem ser a corrupção da classe política. Foi uma votação expressiva, que poderá decidir o resultado das próximas legislativas. Por isso, quer o PS quer o PSD certamente que o vão tentar captar. No caso do PSD essa tarefa está naturalmente facilitada: bastará que o partido olhe com outros olhos para Paulo Morais, que, salvaguardadas, em seu largo benefício, as devidas distâncias, poderá ocupar nessas eleições o espaço que nestas coube a Marinho Pinto.

11 comentários leave one →
  1. zazie's avatar
    26 Maio, 2014 00:56

    ehehehe Que mauzinho. Que é feito dele, saiu do Blasfémias com o CAA?

    Gostar

    • rui a.'s avatar
      rui a. permalink
      26 Maio, 2014 01:17

      “Mauzinho”, nada, Zazie. Olhe que tenho razão e em momento algum comparo o Paulo com o artolas do Marinho Pinto. Apenas digo que o espaço político de ambos é muito semelhante e que o PSD só terá a ganhar se olhar para ele com outros olhos do que aqueles com que o tem olhado nos últimos anos.

      Gostar

      • bruno esteves's avatar
        bruno esteves permalink
        26 Maio, 2014 02:01

        Mais maçonaria? Não chega os que já lá estão?

        Gostar

      • fado alexandrino's avatar
        26 Maio, 2014 12:44

        Palpita-me que M&P é que vai tentar captar votos nesses dois partidos e não o contrário.
        Agora já tem palanque para falar.
        É a quarta força política.
        Aguardem que ele não se vai fazer rogado.

        Gostar

  2. Pedro Oliveira's avatar
    Pedro Oliveira permalink
    26 Maio, 2014 01:46

    Já temos o caminho aberto para um bloco central…

    Gostar

  3. Chico's avatar
    Chico permalink
    26 Maio, 2014 02:22

    Só que o mortiço Morais não tem a verve nem o sentido de marketing do truculento Marinho y Pinto. O que o Morais tem em carteira ,”vendido” pelo Marinho, era capaz de atirar este uns bons pontos mais acima do que conseguiu agora. Veja-se o livro do Morais, não emocionou ninguém de molde a fazer qualquer efeito. O Morais só consegue existir para
    amigos e conhecidos. Uma pena.

    Gostar

  4. Rui C's avatar
    Rui C permalink
    26 Maio, 2014 05:19

    Este Morais é uma figurinha que não ganhava nem ao rato Mickey. Saber fazer contas não chega. Talvez para secretário de Estado numa área técnica. O Marinho é socialista e foi um defensor do Sócrates para além do óbvio, público e notório. É um espalha brasas, faz o mandato e vai para casa. Nenhum destes tem futuro político.

    Gostar

  5. Bento 2014's avatar
    Bento 2014 permalink
    26 Maio, 2014 09:15

    Mudar o sistema eleitoral (autor desconhecido)

    1> PARLAMENTO: A CASA DA PARTIDOCRACIA – Os portugueses não têm os direitos políticos dos outros europeus. Não podem sequer escolher o candidato em que preferem votar para os representar no parlamento. O “julgamento nas urnas” é um logro: os candidatos colocados nos primeiros lugares das listas dos maiores partidos têm garantia prévia dum lugar no parlamento. Não há julgamento sem possibilidade de penalização, mas os portugueses não têm maneira de penalizar os candidatos nos “lugares elegíveis”. Não interessa se são espiões ou maçons: a sua ida para o parlamento não depende dos votantes, que apenas decidem quantos lugares cabe a cada tribo partidária. A raiz do problema é o voto não ser nominal (i.e., num nome) como no resto da Europa.
    2> EM ELEIÇÕES DEMOCRÁTICAS NÃO HÁ VENCEDORES ANTECIPADOS – Faz parte da essência da democracia que o resultado duma eleição não possa estar decidido antes da sua realização. Nas eleições legislativas portuguesas, é o contrário: há dezenas de lugares no parlamento que já estão decididos, não importa como o eleitorado vote. São os “lugares elegíveis”, os primeiros lugares das listas dos maiores partidos. Garantem lugares a pessoas previamente escolhidas, quer o partido “ganhe” ou “perca”. Como não existe uma relação entre o voto e a atribuição dum lugar de deputado, esses “eleitos” NÃO representam os eleitores. Os lóbis contornam o eleitorado e tratam directamente com os barões. Na prática, são o lóbis que são representados no parlamento.
    3> AUSÊNCIA DE ESCRUTÍNIO ORIGINA DESGOVERNO E CORRUPÇÃO – Estas listas “fechadas” têm muitas consequências graves para o País. Os barões dos principais partidos não podem ser desalojados do parlamento pela via dos votos. Mesmo quando o partido “perde”, refugiam-se nos “lugares elegíveis”. Vivem numa perpétua impunidade e nunca foram verdadeiramente sujeitos ao escrutínio democrático. Isto significa que nunca saem do circuito do poder: frequentemente, os presidentes das comissões parlamentares mais importantes são da oposição. Tornaram-se os donos do Estado e das propriedades dos portugueses, incluindo rendimentos futuros. O que acontece a uma oligarquia que se vê com um poder quase absoluto? Não é costume dizer-se que o poder corrompe?
    4> IMPEDEM-NOS DE FAZER A NOSSA PARTE NA RENOVAÇÃO DOS PARTIDOS – Sem voto nominal, a renovação interna dos partidos é bloqueada. A renovação consiste em uns serem substituídos por outros. É o papel do eleitorado indicar quem vai e quem fica, através dos actos eleitorais: os políticos que têm mais votos tendem a substituir os menos votados e a ascender gradualmente às chefias. Mas se o sistema eleitoral impede os eleitores de expressar preferências dentro duma lista, está a impedir o eleitorado de exercer esse papel essencial para renovação dos partidos. Em consequência, perpetuam-se os caciques e apenas os que têm a sua anuência sobem nas estruturas partidárias.
    5> OS PARTIDOS SÓ ESCOLHEM CANDIDATOS NÍVEL LIXO – Listas fechadas à ordenação pelos votantes permitem elencos parlamentares altamente desequilibrados. Há alguns anos, examinaram o CV de cada deputado e constataram que nenhum tinha são nítidos a muitos níveis, por exemplo na representação desproporcionada de advogados e membros de sociedades secretas. A falta de qualidade é alarmante e está a acelerar. Se fossem os eleitores a ordenar as listas, os partidos estariam mais expostos à concorrência e passariam a propor bons candidatos, pois caso contrário arriscar-se-iam a perder votos para partidos com candidatos melhores.
    6> LUGARES ELEGÍVEIS: ZONA DE CONFORTO DOS BOYS – Não é por acaso que os políticos nunca falam do sistema eleitoral. Não querem que os cidadãos se apercebam das diferenças em relação aos outros países e comecem a exigir mudanças na sua “zona de conforto”. Livres do escrutínio, os partidos capturaram não só o sistema político, como o próprio regime e as instituições do Estado. Os problemas de excesso de peso do Estado, corrupção e desgoverno vêm todos daí. É por isso que a denúncia de actos escandalosos nunca resulta em penalização (até é recebida com indiferença!). O pior que pode acontecer a um cacique partidário é passar o mandato seguinte no parlamento. Mas o sistema não dá meios para o tirar de lá.
    7> NÃO SOMOS RESPONSÁVEIS POR POLÍTICOS QUE NÃO PODEMOS ESCOLHER – Se analisarmos o sistema português, percebemos como é injusta a ideia de que os cidadãos têm culpa porque elegem os políticos. Não é verdade: os portugueses votam mas não elegem. Até são bastante exigentes, mas não dispõem quaisquer meios para impor essa exigência. O regime nega-lhes praticamente todos os direitos políticos habituais em democracia. Não podem concorrer a lugares de deputado fora dos partidos, não podem expressar preferências dentro duma lista, os deputados podem indeferir qualquer petição ou iniciativa legislativa ou referendária, etc, etc. Como só votos em partidos entram nas contagens, nem sequer podem negar o voto aos partidos.
    8> QUALQUER DEMOCRACIA MODERNA TEM O VOTO NOMINAL – O sistema português é o “sistema proporcional de listas fechadas”. As listas são “fechadas” porque a ordem pela qual os lugares são distribuídos é a IMPOSTA pelo partido. Naturalmente, os políticos evitam esta designação, preferindo “sistema representativo” – mais outro logro. Na Europa, quase só é usado na Albânia, Ucrânia e Rússia (e Itália, nas eleições nacionais). Sucede que o sistema mais usado na Europa – listas “abertas” – corrige muito do que há de mau no sistema português: institui o voto nominal sem prejudicar a proporcionalidade. Só vão para o parlamento os candidatos que os cidadãos realmente querem. Vejam a lista de países que o usam: en.wikipedia.org/wiki/Open_list
    9> NÃO HÁ BONS ARGUMENTOS CONTRA LISTAS ELEITORAIS ABERTAS – Não é possível desbloquear a partidocracia sem instituir o voto nominal. Isto não tem nada de radical, é simplesmente exigir que o sistema eleitoral português passe a ser o NORMAL da Europa. Além disso, a abertura das listas à ordenação pelos votos pode ser feita sem prejudicar uns partidos em relação a outros. Basta incluir as listas nos boletins de voto e determinar que a ordem pela qual os lugares de deputado são atribuídos seja em função de quem teve mais votos nominais (ou preferenciais). Nenhum candidato tem garantia prévia de ser eleito: passa a haver escrutínio. Nada mais tem de mudar, nem a fórmula que converte votos em mandatos (D’Hondt) nem os círculos eleitorais.

    Gostar

    • Chico's avatar
      Chico permalink
      26 Maio, 2014 18:01

      É isso mesmo! Estamos à mercê de um sistema de gangsterismo político. A coisa é de uma evidência cristalina. Tão cristalina quanto opaca e sórdida é esta “jovem” democracia que nos foi imposta pelo 25A. Só começaria a achar alguma piada a esta m… se fosse despenalizada a agressão à bengalada ou a chicote aos barões da droga da política.

      Gostar

  6. Rodolfo Lorgão's avatar
    Rodolfo Lorgão permalink
    26 Maio, 2014 11:37

    Seria preciso que o Paulo Morais quisesse…
    Ou quer que eu lhe explique de forma saiu Paulo Morais da CMP e do PSD…

    Gostar

  7. José Coutinho's avatar
    José Coutinho permalink
    26 Maio, 2014 16:13

    Caros

    Atentamente vos acompanho. Sobre o carácter do Dr. Paulo Morais, que aprendi a conhecer, quero dizer que não tem nada com este PSD.

    Cumprimentos José Coutinho

    Gostar

Deixe uma resposta para rui a. Cancelar resposta