Navegação interrompida rumo à Costa
A facção pós-modernista do Partido Socialista, assim caracterizada por ser suficientemente nova ou inquestionavelmente inconsciente para poder dar-se ao luxo de ignorar o ímpeto legislativo de Tony Blair – o tal que renovaria a esquerda, em permanente renovação desde a Primeira Internacional – está em reboliço consigo própria, tentando convencer-se que todos os regulamentos são iguais mas uns são mais iguais que outros.
Pronto, daria jeito que, e apenas quando nos desse jeito, se pudesse convocar um congresso e substituir o líder pelo novo objecto de devoção; nem sempre, claro, só em casos excepcionais, como este, notoriamente especial pela necessidade de resgate de algo intangível, a hipótese inequívoca de vencer eleições legislativas fingindo que não foi um governo desse mesmo partido que correu para os braços da Troika com as calças na mão (não é uma metáfora).
Os pós-modernistas do PS não estão a tentar escolher um líder para vencer as eleições e sim um arquivista melhor, com maior capacidade narrativa de apresentação da história revisionista. Não procuram alguém com ideias para divulgar e, com isso, mobilizar o eleitorado; procuram, sim, alguém capaz de omitir com panache suficiente – vulgo “lata” – a nuvem que paira sobre um pequeno grupo enterrado até ao último apêndice tribal na dislexia factual das calças na mão rumo aos braços da Troika.
Já se sabe que há regras e regras, todas iguais, mas umas mais iguais que outras. Em primeiro lugar na imutabilidade adaptativa está o espirito da Constituição, encarnado em princípios de confiança consagrados apenas na interpretação do documento; daí que seja necessário que o Tribunal Constitucional esteja dotado de juízes com maior capacidade para interpretarem o espírito balbuciante da coisa quando estamos relegados para o inglório sub-produto da democracia, a oposição . Em último lugar na imutabilidade adaptativa estão os estatutos dos partidos, que podem ser adaptados às circunstâncias, em concreto e considerando o bem superior, já que estamos com as calças na mão rumo aos braços de mais uma vitória pírrica.
Não é como se os estatutos de um partido e a Constituição sejam bem a mesma coisa; nem é sequer uma questão de princípio. É apenas uma questão de doce ironia esta possibilidade de se assistir, em primeira fila, à demonstração involuntária do adágio pontuado com reticências, o “quem com ferros mata”.
A bola está do lado do Tribunal Constitucional. Imaginem as possibilidades deliciosas que daí podem surgir, com a urgência em emitir parecer sobre a inconstitucionalidade de medidas orçamentadas.

Ah ah ah o PS como sempre faz o que eu digo e não o que eu faço.
Vai ser divertidissimo ver o saco de gatos à porrada para pôr o Costa á frente do partido para 2015.
Mas para mim o mais divertido foi o cavalheiro Costa afirmar que Portugal precisa de um governo credivel e sólido.
Tal facto só pode acontecer com ele, já agora que obra é que o homem tem.
É que este rapaz andou nos governos do Guterres e não vi nada, foi ministro da justiça do Socrates e não lhe conheço obra nesse ministério, na Camara de Lisboa, aparte de estragar o transito na Avenida da Liberdade, da degradação do piso não vejo nada zero. Ah é verdade anda nas festas do Benfica.
Este A. Costa cheira a Santana Lopes do PS a milhas.
Cumprimentos
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está visto que o ps “vende bem”,tal é a vontade de comentar,noticiar,opinar,intrigar,gozar,etc…entretanto desvia-se as atençoes da “ilegitimidade” do actual governo e principalmente manda-se às malvas o resultado das eleiçoes:apenas 900.000 votos na actual coligaçao…(LOL)…
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Gosto de notícias fringe, das que não interessam a mais ninguém.
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O “unicórnio” preferido do Vítor: o PS “correu para os braços da Troika”.
Já agora, o sol quando nasce não é para todos, se foi levado a pensar o contrário é pura ilusão (mais uma) sua.
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Em verdade vos digo, há-de correr novamente. E novamente.
A próxima será, portanto, a 4ª.
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Se em Portugal a política fosse centrada em ideias, há muito que o PSD seria dirigido por Pacheco Pereira e o PS por Eduardo Lourenço.
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Concordo.
E o Ministério das Finanças pela Agustina Bessa-Luís no caso do PSD/CDS e pelo Fernando Tordo em nome do PS.
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Assim basta a mediocridade usual para tratar das ideias usuais, daquelas acessíveis a todos, democráticas, pois…
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Blasfémias na campanha por Seguro 🙂
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Surpreendente?…
Nem por isso…
O Blasfémias sabe que Costa não é um peluche…
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O Blasfémias não é um comité, por isso não sabe nada. Trate-me no singular que fui eu quem escreveu.
Noto que as pessoas não percebem de forma sistemática os meus últimos parágrafos.
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Por momentos, pensei em Fernando Seara.
Venha o Costa, do Castelo ou outro qualquer… Pelo menos, alguém que berre e que anime este pedaço. Anda tudo amorfo.
Até já tenho saudades do colérico Sócrates…
Ups! Um momento: vou ao psiquiatra…
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«Jorge Lacão demite-se do Secretariado Nacional.»
Estes tipos – sejam PS, PSD ou CDS – é só «swing». Gozam à brava!
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AMIGO COSTA: abraços & facadinhas – com um sorriso afável…
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“Navegação interrompida rumo à Costa”
É mais ao costa. o costa concordia, iscariotes… 🙂
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