Podemos falar de centros de excelência?
Um direito de resposta no Expresso levou-me a descobrir aquilo a que se chama investigação. Esta tese de mestrado – AMANDO VÁRI@S – INDIVIDUALIZAÇÃO, REDES, ÉTICA E POLIAMOR referida no site da Universidade Nove é sintomática dos caminhos daquilo que designamos como Ciências Sociais e Humanas
Esta tese tem como objectivo principal determinar se os utilizadores da mailing list alt.polyamory, ao verterem as suas experiências pessoais em texto, estão ou não a incidir em práticas queer de questionamento da normativização monogâmica e heterocêntrica, agindo como agentes auto-reflexivos que procuram cuidar de si (gnothi seauton) através da escrita (etopoiética) e leitura de si, ao invés de serem motivados pela tecnologia confessional; se, por analogia, o poliamor pode ser considerada como uma identidade queer. Dado que o poliamor é uma iteração da relação pura de Giddens, os desafios e contradições que apresenta colocam desafios específicos aos sujeitos, e necessitam de ser interpretados à luz das interacções entre dispositivo de aliança e de sexualidade. Recorreu-se também à elaboração teórica sobre a natureza das comunidades virtuais contemporâneas para contextualizar a recolha de dados. Para obter uma resposta, analisaram-se as trocas de emails iniciadas por utilizadores recém-chegados durante o ano de 2009, utilizando análise estatística, análise de conteúdo e análise de discurso. Os resultados apontam para uma diferenciação entre o grupo de recém-chegados e o grupo nuclear da mailing list, sendo que só os últimos mantêm, na lista, práticas potencialmente não-hegemónicas de subjectivação. O poliamor é então identificado como sendo, mais do que uma prática sexual, um posicionamento moral que envolve profundamente o sujeito na sua produção de si, e onde a parrhēsia (franqueza) é o principal elemento avaliativo da moralidade do sujeito poliamoroso. Esta parrhēsia é fundamental para a manutenção da autonomia do Eu, pelo que ela é oferecida mas também exigida do Outro; a equidade da relação de alteridade é fundamental para o sujeito que, sem o Outro, não se pode constituir como tal. Se tudo isto permite ao indivíduo questionar o horizonte de possibilidades daquilo que o constitui como sujeito, abre também a porta a uma possível hegemonização desta moral para todas as relações de intimidade.

Não se preocupe que a Madame Crato vai pôr tudo isso na ordem. Sem contar com o revisionista Ramos e o imprescindível xanatas de Oxford Espada. Uma equipa imparcial, isenta, observadora e explicadora.
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Gastão, tu és tão bom como ele, o tal do poliamor. Tem juízo.
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Nada de preocupações ,em breve novo GES em falência e o governo conseguirá levar o ajustamento até ao Pib da Bulgária, logo ,mais cedo que tarde, esta gente terá de começar a trabalhar para comer. As reformas vão acelerar e penso que nem precisaremos de governo.
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E viva o mestre! Parabéns!
Ao menos o Mestre André tinha uma loja… se calhar este também têm, uma loja de aventais com o “engenheireiro” de Domingo e o “dr” de equivalências e os outros todos que tais. O mestre se calhar não tem, mas o director desse (re)curso anda lá de certeza.
Isto não é um país, é uma palhaçada vergonhosa (sustentada em lacaios, como os dos dois comentários anteriores). .
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Lacaios do poder? Está a falar da tia Avillez e do Zé Manel?
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“Da Vigarice como uma das Belas-Artes” – nada de novo, infelizmente.
Isto aqui , terra de cegos e surdos, é o sítio ideal para os cortesãos, chico-espertos, avessos ao grito “O Rei vai Nu”…
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A maioria dos sociólogos são uns palermas.
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Lei de Gummidge.
A quantidade de especialização varia na proporção inversa do número de frases compreendidas pelo público em geral
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Sintomático de quê? Será que este post tem que ver com o que a FCT, ou alguém por ela, se prepara para fazer à investigação? Com um exemplo a HM descobriu aquilo a que chamamos investigação em Portugal? Ou terá descoberto que a demagogia é a estratégia de debate menos trabalhosa?
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Neste caso da investigação penso que o governo faz o que pode e como o dinheiro é um recurso escasso (estamos falidos) tem de fazer opções e às vezes nem sempre são as mais felizes . O nosso grande problema, em contraponto aos países que investem muito em investigação(em termos de % do Pib ) é que nesses países a maior fatia vem do privado e cá o privado está quase todo insolvente. As coisas estão muito negras e eu não gosto que este governo esconda a realidade, como fez o inimputável.
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> Universidade Nove
Calculo que é gralha, mas era bem metido, Número Seis.
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qual é a questão aqui? que se discorda do tema? ou que o palavreado é incompreensivel?
se é o primeiro, que se explique porquÊ. não discordo da opinião mas não passa disso, de uma opinião.
se é o segundo, honestamente, alguém alguma vez viu uma tese de doutoramento ou qualquer outro artigo de investigação que seja completamente compreensível para o “comum cidadão” sem formação na área? isso não existe nem deve existir. O jargão técnico existe por uma razão, poupa tempo na descrição e especifica exactamente aquilo que se quer especificar. é pegar em qualquer outro artigo de outra área, seja ela biologia, engenharias, matemática, e tentar encontrar um único, digno de nota no seu campo, que não tenha pelo menos um parágrafo cujo sentido nos elude.
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Qual jargão tecnico, aquilo é palha…
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talvez seja. (e honestamente não duvido muito que o seja) mas o facto continua, não sendo nós da área, com que garantia “promulgamos” que o é? q se diga onde e o quê não faz sentido.
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É muita areia pra minha fragoneta!
Grandes cabeças pensantes.
Fisólofos dum catano!!!!…
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Grande coisa ter um curso…
Ser doutor, saber destas coisas!…
Fazer uma edição de autor – à miguel torga, em livro de papel grosseiro, desvirginado a golpes de abre-cartas, …
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E todos os trabalhos de ciências sociais e humanas são assim. Sim, isto é um ror de dinheiro que se gasta, com esta gente. Mais valia darem esse dinheiro para se fazer um trabalhito sobre os tempos do zip zip. Ou então ajudar o BES/GES, que tantas felicidades nos tem dado e dará ainda…
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http://o-lidador.blogspot.pt/2007/10/pardia-com-o-5dias.html
“Na minha opinião, o movimento dialógico em direcção à redefinição dos sistemas, à visão do mundo não apenas como uma totalidade, mas também como uma série de sistemas (comunidades) em competição, um mundo unido pelas tensões entre os diversos interesses naturais do homem, oferece um relance sobre a contaminação liberal que condiciona o social, profundamente marcada ainda pela sua origem na crise das relações de produção do capitalismo tardio.”
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