Quer mesmo saber?
25 Julho, 2014
No Expresso Mariana Mortágua pergunta “E se Gaza fosse o País Basco?” onde vem o argumentário do costume: os israelitas são responsáveis pelos seus actos e pelos actos dos palestinianos. Mas o que me interessa é mesmo o título E se Gaza fosse o País Basco? Se Gaza fosse o País Basco há muito tempo que franceses e espanhóis tinham acabado com o problema. Pode ter a certeza. Certezinha mesmo.
19 comentários
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Esta fulana é mais um dos idiotas (in)úteis que fazem parte da corja de incapazes que dedica o seu tempo de sobra (todo) a manifs e outras elucubrações sobre “causas” de chacha, normalmente viradas para receber dinheiro e vantagens de alguém (por exemplo, do Estado) sem trabalhar… Esta sei que vive à conta do orçamento, do que outros vivem é para mim um mistério.
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No mundo dos “ses”
Se a Mariana Mortágua fosse viver para Gaza, os seus amigos do Hamas atiravam-lhe ácido para a cara por a ter destapada e cortavam-lhe o clitóris, tal como o fizeram a muitas outras. É esta gente que a pequena seguidora de Estaline defende.
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Mas que eu saiba no grande aliado dos EUA e da OTAN no mundo árabe, a Arábia Saudita, isso é prática relativamente comum… Aliás, ao que parece, nem é legal as mulheres conduzirem carros. Isso não é só um problema palestiniano (e, diga-se de passagem, se houvesse moderados nos países árabes que tivessem o apoio ocidental isso não acontecia), é um problema religioso. Mas é um problema ignorado pelo Ocidente no que toca aos países seus aliados. Não me diga que tem de existir dois pesos e duas medidas consoante interessa ou não aos EUA…? Mais, tendo em conta que os direitos humanos já não são respeitados no território palestiniano (com o exército israelita a bombardear casas de civis e a invadir escolas da ONU), pelo menos deixem-nos ser independentes e ter acesso ao autogoverno, coisas que agora não têm.
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Só por curiosidade, se no País Basco a França ou a Espanha atacassem uma escola da ONU, o que aconteceria? É que Israel já fez isso, segundo a Rádio Renascença disse ontem, Israel já fizera isso quatro vezes. Outra curiosidade: para se matar terroristas mata-se os alunos de uma escola de uma instituição (a ONU) com que Israel não se dá muito bem (à semelhança de qualquer instituição humanitária)?
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tinham acabado com o problema como?
Chamando algum barao Von Reitchofen talqual no passado?
Naquele momento serviu mais aviadores com titulo nobiliario germanicos extinguiramse no pressente mais recente…:)
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Se a marianinha viver ainda alguns aninhos vai ter a resposta ” em espécie”…
E, caso este galego esteja à altura “do outro”, mais cedo ainda…
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O Jornalismo faz o Hamas ganhar caso tenha muitos mortos palestinianos e alguns mortos israelitas.
Para o Jornalismo o Governo do Hamas proteger os seus cidadãos Proporcionalmente como faz o Governo Israelita não interessa nada.
“Se a marianinha viver ainda alguns aninhos vai ter a resposta ” em espécie”…”
O Expresso também vai ter a resposta. Nessa altura como qualquer esquerdista mudam as pintas.
Aliás vai ser interessante quando Portugal for acusado de ser país racista porque não tem a mesma “proporcionalidade” de Muçulmanos que outros países Europeus.
Quem estuda a gente que estuda as ciências sociais é garantido que vai acontecer.
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Lena, não acredito muito nisso. Há 400 anos que os Espanhóis e os Franceses andam a tentar resolver o problema.
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Ou seja o problema está reduzido a níveis toleráveis.
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A apontada é deputada do Bloco de Esquerda.
Isso devia vir lá na crónica como as bolinhas vermelhas vêm num filme pornográfico.
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EMS, o ETA é inofensiva. O Hamas lança roquetes diariamente sobre território israelita. O Hamas não quer independência; quer o extermínio do povo vizinho.
Se quisermos ter uma leve ideia de como reagiria um país europeu se visse a sua soberania beliscada, vejamos a reacção espanhola em 2002 por causa da ilha de Perejil. Pelo facto de Marrocos ter colocado seis indivíduos naquela ilha, Espanha viu o gesto como uma afronta à sua soberania (porque na sua óptica a ilha é deles) e enviou Marinha, Exército e Força Aérea para os desmobilizar. Imagine-se como reagiriam se Marrocos lançasse mísseis indiscriminadamente para o sul de Espanha.
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A estratégia do Hamas é “quanto pior melhor” … Matar israelitas, se forem civis ainda melhor, para provocar uma reacção militar e conseguir que o numero de vitimas palestinianas, de preferencia civis (habitações), crianças (escolas), doentes (hopitais), etc, seja o mais elevado possivel. O Hamas trata de tudo : prepara os atentados e os ataques, utiliza locais ocupados por civis como bases, faz a encenação da tragédia para os orgãos de informação ocidentais cobrirem e as opiniões publicas ficarem impressionadas. O objectivo imediato é isolar internacionalmente o Estado de Israel e amedrontar os seus habitantes. O objectivo final é o colapso e o fim de Israel. Para poder sobreviver, Israel não pode perder nenhuma batalha sob pena de dar parte de fraco e abrir a porta a um processo de desagregação rapida e total. Não ha qualquer negociação e compromisso possivel. O Hamas não quer negociar, muito menos a paz. O Hamas intimida e aterroriza a população palestiniana em Gaza. Nenhuma dissidencia ou contestação é permitida. Os palestinianos são as maiores vitimas do Hamas. São vitimas de uma ditadura total e implacavel. São vitimas de uma estratégia extremista e terrorista de confronto com Israel. Enquanto for assim, os palestinianos em Gaza continuarão a viver mal e a morrer em resultado das operações militares israelitas de defesa e retaliação contra o terrorismo do Hamas.
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Excelente.
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Claro que ataques a instalações funcionários e mesmo militares da ONU……..NUNCA ACONTECERAM nem no Afeganistão, nem na Bósnia, ……. (só para citar dois)
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ISRAEL X PALESTINA: A VERDADE E A ORIGEM.
É verdade que o Hamas ou a al-Qaeda e os fundamentalismos islâmicos são horríveis. Também é verdade que Israel tem bons fazedores de opinião a seu favor… E tudo tem uma origem…
Durante 1300 anos judeus e árabes viveram em relativa paz no médio oriente e norte de África… Até… 1897… quando na 1ª conferência internacional judaica-sionista estabelecem a ideia de reunir o povo judeu numa pátria… E escolheram a Palestina… Os fundadores do sionismo logo anunciaram, por exemplo Haim Weitzmann, líder do movimento sionista, que seria futuro presidente israelita, que os palestinianos teriam de ser expulsos para fora da Palestina.
Toda a concepção de Israel, desde a criação até hoje é: “este é o nosso país do Mediterrâneo até ao Rio Jordão e é somente e exclusivamente o nosso país”. Os judeus iniciaram a moda do dos ataques terroristas (à bomba no caso do Hotel King david em 1947, que foi planeado e executado por Menachenn Begin e Yitzhak Shamir, que se tornariam primeiros ministros de Israel).
Tentando compensar o drama do Holocausto, em 1947 as Nações Unidas fizeram um plano de partilha da Palestina em que os Judeus tinham anteriormente 6% das terras mas ficariam com 56%. A larga maioria dos palestinianos até estava a aceitar o facto até que os judeus sionistas começaram a atacar e a massacrar os palestinianos que viviam na parte israelita. E expulsaram 250.000 palestinianos… É assim que começa a história… E não apenas em 1948 quando os países árabes declararam guerra a Israel (que já tinha forças armadas maiores e melhor equipadas)… E então já se tinha tornado comum o massacre de populações civis palestinianas… Os israelitas confinaram os palestinianos a uma minúscula Faixa de Gaza (onde vivem 2,5 milhões de pessoas numa área que não chega a 2 vezes a área do Concelho de Faro, onde vivem actualmente 60.000 pessoas) e a manchas reduzidas da Cisjordânia… E como não poderia a revolta palestiniana rebentar?
No entanto só em 1987 começou a entifada palestiniana com bombistas em autocarros… Enquanto a construção de um gigantesco muro que aprisiona os palestinianos foi planeado já em 1967.
Os atentados e a radicalização palestiniana é uma resposta às acções israelitas… 3 milhões de palestinianos vivem como prisioneiros… A guerra não parará enquanto não se concretizar a ideologia sionista, até que o último palestiniano na Palestina seja preso, morto, expulso ou subjugado sem direitos.
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Comparar territórios palestinianos com o País Basco é estúpido, sem nexo.
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sm : “Durante 1300 anos judeus e árabes viveram em relativa paz no médio oriente e norte de África…”
Durante a primeira fase deste longo periodo, os judeus foram expulsos (a começar por Roma) ou forçados a partir (por sucessivas invasões e ocupações arabes e turcas) do territorio onde viviam e onde se encontra actualmente Israel (e a Palestina). Os poucos que ficaram e aqueles que se instalaram em diferentes partes do mundo, no Médio Oriente, no Norte de Africa, na Europa, eram comunidades perfeitamente minoritarias, que se submeteram e que foram sofrendo discriminações racistas e perseguições recorrentes.
Esta foi a “relativa paz” !…
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sm : “… em 1947 as Nações Unidas fizeram um plano de partilha da Palestina em que os Judeus tinham anteriormente 6% das terras mas ficariam com 56%. A larga maioria dos palestinianos até estava a aceitar o facto até que os judeus sionistas começaram a atacar e a massacrar os palestinianos que viviam na parte israelita. E expulsaram 250.000 palestinianos… É assim que começa a história…”
Na verdade, os judeus foram progressivamente comprando imoveis e terras aos palestinianos. Estes activos ou eram subaproveitados ou estavam praticamente abandonados mas o rapido aumento da procura fez aumentar significativamente os respectivos preços pelo que os palestinianos ficaram satisfeitissimos por os poderam vender a bom preço. Este afluxo de dinheiro e o emprego de muitos palestinianos no comércio e nas actividades economicas trazidas pelos judeus proporcionou aos palestinianos um dos periodos mais prosperos da sua existencia. Efectivamente, “a larga maioria dos palestinianos até estava a aceitar [a presença dos judeus].
O problema foi o aparecimento, nos anos 20 e 30, de uma minoria militante, ideologicamente e interesseiramente radicalmente contraria à presença dos judeus. Esta minoria era proveniente das elites palestiniana e arabe (comerciantes e “notaveis” originarios de outros territorios), articulando um sentimento de estarem a perder poder economico com a nova “concorrencia” dos judeus com uma adesão às ideias fortemente anti-sionistas do movimento pan-arabe. Ou seja, contra o sentimento dominante da maioria da população palestiniana e contra o que eram então os seus interesses bem compreendidos, esta minoria assumiu então um posicionamento intransigente e extremista que viria a ser sempre a marca da oposição politica organizada dos palestinianos à presença de judeus em qualquer parte daquele territorio. Por exemplo, nos anos 30 e 40, uma das principais autoridades religiosas e politicas palestinianas, o Mufti Haj Amin al-Husseini, fez a apologia e do anti-semitismo dos nazis alemães e concertou-se com os hitlerianos para “acabar” de vez com os judeus (o Mufti encontrou-se mesmo com Hitler em Berlim, em 1941). Esta minoria militante iniciou manifestações e atentados terroristas, contra pessoas e bens da comunidade judaica (e ainda de palestinianos acusados de “colaboracionismo”). Como é compreensivel, os israelitas rapidamente se organizaram para se defenderam, com a determinação e a eficiencia que se lhes conhece, e não deixaram nunca de tirar partido das vantagens que foram adquirindo para alargarem o controlo do territorio “vital” para a existencia e segurança de um Estado judeu. De resto, a saida em massa de palestinianos que viviam no que é hoje o territorio de Israel até à sua constituição, não resultou de “expulsões” mas antes da organização por parte das forças politicas palestinianas de uma emigração em massa no sentido de criar dificuldades ao novo Estado e de permitir o controlo politico e idéologico da maioria da população palestiniana. O que veio de facto a acontecer e o que explica em boa medida a actual distribuição geografica dos palestinianos.
Este é que é o verdadeiro “começo da historia” da violencia que até hoje tem caracterizado as relações conflituais entre israelitas e palestinianos !…
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sm : “Os israelitas confinaram os palestinianos a uma minúscula Faixa de Gaza (onde vivem 2,5 milhões de pessoas numa área que não chega a 2 vezes a área do Concelho de Faro, onde vivem actualmente 60.000 pessoas) e a manchas reduzidas da Cisjordânia…”
Não são 2,5 milhões mas sim 1,7 milhões … para uma superficie de 360 km2, o que representa uma densidade de 4.700 habitantes/km2 http://pt.wikipedia.org/wiki/Faixa_de_Gaza
Trata-se efectivamente de uma densidade elevada … mas nada de excepcional e de incomportavel.
Por exemplo, na cidade do Cairo, onde vivem cerca de 15,5 milhões de pessoas, a densidade é de 73.600 habitantes por km2, 16 vezes superior.
Para fazer um paralelo com Portugal, o concelho de Faro, embora tenha uma area algo equivalente (na verdade, é bastante menor, pouco mais de metade), não é um bom referente. Comparemos, por exemplo, com a Amadora, que embora tenha uma area bastante inferior, não tem zonas desocupadas e tem uma densidade bem superior, de 7.400 habitantes/km2. E, considerando aproximadamente a mesma area, podemos pegar em meia duzia dos concelhos mais habitados da Grande Lisboa (Lisboa, Amadora, Odivelas, Loures, Oeiras, Cascais,…) e obtemos uma densidade … equivalente !…
Esta ideia de que em Gaza a população vive como em latas de sardinha é um verdadeiro mito propagandistico …
Claro que estou a ver chegar o argumento de que mesmo assim a situação de Gaza é muito diferente porque, ao contrario do que se passa noutros casos, o territorio esta limitado e isolado por uma fronteira estanque, não tendo “inland”.
Efectivamente.
Mas, em primeiro lugar, ha outros exemplos em que territorios pequenos, e até com fronteiras apertadas, conseguem ter condições economicas e de vida bastante aceitaveis e até excelentes. O caso mais expressivo é o de Hong-Kong antes da integração na Républica da China. Grosso modo, com 3 vezes a area da Gaza e uma população 4 vezes maior, portanto com uma densidade (6.400 has/km2) superior, ja era um dos territorios mais ricos do mundo.
E, em segundo lugar, ainda mais importante, sendo certo que Gaza não é Hong-Kong, se Gaza se tornou num territorio cercado e isolado, tal deve-se exclusivamente à politica de confrontação radical e terrorista com o Estado de Israel que desde ha muito foi adoptada pelas autoridades palestinianas, em particular pelo Hamas. Na verdade, nem sempre foi assim. Até à fase dos atentados bombistas e às primeiras intifadas, tanto Gaza como a Cisjordania tinham fronteiras bastante abertas com Israel, existindo um fluxo importante de pessoas e bens nos dois sentidos. Em particular, muitos palestinianos trabalhavam e tinham negocios em Israel. No fim de contas, tanto Gaza como a Cisjordania eram então periferias dos principais centros populacionais e economicos de Israel e beneficiavam com isso.
Foi a politica terrorista e suicidaria das organizações palestinianas que isolou e confinou a população palestiniana nos territorios.
Não foram portanto os israelitas que “confinaram” os palestinianos em Gaza e na Cisjordania (cuja população, de 3,2 milhões de pessoas, o dobro da de Gaza, esta muito longe de se resumir a “manchas reduzidas”).
Um outro mito propagandistico com pele dura é o de que os palestinianos dos territorios viveriam antes em Israel e foram para ali deslocados à força pelos israelitas. Ne verdade, a esmagadora maioria das familias palestinianas é de longa data orginaria destes mesmo territorios. Os palestinianos saidos de Israel no periodo da independencia e depois foram para outros paises, onde se constituiram comunidades importantes : Libano, Jordania, Siria, Egipto, e outros paises do Médio Oriente e espalhados pelo mundo. Os palestinianos que ficaram, a que se juntaram outros entretanto vindos dos territorios, representam hoje cerca de 1/4 da população israelita e teem naturalmente um nivel de vida muitissimo superior ao dos palestinianos dos territorios.
Ou seja, se a população palestiniana dos territorios não estivesse estado tanto tempo, e continue a estar, sob o controlo das facções politicas extremistas, estaria hoje bastante melhor, em paz e com niveis de vida bastante melhores.
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