Recursividade
15 Agosto, 2014
No ensino público há professores formados em estabelecimentos de ensino públicos e em estabelecimentos de ensino privados.
Quando se defende a qualidade do corpo docente no ensino público, por consequência, defende-se também a qualidade do ensino que estes professores tiveram em escolas privadas.
Assim, considerando que a nota do curso é suficiente para aferir se podem ou não entrar para a função pública – tornando a prova desnecessária – certifica-se que professores não reconhecem diferença ao nível da formação entre estabelecimentos de ensino públicos e privados.
37 comentários
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“Assim, considerando que a nota do curso é suficiente para aferir se podem ou não entrar para a função pública”. Isto não é verdade: para se ser professor tem de se passar por um ano de estágio, que conta para a classificação final de professor (e no qual se pode chumbar) e ainda por um período probatório, com avaliação, que também pode excluir o candidato a professor…
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Yeah… But does it?
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O nacional-porreirismo encarrega-se de relativizar essa exigência toda…
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Em Coimbra (Universidade) sempre houve “professores” que nunca chegaram a sê-lo por causa do estágio – será a prova alguma coisa, comparada com um ano de estágio?
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Ninguém chumbou?
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Muito bem visto.
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É preciso resolver o problema a montante e não a jusante. Avaliam-se como deve ser as universidades e escolas superiores . As que “reprovarem” devem ser excluídas da formação de Professores. Fácil não é? ou há outras interesses????
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Não é necessário. Os sindicatos já decidiram que os cursos são bons.
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1. A «Prova» deve ser de âmbito Nacional, Ok?
(Este é um ponto chutado para canto pelos contestários da Prova, mas é o único argumento interessante do Ministro NCrato).
2. A Prova deve ser feita antes ou durante o estágio profissional, Ok?
(Uma «Prova para ser professor»… 5, 20 ou mais anos depois de já ser professor, como se propunha inicialmente, é idiota, não? Estabeleceu-se um «limite» arbitrário para isentar os restantes professores e, pior, não há como escapar com dignidade aos paradoxos agora criados)
* * *
CONSEQUÊNCIAS:
A) Considerando que o problema das «Reprovações Docentes» não é questão de ADN excluivo desta geração… Quais as consequências políticas dos péssimos resultados?
(Claro que são «péssimos» e sem desculpas, alegar o inverso apenas embaraça os anti-Crato)
A.1) Rastrear as Universidades ou Escolas Superiores que não sabem «filtrar» incompetentes e obrigar todos os seus antigos alunos e, agora, professores, a realizar «Provas» similares? (Os docentes com negativa na «Prova» que ficam excluídos formaram-se onde? Com que notas finais? Note-se que estes ex-professores nem de «quarentena» podem ficar)
A.2) Alargar a «Quarentena» do formados nas más universidades e obrigar todos os docentes a realizar «Provas» similares?
A.3) Fechar as «más universidades»?
Como fugir destes paradoxos?
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Uma opção seria o empregador fazer uma triagem. Talvez com uma prova.
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1.Uma triagem para todos ou selectiva – para os que têm origem nas más «Formações» ou usa-se qualquer limite, tipo ordenação alfabética?
2.E os maus Formadores, vão ter queixa na DECO?
Paradoxo: O empregador é tb o patrão dos formadores.
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SE a Prova for aplicada no momento antes de entrar na profissão (no «pré-estágio profissional»), também não há nada a dizer
SE aplicarmos a Prova posteriormente a TODOS não há nada a dizer – mas sabemos que iria ser um big problem com os seus resultados…
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Já agora, também se devia reciclar todos os alunos formados por essa cambada de professores, que, segundo estou a perceber, foram e estão a ser mal formados. É agarrar nessa malta toda — engenheiros, médicos, economistas… — e enviá-los de novo para a escola! Mas desta vez com professores a sério, que podem ser todos os que não o sendo, sabem tudo e mais alguma coisa sobre educação, ensino, avaliação, etc. Vamos a isso!
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A gravura de M.C.Escher ilustra de maneira exemplar o post.
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Eu fiz a prova (por curiosidade, com exceção do texto) e passei facilmente.
1.º) Quem não conseguiu obviamente é um mastodonte e não pode ser professor. Mas quanto à instituição que o deu como apto, «no pá-sa nada».
2.º) Quer isto dizer que também eu posso ser professor? Passei na triagem, logo…
3.º) Eu fiz uma parte do meu percurso académico no público e outra no privado. Encontrei merda nos dois lados, com uma diferença: no público, «andava» tudo: ótimos, bons, médios, maus, mongos e delinquentes; o privado era frequentado por quem tinha grana, carcanhol… o resto ficava à porta… além de que, no último ano da licenciatura, numa determinada disciplina, só passámos 11 estudantes… O resto da malta não gostou, exigiu uma audiência ao reitor, foi-lhe concedida e… fez-se uma época especial de exames onde quase todos passaram… depois de uma «private conversation» entre o douto reitor e o profe (paz à sua alma, que faleceu há alguns anitos).
P.S. O reitor é um sujeito muito católico que anda por aí a perorar sobre Educação.
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o melhor é admitir por convite. Como no BdP
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O público é como a tropa- por tarimba
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A escolha da gravura foi muito inteligente
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‘Tecnocraticamente’, ORGANIZAÇÃO; coisas tão simples MAS FUNDAMENTAIS NA ADMNISTRAÇÂO SUPERIOR DA EDUCAÇÃO por entre tanta respeitavel discussão e ideia mas lateral ao ESSENCIAL:
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-Um mês e meio de aulas, duas semanas de férias.
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-Uma aula teorica seguida duma da revisão e duvidas sobre a anterior.
-Turmas com maximo de 16 alunos
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.Não CUSTA UM CENTIMO, entre tanto que por aí vai em ‘defesa das criancinhas’. Não GOVERNAM assim nem são OPOSIÇÃO ÀS POLITICAS EDUCACIONAIS assim, porquê ?
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(nota: há dois caminhos
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ou menos professores para ganharem o mesmo mas com turmas de 20, depois 30 como já, e até bandos de 40 e 50 como ‘à botas’ mas à porrada no verdadeiro sentido da palavra
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ou a massa salarial que há reorganiza-se para chegar para a propagandeada partidária ‘em defesa das criancinhas’ e com turmas até 16 alunos
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senhores dos sindicatos, ministérios e partidos é só escolhere quem ainda está em idade de mamar, os professores cinquentões ou as criancinhas de 6 aos 17 anos que tanto aqueles ‘defendem a bem dum melhor futuro das criancinhas’, não deles … pois é, tretas, tangas e fabulas)
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E não me venham com exemplos estrangeiros escolhidos à medida do sapato de sindicatos, ministros e partidos; o acima é uma sintese do que de melhor há entre os mais avançados em ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO. Apenas e tõ simples,
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o simples é o maximo da sofistificação, assim dizia o grande mestre ‘ Leonardo da Vinci’ sem prova em contrário até hoje, já lá vão umas valentes centenas de anos. Reperfilem-se, a floresta não pode esconder a arvore como adoram em idiota.
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Sem custar mais um centimo.
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Não cheira porquê ? Nem o ‘catastrofismo’ ou ‘os nós ou o diluvio que lhes pariu a Bastilha’ das austeridades, desemprego, empobrecimento e derrocada nacional vos aconselham medidas para ser muito melhor com o mesmo dinheiro ???
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Como é ??? Sois o quê ? Servem para quê ? Querem o quê ? Isto tem de funcionar muito melhor com as especias e cabedais que há. Chega de ‘subidas do poder à cabeça’.
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O sr. vitorcunha diz:
“Assim, considerando que a nota do curso é suficiente para aferir se podem ou não entrar para a função pública – tornando a prova desnecessária – certifica-se que professores não reconhecem diferença ao nível da formação entre estabelecimentos de ensino públicos e privados.”
Isso não é verdade, o que apenas demonstra falta de rigor por parte do sr. vitorcunha.
A nota de curso não é suficiente, ao contrário do que afirma, para aferir se podem “entrar” (“concorrer” será mais adequado, atenção ao rigor) para a função pública (falta o estágio e o período probatório), logo, nada mais fica certificado neste post do que um profundo desconhecimento do assunto em causa por parte do sr vitorcunha.
Rigor, caro senhor, rigor, mesmo quando o objectivo é achincalhar com uma classe profissional que merece todo o respeito de todos nós.
Já agora, aproveitaria para perguntar ao sr. se considera justo que a qualidade de uma classe profissional seja colocada em causa à partir dos resultados de uma prova realizada por um conjunto de licenciados com menos de 5 anos de serviço, a maior parte sem uma única aula dada.
Considera justo, sr. vitorcunha?
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Quem anda a aferir a qualidade da classe profissional através da prova é a classe profissional que se manifesta contra a prova.
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Agradecia que respondesse a questão por mim colocada, sr. vitorcunha:
Considera justo que a qualidade de uma classe profissional seja colocada em causa à partir dos resultados de uma prova realizada por um conjunto de licenciados com menos de 5 anos de serviço, a maior parte sem uma única aula dada?
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Não opino sobre algo não faço.
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É interessante que diga isso, sr. vitorcunha. Não gosta de opinar mas gosta de ironizar, mesmo que para tal escreva algo que não seja verdade.
Eu poderia fazer o mesmo, dizendo, por exemplo, que “o blasfemo vitorcunha escreve muito bem mas não tem graça, pois mente despudoradamente e achincalha com os professores do nosso país apenas com o objectivo de um dia ser bem visto por alguns dos meus amigos do PSD”.
Ora, dizer isto é desonesto, uma vez que desconheço os seus interesses e ambições.
E devemos ser sérios nestas coisas.
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As pessoas gostam de opinar mais sobre aquilo que acham que eu escrevo do que sobre aquilo que eu escrevo. Pessoalmente vejo isso como o sucesso do socialismo.
Apesar de tudo, estou bastante satisfeito que pessoas que não conseguiram 50% na prova não estejam a dar aulas na escola onde posso querer ter filhos.
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Poderia ser irónico como o sr. vitorcunha e dizer que o chutar para canto ou não assumir o que se diz é um sinal do sucesso do capitalismo. Mas não quero ocupar o seu lugar de animador deste blogue.
Sobre a prova: eu preferia que não estivessem a dar aulas nas escolas do nosso país os maus professores e não aqueles que fizeram um teste psicotécnico que em nada comprova as qualidades ou capacidades dos que fizeram a pseudo-prova.
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É a minha vez de fazer o processo de intenções:
Você preferia o inatingível para deixar estar tudo quieto no tangível.
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E o caro vitorcunha prefere que se faça de conta que houve uma prova séria para que todos andem enganados a pensar que uma classe inteira foi avaliada?
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A classe inteira não foi avaliada. Alguns analfabetos foram impedidos de concorrer. O que é bom.
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É verdade que não comprova nada a não ser que quem chumbe é mentecapto.
Como houve chumbos, pelo menos alguns mentecaptos não são já professores.
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a·nal·fa·be·to
substantivo masculino
1. Aquele que ignora o alfabeto.
2. Que não sabe ler nem escrever.
3. Que é muito ignorante.
Considera que cometer uns erros ortográficos ou errar questões psicotécnicas transforma alguém em analfabeto, sr. vitorcunha?
Sejamos sérios.
Mas agradeço que tenha opinado sobre a questão da avaliação da classe, tal como solicitei acima: ela não foi avaliada.
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Você é de educação física?
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De todo o modo também penso que o problema é falta de coragem para, pura e simplesmente, se fechar as ESE.
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Pergunta se sou professor de educação física? Não compreendi, desculpe a eventual falta de perspicácia.
Mas se quer saber, nem sou professor. Apenas respeito muito essa classe profissional.
E o sr., é de educação física?
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Já se tinha percebido que és apenas licenciado em cretinice.
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“Ninguém chumbou?” Em Coimbra sempre houve candidatos a professores a chumbarem nos estágios nas Escolas – e estes faziam a m… da prova do Crato com uma perna às costas…
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Não chumbaram mas tiveram notas fracas abaixo da média dos 14. Diziam que aquilo era para anormais e, pelso vistos, há muitos anormais entre os profs.
O que eu queria dizer é que a merda da prova é directamente proporcional à merda dos profs.
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