Taxa da cópia privada = subsídio ao Zé Cabra
23 Agosto, 2014
Já toda a gente percebeu a imoralidade da taxa sobre cópia privada. No entanto, pouco está a ser dito sobre o factor subsídio: ao distribuir receitas oriundas da taxa por autores sem consideração pelo seu factor comercial*, o que efectivamente se está a fazer é subsidiar autores sem potencial de sobrevivência autoral. Em suma, quem sai a perder são os autores que, com o seu mérito, conseguem a aceitação do mercado e que têm que partilhar receitas com o Zé Cabra.
* Não é possível contabilizar as cópias privadas efectuadas, uma das próprias premissas da taxa.
22 comentários
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O post é interessante mas esquece o que está em causa.
É preciso distribuir subsídios,(*) para isso é preciso haver dinheiro, para o ter há que roubar a quem o tem, os bolsos dos contribuintes.
Podiam ser sinceros mas isso é uma impossibilidade.
(*) Correspondem a possíveis, futuros votos.
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Nada disto tem a haver com o Zé Cabra. Já com um bando de cabrões e filhos da puta que não têm vergonha de roubar e por isso o fazem descaradamente, tem tudo.
Vão trabalhar malandros, incluindo o xavier, que quer comprar tachos (como tem sempre feito até aqui) roubando o nosso dinheiro para o dar a uns chulecos, que se acham importantes mas que ninguém paga para ir ouvir.
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Não TEM A HAVER, é tem A VER. Arre que são burros!
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Com um bocadinho de boa vontade a frase está correcta e até indicia uma construção rebuscada.
Repare, estamos a falar de dinheiros.
Ter a ver = ter relação (com), dizer respeito (a).
Ter a haver = ter a receber.
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Burro és tu, ó bronco. Vai ver quando se passou a usar ter a ver, em vez de ter a haver. Porque é que ter a ver seria ter relação com? Porque não ter a ouvir ou a cheirar?
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Também sempre usei o “ter a haver” até ter consultado a “internet” que me esclareceu que a expressão usual é “ter a ver”. Não me parece lógico, de maneira nenhuma, mas não me inteirei sobre a origem da expressão.
Referindo-me ao post: que haverá a dizer que já não foi dito? É uma lei absurda, provocatória, insultuosa, despótica, parasítica, etc. etc. e recomendo que o Barreto Xavier se faça, no mínimo e rapidamente, simpatizante PS para poder votar nos seus heróis e ficar ainda mais amiguinho dos “verdadeiros artistas portugueses”, embora a minha preferência fosse que o homem fosse morrer longe.
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“Ter a haver de” e “ter a haver com”… cuidado com a net e com algumas “gramáticas” do “corta e cola”.
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E até para um qualquer xico asno devia ser intuítivo perceber a degenerescência de “ter a haver” para “ter a ver”, mas sabe-se que os asnos costumam ter dificuldade em ouvir e perceber.
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Será mesmo compra de votos? Haverá alguem tão imbecil, tão imbecil que pense que pode comprar os votos dos “artistas” com uma medida destas? Se há alguma coisa que caracteriza um “artista” é que este pensa sempre com o coração e nunca com a cabeça…ou a carteira.
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A receita dessa taxa irá para a SPA ou organismo similar e a minha dúvida é perceber de que forma chega essa receita aos autores. Que critério é usado? alguém sabe?
.
Rb
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A Taxa é inconstitucional só isto basta.
Mas como gente que não nota a mudança, neste momento a corja do PSD. CDS, PS., PCP etc ainda julga que ter um artista a falar deles dá votos.
Julgam que colocarem um artista na campanha e no tempo de antena dá votos.
Talvez tenham uma surpresa.
Talvez passe a funcionar ao contrário.
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Deve ser uma maneira deestancar a emigração, dos bardos, cá do burgo ou reformas antecipadas, doutros bardos.
Quer dizer, continuam a facturar, mas com indignação.
Os fassistas da casa, falam tanto do imposto, sobre os isqueiros, no tempo, do Estado Novo, que ao pé deste estado, eram uns meninos de coro, em todos os aspectos.
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Há um pequeno erro sobre o que foi este imposto.
Ora leia:
Existiu em Portugal um imposto, conhecido como o “imposto de isqueiro”, e que fazia com que qualquer cidadão, para poder utilizar isqueiros em público, tivesse que possuir uma licença nominal, passada por uma repartição de finanças
Além do mais pretendia-se proteger a indústria licença dos fósforos.
O actual pretende favorecer a indústria nacional dos impostos.
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Acredito que quase todos nós vamos perder mais do que vamos ganhar, Estado incluído (menos cobrança de IVA, IRC, IRS, etc.,), exepto uma minoria (autores – quanto mais obscuros e desconhecidos mais ganham – e os boys que vão arranjar tacho na “gestão” dos milhões originados por esta taxa).
E se pensarmos que a economia e a oferta de produção artística não têm necessariamente que andar a par, podemos ter anos de recessão em que pode haver uma maior (e boa) produção artística, logo com menos dinheiro desta taxa para distribuir (seja lá como essa distribuição possa vir a ser feita) e anos de crescimento económico em que a oferta seja pobre e, por isso, melhor paga.
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Mas tudo o que não diz não contraria o único objectivo da lei, que é mesmo favorecer uns quantos artistas e os tachistas gestores dos milhões (SPA e etc.).
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Desculpem a dupla negativa, que está errada. O que queria ter escrito era: Mas tudo o que diz não contraria o único objectivo da lei, que é mesmo favorecer uns quantos artistas e os tachistas gestores dos milhões (SPA e etc.).
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Ax solo
Eu já o tinha dito, noutros comentários, de forma mais explícita, embora no texto acima quando escrevo …”todos nós vamos perder”… estou a colocar-me contra e a condenar o único objectivo desta lei que vai beneficiar apenas uns quantos artistas e uns boys gestores, prejudicando todos os outros, incluindo o Estado.
E depois digo mais: esta lei, com a pressa de agradar a um pequeno grupo mas com grande acesso aos media, pode, em anos de crescimento económico, pagar melhor a um fiasco que passe despercebido ao grande público que a um grande sucesso em anos de recessão.
E agora ainda digo mais: esta lei vai incentivar todos os bichos caretas que se acham grandes artistas (e há tantos – basta ver no youtube os castings de programas tipo ídolos) a associarem-se à SPA (a menos que estejam a pensar fazer provas de acesso à profissão de artista 😉 ) e irão passar a ter direito á respectiva fatia do bolo, prejudicando desta forma os “artistas a sério”.
Esta lei pode nem ser boa para os artistas pode ser boa. Esta é mais uma lei que boa logo á partida, sem dúvida alguma, é para os boys tachistas.
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Peço desculpa pela confusão. Em vez de “Esta lei pode nem ser boa para os artistas pode ser boa” queria ter escrito esta lei pode nem ser boa para os artistas.
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Mas os autores portugueses já são subsidiados pelos impostos: filmes subsididados, espectáculos subsidiados, teatro subsidiado… Pelos vistos temos que pagar tudo uma segunda vez.
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Não chega.
Bebi sem querer o melhor vinho da minha vida, o Romanée-Conti Monopole de 1996. Inadvertidamente e em plena inconsciência bebi um vinho que, pela ordem natural das coisas, não seria provável beber sem ser convidado por algum amigo muito rico.
Tinha provado recentemente o Montrachet Romanée-Conti. Um conjunto de circunstâncias especiais fez com que me decidisse a mandar abrir uma garrafa desse vinho no restaurante Eleven, uma garrafa de 1990, o preço do vinho na lista era 750 euros, preço exorbitante mas que não me arrependi de pagar, seria uma vez na vida . O motivo era uma comemoração especial, a concretização de um projecto profissional. João Canijo
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Sim, é uma pena ficar-se limitado a beber vinho assim apenas uma vez na vida. Por isso, de facto, não chega. Nunca chega. E imaginem então quando chegar o António Costa. A única vantagem do AC é que poderá trazer a troika de volta mais depressa.
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E até o restaurantezeco resultou duma negociata de favorecimento à gentalha da camarilha. “Eles comem tudo, não deixam nada, quem paga somos nós”, mas não faz mal porque são todos de esquerda e muito amigos.
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