Personificações
Digamos que já não seria mau se estes humanos tivessem conseguido provocar uma onda de simpatia similar à gerada pela cadela de Teresa Romero, a auxiliar de enfermagem espanhola contaminada com ébola. Excalibur, assim se chamava a cadela, foi abatida por ordem das autoridades sanitárias, pois poderia ter contraído ébola. No passado sábado foram convocadas manifestações em 24 localidades de Espanha para mostrar indignação pelo destino de Excalibur. A operação de retirada da cadela da casa onde se encontrava transformou-se num circo, com os manifestantes tentando por vários meios que o animal não fosse levado. – A relação que mantemos com os animais, e sobretudo a relação que o mundo mediático mantém com os animais, é cada vez mais de sofá. Sofá no sentido urbano mas também psicanalítico do termo.

Pois.
Será mesmo de psicanálise que isto, este universo, está a precisar.
Lembrem-se de uma iniciativa de há pouco anos, no nosso Circo de S. Bento:
instituir “O Dia do Cão”,
salvo erro promovidos por uns laranjinhas.
A bem do Regime.
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Mundo às avessas.
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Creio que o problema se coloca com a generalização. Temos mais tendência a participar numa acção que seja a favor de um rosto (ou de um focinho). Focamo-nos no particular, nunca no geral.
Se assim não fosse, teríamos todos os animais abandonados (que circulam em fotos aos milhares por essa net fora) todos salvos. Não, não creio que seja uma questão Homem vs Cão, como vocês defendem. Creio sim que se trata de uma apatia cada vez maior aos problemas reais, onde não há uma história singular para criar empatia.
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Como afirma um sempre divertido blogger podiam ter entregue o cão a essa mole de civilizacionalmente superiores manifestantes a quem o bicho lamberia generosamente as mãos e rosto em sinal de agradecimento.
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Sociedade suicidária.
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Penso que isto é derivado a ser menos penalizante o entusiasmo por um cão ou outro símbolo semelhante do que por um ser humano, pois neste caso o sentimento de perigo é mais intenso.
Além disso um cão, um gato ou as focas esquecem-se com muito mais facilidade.
Não que não haja também um certo facilitismo nos humanos.
Veja-se o caso do actor que morreu.
Vai fazer capa em tudo o que é revista.
Dentro de um mês só o família ( e o cão se o tiver tido) se lembrarão dele.
O mundo especialmente as tv’s precisam de causas, venha a próxima, esta está esgotada.
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as cadelas são o futuro da segurança social
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Mas havia necessidade de matar o animalizito? Podia ter contraído ebola. Sim pois podia. Mas até parece que era muito difícil fazer o raio dos testes antes de o sacrificar em nome da saúde publica.
Ainda bem que ninguém se lembrou de fazer aos pretinhos de África o que fizeram ao “Excalibur”. Aliás, vendo bem, o que fizeram nem foi muito diferente. Só começou a haver preocupação com essa doença quando ela deixou de ser o problema de alguns africanos.
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Se há país onde se desprezam os animais é este. No interior é pior.
Há quem os prenda a uma corrente durante a sua vida, os abandone à sua sorte quando vai para férias, os faça passar fome, não os vacine ou trate das carraças.
O tuga (40% da população ?), não tem respeito por nada, nem por si próprio nem pelos outros, mal se satisfaz com os seus instintos, mente com frequência, chega tarde, preguiça quanto baste, bate na mulher quando calha, o tuga quer lá saber dos animais.
Sendo o protetorado um país de extremos, existe a outra face: gente sensível, educada para quem os animais são tudo. .
O Ébola não se presta a reflexões. Vêm -se aqueles tipos mortificados, a sangrar por tudo quanto é buraco, que horror, toca a fazer zap. É pior do que a judite faz entrevistas, a aninhas faz de bruxa, a fátima descarrila ou a constança treme ao zurzir a coligação.
Além do mais os tugas não sabem o que é um virus, uma assépsia, um fluído corporal, um risco elevado. É demais para a cabeça deles e delas. Se fosse o minuto em que o Nani chutou ao lado nos três últimos jogos, os resultados do benfica dos cinco últimos campeonatos, o número de mulheres com quem casou o pinto da costa, o episódio da télé em que o marido traiu a mulher, ou em que a criada partiu a jarra, vá lá que vá. Não nos peçam que nos interessemos por pormenores. Mesmo desempregados não temos tempo!
O bicho está em África, aquele continente donde fomos corridos, onde a corrupção é lei. Não é preciso dizer mais.
Se a coisa alastra então vai haver pânico (poderei andar no metro? Tocar na chávena do café? Andar de elevador? Ir aos estádios? Mau. mau mau, mau mau.
Apareça o primeiro caso, o governo será culpado por não ter impedido a tragédia, os hospitais não são capazes de debelar o surto, a nossa senhora nos ajude.
Será o momento de culpar os neoliberais, de esclarecer, de convencer as massas:
“Só com o marxismo-leninismo estaríamos protegidos!
O costa barriga empertigada, a clamar: “Com o socialismo, com o socialismo é que era!”.
Ele ainda agora começou, as palmas já são tíbias e o reumático das manápulas não perdoa.
Para já estamos todos seguros, é o que eu ouço dizer nos jornais que só leio à borla.
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Uma cínica (no bom sentido) apreciação do problema.
Aproveito para me penitenciar, o caso do actor não vai morrer tão cedo, o CMTV (um canal que Cristiano Ronaldo também conhecido por CR7 não sabe o que é) já apanhou uma ponta solta, a herança e os problemas que o Porsche o Ferrari e o Mercedes trouxeram pela falta de testamento.
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No interior?! E no litoral não?
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Tanta gente nos hospitais que precisa duma voz acolhedora e aparecem uns tantos que dão mais importância a um cão. Onde está a bondade destes? Acho deprimente homens jovens e não jovens atrás dum cão mostrando ócio e inatividade. Pior, saiem com os cães para ir defecar à porta dos vizinhos. Muitos deixam que os cães ladrem derespeitando o sossego dos outros.
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nunca gostei de generalizações nem de segmentações: sabe lá se os que foram à manif do cão não são os primeiros a voluntariar-se nos hospitais? ou se os que criticam o cão saem alguma vez do sofá para se solidariezar com as causas que a maria acha meritórias?
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Com ironia e para desempatar opiniões, aumentar as exportaçoes a bem do equilibrio das contas publicas e destruição da crise: exportá-los para a China. Cozidos, refogados ou grelhados são um contributo contra mortes à fome um contributo para a solidariedade humana. Ou por ser a China que anda a comprar o Ocidente a patacos, já não há manifestações na defesa dos animais sejam canideos, gatos ou llá o que for ?
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Vá lá tenham maneiras.
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Mas pelo seu raciocínio, é perfeitamente possível um pedófilo estar numa manifestação contra os gays, um nazi estar numa a favor de uma contra o ataque a Israel e um portista noutra a favor da eleição de Roubário Benquerença para presidente dos árbitros.
Ou seja todos podem ser uma coisa e a outra conforme nos apetecer ver.
É isto?
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No fundo, todas estas histerias são inventadas e ampliadas pelos bimbalhões ignorantes dos jornaleiros e restante pessoal da cu-municação, tendencialmente de esquerda, bastante amantes da boa vida e da massa (€), às vezes chamados de esquerda caviar, excitam-se imenso com “causas” e outras bizarrias.
Os outros, em geral, aderem 2 grupos principais: num deles estão os que não lhes ligam patavina (normalmente duvidam de tudo o que cu-municam), no outro estão os que são influenciados porque precisam de âncoras, coitadinhos…
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Nada que uma “revolução cultural” não resolva e, definitivamente, eduque as massas a emocionar-se com as vítimas do Ébola (os da malária ficam para outra vez) em vez de perderem tempo com assuntos que as elites achem dispiciendo. Mao não faria melhor.
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Um aparte de ironia, ‘uma cadela’ em jargão popular significa ‘uma bebedeira’ :))
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Mais a sério,
genericamente sobre o ‘é bola’, a fazer fé no Jornalismo de Investigação é de cerca de 45% a taxa de mortalidade no universo dos infetados, ainda há duvidas sobre a forma de contágio por exemplo o marido da enfemeira espanhola em contacto direto parece que não está infetado embora o contágio pareça acontecer à ‘velocidade da luz’.
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Deve retirar-se da analise fina os ‘armagedons’ marketeiros com ‘opiniões publicadas para o make money’ das carpideiras habituais do pânico para assustar indevidamente as populações e os mais incautos.
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No miolo da coisa, surge irresponsavel centralizar o acolhimento e tratamento nas unidades hospitalares habituais. São universos concentrados de milhares de pessoas, uns doentes outros visitantes dos doentes outros pessoal de saúde tudo exposto ‘ao molho’ ao cotágio dessa doeça;
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medida barata de maxima segurança possivel, tal qual no tempo da tuberculose atendendo a que os infetados ou sobre suspeira nem precisam de equipamento médico pesado ou sofisticado:
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adaptar antigo sanatório ou edificios fora da rede hospitalar atual para acolher suspeitos ou infetados do ébola com nucleo de pessoal de saúde devidamente compensado com premio mensal de alto risco e com todos os equipamentos pessoais de proteção máxima. No momento nem são precisas muitas camas
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Temos de nos antecipar, não focar a olhar para o umbigos cheios de teorias. Vamos ao prático, ao mais eficaz, ao mais eficiente. Sem teorias, fora das engonhas habituais dos ‘pinsadores’ do costume. Simples, barato, direto e eficaz.
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a bichinha lá enrolada no sofá esperando pela dona … sei lá
meteu muita pena
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