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secessão

19 Outubro, 2014
by

manddd-b791

A natureza autonómica do estado espanhol parece já não ser suficiente para manter a unidade nacional, se é que ela verdadeiramente existe, ou alguma vez existiu, em Espanha. Sendo que o grau dessa autonomia é muito variável, consoante as regiões pretendam uma maior ou menor ligação ao poder central, a Catalunha, que levou essa distância ao máximo permitido pela Constituição, continua insatisfeita e a manifestar-se esmagadoramente nas ruas, pedindo um referendo à secessão do estado espanhol. Há poucas semanas, a Escócia não se separou do Reino Unido por menos de dez pontos percentuais em relação ao não. Se os estados compostos da União Europeia se começarem a cindir, não há mecanismo previsto nem para os integrar, nem para os excluir. Este é o problema político que a Europa enfrentará nos próximos anos, e que de alguma forma corresponde ao fim do Estado-Nação, onde ele nasceu e provavelmente se esgotou. A insatisfação das pessoas pelo fracasso das políticas que os seus estados conduziram nas últimas décadas, a sensação de que algumas regiões vivem à custa de outras e a insatisfação generalizada com os governos centrais, são sentimentos que estão longe de serem distantes a estes acontecimentos. O modelo de organização política estadual, como o conhecemos nos últimos duzentos anos, poderá não durar muito mais, nos países que não forem capazes de o modificar a tempo.

9 comentários leave one →
  1. Anti-gatunagem's avatar
    Anti-gatunagem permalink
    20 Outubro, 2014 00:46

    Isto é fomentado pela u.e. para instituir a sua ditadura maçónica.

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  2. Duarte de Aviz's avatar
    Duarte de Aviz permalink
    20 Outubro, 2014 02:38

    Mas a Espanha é, ou alguma vez foi, um Estado Nação?

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  3. vsantos's avatar
    vsantos permalink
    20 Outubro, 2014 08:21

    O Barça vai jogar onde ? no campeonato português ?

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  4. atom's avatar
    atom permalink
    20 Outubro, 2014 09:39

    É benéfico para a Europa o fim do 4º Reich. Deixou de fazer sentido a partir do momento em que a UE deixou de ser uma união de estados iguais, e passou a ser um conjunto de estados divididos em satélites da Alemanha e protetorados da Alemanha. Esqueci-me de países que tem a dupla condição de satélite e protetorado. A hegemonia da Alemanha sobre a Europa acaba sempre mal, para a Alemanha e para o resto da Europa. O projeto UE já morreu á muito.

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    • Me's avatar
      20 Outubro, 2014 12:09

      Sem dúvida . só ainda não foi enterrada , a UE , pq dá de comer a muito inútil da politica .

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    • Duarte de Aviz's avatar
      Duarte de Aviz permalink
      20 Outubro, 2014 17:56

      E poderia fazer o obséquio de nos dizer o que é que se vem a seguir e que vai ser obviamente melhor, pois que tantas foram as malfeitorias causadas pelo “reich” É que eu não posso esperar por ver as bordas da Europa transformadas na nova-cuba de putin ou num protectorado-satélite-hong-kongisado da China. Não! Já sei! Um protetorado dos Americanos….

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      • Duarte de Aviz's avatar
        Duarte de Aviz permalink
        20 Outubro, 2014 18:03

        Hoops… Há um “se” a mais na primeira linha… Sorry for that!

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  5. Juromenha's avatar
    Juromenha permalink
    20 Outubro, 2014 13:07

    A ver se “este” galego está à altura do “outro”…
    Este é um dos aspectos em que , sem sombra de dúvida, “España es diferente”…

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  6. João Pimentel Ferreira's avatar
    21 Outubro, 2014 19:22

    É uma publicação interessante. Podemos sempre voltar ao conceito grego da pólis, ou cidade-estado, julgo que ninguém o quer. Itália e Alemanha por exemplo só existem coesas como as conhecemos desde o séc. XIX, sendo até então um grupo de estados autónomos. A soberania, como na vida, é um equilíbrio entre decisões autonómicas e participação coletiva. Nunca a Europa teve um período tão longo de Paz, desde a criação da UE, nunca esquecer tal facto. E não precisou de exércitos ou de armamento para fazer a Paz, mas de União mais ou menos federal. A Escócia, mesmo que saísse do RU, levaria a cabo negociações para estar na UE, e o mesmo se passará por certo com a Catalunha. Obviamente que a Europa tem problemas económicos, mas esses problemas surgiram exatamente quando a Europa abriu o seu mercado à Ásia, e porque a Europa tem um grave problema de dependência energética (80%), essencialmente devido ao facto de quase cada europeu ter um carro. Mas isto são matérias tabus nas elites comentaristas económicas. Toda a gente fala de economia e ninguém fala da patológica dependência energética que os estados europeus têm, sobre produtos petrolíferos. É neste ponto que os estados precisam de soberania.

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